Keeping Up With Swan Queen escrita por Sky


Capítulo 13
That One With The New Life


Notas iniciais do capítulo

Ola ola, voltei...
Boa leitura.



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...

A respiração pesada poderia ser ouvida a distâncias, não sabia que seu cavalo poderia correr tão rápido até que a situação em que estava o permitiu, apesar de está muito escuro por causa da noite, a mulher insistia em olhar para trás para ter a certeza de que não estava sendo seguida.

— Mais rápido Jon! – pediu a mulher ao seu cavalo. Se o animal pudesse falar, com certeza já teria mandado aquela mulher para um lugar que ela não gostaria – Vamos! – pediu segurando firme as rédeas no animal. O cavalo parou bruscamente quando se assustou com outro animal – Essa não. – comentou ao ver de quem se tratava, o lobo a sua frente foi rapidamente transformado na pessoa de origem.

— Onde está indo, princesa? Tenho certeza de que a Rainha não sabe desse seu passeio, estou certa?

— O quê? Agora você é algum tipo de guarda pessoal mandado pela minha mãe? – perguntou enquanto descia de seu cavalo.

— Princesa... O que pensa que está fazendo? A Rainha deve está mandando todos do reino a sua procura – Ruby se aproximou da loira que sentou no tronco de árvore ao lado do cavalo.

— Você pode parar de chamar minha mãe de Rainha e eu de Princesa? Isso me incomoda.

— Eu não quero ser petulante chamando-as pela o primeiro nome – Emma girou os olhos com a resposta da mulher.

— Você conhece minha mãe há anos, me surpreende ela nunca ter pedido para você deixar de chamá-la de Rainha – comentou Emma sorrindo com o pensamento. Ruby era quase da família, mas insistia em tratar a família real como tal.

— Acredite ela prefere assim, Snow mudou muito nos últimos anos. Mas voltando ao assunto, você estava fugindo não é mesmo? – perguntou Ruby, Emma olhou para a mulher. Apesar de ter perguntando, Ruby sabia exatamente a resposta para aquela sua pergunta.

— Eu tenho que fazer isso, Ruby. Você consegue ver o que está acontecendo ali, não é? Minha mãe quer que eu seja alguém que eu nunca serei capaz de ser, eu não vou casar com aquele homem, não vou ser a Rainha do Reino Branco, eu não serei Snow – Emma estava cansada de sempre atender as expectativas de sua mãe, a ultima da mulher era casar Emma com um tal de Rei Arthur, era demais para a princesa. Então ela fugiu, ao menos era o que estava tentando fazer.

— Ela só quer seu bem, Emma. Ela ama você – retrucou Ruby mesmo sem acreditar em suas palavras, Emma girou os olhos com a resposta da mulher e depois gargalhou.

— Por favor, Ruby. O Reino Branco está em crise, ela queria que eu casasse com esse Rei apenas para que a dívida do Reino fosse paga. Sinto em partir apenas por causa do meu pai, ele é o único que realmente se importa comigo – Emma levantou-se e foi até Jon, seu cavalo, pegou algum legume do saco preso ao lado do animal e o alimentou.

— E para onde você pensa em ir? – perguntou também se levantando. Emma sorriu e virou seu rosto apontando para o lugar – Não, não, não Emma! Você enlouqueceu? Não pode ir para lá? Esqueceu-se do acordo? – Ruby não estava gostando nada daquela noticia.

— Um acordo sem sentindo, devo dizer. Isso foi há anos, tenho certeza de que ninguém lembra e ninguém presta atenção a quem entra ou sai. O Reino das Trevas não deve ser tão ruim assim – explicou Emma passando a mão pelo seu cavalo e plantando um beijo nele. Há muito tempo, no primeiro ano de vida de Emma foi feito um acordo entre Snow White e a Rainha Má. A Floresta Encantada havia sido dividia, a maior parte foi para a Rainha Má e Snow ficou com a outra parte. O Reino das Trevas e O Reino Branco. O acordo era ninguém entrar no reino do outro. Nenhum morador do Reino Branco poderia entrar no Reino das Trevas e vice-versa, porém, vez ou outra Regina quebrava o acordo e travava uma nova guerra.

— Você é louca? Se a Rainha Má descobre que alguém do nosso Reino pisou lá, ela sem piedade alguma arranca o coração da pobre pessoa, se ela descobrir que você está lá, a filha de Snow White... Não quero nem imaginar o que possa acontecer – Ruby não deixaria isso acontecer. Sua amizade com Snow pode até ter enfraquecido com os anos, porém com a Princesa Emma o afeto só aumentava.

— Ela nem ao menos sabe quem sou, Ruby. E pensando agora, eu também não sei quem ela é, a Rainha Má sempre foi um assunto proibido naquele castelo. Tenho certeza de que é uma velha corcunda com verruga no nariz que oferece maçã envenenada para princesas indefesas, não é? – Emma gargalhou com seu pensamento e Ruby não pôde deixar de sorrir. A princesa subiu em seu fiel escudeiro, preparada para sua nova jornada.

— Argh! Você é igual sua mãe, teimosa! – Ruby fez menção em subir no cavalo, Emma olhou desconfiada para a mulher – O quê? Acha mesmo que vou deixar você sozinha nessa? Está enganada, agora me ajuda aqui – Emma sorriu e deu a mão para a mulher, Ruby subiu e segurou-se em Emma – Odeio cavalos. – respondeu com medo. Jon relinchou e levantou suas patas da frente, Ruby jurou que iria cair – EMMA! – Emma sorriu e ordenou ao cavalo que andasse.

...

— Você pode se acalmar? Tenho certeza de que ela deve está apenas conversando com Aurora, querida. Emma não iria fugir – Charming tentava acalmar sua esposa que parecia mais estressada do que o normal.

— Ela fugiu Charming! Ela fugiu. Ela faz isso apenas para me deixar enlouquecendo, por que ela não poderia ser igual às outras princesas? Usar vestidos, ser educada, sonhar com seu príncipe encantado, casar e ser rainha? Porque ela não pode ser normal? – Charming odiava quando Snow falava coisas desse tipo, fazia parecer que Emma era uma pessoa qualquer e não filha dela.

— Não tem nada de errado com nossa filha. Quem se importa se ela não gosta de vestidos ou não sonha com príncipe? Não há nada de errado com isso, Snow. Você tem que parar de falar coisas desse tipo, senão um dia perderá Emma para sempre – Charming saiu do quarto ainda furioso. Sabia que sua filha havia fugido, sabia também o motivo da fuga, entendia os motivos da filha e confiava nela. Naquele momento ele só queria que ela estivesse bem, ou melhor, ficasse bem.

Snow continuou olhando para a paisagem de seu quarto, ao redor conseguia ver todo seu reino, sempre iluminado e cheio de vida. À frente, bem a frente conseguia ver árvores enormes e sem vida, como se tudo que desse naquelas árvores fosse frutos podres, um lugar onde o sol parecia nunca alcançar, um lugar sombrio que todos temiam, o Reino das Trevas. Snow estava pedindo aos céus que esse não tenha sido o destino de sua filha, sua pequena Emma.

...

— Só uma perguntinha... – começou Ruby enquanto o cavalo começava a cavalgar mais lento, já chegando ao destino desejado – Seu cavalo não era Branco como a neve? – Emma tinha uma expressão culpada.

— Bom... Já que estávamos indo para um lugar diferente eu quis adaptá-lo. Um pouco de tinta preta não deve fazer mal, e Jon adorou, não foi garotão? – o cavalo relinchou e Emma sorriu.

— Bom, acho que as pessoas ficarão bem surpresas quando a tinta começar a escorrer – comentou Ruby gargalhando com a ideia que Emma teve – Bom princesa, chegamos – o cavalo parou e Emma parou para olhar a sua frente.

Certamente não era um lugar convidativo. Estava bem escuro por causa da noite, porém o que dava mais calafrios era aquele ar assombroso, coisa que não se sentia no Reino Branco. A loira olhou para trás e depois para frente novamente, deu ordem para seu cavalo continuar a andar e ele a obedeceu. Emma e Ruby observavam tudo e todos, homens falando alto enquanto bebiam na frente de uma caverna, casas pequenas caindo aos pedaços, um grupo de crianças brincando o que fez Emma sorrir. A princesa tinha certeza de que tudo o que falavam sobre esse reino era mentira, ou pelo menos boa parte era mentira. Talvez ela pudesse se encontrar naquele novo reino.

...

— Animada para amanhã, minha querida? – Cora fechou a porta atrás de si e se aproximou da filha. Regina olhava fixamente para fora da janela, observava seu reino como se algo houvesse mudado e ela tentasse saber o que era – Querida? – Regina olhou para trás e forçou um sorriso para a mãe.

— Perdoe-me... Falava? – indagou com total atenção para sua mãe.

— O que houve minha querida? Está se sentindo bem? – Cora se aproximou da filha e tocou seu braço, Regina lhe deu um sorriso que a mulher não se convenceu.

— Estou bem, mamãe... Você estava falando sobre o quê mesmo? Minha cabeça estava longe – respondeu sentando-se na cama e sendo acompanhada por Cora.

— Perguntei se estava animada para amanhã.

— Mamãe, eu não sou mais uma princesa. Esse baile que você insistiu que fosse feito é uma perda de tempo – Regina odiava a ideia de fazer um baile, para ela isso era humilhante, pois sabia que sua mãe estava fazendo isso em uma tentativa de que ela encontrasse um bom partido, ou melhor, que ela se apaixonasse.

— Não é perda de tempo, você não precisa escolher um amanhã. Apenas se divirta, dance com alguns rapazes elegantes e de boa aparência, se caso você se encantar com algum deles ótimo, se não tudo bem... – Regina sorriu e sua mãe a abraçou – É seu aniversário minha querida, tente se divertir...

— Tudo bem, mamãe. Prometo me esforçar.

— E ainda chamam você de Má – Regina respirou fundo ao ouvir a voz irritante que tanto odiava.

— Por que não me deixou matá-la na infância? – perguntou Regina olhando para sua mãe. Cora sorriu, pois já estava acostumada com aquelas brigas.

— Que graça teria sua vida sem mim nela, irmãzinha? – Zelena se aproximou e se juntou a sua família – Então, um passarinho negro me contou que os príncipes e reis mais maléficos e atraentes de todos os reinos estão vindo especialmente para o baile da minha irmãzinha.

— Ouviu isso querida? Eles estão vindo especialmente para você – Cora parecia mais animada do que a própria Regina.

— É irmãzinha, eles estão vindo para você – Zelena tinha um sorriso cínico, como se soubesse de algo sobre Regina – Afinal, quem não viria? É a Rainha Má... ou será que a Rainha não gos

— Zelena! Basta! – ordenou Regina levantando-se. Zelena gargalhou e foi até sua irmã.

— Bom, mal posso esperar por amanhã e imagino que você também não – Zelena não tirava o sorriso ao falar com a irmã, Regina estava a uma palavra de atacar sua irmã. – Boa noite, mamãe – Cora desejou o mesmo e observou sua outra filha sair.

— Argh! Eu a odeio. Desde que ela foi embora de Oz e voltou para cá minha vida voltou a ser um inferno. – Cora levantou-se e tocou o ombro da filha, acalmando-a

— Ela faz isso apenas porque sabe que você se chateia. Depois que ela deixou Oz e Glinda ela se tornou uma pessoa ainda mais amarga.

— Se você me deixasse já teria resolvido isso há muito tempo, aposto que sem o coração ela não sentiria mais nada.

— Querida que espécie de mãe eu seria se deixasse você esmagar o coração de sua própria irmã?

— Uma mãe maravilhosa – retrucou Regina. Cora gargalhou e a abraçou.

— Tenha uma boa noite minha querida, amanhã será um grande dia – Regina levou sua mãe até a porta e fechou.

A Rainha voltou até sua janela, olhou bem para o local que havia chamado sua atenção a mais de uma hora, o Reino das Trevas era conhecido por ser exatamente um lugar sombrio, porém de repente uma luz havia iluminado um certo local, não sabia o que era ou o por que daquilo, mas que era estranho era. Regina fechou a janela e foi se preparar para dormir, amanhã seria um longo dia e precisava está descansada.

...

— Não... Isso não está acontecendo Henry. Você está apenas dormindo – Henry falava para si mesmo ao olhar ao redor de onde estava. Cavalos para todo lado, homens em armaduras negras, carruagens, mulheres vestidas como se fossem alguma bruxa – Isso não está acontecendo – repetia para si mesmo.

— Cuidado garoto! – resmungou um homem ao passar correndo pelo garoto.

— Ei... Ei... Estou perdido, você pode me dizer onde estou? – perguntou Henry para uma velha mulher que cuidava de uma barraca de maças.

— Antes era conhecida como Floresta Encantada, mas hoje é apenas o Reino das Trevas, querido. Está muito longe de casa não é? – gargalhou a mulher ao ver o terror nos olhos do rapaz.

Henry deu alguns passos para trás e depois correu, correu o mais rápido que pôde. Não poderia acreditar naquilo, era apenas um pesadelo que ele estava tendo dificuldade em acordar. O garoto acabou parando em uma casa que parecia abandonada, entrou no local sem ao menos saber o que estava fazendo. Assim que abriu a porta sentiu algo colidir com sua perna, depois sentiu leves golpes nas suas costas e alguém subindo nele.

— HEN? – quando Henry olhou para ver quem era quase não acreditou – Parem, é o Hen – disse Felicity para os demais.

Todos os que estavam ali abraçaram o garoto, aliviados por encontrarem alguém conhecido. Felicity, Clarke, Lexa, Oliver, Amy, Karma, e Neal estavam ali, apavorados. Henry olhou para as crianças e os agarrou em um grande abraço.

— Hen... Eu tô com medo – respondeu Amy se aproximando do garoto.

— Mais que diabos está havendo? O que vocês estão fazendo aqui? O que eu estou fazendo aqui? O que houve? – perguntou Henry fechando a porta da velha casa. Todos começaram a falar o que havia acontecido, mas Henry não conseguia entender nada – Apenas um fala. Neal o que houve? – o garoto deu de ombros e Henry girou os olhos.

— Ontem estávamos em casa e de repente uma luz estranha apareceu, estávamos com vovó Snow e Cora, quando isso aconteceu, elas nos levou para mamy e mamãe, lá estava todo mundo... Os pais de todos nós – começou Felicity explicando o que havia acontecido.

— Quando encontramos nossos pais essa luz ficou forte e ninguém conseguia ver, quando abrimos os olhos a gente estava caindo em um buraco muito grande – completou Lexa.

— Mamãe e Moomy não nos falaram o que era, mas temos certeza de que foi algo com o livro. Ouvi o pai da Lexa dizer que se o livro fosse destruído nós viríamos para alguma coisa encantada – complementou Oliver. Henry então acreditou nas palavras daquela velha quando disse onde ele estava.

— Mamy disse para sermos fortes e cuidar da Ali, mas não quero mais ser forte Hen. Quero mamy e mamãe de volta... – pediu Clarke querendo chorar.

— O livro foi destruído? Estamos mesmo na Floresta Encantada, precisamos encontrar nossos pais – respondeu Henry para o grupo de crianças – Espera, se estamos todos aqui, onde está Ezra e Aria? ONDE ESTÁ ALISON? – perguntou o garoto sentindo falta das crianças, principalmente sua irmã mais nova.

— Não sabemos, quando acordamos não tinha mais ninguém além de nós – respondeu Neal.

— Droga! O que faremos? – o garoto não tinha ideia do que fazer, sentou-se em uma das cadeiras, precisava fazer algo.

— A xerife era a Salvadora não era? Ela é sua mãe, é sua vez de seguir os passos dela – respondeu Lexa para Henry, o garoto olhou para a garotinha e automaticamente lembrou-se daquela frase no biscoito da sorte, era um aviso, ele precisaria ser o herói.

— Precisamos encontrar minha mãe Emma. – respondeu Henry levantando-se – Iremos encontrar todos, mãe, mamãe, Ali, Ezra, Aria e nossos pais.

— Promete? – perguntou Felicity. Henry afirmou sorrindo, iria encontrar todos – Hen... Estou com fome.

— Antes de qualquer coisa prestem atenção. Esse será nosso esconderijo, nunca, em hipótese alguma deixem alguém sozinho. Fiquem juntos o tempo todo, entenderam? – pediu o garoto. Todos concordaram – Agora, precisaremos fazer algo, porém é totalmente errado e não podem repetir isso nunca mais, okay? – Henry começou a contar o plano para as crianças, precisavam se alimentar e claramente não tinha a moeda daquele reino, precisariam pedir “emprestado”

...

— Olhem é a Rainha de Copas – falou um dos homens.

Cora sorriu e continuou a andar, precisava de frutas frescas e o melhor lugar para se encontrar era na vila que ficava longe de seu castelo. Havia varias barracas e pessoas gritando seus produtos. Apesar da insistência de Regina em que a mãe levasse um de seus cavalheiros, a mais velha recusou, não tinha o que se preocupar, duvidava que alguém fosse capaz de fazer algo com ela.

— Querido, essas maçãs estão frescas? – perguntou Cora parando em uma barraca e pegando uma maçã. O rapaz apenas balançou a cabeça afirmando, sua língua presa com medo da mulher a sua frente – Ótimo, levarei dez dessas – Cora sorriu para o homem e pegou quatro moedas de ouro do saco em sua mão, quando estava entregando ao rapaz sentiu alguém puxar o saco de moedas de sua mão. O ladrão tomou alguns segundos para observar a mulher que estava roubando, sorriu e correu. Cora estava para lançar alguma magia quando percebeu o que estava acontecendo.

— Isso não pertence a você! – uma garota loira e com uma espada na mão apontava para o ladrão. O rapaz bateu na mão da garota fazendo sua espada cair, a loira correu em direção do rapaz enquanto era observada por uma plateia apavorada – Me entregue as moedas ou eu juro que cortarei sua outra mão! – ameaçou voltando a apontar a espada para o rapaz, porém agora em sua garganta.

— São apenas dez moedas – respondeu o pirata entregando o saco com moedas para a loira.

— Não importa quanto seja, você não tem o direito de roubar algo que não é seu – a loira guardou sua espada e puxou o rapaz pelo o casaco de couro que ele usava. Levou o rapaz até a vitima e o jogou nos pés da mulher – Peça desculpa – ordenou. O homem levantou-se e olhou para mulher mais velha – Não me faça usar a espada novamente.

— Perdoe-me... – pediu o pirata. Cora sorriu, nem parecia que havia sido roubada – A propósito, meu nome é Killian Jones... Ou simplesmente Hook – respondeu mostrando o gancho e sorrindo maliciosamente para mulher que havia roubado.

— Você pode ir agora! – ordenou a loira fazendo o pirata sair daquele local.

— Aqui está, senhora. Creio que todas suas moedas estão aqui – respondeu entregando o saco de moedas, Cora sorriu e pegou de volta.

— Achei você! Onde se escondeu? – Ruby apareceu ao lado das duas, estava ofegante por ter corrido em busca da amiga – Hum... – Ruby deu um passo para trás reconhecendo aquela mulher, tinha quase certeza de que a Rainha também havia reconhecido ela.

— Isso é seu, querida – entregou Cora o saco cheio de moedas para Emma – Aceite como uma espécie de recompensa por ter feito essa gentileza por mim.

— Não, estou bem. Só fiz o que qualquer um faria no meu lugar – respondeu Emma recusando as moedas.

— Ninguém se moveu quando eu fui roubada querida, você foi bastante corajosa. Os moradores daqui podem ser bastante perversos e você não teve medo.

— Precisa muito mais do que um pirata com um gancho na mão para poder me assustar. Tem certeza de que está bem? Ele não machucou você com aquele ganho? – perguntou olhando para o braço da mulher.

— Estou bem querida, obrigada – Cora tinha certeza de que aquela garota não pertencia aquele reino, e sua amiga que estava ao lado parecendo bastante nervosa lhe era familiar, ela só não se lembrava de onde conhecia aquele rosto – Posso saber o nome dessa minha valente salvadora?

— Emma Char – Emma estava para falar Charming quando Ruby lhe beliscou, Cora arqueou uma sobrancelha ao ouvir a mulher. Emma engoliu a seco, a frente conseguiu ver alguns cisnes no lago e sorriu olhando para Cora – Swan. Emma Swan – apresentou-se.

— É um prazer conhecê-la, Emma Swan. Já que não aceitou minha pequena recompensa, quero lhe oferecer algo e também pedir – Cora fez um movimento curvo com a mão e de repente apareceu dois envelopes em sua mão – Quero lhe oferecer esses dois convites, um para você e outro para sua... Amiga – Cora parou seu olhar em Ruby tentando lembrar-se de onde conhecia aquele rosto – E quero lhe pedir que compareça, é um baile que acontecerá hoje no meu castelo. Por favor, compareça... Será um prazer revê-la – Emma pegou os envelopes e sorriu, agradecendo. Cora pegou suas maçãs e começou a andar em direção a sua carruagem.

— Não, não me olhe assim Emma. Não vamos a esse baile, enlouqueceu? Todos os vilões devem está reunidos nesse baile – respondeu Ruby não gostando daquele sorriso nos lábios da amiga.

— Iremos Ruby, quantas vezes teremos a oportunidade de ir a um baile das trevas? Isso vai ser tão divertido – comentou Emma sorrindo e guardando os convites.

— Você vai me meter em confusão novamente, eu es – Ruby parou de falar ao ouvir uma gritaria, as duas olharam para trás e viram uma banca caída ao chão com suas frutas rolando a ladeira, e um grupo de crianças correndo com as mãos cheias de frutas. Emma correu deixando Ruby parada – Quando eu vou deixar de entrar em confusão por esses Charmings? – se perguntou respirando fundo, correu tentando acompanhar Emma e aquele grupo de crianças.

— Ei! Parado! – Henry parou ao reconhecer a voz, virou-se lentamente e sorriu ao ver quem era. O garoto se aproximou, mas Emma manteve sua espada no meio deles dois. Depois de alguns segundos Emma abaixou sua espada, algo naquele garoto fez alguns flashes de imagens piscarem em sua mente, nunca havia visto o garoto, mas seu rosto continuava a piscar em sua mente – Quem diabos é você? – perguntou dando um passo para trás. Henry tirou o sorriso dos lábios ao perceber que Emma não o reconhecia.

— Meu nome é Henry, eu sou seu filho – respondeu. Emma deixou sua espada cair enquanto sua mente parecia está descontrolada, vozes e imagens apareciam em sua cabeça, depois tudo parecia um borrão. Emma caiu no chão sentindo uma dor infernal na cabeça, Henry tentou ajudá-la, porém Ruby apareceu pronta para atacá-lo, foi quando ele correu o mais rápido que pôde.

— Emma? Emma? Você está bem? – perguntou ajudando sua amiga a levantar.

— Estou, foi só uma pontada na cabeça – respondeu procurando por aquele garoto – Onde eles foram?

— Fugiram, não adianta ir atrás deles. Já devem está muito longe.

...

— Fecha, fecha! – pediu Karma apontando para porta. Henry fechou a porta, trancando com a fechadura. Colocaram as frutas que conseguiram pegar sobre a mesa.

— Nunca façam isso, dessa vez foi realmente preciso. – advertiu Henry.

— Por que corremos? Era sua mãe e a mãe da Amy e do Oli – comentou Lexa não entendendo o motivo de terem fugido de Emma e Ruby.

— Não sei o que houve, mas elas não se lembram de nós. Emma me olhou nos olhos e não lembrou.

— O QUE SERÁ DE NÓS AGORA?! – perguntou Karma preocupada.

— As memorias deles não devem ter ido embora, confie em mim, eu vou fazê-los lembrar de tudo. Nós vamos fazê-los lembrarem – Henry sabia exatamente o que fazer – Agora vamos comer, eu tenho um plano.

...

— Por que demorou tanto, mãe? – perguntou Regina vendo sua mãe aparecer novamente no castelo.

— Você não vai acreditar no que aconteceu, fui roubada – respondeu Cora com um sorriso nos lábios, se aproximou da filha e lhe plantou um beijo no rosto.

— O QUÊ?! DIGA-ME COMO ERA ESSE BASTARDO QUE EU IREI ENCONTRÁ-LO E FAZÊ-LO SOFRER! – Cora gargalhou e balançou a cabeça desaprovando a atitude da filha – Eu sei que você pode se proteger mãe, por céus você é a Rainha de Copas, porém andará com um cavalheiro de minha confiança. – disse preocupada. Aquele reino era cheio de pessoas malignas sem pudor, não deixaria que ninguém fizesse algo com sua mãe.

— Uma jovem mulher me defendeu, pegou o crápula do ladrão e o fez devolver as moedas. Você precisava vê-la, destemida, educada, de boa aparência... Agora que você mencionou, acho que preciso mesmo de um cavalheiro e aquela adorável mulher poderia sem ajuda de ninguém me proteger – Regina gargalhou e negou.

— Onde está essa corajosa criatura que ajudou minha mãe? Preciso oferecer uma recompensa.

— Espero que não tenha problema, eu a convidei para o baile hoje à noite. – respondeu Cora sorrindo, Regina deu de ombros não dando muita importância – Você já deu uma olhada lá fora, minha querida? – Cora pegou a mão de sua filha e caminhou com a mulher até o gigantesco jardim – Olha que lindo está esse dia, desde que o reino foi dividido não vejo um sol desses. Parece que algo está mudando, não acha? – Regina estava maravilhada com a vista, a luz do sol batia em suas flores e davam uma cor vibrante ao jardim, definitivamente estava um dia lindo – Sorria minha querida, coisas boas estão para acontecer – Regina soltou um riso desacreditando nas palavras da mãe.

...

— Ei, o que está fazendo? – sussurrou Clarke para a amiga. O dia havia passado voando, já estava escuro e o cansaço havia atingido a todos que já dormiam. Henry conseguiu acender a lareira daquele casebre para esquentar um pouco.

— Vocês já acharam seus pais, eu não. Tenho que encontrá-los – sussurrou Lexa colocando algumas frutas no saco, estava determinada em partir.

— Você não pode fazer isso, Lexa. Você não sabe onde eles estão – Clarke não queria deixar Lexa partir, não poderia deixar isso acontecer.

— Eu tenho que ir, Clarke. Todos acham que meu pai é um monstro e tenho certeza de que Henry não vai procurá-lo, então eu vou – Clarke segurou a mão de Lexa e a abraçou.

— Não vai Lex, não vai... – pediu. Lexa soltou a sacola com frutas e abraçou a amiga – Se Henry não fizer isso, prometo te ajudar a encontrar sua mãe e seu papa – prometeu Clarke.

— Promete? – perguntou Lexa sorrindo ainda abraçada a loira.

— Prometo – então Lexa cedeu, iria ficar.

...

— Não acredito que você me convenceu a vir até aqui, olha isso Emma – sussurrou Ruby vendo os maiores vilões de todos os reinos passarem por elas – Odiei esse vestido, vermelho é minha cor e não a sua – reclamou. Ruby usava um vestido deslumbrante branco, todos que passavam por elas paravam para olhar a beleza daquelas duas mulheres. Emma usava um vestido vermelho, nos lábios também usava vermelho contrastando perfeitamente com a pele branca e os cabelos dourados.

— Ruby, eu ainda não sei usar minha mágica muito bem. Agradeça por eu ter conseguido nos preparar dessa forma, estamos magnificas. Agora para de reclamar e aproveita a festa, quem sabe você encontra algum pretendente.

— Tudo o que eu menos quero é um Rumpelstiltskin dormindo ao meu lado – retrucou entrando com Emma no castelo. As duas pararam para olhar em volta, tudo estava magnifico, o salão estava cheio de pessoas elegantes, de boa aparência, se não fossem tão perversos Ruby até poderia cair na lábia de algum deles.

...

Regina não aguentava mais dançar com homens repugnantes que ao invés de olharem para seus olhos, olhavam descaradamente para seu decote. A rainha fazia questão de pisar no pé toda vez que pegava eles admirando a pele exposta da mulher.

— Se divertindo irmãzinha? – Zelena gargalhou e entregou uma taça de champanhe para a irmã.

— Deixe sua irmã em paz, Zelena – respondeu Maleficent defendendo sua amiga. Zelena girou os olhos e permaneceu calada – Não está se divertindo, querida? – Maleficent se aproximou da amiga e Zelena pela segunda vez naquela situação girou os olhos, era notável que aquele dragão sentia algo por sua irmã.

— Por mim esse baile não tinha acont – Regina parou de falar quando se esqueceu das palavras.

— Regina? Regina? – chamou Maleficent, porém a Rainha tinha sua atenção em outro lugar, do outro lado do salão.

**

— Quem é aquela linda criatura? – Ruby acompanhou com os olhos o que Emma estava vendo. Deixou sua taça cair ao ver de quem se tratava, isso definitivamente não poderia acontecer.

— Acho que está na hora de ir, Emma. Emma? Emma! – Ruby beliscou a amiga, porém ela não pareceu sentir nada, entregou sua taça a Ruby e caminhou.

Regina havia passado a noite forçando sorrisos, fingindo está se divertindo. Mais um ano estava se passando para ela e continuava tudo do mesmo modo, quando resolveu levantar bandeira branca para Snow e dividir o reino tudo pareceu ficar tedioso. Ela parecia pertencer a um lugar velho e solitário. Naquela noite apesar de tantos rostos, um lhe chamou atenção no meio daquela multidão, Regina estava encantada.

Olhava para a mulher que havia chamando sua atenção, pele branca como a neve, lábios vermelhos como sangue e olhos que ela nunca havia visto antes, apesar de está distante poderia ver claramente o brilho dos olhos. Se perguntou se já havia visto aquela figura, algo naquela mulher lhe parecia familiar, algo naquela mulher lhe estava fazendo sentir algo estranho ou talvez ela apenas havia bebido demais para aguentar aquela noite.

Do outro lado da sala Emma se aproximava, seus olhos nunca desviando dos da mulher que ela havia se encantado a primeira vista, algo dentro dela insistia para que ela se aproximasse, não sabia o por que, mas precisava se aproximar, precisava saber mais sobre aquela mulher. Parou em um certo ponto quando percebeu que a mulher também se movia, como se estivesse vindo de encontro a ela. Emma sentiu suas bochechas corarem, seu coração bater em um ritmo descompassado, ouviu diversas vezes seu pai contar como conheceu sua mãe, em como ele se sentiu quando se encontraram. Emma não poderia dizer que sentia o mesmo naquele momento, mas a medida que a mulher se aproximava ela começava a mudar de ideia.

Finalmente ficaram perto o suficiente para saber que nenhuma das duas era uma miragem, Regina e Emma estavam próximas, não falavam nada... Se fosse com outras pessoas certamente aquele momento seria algo desconfortável, porém por mais estranho que parecesse elas não estavam desconfortáveis. Emma teve a mesma sensação de mais cedo quando viu aquele garoto, parecia que ela conhecia a mulher a sua frente, fechou os olhos por alguns momentos, quando abriu novamente Regina olhava para ela confusa.

Lá estavam elas, mais uma vez, uma diante da outra, exatamente como na primeira vez em que se conheceram. Porém, desta vez, elas já estavam apaixonadas.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam dessa nova jornada? Me falem o que acharam, nos proximos caps aparecerá os outros...
Bjors sz