A Bijuu esquecida escrita por Nanahoshi


Capítulo 10
Capítulo 9 - Lupa


Notas iniciais do capítulo

BOA NOITE GENTE DIVA!
Mais um cap fresquinho pra vocês ! Esse me deu trabalho asuhaushuhahsuah mas espero que gostem! Meus queridos leitores me ajudem com suas sugestões, críticas e elogios! Isso estimula o trabalho de nós, autores, e melhora a qualidade das fics que escrevemos pra vcês ! Um abraço para todos meus leitores!! Boa leitura !



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Já fazia três dias que viajavam para Konoha. Quanto mais se aproximavam do País do Fogo, mais o clima esfriava. Kailina já demonstrava sinais de exaustão e irritação devido ao tempo. Naquele mesmo dia, a pequena escorregara em um galho de árvore com orvalho congelado e levara o maior tombo.

–SHIKSHA! – xingou ela. – Que clima é esse? Por que tá tão frio?

Goro pulou no chão ao lado da menina. Uma fina camada de gelo já cobria todo o assoalho orgânico e escurecido da floresta. Abafou risos e se abaixou para examinar a perna de Kailina.

–Ontem foi o solstício de inverno. Daqui pra frente, vamos pegar muita friagem. Inclusive neve...

–Haaah? Mas que saco... Odeio frio. – resmungou a menina cruzando os braços sobre o peito e fazendo biquinho.

Goro riu novamente e deu uns tapinhas no joelho da pequena Uzumaki.

–Foi só um susto. Vamos continuar.

***

Quando o lusco-fusco tomou conta da paisagem, Goro decidiu parar para acampar, pois o frio durante a noite seria insuportável (e ele não queria que Kailina pegasse uma gripe antes de chegar em Konoha. Entregar a menina doente não ia causar uma boa impressão...). Decidiram erguer a tenda entre as árvores para evitar receber diretamente o vento gelado de inverno e, ao mesmo, tempo, seria mais seguro.

Assim que a tenda foi erguida, Kailina pulou rapidamente para dentro do abrigo de tecido, enrolando-se em seu saco de dormir.

Como ela detestava o inverno.

Goro e seus outros dois subordinados organizaram-se em turnos de vigia. O líder da equipe acabou ficando com o que começava às onze horas da noite. Por isso, tratou de ir para a tenda preparar a comida para seu time. Ao entrar, percebeu que a garotinha já ressonava enrolada feito uma bola num canto perto da lona da barraca.

Observou o subir e descer de seus ombrinhos por algum tempo. Era tão bom ter a menina por perto. Fazia com que não se sentisse tão triste e sozinho. Era como ter uma irmãzinha mais nova.

Suspirou.

Ia doer muito deixar a pequena em Konoha.

Quando a comida ficou pronta (ramen instantâneo yam!), acordou Kailina com batidinhas no cobertor do saco de dormir. Ela levantou o tronco com os olhos levemente inchados, pegou automaticamente o ramen e começou a comer. Assim que terminou, entregou a embalagem e os rashis para Goro, limpou a boca com as costas da mão e voltou a dormir.

Deve estar bem cansada...

Goro terminou de guardar os apetrechos que usara para fazer a refeição e deitou em seu próprio canto da barraca e, sem segundos, adormeceu.

***

Acordou com um sobressalto no meio da noite. Já estava tudo escuro, e se não fosse por seus instintos treinados, mal poderia enxergar um palmo diante do nariz. Percebeu que um de seus colegas (o que não estava de vigia) estava dormindo pesadamente ao seu lado e que Kailina ainda dormia embolada no canto da barraca.

Porém, ao olhar mais atentamente para seu cobertor, percebeu que ele não se mexia mais como antes. Esticou os braços e apalpou o tecido.

Kailina não estava lá.

Com um pulo colocou-se fora da barraca, caçando apressadamente as sandálias.

–HIDEO! VOCÊ VIU A KAIRINA!?

O ninja tomou um susto em seu posto de observação e quase despencou da árvore.

–O que aconteceu!?

–Ela sumiu! Shimata! Você deveria ter visto!!

O vigia saltou para o chão.

–Acorde o Michi e coloque-o de vigia. Eu e você vamos procurá-la.

–Hah!

***

(Aproximadamente quarenta minutos atrás...)

Kailina tentava dormir a todo custo, mas imagens estranhas lhe passavam pela cabeça. Não pareciam pesadelos, apenas lembranças ruins.

Mas de onde elas vinham? Não eram suas...

Em meio à confusão de imagens, Kailina ouviu uma voz. Primeiro ela não entendia muito bem o que ela falava. Parecia ser alguém que estava muito distante. Porém, com o passar do tempo, a voz foi se tornando mais forte e clara e, finalmente, uma frase inteligível ressoou em seus ouvidos:

Socorro, alguém me ajuda!

A menina se debateu mentalmente.

–Quem está aí? – ela tentou dizer mentalmente.

Me ajuda!

Em seu sono agitado, a pequenina franziu o cenho.

SOCORRO!

O súbito aumento de volume da voz assustou-a, arrancando a pequena de seu sono. Demorou alguns segundos para processar que estava acordada. Foi acalmando-se aos poucos e, quando achou que tudo não passara de um sonho ruim, ouviu novamente:

ALGUÉM ME SALVA!

Não havia como negar. Alguém estava pedindo por ajuda, e ela podia escutá-la.

Meio zonza, a menina levantou e calçou suas sandálias. Agarrou seu casaco, colocou a cabeça para fora da tenda e verificou se estava com o caminho limpo. Na porta dos pés, andou até a árvore mais próxima e escondeu-se em sua sombra. Olhou para os lados.

Alguém? Por favor!!

Kailina sentiu algo a impelindo por entre as árvores, como se ela soubesse para onde ir. O grito por ajuda ainda ecoava em sua mente.

–Pode ficar calmo. Estou indo te salvar.

Ela pulou em um galho e seguiu a trilha que seu instinto lhe apontava.

Depois de mais ou menos um quilômetro de corrida, a pequena Uzumaki alcançou uma estrada. Embaixo da camada de gelo percebeu marcas profundas na terra, sinal de que muitos viajantes costumavam passar por ali. Ela permaneceu quieta no meio do caminho apenas escutando.

Um vento gelado veio do leste. Kailina bateu os dentes e se encolheu. Porém, assim que a brisa atingiu seu nariz, um cheiro de sangue e suor nublou a visão da garota.

–Uma luta. – sussurrou bem baixinho

Ela se virou para a direita e mais uma brisa soprou, intensificando o cheiro. Um arrepio correu a espinha da menina, e um arrepio não apenas de frio...

Quando Kailina deu o primeiro passo, um uivo assustador encheu o ar da noite.

***

Lupa corria o mais rápido que seus membros lhe permitiam. Sua respiração já estava ofegante e o corpo, dormente.

Uma kunai acertou de raspão sem ombro.

Olhou para trás.

Três perseguidores ainda estavam em seu encalço. Senão desse um jeito naqueles desgraçados com certeza eles a pegariam logo.

O que ia fazer?

Continuou correndo em zigue-zague entre os troncos das árvores na esperança de confundir a visão dos assassinos, mas eles permaneciam em seu rastro sem diminuir a distância. O menor deles, num determinado ponto da corrida, começou a ganhar vantagem, ficando a apenas poucos metros de sua retaguarda.

Se a pegassem ia ser o fim.

Quando esse pensamento preencheu-lhe a mente, sentiu uma pontada em sua barriga.

Não.

Não podia permitir que a capturassem.

Iam matar seus filhos que estavam pra nascer.

O desespero deu nova energia a ela, que zuniu pelo chão congelado. Quando pensou ter ganhado alguma distância de vantagem, um assovio machucou seus ouvidos e um clarão piscou diante de seus olhos.

Uma kunai com tarja explosiva.

BUM!

A explosão fez a floresta tremer. Corvos protestaram. Lupa foi arremessada contra o tronco de uma árvore, a madeira lhe bateu na cabeça causando uma súbita ânsia de vômito.

Não havia mais como fugir agora.

Os seus três perseguidores se erguiam diante dela. Viu claramente o brilho das kunais em suas mãos.

Tentou se levantar, mas a barriga inchada estava pesada demais.

Abriu a boca e esperou.

Um deles ergueu a arma e avançou. Atrás dele, Lupa ouviu um farfalhar leve.

Um vento gelado soprou-lhe nas narinas, enchendo-a de um cheiro novo.

Humano.

Mal a palavra apareceu em sua mente, um grito agudo encheu o ar da noite:

–Fuuton: Fujin no Dageki! Estilo do Vento: Sopro de Fujin!

***

Os três ninjas voaram aleatoriamente ao receber em cheio a rajada de vento nas costas. Os troncos das árvores inclinaram-se para frente ao receber o golpe de Kailina, rangendo perigosamente.

Na mente da garota, apenas uma frase lhe preenchia a mente:

Tenho que atrair eles pra longe daqui.

A garota saltou para o chão e puxou seis shurikens de sua bolsa de armas. Mal se levantara do chão, um vulto avançou rapidamente para a pequenina. Ela lançou as shurikens, mas o inimigo as bloqueou com uma kunai. Com a mesma arma, agachou-se perto de Kailina e preparou-se para esfaquea-la na barriga. A Uzumaki foi mais rápida. Pulou para trás e acertou-lhe um chute na cabeça, fazendo o rolar contra o tronco de um pinheiro.

Estrelas de metal vindas das sombras voaram na direção da shinobi, que SE desviou com rápidos movimentos.

–Suiton: Mizu no Ikari! Estilo da água: Fúria da Água!

Um jato forte de água acertou em cheio o peito de Kailina, que voou vários metros. Balançando a cabeça e tentando tirar o máximo de água do rosto, a menina prostrou-se de pé. O vento gelado fez seus dentes baterem.

Não vai ser nada legal continuar molhada desse jeito.

Respiroi fundo três vezes com os olhos fixos no inimigo que se aproximava. Elevou as mãos na altura do peito e realizou uma série de selos rapidamente.

–Fuuton: Natsu no Shippuu! Estilo do vento: Furacão de Verão!

Primeiro começou como uma única rajada de vento, depois, o ar vibrou e assolou a floresta como uma onda violenta e quente. Os três perseguidores foram jogados violentamente para longe de Kailina. Dois deles receberam golpes o suficientemente fortes para ficarem zonzos por alguns momentos. O terceiro safou-se da ventania e se reposicionou atrás da pequena shinobi. Ela percebeu seu movimento e levou as duas mãos à bolsa de armas. Rapidamente tirou uma bomba de fumaça e estourou-a embaixo de seus pés. Com a mão direita empunhou a kunai que sua sensei lhe dera antes de partir da Vila.

O homem avançou através da fumaça. Através do borrão escuro, Kailina pôde vislumbrar o brilho assassino de seus olhos. Ela ergueu a kunai de três pontas. O inimigo desferiu um golpe, mas a menina amparou-o rapidamente.

Os dois se encararam ferozmente e, então, o mais alto baixou os olhos e fixou-os na kunai.

Tudo aconteceu tão rápido que a menina mal acompanhou. Viu os olhos escuros que a confrontavam arregalarem-se. Depois, o peso que sentia sobre seu braço desapareceu. Uma movimentação do ar denunciou o distanciamento de três pessoas.

Aos poucos, Kailina se deu conta de que estava sozinha.

***

Demorou algum tempo para ela ter certeza de que estava segura. Usando os sentidos bem treinados dignos de uma Uzumaki, Kailina verificou a área. Em um raio de dois quilômetros, só havia ela e mais três focos de chakra. Reconheceu dois deles como sendo Goro e Hideo. O terceiro era aquele que tentara salvar dos perseguidores.

Caminhando lentamente de volta para o ponto inicial da luta, a menina vislumbrou de longe o ponto branco na paisagem. Aproximou-se com cuidado e parou a uma distância segura.

Era o animal mais lindo que já vira. Uma loba enorme, de pelagem branca e olhos profundamente negros. Alguns a achariam bastante intimidadora, mas Kailina se sentia simplesmente fascinada.

Mas havia alguns elementos estranhos na loba. Ela usava protetores nas patas, um pergaminho estava amarrado ao seu lombo e uma bandana com o kanji de “lobo” pendia-lhe do pescoço alvo. Porém o mais alarmante é que sua barriga estava anormalmente inchada e cheia de hematomas.

A menina tentou se aproximar, mas o arfar da loba ainda a assustava. Porém, aqueles olhos negros lhe puxavam, implorando por ajuda. Entre o som assustador e o olhar desesperado, os olhos negros da loba venceram. Correu ao encontro do animal e caiu de joelhos ao seu lado.

–Você está bem? O que há de errado com sua barriga?

Ela fitou Kailina profundamente. Depois, com uma voz profunda e cansada, disse:

–Você está mesmo querendo me ajudar, filhote de homem?

A menina se encolheu. Com muita dificuldade, a resposta lhe escapou da boca:

–S-Sim...

Novamente o par de olhos lupinos a encarou. Enfim a loba bufou e disse:

–Estou pra dar a luz.

A informação demorou alguns segundos para ser processada.

–Você... Vai... Ter... Filhotes? – perguntou enfaticamente.

A loba pareceu não entender a confusão da menina.

–Vou...

Os olhos da Uzumaki brilharam.

–Filhotinhos lindos de lobo! – ela uniu as mãos sonhadoramente. – Ai deuses! Eu sempre quis ver filhotinhos de lobo...

Lupa a encarou como se dissesse “hellow, estou com problemas aqui! Dá pra parar de tagarelar e me ajudar?”.

Felizmente, a humana captou a mensagem.

–Bem... Hm... Eu não tenho muitos conhecimentos sobre isso, mas... Posso tentar ajudar.

A fêmea soltou um ganido alto subitamente.

–Cain! Ah! Está quase...

Kailina entrou em pânico.

–Temos que te levar pra um lugar mais seguro! Tá muito frio aqui!

E como se lembrasse do frio, os dentes da menina recomeçaram a bater.

–Kairina!

Dois vultos se mexeram à uma distância média. Ela se virou.

–Goro-senpai!

Os dois ninjas correram em sua direção. Goro parou derrapando diante da menina e, pegando-a de supresa, levantou-a com um abraço apertado.

–Você quase me matou de susto!

Hideo se aproximou com um semblante que misturava preocupação e irritação. Assim que Goro colocou-a de volta no chão, o outro lhe desferiu um belo cascudo na cabeça.

–COMO VOCÊ SAI ASSIM SEM AVISAR, AHO!?

Kailina massageou o local da pancada.

–Itê-tê-tê... Gomenasai, Hideo-senpai! É que... – ela deixou sua voz morrer e olhou para trás.

Nesse momento, os dois ninjas finalmente se tocaram da presença da loba.

–Pelos deuses! – exclamou Hideo.

Goro agachou-se perto da fêmea.

–É uma loba shinobi. Eu achava que lobos shinobis são existiam mais...

–Ela tá pra dar a luz, Goro! – agitou-se a menina.

Os dois olharam para Lupa. Era impossível não notar a barriga inchada.

–Vamos levá-la pra barraca, depois a gente pergunta! – Kailina pousou as mãos no pelo alvo e macio dela e tentou levantá-la.

–Espera. – Hideo se aproximou. – Não vamos conseguir levá-la assim. Kuchiyose no Jutsu!

O ninja bateu a mão no chão e um touro gigantesco surgiu.

–Buro, pode me fazer um favor?

–Diga menino. – o touro tinha uma voz que fazia jus ao seu tamanho.

–Temos que levar essa loba até o acampamento.

Juntos, os três alojaram a fêmea no lombo do enorme animal, e rapidamente partiram para o acampamento.

***

–Michi, ferva um pouco de água. Hideo, traga umas toalhas. Kairina...

–Nani?

–Fique perto da cabeça dela. Ajude-a.

Ela obedeceu. Sentindo que a loba parecia insegura, segurou a cabeça branca e pousou-a sobre suas perninhas infantis.

–Qual o seu nome? – perguntou a menina.

–Lu... Lupa.

–Aguenta firme, Lupa-san. Já, já seus filhotinhos nascem.

Kailina acariciava a cabeça da loba suavemente tentando distraí-la. Porém as dores do parto eram impossíveis de ignorar. Ganiu dolorosamente por longos minutos.

–CAAAIN! IN, IN, IIIN...! CAAAAINNN!

–Daijobu, daijobu, você está quase lá!

–Força, Lupa!

–CAAAAAIIIIIIIIIIN...!

Com um ultimo longo ganido, Lupa pariu seus filhotes.

Eram dois.

Havia um com o pêlo branco como o da mãe, e o outro era marrom avermelhado.

–Tão lindos! – exclamou Kailina emocionada.

A mamãe loba empurrou suas crias com o focinho, aninhando-os perto de sua barriga. Os quatro ninjas deixaram Lupa sozinha com os filhotes por um tempo. Goro parecia bastante inquieto enquanto esperava a loba descansar.

–Goro-senpai, algum problema?

O capitão da equipe apertou os lábios.

–Preciso perguntar algumas coisas pra Lupa.

Seus olhos ficaram mais sombrios. Kailina decidiu que era melhor não falar mais nada. Minutos depois, ouviu-se a voz da loba:

–Se vocês quiserem me perguntar alguma coisa, sintam-se à vontade.

Os quatro Uzumakis se dirigiram para dentro da tenda que haviam erguido ao lado da deles. Assim que entraram, Kailina percebeu que Goro trocou intensos olhares com a fêmea branca.

–Antes de perguntarem – ela se colocou de pé, seus filhotinhos se remexendo perdidos entre suas quatro patas. Ela fitou longamente Kailina e, enfim, abaixou a cabeça e arqueou as patas dianteiras numa reverência – Sou imensamente grata a você, humana.

Mesmo com a pele levemente morena, a menina ficou visivelmente vermelha.

–N-não foi n-nada...

Ela se ergueu novamente.

–Por ter salvado a vida de meus filhotes e a minha, responderei a quaisquer perguntas que fizerem.

Goro adiantou-se um passo. Lupa voltou a se deitar e aninhar os dois lobinhos.

–Por que vocês nos abandonaram?

Os olhos negros dela se estreitaram levemente. Michi, Hideo e Kailina olhavam do shinobi para a loba.

–Nós não abandonamos ninguém. Vocês nos abandonaram.

Goro apertou os dentes.

–Na verdade, creio que você saiba muito bem porque nós não nos relacionamos mais com humanos. Principalmente com os Uzumaki.

–Foi há anos atrás!

–Isso não impede que aconteça outra vez!

–Vocês estão jogando a culpa de um único humano em toda a humanidade!

–Nós nos precavemos. Uma tragédia daquela não pode mais acontecer.

A discussão começava a esquentar, o que preocupou os outros três.

–Goro-senpai...

Ele nem estava escutando.

–Então por que permitiram que a Kaomi-dono assinasse o contrato?

–Ela é diferente.

Goro fuzilava a loba com um olhar tão cheio de fúria que até seus dois companheiros mais velhos sentiram medo do capitão.

–Se vocês...

–Já chega! – exclamou Kailina interrompendo a discussão. – Eu não tenho a menor idéia do motivo da briga, mas não vão ganhar nada discutindo.

Lupa voltou a cabeça na direção da menina. Seus olhos negros feito a noite presa numa córnea pareciam ver muito mais do que Kailina poderia dizer.

–Você é um filhote curioso. – disse a fêmea.

Por um momento ela observou atentamente cada detalhe da garotinha acuada, demorando-se principalmente no cabelo e nos olhos. Por fim, perguntou:

–Qual o seu nome?

–U-Uzumaki Kairina. – ela tapou a boca assim que seu nome escapou. Esquecera-se completamente do pergaminho.

Goro, Michi e Hideo a olharam significativamente.

–Gomen... – ela murmurou.

–Uzumaki... Kairina, é? – Lupa se aproximou vagarosamente da menina e parou próxima ao seu braço direito. Levantando a cabeça, ela esfregou o focinho de leve na palma da pequena Uzumaki, que acompanhou o movimento acariciando o pelo alvo.

–Não se esqueça do meu nome, está bem? – disse a loba.

Pega de surpresa, a menina demorou a responder:

–H-hai...

A loba continuou fitando-a, e a lembrança de como a garota aparecera para salvá-la, sem hesitar, preencheu sua mente.

Mentalmente, sorriu.

Subitamente, a fêmea jogou a cabeça para trás e, reunindo chakra na boca, enterrou os dentes entre o indicador e o polegar da mão de Kailina. Ela gritou de dor, puxando o braço. Lupa abriu a boca, liberando a mão da menina e saltou para trás. Os três Uzumaki puxaram suas armas.

Com os dentes ensaguentados, Lupa sorriu e disse:

–Prometa-me isso e eu nunca esquecerei o seu.

Ao dizer isso, acercou-se de seus filhotes e desapareceu numa nuvem de fumaça no exato momento que Goro a atacava.

–Lobos desgraçados!

Kailina havia caído sentada no chão, a mão machucada estava levemente erguida. Seus olhos azuis estavam fixos no ponto em que a loba desaparecera.

–Kairina, você está bem!? – Michi se abaixou e segurou a mão ensaguentada. Vendo que os olhos da menina não se mexiam, ele seguiu seu olhar.

No ponto onde Lupa desaparecera estava o pergaminho que estivera amarrado em suas costas.


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Notas finais do capítulo

E aí?? O que acharam?
Deixem suas opiniões, e se estão gostando da história, não se esqueçam de favoritar e acompanhar para receber os capítulos fresquinhos :3
Obrigada pelo apoio daqueles que estão lendo e que já me ajudaram com comentários!
Continuem acompanhando! Até o próximo cap!



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