Keeping Up With Swan Queen escrita por Sky


Capítulo 14
That One With Once Upon a Time


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá...
Boa leitura.



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...

— Majestade – disse Emma sem tirar os olhos da mulher a sua frente, não sabia se ela era rainha, mas se não fosse, aquele tratamento também serviria. Regina deixou um sorriso quase imperceptível aparecer nos lábios, não conseguia tirar os olhos daquela bela criatura que possuía um par de olhos hipnotizantes – Me concede essa dança? – pediu Emma levando sua mão em direção à mulher, esperando ansiosamente que ela aceitasse. Regina pegou a mão de Emma e ambas tomaram conta do centro do salão.

Todos os outros casais pararam de dançar e observaram aquela situação, a Rainha dançando com outra mulher no qual ninguém havia visto antes por aquele Reino. Regina tentava buscar em suas memorias de onde havia visto aquele rosto, porque era familiar demais para aquele ser o primeiro encontro com aquela mulher. Emma só conseguia repetir em sua cabeça que não pisasse nos pés da mulher, os outros casais voltaram a dançar em volta das duas mulheres, parecia uma coreografia onde todos sabiam os movimentos.

— Já nos encontramos antes? – Regina finalmente falou pela primeira vez com Emma e a loira sorriu, pensando que não se incomodaria se passasse o dia ouvindo a voz daquela mulher.

— Tenho a sensação de que sim, você me parece familiar. Talvez nos conhecemos em outras vidas, quem sabe? – Regina tentou ao máximo não corar com aquela resposta, mas provavelmente estava com uma leve coloração avermelhada em suas maçãs do rosto.

— Você é sempre assim? Encantadora? – perguntou Regina rodando enquanto Emma segurava em sua mão.

— Encantadora? Está no meu sangue – respondeu lembrando-se de seu sobrenome.

— Você não pertence ao Reino das Trevas... – concluiu Regina tendo a certeza de que aquela mulher pertencia a outro lugar, ela tinha um certo brilho no olhar no qual nenhum morador daquele Reino tinha.

— Infelizmente não, mas aqui é o meu lar agora... – a música parou e Emma fez reverencia para Regina. Todos aplaudiram quando a música terminou, as duas certamente haviam sido a atração da noite. Emma sorriu e continuou a admirar a mulher – Posso saber seu nome? – Regina arqueou uma sobrancelha se perguntando se aquela garota realmente não sabia com quem estava falando, ou melhor, dançando.

— Regina, mais conhecida como Rainha Má – Emma sorriu, não poderia acreditar que aquela era a Rainha Má que sua mãe tanto odiava, ela sempre imaginou a Rainha uma espécie de velha corcunda e não aquela maravilhosa mulher a sua frente. – Posso saber quem é você? – Emma estava para falar quando ouviu alguns trovões do lado de fora e a porta sendo aberta mostrando uma figura um tanto bizarra.

— Mas que rude da sua parte, Rainha. Como você é capaz de dar um baile como esse e não chamar seu querido amigo? – Rumpelstiltskin tinha o sorriso sacana nos lábios enquanto se aproximava da Rainha. Regina girou os olhos e Emma não conseguia tirar os olhos do rosto daquele homem que mais parecia um monstro.

— Rude é você aparecer quando não foi convidado – retrucou Regina. Rumple gargalhou e passou sua mão pelo o rosto de Regina, Emma sentiu-se incomodada com aquele breve toque do homem, porém não fez nada.

— Agora me ofendeu, querida – Rumple pôs a mão no coração e fez-se de ofendido. Todos mantinham a atenção no homem e nas duas mulheres ao seu lado. Rumple virou-se e olhou para Emma – Olá – sorriu e rondou a garota como se ele fosse algum tipo de leão prestes a atacar sua preza – Não sabia que você tinha quebrado o acordo, Rainha – respondeu voltando a dar sua famosa gargalhada, no qual Regina odiava.

— Do que está falando? – perguntou se aproximando do homem ameaçadoramente, tinha feito tantos acordos que já havia perdido a conta. Emma engoliu a seco temendo que fosse algo sobre ela, um pouco distante da loira estava Ruby observando tudo e só esperando o momento para se tornar em lobo e tirar Emma dali.

— Achei que ninguém do Reino Branco poderia vir para este Reino. Mas pelo que vejo isso já não existe mais esse acordo – Rumple piscou para Emma e foi quando a loira sentiu todo seu corpo tremer, ela estava rodeada por criaturas cruéis que odeiam sua família e seu reino, morreria em segundos.

— Ser o Senhor das Trevas está deixando você cada vez mais louco Rumple. É claro que o acordo continua o mesmo, ninguém do outro reino jamais entrará aqui – respondeu Regina sentindo raiva em apenas lembrar-se de Snow. Foi então que pela primeira vez Emma viu a Rainha Má na forma que sua mãe tanto falava.

— Ops. Acho que você deixou escapar essa daqui – Rumple apontou para Emma e a garota cresceu os olhos, olhando para Regina e o monstro.

— Você é do Reino Branco? – Regina se aproximou de Emma e a loira dava pequenos passos para trás, Zelena e Maleficent se aproximavam para ajudar Regina, mas a mulher não deixou – Eu cuido disso – respondeu Regina para as duas. Não poderia acreditar que aquela criatura na qual tanto roubou sua atenção e tinha um sorriso encantador era inimigo – Você teve a audácia de entrar no meu reino, no meu baile e dançar comigo, mesmo sendo daquele Reino?

— Você não é muito bom com segredos não é? – disse Emma para Rumple. O homem deu de ombros e gargalhou – Olha, eu não sou como eles okay? Não sou como Snow e os outros – Regina levou sua mão ao coração de Emma, a loira olhou para Regina que sorria ao ter sua mão dentro da garota – Você não precisa arrancar meu coração para ter ele – respondeu Emma piscando para mulher. Regina grunhiu com o comentário idiota da garota e puxou sua mão, porém não conseguiu tirar o coração da mulher. Voltou a enfiar sua mão, mas nada aconteceu causando espanto na Rainha e em todos os outros.

— Já chega Regina. – Cora se aproximou e impediu sua filha de continuar a tentar tirar o coração da pobre moça.

— Quero você fora do meu Reino imediatamente, me ouviu?! Ou irei esquecer esse acordo com Snow e irei destruir todos os moradores daquele reino – ordenou Regina. Emma sorriu e negou com a cabeça.

— Isso não será possível, Majestade. Eu não irei voltar para aquele reino, aqui é meu novo lar e daqui não sairei – retrucou Emma confiante de si. Regina estava começando a perder o encanto que havia sentido ao ver Emma pela primeira vez – Eu posso ter morado naquele reino, mas não é lá que eu pertenço.

— Então vá para outro reino, mas aqui você não fica. – Regina não queria ninguém que fosse daquele reino, ninguém.

— Não se preocupe querida, você está mais do que convidada a ficar nesse reino. – respondeu Cora para Emma, tinha algo naquela garota que fazia Cora querer lutar por ela – O show acabou. Obrigada a todos pela a presença – respondeu Cora para todos. Os convidados pareciam resmungar algo e começaram aos poucos irem embora.

— Você não pode fazer isso mãe! Não pode passar por cima da minha autoridade – disse Regina chateada.

— Essa adorável criatura no qual responde por Emma Swan foi quem impediu que aquele ladrão levasse meu ouro. Ela irá ficar no nosso reino e ponto final, você tem que entender que nem todos são como Snow White – Emma sentiu uma leve tristeza ao ver que sua mãe parecia um mostro para aquelas pessoas. Regina voltou a olhar para Emma, havia esquecido toda a dança e em como aquela linda criatura havia chamado sua atenção, naquele momento só queria que ela desaparecesse de seu reino.

— Adoro festas assim – respondeu Rumple sorrindo. Regina desapareceu em sua fumaça deixando os três ali. Rumple se aproximou de Emma como se fosse sussurrar algo – Você me lembra seu pai, Charming não é mesmo? – sussurrou o homem logo desaparecendo. Emma se perguntou quem era aquele ser que aparentemente sabia demais.

— Não esperava que fosse assim querida. Perdoe-me por esse show de horrores – desculpou-se Cora. A mais velha tomou a mão de Emma e a segurou – Obrigada por vir, não ligue para Regina. Ela não é muito receptiva com moradores de outros reinos, principalmente o do Reino Branco. Eu sabia que você não era daqui, algo em você é diferente.

— Me perdoe por ter sido o motivo por estragar o baile de sua filha, acho que entrei para lista negra dela, não é mesmo? – Cora soltou um sorriso e olhou para a loira ao seu lado.

— Acredite, ela não é assim. Apesar de todos dizerem o contrário, ela é uma boa pessoa. Não diga a ela que eu disse isso. Mas enfim, gostaria de lhe fazer uma proposta... – Emma afirmou com a cabeça pedindo para a mulher continuar – O que me diz de trabalhar para mim? Ser minha cavalheira pessoal? Eu posso me proteger sozinha, mas Regina quer que eu ande com algum guarda ao meu lado, não confio nesses homens que ela coloca aqui. Algo em você me diz que é confiável, eu pagarei bem. O que me diz?

— Acho que sua filha não ficará feliz em saber disso.

— Não se preocupe com ela. Aceite, você é nova por aqui, precisará de um lugar para morar e de ouro para poder comprar alimentos... – Cora precisava que a garota aceitasse, precisava manter Emma por perto. Viu como aquelas duas estavam antes de Rumple aparecer, Regina já havia encontrado alguém e Cora iria dar um empurrãozinho.

— Tudo bem, você tem razão. Agora preciso ir – respondeu Emma vendo que Ruby já estava impaciente próximo a saída.

— Esteja aqui amanhã ao amanhecer. Tenha uma boa noite, querida – respondeu Cora sorrindo. Emma desejou o mesmo e foi encontrar sua amiga.

**

— Você enlouqueceu? Você viu o que quase aconteceu ali Emma? Se Regina descobrir que você é filha da Snow ela fará de tudo para tirar sua vida – Ruby estava detrás da amiga sobre o cavalo da loira, Emma com um giro da mão fez as duas ficarem com roupas confortáveis. Andar de cavalo com aqueles vestidos era impossível.

— Eu deveria está furiosa com você. Como você não me falou que a Rainha Má era a criatura mais magnifica, exuberante, incrivelmente encantadora de todos os reinos? – Emma tinha um olhar que brilhava mais do que as estrelas que cobriam o céu daquela noite.

— Ótimo, era só o que faltava você gostar da Rainha Má. Não poderia ser melhor... – respondeu sarcasticamente.

— Gostar? Acho que a palavra certa é apaixonar – ao ouvir isso Ruby empurrou Emma fazendo a mulher cair do cavalo – RUBY! – Jon relinchou como se estivesse rindo da situação. Emma levantou-se e subiu no cavalo novamente.

— Emma já chega okay? Você queria dar um susto em Snow, mas isso já foi longe demais. Você não pode se apaixonar por Regina.

— Me dê bons motivos para isso.

— Ela é a Rainha Má. Ela é o motivo da guerra entre os reinos. Ela odeia sua mãe. Snow a odeia. Ela quase te matou hoje. Ela odeia todos do nosso reino. E ela é a madrasta da sua mãe, isso é errado. É como se você estivesse apaixonada por sua avó – explicou Ruby.

— Eca. Ruby! Primeiro, ela não é má. Fale o que quiser, mas a Regina no qual eu dancei não tinha nada de má. Segundo, essa guerra não é culpa dela, minha mãe tem uma boa parte de culpa nisso, precisa-se de dois lados para uma guerra acontecer. Terceiro, não posso culpá-la por odiar minha mãe. Quarto, minha mãe a odeia e isso não me importa. Quinto, eu posso fazê-la mudar de ideia. Sexto, ela não é mais madrasta da minha mãe... Está vendo? Nenhum dos seus motivos é válido – respondeu certa de seus argumentos.

— Emma isso vai acabar em encrenca, você trabalhando naquele castelo a qualquer momento pode ser descoberta – respondeu preocupada com sua amiga – Regina não vale a pena – Emma parou seu cavalo e virou-se para encarar Ruby, dessa vez não sorria nem esboçava nenhuma expressão amigável.

— Tem algo em Regina. Algo que não sei explicar ao certo, eu estar aqui e a ter conhecido pareceu certo. Papai me disse para sempre seguir meu coração, e nesse momento meu coração me diz para ficar aqui. Posso até não a conhecer muito bem, mas algo me diz que ela vale a pena... Destino. Eu tinha que está aqui hoje, eu tinha que a ter conhecido. Se você quiser voltar para casa e contar para todos tudo bem, mas nada irá me tirar daqui – respondeu firme de suas palavras.

— Eu não vou a lugar algum sem você, já deveria saber disso – retrucou Ruby. Emma sorriu e plantou um beijo na testa da garota, deu ordem para seu cavalo continuar a caminhar enquanto apreciavam o silêncio depois daquela resposta.

...

— Ainda está brava comigo? – perguntou Cora entrando no quarto da filha. Regina olhava para o céu estrelado perdida no brilho daquelas estrelas.

— Ela não pode ficar aqui. Ninguém daquele reino pode ficar – respondeu sem olhar para a mãe.

— Ela é diferente e não me diga que você não percebeu isso, porque eu conheço você muito bem. Ela não parece querer fazer mal a nenhum de nós, ela só deve está querendo um lugar para recomeçar... Assim como todos nós queremos. – Cora levou suas mãos para os ombros da filha, sentindo a tensão neles – Você está bem?

— Faz tanto tempo, mas ainda sinto a falta dele... – respondeu Regina fechando os olhos por alguns segundos.

— Eu sei querida, todas nós sentimos. Seu pai sempre estará conosco, aposto que de onde ele estiver está sorrindo e lhe desejando um feliz aniversário. Ele amava você tanto que quando você era criança eu tinha ciúmes por você amar mais a ele do que a mim, você era a garotinha dele e sempre será – Cora abraçou sua filha, deixando as lágrimas caírem ao lembrar-se do marido.

— Ele deve está desapontado comigo, olha no que eu me tornei? A Rainha Má, conhecida por arrancar os corações de qualquer um que passe me olhando feio. Eu o desapontei...

— Você não é assim, minha querida. O mal não nasce com você, o mal é construído. Você teve seus motivos para se tornar o que é hoje, mas eu sei... Eu sei quem você é meu amor, é a mesma garotinha que eu brigava por passar a tarde cavalgando ao invés de está aprendendo algo util. – Cora sorriu ao lembrar-se de anos atrás – Lembra-se do que ele disse para você antes de morrer?

— “Todos merecem uma nova chance. Não tenha medo de recomeçar” – disse Regina lembrando-se exatamente das palavras de seu pai, ela jamais poderia esquecer.

— Não acha que está na hora de seguir o conselho de seu pai? – Cora beijou o rosto de sua filha e sorriu – Feliz aniversário meu amor... – Cora a abraçou e saiu, porém parou na porta – O céu está fabuloso, faça um pedido a estrela cadente... É seu aniversário – Regina sorriu com lembranças de quando fazia pedidos as estrelas, sentada ao lado de seu pai.

Regina voltou a olhar para o céu, estrelas passavam como se fossem uma espécie de cometa. Fechou os olhos, não custava nada continuar a tradição de seu pai.

— Por um ano melhor... – pediu Regina não querendo nada além daquilo, queria um ano melhor. Abriu os olhos achando uma bobagem o que tinha acabado de fazer, um som irritante ecoava pelo seu quarto, um som que não parava de tocar – Céus! Será que ninguém está ouvindo isso? – Regina saiu de seu quarto, desceu as escadas e o som parecia aumentar e ninguém além dela parecia se importar com isso, o som vinha do lado de fora. Abriu a porta do castelo, mas não havia ninguém, nem um rastro e nem mais um som – Mas o que... – Regina abaixou-se para olhar bem para o que estava em sua porta, havia um cesto e dentro do cesto uma criança dormindo angelicalmente, parecia ter mais ou menos um ano, um cobertor branco e o nome “Alison” escrito em roxo cobria a garotinha – Quem trouxe você? – perguntou Regina pegando a garotinha nos braços, assim que tocou em Alison sua mente parecia está entrando em colapso, rostos desconhecidos e cenas onde ela aparecia em outro lugar com algumas crianças ao seu redor preenchia sua mente, alguém de costas usando uma jaqueta vermelha e usando um gorro na cabeça aparecia ao fundo, presumiu ser uma mulher já que tinha cabelos longos e dourados, não conseguia identificar quem era, pois a misteriosa mulher estava de costas. Sua mente voltou ao normal, a rainha parecia um pouco tonta e olhou novamente para a garotinha aos seus braços, sorriu com aquela pequena e frágil criatura. Regina olhou mais uma vez para o lado de fora e fechou a porta, levando a garotinha em seus braços – Alison... É um lindo nome – disse Regina para si. Subiu as escadas em silêncio, pela manhã resolveria o que fazer, por agora aquela garotinha teria que ficar segura e confortável e não em um cesto do lado de fora.

...

— Ez? Onde estamos? – perguntou Aria tremendo – Estou com frio Ez... – os dois estavam de frente para um enorme castelo... De gelo.

— Está tudo bem Aria, nós ficaremos bem... Teremos que ir até a porta, tenho minhas apostas de quem deva morar aqui – respondeu o garoto segurando a mão de Aria em uma tentativa de esquentá-la. Apesar da pouca idade, uma era filha de Gold e o outro de Zelena, saberiam muito bem se cuidarem sozinhos.

— Oi... – os dois olharam para trás ao ouvir uma voz estranha, Aria deu alguns passos para trás se assustando com o que estava vendo. Achou que aquele ser só existia em filmes – Meu nome é Olaf e gosto de abraços quentinhos – respondeu o pequeno boneco de neve falante – E vocês são...? – Aria e Ezra se olharam confusos.

— Olaf! – uma ruiva bastante ofegante apareceu ao lado de um alce e um rapaz engraçado – Quem são essas coisinhas fofas? – perguntou a mulher apertando as bochechas das crianças – Eu sou Anna, o bonitinho ali é o Sven, aquele com a cara emburrada é o Kristoff, não liguem para ele. Oh por céus! Eles irão congelar, Kristoff me passa seu casaco, rápido – Kristoff negou e Anna pegou a força e colocou em volta das crianças – Pronto, agora... Quem são vocês?

— Acho que eles são mímicos, eles não falam... – comentou Olaf sussurrando, Anna girou os olhos e esperou por uma resposta das duas crianças assustadas.

...

— Ei espera! Espera! – Emma andava sem dar atenção ao rapaz – EMMA! – Emma parou ao ouvir seu nome, o garoto se aproximou com cuidado para que Emma não fugisse.

— Como você sabe meu nome? – perguntou espantada. Ninguém naquele reino a conhecia – Quem diabos é você moleque?

— Já disse, eu sou seu filho – Emma já estava para virar as costas, quando Henry voltou a falar - Eu sei que parece loucura, eu sei disso. Mas você tem que me ajudar, por favor... Você é Emma Swan, filha do Príncipe Charming e Snow White. Por favor... Me ajude – implorou. Emma olhou para o garoto, não poderia dar as costas para ele – Você e Regina estão casadas, é o amor verdadeiro uma da outra. Vocês têm quatro filhos, eu Henry. As gêmeas Felicity e Clarke e a mais nova, Alison... Ela está com um ano e têm seus olhos e o sorriso de Regina – respondeu lembrando – Algo aconteceu e nos trouxe de volta para Floresta Encantada, vocês perderam a memoria e não se lembram de nada – Emma gargalhou com tanta hipocrisia – Alison a mais nova está perdida, eu preciso encontrá-la... Eu preciso que você mãe, lembre quem você é e nos leve de volta para casa – Henry terminou de falar com esperanças de que Emma fizesse algo para ajudar, ou ao menos se lembrasse de algo.

— Você é louco, garoto – respondeu Emma subindo em seu cavalo e saindo. Aquela conversa parecia de louco, balançou a cabeça não deixando as palavras daquele garoto tomarem seu tempo.

— VOCÊ TEM QUE LEMBRAR! – gritou Henry para a mulher que já estava distante. O garoto respirou fundo e voltou a andar de volta para as crianças, teria que encontrar outro modo. Teria que encontrar outras pessoas para ajudá-lo. Sorriu pensando em que poderia ser de grande ajuda.

...

— Como isso aconteceu? – Cora segurava a garotinha nos braços, seu sorriso poderia iluminar todo o reino.

— Por que está sorrindo, mãe? Isso é um desastre, o que vai acontecer com essa pobre criança? – perguntou Regina andando de um lado para outro, estava nervosa.

— Não é óbvio? – Cora voltou a olhar a filha, seu olhar já falava a resposta.

— Não mãe, você não está realmente pensando em ficar com ela não é?

— Eu? Claro que não querida – Cora foi até a filha e entregou a garotinha para Regina – Você ficará. Você não vê o que está acontecendo? Isso é um recomeço, minha querida. Essa é sua segunda chance e eu não vou deixar você jogar fora essa oportunidade – Alison sorriu para Regina e com sua pequena mão agarrou o dedo de Regina, logo gritando um “mah”, Cora gargalhou ao ouvir – Ela gosta de você – Regina não tirava os olhos daquela garotinha, Cora pôde jurar que viu os olhos da filha se encherem de lágrimas.

— Majestade? Disseram que estaria tudo bem se eu entrasse – Cora sorriu e virou-se para encontrar a cabeça de Emma na porta do quarto, enquanto seu corpo permanecia do lado de fora.

— Entre querida e, por favor, apenas Cora. – pediu a mais velha.

— O que essa invasora de reinos está fazendo aqui, mãe? – perguntou Regina olhando para Emma.

— Bom dia para você também Regina – respondeu Emma entrando no quarto.

— Para você é Majestade – respondeu ignorando o sorriso em Emma.

— Emma será minha guarda pessoal. Você sempre diz que eu preciso de alguém para me proteger caso aconteça algo, Emma é perfeita para isso – respondeu Cora sorrindo ao ver as duas trocarem olhares.

— Quando eu falei isso eu quis dizer um profissional que saiba se defender e que seja de minha confiança e não um ser qualquer que você encontra em uma vila – Emma sorriu ao ouvir as palavras de Regina, sorriu ainda mais ao perceber o bebê nos braços da mulher.

— Você ficaria surpresa se soubesse o quanto sei me defender, majestade. Ah, quase esqueci. Acho que você me deve desculpas por ter tentado arrancar meu coração ontem, não é tão educado fazer isso. E como falei ontem, não precisa arrancar meu coração para tê-lo – Emma piscou para Rainha, queria puxar Regina ao limite, ontem entre elas duas algo aconteceu e Emma tinha certeza de que não era apenas ela que havia sentido.

— Você tem que me agradecer por eu ter poupado sua vida, sua insolente. – respondeu Regina olhando Emma de baixo para cima, Emma deixou um sorriso de canto aparecer. Cora apenas observava tudo tentando esconder seu sorriso, ter encontrado Emma foi uma das melhores coisas que poderia ter acontecido. Regina olhou para Alison quando viu a garotinha dar os braços para Emma.

— De quem é esse bebê? – perguntou se aproximando. Emma não a pegou, mas ficou brincando com a garotinha nos braços da Rainha. Alison sorriu e Emma olhou para Regina – Ela tem seu sorriso, é sua filha? – perguntou um pouco triste, se fosse a filha da mulher suas chances com a Rainha provavelmente iriam de agua abaixo.

— Não. Dá para acreditar que deixaram essa garotinha na porta do nosso castelo? Não sabemos quem foi, a única coisa que sabemos é o nome dela porque está em seu cobertor – respondeu Cora indo em direção a cama de Regina para pegar o cobertor que havia vindo com a garotinha. Emma fazia careta e a garotinha gargalhava alto fazendo Regina segurar o sorriso para não mostrar simpatia para Emma. A loira então pôde perceber o quão aqueles olhos a sua frente era parecidos com os seus, verdes como esmeraldas – Aqui – Cora entregou o pequeno cobertor para Emma.

— Alison... – Emma olhou para a garotinha que sorria e depois para Regina que agora também sorria, ela podia jurar que eram o mesmo sorriso, e os olhos parecidos com o seu. Lembrou-se daquele garoto que a parou no meio da estrada e disse aquelas loucuras, lembrou-se do nome da irmã que ele estava à procura, irmã no qual ele dissera ser filha dela e Regina. Emma balançou a cabeça recebendo olhares curiosos das duas rainhas, aquilo não poderia ser verdade, não fazia sentido. – Volto já – respondeu Emma olhando para Cora, a mais velha ficou preocupada, pois a garota parecia bem nervosa. Emma fechou a porta atrás de si, olhou para os lados e ao ver que não tinha ninguém usou sua mágica para desaparecer, desejando reaparecer onde aquele moleque estava.

— O que deu nela? – Cora havia ficado intrigada com a repentina mudança de humor da garota.

— Está vendo? Essa mulher é um problema, mãe. É melhor livrar-se dela enquanto ainda há tempo – respondeu Regina enquanto sorria para a pequena em seus braços.

...

— Okay. Você tem cinco minutos para me contar o que diabos aconteceu com você e o que eu tenho a ver com isso tudo. – disse uma Emma assustada com os últimos acontecimentos, estava intrigada e precisava de respostas – E quem é essa gangue? – perguntou olhando para um bando de crianças que sorriam para ela como se ela fosse alguma atração de festival. Henry sorriu e levantou-se da cadeira indo até sua mãe.

— Era uma vez...


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Notas finais do capítulo

Então...?
Bom no proximo capitulo e nos seguintes irei mostrar como e onde estão os outros personagens... e vou traze-los todos para o mesmo lugar, no caso, a Floresta Encantada. Enfim...me falem o que estao achando.
Bjors