Flourish escrita por Moon writer


Capítulo 4
Cabana marcada


Notas iniciais do capítulo

Estou super feliz com essa fanfic! A primeira que está tendo um bom destaque no meu perfil, agradeço a todos que estão acompanhando a história de Karen e seus desenganos e acertos no amor. OBRIGAAADO!

Boa leitura! XD



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A noite estava calma, as poucas estrelas que havia no céu brilhavam forte e lindamente e eu e Isabella estávamos quietas, sentadas de frente para o hotel. Não sei quanto tempo já estávamos daquele jeito, mas eu precisava ir.


– Adorei seu corte de cabelo. - Ela disse.


– Nunca gostei de cabelo comprido, só usava porque minha mãe gostava, mas depois que me assumi não me importei mais em agradar ninguém.


– Você o que? - Ela me olha espantada.


– Me assumi... Lésbica. - Não havia motivos para ter segredos com ela.


– Nunca pensei que fosse capaz, Karen... Você sempre fugiu de tudo. - Eu não tinha ouvido aquilo.


– É, eu também não. Mas fui. Muita coisa mudou em mim. - Eu estava calma... Por fora. Meu interior gritava desesperadamente, mas eu não poderia deixá-lo tomar conta de mim, precisava mostrar a ela a Karen evoluída que me tornei.


– E como seus parentes reagiram?


– Foi péssimo e eu não quero falar sobre isso, Isabella.


– Ah, por favor.


– O que houve? - Não pude conter uma ponta de dissimulação na minha voz.


– Não me chame de Isabella... - Ela parecia não querer olhar para mim.


– Mas esse é seu nome, não? - Isabella se levanta e para na minha frente, demonstrava irritação.


– Por que está agindo assim? - Ela cruza os braços. Levanto-me também e nossos olhos se encontram.


– Você quer os motivos? Hein? - Ela desvia eu olhar do meu e resmunga:


– Não tive culpa de você ter gostado de mim.


– Ah, faça-me o favor. - Não adiantava, nunca teríamos uma conversa sem brigas. Não mais. Começo a caminhar, mas paro e volto para ela. - Antes que fale, não estou fugindo. Estou desistindo, assim como fiz da ultima vez.


– Como eu fiz também. - Ela diz de cabeça baixa.


– O que disse? - Pergunto confusa.


– Naquela noite, quando você foi embora. Eu queria...


– O que você queria, Isabella? - Meu coração começa a bater forte.


– Queria ter dito que também gostava de você. - Ela me olha e... Sorri.


Do que ela estava falando? Gostar de mim? Mas quando... Como? Só podia ser uma brincadeira, ela estava se divertindo comigo.


– Eu não estou entendendo. - Digo, ainda tentando digerir suas palavras.


– Quando conversamos de manhã cedo, eu já estava cheia de dúvidas quanto a nós duas. O dia foi passando e minha dúvida foi dando lugar a uma resposta, graças as ações do Lucas. E naquela noite... Quando eu e ele... Bem, eu tive a certeza. - Seus olhos claros me fuzilavam e eu não conseguia desfiar meu olhar, queria enfrentar aquilo de frente. - Você era a pessoa da qual eu gostava.


– Está se ouvindo? Precisou você transar com um cara, precisou você sentir prazer com outro para perceber que gostava de mim?


– Karen, você não entende... - Suas palavras me deixavam furiosa, não acredito no que estava me dizendo. Parecia que ela não tinha crescido.


– É claro que não!


– Eu fui molestada. Naquela noite... O Lucas me estuprou.


Um peso comprime o meu peito me deixando tonta, minha respiração enfraquece. Não sei porquê, mas... Eu senti a angustia vinda das palavras dela. Estupro... Ela passou por isso?


– Mas como? - Pergunto.


– Antes do luau, nós fomos para uma cabana afastada da casa do Fábio.


Flashback on


Você tá quieta, o que houve? - O moreno pergunta, percebendo que sua namorada não havia falado nada desde que se afastaram do resto do grupo.


– Estou bem. Eu só... Ah, na verdade não é nada mesmo.


– Tudo bem. - Ele diz por fim. - Olha, já estamos chegando. - Lucas aponta para uma cabana velha e aparentemente abandonada, em algum lugar desconhecido por Bella da praia.


– Que lugar é esse? - A menor pergunta. Não aparentava, mas ela começava a se assustar com a ideia de ficar a sós com seu namorado naquele lugar.


– Encontrei essa casa no dia que chegamos aqui, estava sozinho e não contei a ninguém. Batizei de cantinho do amor. - Os dois já haviam chegado a tal casa, estavam parados de frente para a porta.


– Cantinho do amor? - Isabella não contém o riso e cai na gargalhada.


– Do que está rindo?


– Você é ridículo, Lucas. - Ela o abraça. A feição de felicidade logo da lugar a seriedade. - Posso perguntar algo? - Sussurra em seu ouvido.


– O que quer? - Diz secamente.


– Você me ama? - A morena o olha com esperança, ele por sua vez desvia o olhar.


– Claro que sim... Tá louca?


– Não, é só...


– E você? - Ele a interrompe. - Me ama?


– Claro que eu amo, Lucas! - Em sua voz, podia-se ouvir o tom da certeza, mas seu coração se negava a aceitar tal afirmação.


– Então prova.


– Como quer que eu faça isso, Lucas?


A lua era o único ponto de luz no local, tudo em volta era silêncio. Não havia mais ninguém além dos dois, em frente à cabana abandonada.


– Fique comigo.


– Mas... Eu já estou com você. - Bella fica confusa.


– Quero que fique comigo... - Ele abre a porta. - Daquele jeito. - Lucas entra na cabana e logo em seguida, porém um pouco relutante, Bella. A pouca luz que vinha por brechas no teto, mal possibilitava enxergar o que havia ao redor. - Aqui, deita.


A morena tenta encontrar seu namorado em meio a penumbra, até vê-lo deitado num colchão. Logo ela entende o que ele estava querendo dizer.


– Lucas, já conversamos sobre isso. Eu... Não estou pronta. - Sua voz sai baixa e um pouco falha, o medo começava a dar-lhe calafrios.


– Você disse que me amava e que iria provar esse amor que diz sentir. - Pressiona.


– Mas...


– Não tem nenhum mas, Isabella. Transa comigo!


– Eu não preciso fazer isso. Quer saber, estou indo embora. Vou... Atrás de quem me respeita de verdade. - Isabella estava decidida a ir embora, pondo um fim em seu namoro, mas Lucas levanta-se rápido e a segura pelo braço.


– Você acha mesmo que passei um ano da minha vida te mimando e tentando ser agradável para agora não querer ser minha? - Ele sorri. - Não irei perder a aposta.


– Mas do que está falando? - Ela tenta se soltar, mas o rapaz a segura com força, começando a machucar seu braço.


– Todos os garotos do colégio eram loucos por você... Pelo menos uma maioria. Alguns deles fizeram um trato ou melhor, uma aposta de quem conseguiria ficar com você primeiro e adivinha quem conseguiu? - Lucas exibia seus dentes amarelados de uma forma convencida.


– Não acredito que foi capaz de fazer isso comigo! - Ela grita.


– Fui sim, mas não foi o suficiente. Depois que começamos a namorar, os mesmos garotos que estavam na aposta me propuseram um acordo: eu transaria com você e teria provas disso e em troca uma quantia em dinheiro. Aqueles otários estavam tão obcecados em ver seu corpo que não se importaram em saber que eu seria o homem que teria você por completo. - Ele ri novamente. - Dei um prazo de um ano, para poder conquistá-la. Amanhã acaba esse prazo.


– E por que está me dizendo isso agora? - Isabella chorava desesperadamente, não acreditava que o homem com quem compartilhou momentos da sua vida durante um ano era um grande mentiroso.


– Porque eu cansei de ser bonzinho, cansei de te dizer que você é legal ou divertida. Você não passa de um pedaço de carne gostoso aos olhos masculinos.


– Seu moleque de merda! - Ela o atinge em cheio com uma bofetada, deixando Lucas furioso.


– Sua vadia desgraçada, vai me pagar por isso! - Com mais força, o rapaz segura a menor pelos dois braços e a joga no colchão.


– O que está fazendo? - Ela se debate desesperadamente, imaginava o que aconteceria se não fugisse dali o quanto antes.


Lucas a imobiliza, usando o seu corpo como peso, mas Isabella não se deixava vencer facilmente, estava dando trabalho ao moreno enquanto se debatia, o mordia, arranhava... Qualquer ação que o fizesse soltá-la.


– Assim não vai ter como eu transar com você, meu bem.


– Me solte! Solte-me agora!


Para a infelicidade de Bella, o moreno já havia pensado em tudo: em meio à escuridão, Lucas retira uma corda e começa a prender suas mãos, ela luta, mas é inútil. Isabella se vê amarrada, submissa ao mentiroso. Para completar a cena de horror, o rapaz amordaça, impossibilitando-a de pedir por socorro.


– Agora sim. Com aqueles movimentos bruscos eu não iria conseguir fazer nada com você, vamos ver se é tão violenta na cama. - Ele ri.


Flashback off


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ter lido mais um capítulo. Até a próxima! :3 AAAH! Criticas são sempre bem vindas, tá? hahaha



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