A New Chance. escrita por Izzie


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oi gente :)
Aqui está mais um capítulo da fic, eu peço perdão por qualquer erro que houver seja ele gramatical ou ortográfico, ok ?! E espero que vocês gostem do capítulo de hoje e aviso que outro já está sendo preparado ♥
Eu quero agradecer pelos comentários do cap passado, vocês são umas lindas >.< Obrigada. E é isso !
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/637402/chapter/14

As portas se abriram dando o total espaço para os dois supervisores atravessarem elas rumo aos corredores. Lindsay vinha de encontro com os dois lendo algo quando por um momento ergueu o olhar e viu os chefes, caminhando mais apressada chegou até eles.

— E então, alguma novidade ? – Jo a olhava apreensiva.

— Jess ligou, parece que ela foi medicada e realmente foi um ataque de pânico, ela está mais calma e sob supervisão de alguns médicos. – Informou com um breve suspiro acompanhado por Jo no final da noticia.  – Ah, Mac ela está na sua sala, o nome dela é Erika, ela disse  que é amiga de Christine.

— E sócia, ela também é dona do restaurante. – Suspirou ao olhar para sua sala. – Ela é como uma irmã para Chris, mas ela te falou algo ? – Lindsay prontamente negou.

Mac apenas movimentou sua cabeça em concordância e caminhou rumo a sala deixando Jo e Lindsay juntas. O pen drive em forma de corrente estava com ele, em seu bolso do paletó.

— Onde estavam ? – Lindsay tirou Jo dos pensamentos.

— No apartamento da Stella. – A perita a olhou curiosa. – É melhor eu e Mac explicarmos, provavelmente quando Mac terminar sua conversa tudo será explicado a você e a equipe. Algum caso ?

— É, apareceu um. – Entregou o tablet a Jo enquanto ambas começavam a caminhar. – Sheldon  e Danny estão na cena, me enviaram essas fotos.

...

Ele já temendo a conversa, abriu a porta de sua sala e a mulher sentada de costas para as paredes e porta de vidro imediato se virou e enxergou Mac, seu sorriso foi pequeno e discreto, ela em silêncio voltou a sua posição antiga e encarou o amarelo da parede até que Mac ficou em seu campo de visão, já sentado em sua cadeira.

— O que aconteceu, Erika ? – Perguntou antes mesmo dela se pronunciar.

— A Christine foi sequestrada – Informou direta e nervosa.

— Que ? – Surpreso continuo a olha-la. — Como assim ?

Ela apenas balançou a cabeça positivamente.

 – Nós havíamos combinado de se encontrar  em seu apartamento para refazer um novo cardápio, ela estava empolgada com alguns pratos novos e logo depois iriamos ao mercado comprar algumas verduras e combinações para temperos. – Seu olhar caiu sobre suas mãos. – Quando cheguei, por varias vezes bati na porta, toquei a campainha mas nada, achei que estivesse dormindo e como morei com ela por um tempo tinha uma chave reserva , eu tentei abri e   percebi que não estava trancada e quando entrei vi que  as cadeiras estavas no chão, tinha vinho espalhado pelo chão com a garrafa quebrada e em cima da mesa tinha um bilhete. – Encarou Mac com algumas lagrimas. 

— Um bilhete ? Que bilhete ? O que estava escrito nele, Erika ? – Disparou perguntas.

Ela olhou para a bolsa que estava sobre as suas pernas, ela colocou-a em cima da mesa e começou a remexer até que parou e tirou de dentro um papel branco, entregando diretamente para Mac que tomou para si e começou a rapidamente ler em silêncio.

Mac piscou algumas vezes, um pouco incrédulo desviou seu olhar para o vidro da mesa mas a olhou em seguida. Aquele estranho arrepio não foi atoa, algo havia acontecido com Christine e agora ele estava de frente com a amiga dela, como se todo o inferno que passava com o sequestro de Stella não fosse o suficiente, agora tinha que lidar com o de Christine.

— Eu não sei quem está com sua amiga mas a partir de agora ... – Ela parou e respirou fundo, olhou para cima afim de conter lagrimas. – Ele está com a minha e apesar de você não ama-la, não a ponto de dar sua vida como eu sei que daria pela sua amiga, eu peço que a salve. – Se levantou.  – Por favor ?! – Pediu e saiu, o deixando só.

Depois que viu as portas do elevadores se fecharem e a mulher sumir, ele voltou a olhar o bilhete e novamente reler o que estava escrito. Agora tinha sido Christine, primeiro foi Stella para o desespero e surto de Mac e agora era Christine, novamente ela. A raiva era incontrolável, em seu pensamento e dentro de si, Mac nunca quis tanto matar um homem quanto queria matar Clark e seria feito, Richard Clark pagaria por todos os seus pecados e crimes e pagaria com a sua morte.

— Mac ? – Ouviu Quinn o chamar.

Ela já estava parada praticamente na metade da sala quando ele a viu. Ela segurava algumas pastas pardas em suas mãos.

— Eu vi uma moça sair apressada daqui, está tudo bem ? – Se aproximou de sua mesa.

Mac respirou fundo e estendeu o papel em sua direção, ela o olhou interrogativa.

— Leia. – Pediu e ela depositou seus papeis em cima da mesa.

Suas mãos tomaram o papel para si, seus olhos correram pelo papel e de repente já estavam em Mac que de imediato se virou de costas. Ele ouviu os seus passos na sala e sentiu o perfume forte dela se aproximar e permanecer ao seu lado.

— Ela era a minha noiva. – Observava a cidade.  – Ele quer que eu escolha uma ? Isso é um jogo ? – A encarou.

— Vindo dele, é possível ! – Suspirou desviando o olhar.

— Ela tem alguém – Contou para ruiva.

Quinn permaneceu em silêncio, apenas olhando a cidade. E foi naquele exato momento que Mac soube que ela sabia de algo, podia não ser a história de amor inteira entre Stella e o tal Anthony, mas, pelo menos algo ela sabia.

— Conhece algum Anthony que trabalha em Nova Orleans ? – Quinn não moveu seu olhar, continuou com seu olhar vidrado na cidade.

— Anthony Keller. – Pronunciou o nome do detetive. – É de Jersey, quando cheguei para supervisionar o laboratório ele tinha acabado de entrar para a divisão, é da homicídios  – Explicou com seu tom sério.

— Por que ele foi embora de Jersey ? – Ainda a olhando.

— Por que o laboratório de Nova Orleans adora roubar detetives  – O olhou e deixou um sorriso escapar. – Eu não sei, acredito que foi por causa de um amor, de uma mulher.

Mac arqueou as sobrancelhas e ela riu do olhar curioso que recebia.

— Tudo o que eu sei é que Anthony Keller era exatamente como você, tinha sentimentos ocultos pela sua melhor amiga, uma detetive que também era do laboratório que eu supervisionava, eram melhores amigos  – Quinn se afastou da janela e Mac a acompanhou com o olhar. – Mas um dia, ela foi embora e não se despediu, apenas deixou  para ele um cartão dizendo adeus, ele ficou arrasado mais logo conheceu uma mulher que hoje é a ex esposa dele, se casou com ela e se mudaram para Nova Orleans em busca de uma vida nova, tiveram uma filha mas se separaram. E hoje, ele trabalha perto dela e ela continua sendo a melhor amiga dele, apesar de tudo.

Mac se aproximou de sua cadeira e se sentou. Aquela história parecia ser familiar, talvez aquela mulher conhecesse Stella e dera a grande e estupida ideia de ir embora e não dizer “Tchau, Mac, estou me mudando e vou chefiar um laboratório em Nova Orleans”.

— Ela me contou sobre não ter falado com você, sobre ter deixado uma carta e a documentação da transferência dela em cima de sua mesa. – Ele encarou Quinn. – Acho que ela lamentava por isso, acredito que a Bonasera queria ter dado em você um ultimo abraço.

— Ela conhecia essa mulher antes de ir embora ? Talvez tenha sido ela que deu a grande ideia para Stella de como ir embora e deixar seu melhor amigo desolado e com raiva.

— Não pode culpa-la, Mac. – Quinn se levantou. – Na verdade, você não está com raiva por que ela foi, pelo menos não mais, pelo contrário, você está com raiva porque sabe dela e do Anthony, está com ciúmes.  – Constatou calma 

— Ela amava ele ?

Quinn soltou um riso, pegou quase todas suas pastas e caminhou até a porta de vidro, ao abri-la se virou para Mac que a olhava.

— Você amava Christine ? – Indagou séria.

Mac negou.  Shelby soltou um sorriso um pouco aberto.

— Ela é sua e você é dela, não importa quanto tempo passe, quão distantes estejam, quem entre ou saia da vida de vocês – Disse dando uma piscadela para Mac. – Eu consegui coisas sobre Clark, estão nestas pastas ai em cima. – Apontou para as pastas.

— Tem algo que quero mostrar, reunião daqui a pouco. – Avisou com sorriso de canto pelo o que tinha ouvido.

A ruiva apenas concordou e saiu o deixando só novamente. Mac pegou o seu celular e procurou entre algumas fotos a que ele caçava, quando viu a foto de Stella e Lucy juntas com ele no primeiro aniversário da pequena, ele sorriu entre um suspiro.

— Espero que ela esteja certa. – Sussurrou para si mesmo.

Depois de ficar minutos observando a foto, ele pegou as pastas deixadas por Quinn.

...

O homem atravessava a ala da emergência com passos largos e apressados, seus olhos azuis buscavam por alguém que conhecesse, um certo desespero povoava seus pensamentos e toda a energia causada pelo álcool piorava a sensação de medo. Entre esses corredores, Flack parou e encarou algumas enfermeiras passando efetuando seu trabalho.

— Flack? – Ouviu a voz baixa de Jessica.

Ele se virou e a viu parada, apoiada em uma porta que estava aberta. Enfrente a janela encarou o vidro coberto por persianas brancas e entre uns espaços pode ver Susan deitada adormecida. Ele caminhou até Jess.

— Até que enfim ! Onde se meteu ? – Sussurrou uma Jessica nervosa. – Eu te liguei mil vezes, procurei você na delegacia e nada.

Ele encarou o chão.

— Jess, eu não estou bem, okay ?! Eu só precisava de um tempo sozinho  – Explicou calmo mas sem manter qualquer tipo de contato visual.

 – O que houve ? – Ele sentiu o olhar de preocupação dela sob ele.

Ele a olhou e balançou a cabeça negativamente, encostou a cabeça na parede branca e continuou a encara-la.

— Como ela está ? É algo grave ? – Indagou preocupado. – Eu vim correndo quando ouvi a mensagem.

Jess olhou o quarto e viu Sid velando o sono da esposa. A morena voltou a olhar o namorado.

— Ela teve um ataque de pânico, ela foi medicada e se acalmou, acabou dormindo. – Explicou a Don que ouvia atento. – Ela vai ficar bem, Flack, os médicos estão cuidando dela e estamos aqui  – Colocou a mão em seu rosto.

Don se aproximou da mulher que amava e lhe abraçou forte. Depositou um beijo em sua testa e antes que entrasse no quarto que Susan dormia tranquila, ouviu um “eu te amo” vindo de Jess. Dentro do quarto, ele e Sid se cumprimentaram e ele logo se colocou ao lado da mulher deitada e a observou dormir, pegou sua mão e a segurou com cuidado para não acorda-la.

— Ela vai gostar de ver você – Sid se pronunciou. – Ela até chamou o seu nome quando os médicos aplicaram o calmante. Acho que acabei ficando pra trás. – Jess que estava em um canto do quarto sorriu assim como Flack e o próprio Sid.

Don beijou a mão da senhora .

— Eu vou estar aqui com ela. – Sussurrou.

— E eu vou trazer um café para os cavaleiros antes de voltar á delegacia. – Sorriu e deixou o quarto.

...

Algumas horas haviam passado desde que os homens de Clark haviam entrado e retirado Christine do quarto, e há cada segundo que se passava, Stella ficava cada vez mais apreensiva por mais que mal a conhecesse tinha medo de que a machucassem, ela apenas era alguém vitima de um lunático. Em meio aos pensamentos, a porta abriu e ela viu Clark entrar.

— Olá, minha querida. – Sorriu.

— Cadê a Christine ? – Perguntou apreensiva. – O que você mandou fazer com ela ?

— Quantas perguntas, solzinho – Stella bufou. – Bom dia, Richard. Como vai ? – Parado na porta ele falava irônico enquanto revirava o olhar. – Eu vou bem, Stella e como você  está ? – Parou seu olhar nela.

— Não sei, como você acha que eu estou ? – Devolveu a pergunta irônica.

Ele parou e se ajoelhou na frente de Stella que se distanciou com o rosto. Clark a analisava e por mais que soubesse o motivo não deixava de ter medo.

— Eu fui sequestrada e torturada, você e seus capangas quase me mataram, me afogaram por diversas vezes, eu apanhei, seus amigos querem abusar de mim ... –  As lagrimas de Stella passavam a rolar.

— Shiiii ... – Interrompeu-a.

— Eles nunca vão fazer isso com você, Stella, eu juro. – Seu tom soou firme.  – Antes deles fazerem isso, eu mato deles. – Acariciou seu rosto. – Eu prometo, querida  – Seus olhos fitavam intensamente os de Stella.

— Deixe ela ir ... – Seu pedido saiu através de um sussurro.

As mãos pesadas de Clark ainda estavam sobre seu rosto, ela infelizmente já havia sentido o peso daquelas mãos, ela ainda temia apanhar mais e tinha medo quando ele se aproximava dela mas ela tinha que tentar, não podia deixar que Christine sofresse por causa de sua obsessão ao perseguir Richard, aquele inferno era consequência de sua insistência e ninguém além dela deveria sofre-lo.  Ele continuava em silêncio, a olhando, a admirando.

— Eu comecei isso, é comigo que tem que terminar. Pegue ela e a deixe em algum lugar  seguro, onde você quiser mas não machuque ela... – Suas lagrimas começavam a cair.

— Não funciona assim, Stella. – Negou se levantando.

— Você  é o chefe, funciona do jeito que você quiser. – Aumentou sua voz e sentiu mais uma vez a mão de Clark pesar em seu rosto.

— Já deveria ter aprendido que ninguém ergue a voz pra mim.

— Eu quero que você vá para o inferno. 

Bruscamente Richard agarrou o rosto de Stella apertando seu maxilar.

— Eu já disse que eu posso até ir, mas, eu não vou sozinho ! – Seus rostos próximos fazia Stella tremer. – Eu mato você antes.  – Soltou seu rosto.

— Tudo bem, me mata ... mas deixe ela ir, ela não tem nada a ver com isso, ninguém tem.

— Quer entrega-la assim ? Stella, eu a peguei por você. – Colocou suas mãos em seus joelhos se inclinando a grega.

— Por mim ? – O olhava sem entender mais nada. – Eu não a conheço. Eu e ela não temos ligação nenhuma e ... – Ele riu interrompendo ela.

— Christine era noiva do detetive Taylor e você sabe bem disso, só que nesse tempo que você sumiu muitas coisas aconteceram, querida. – Sua voz agora era baixa e calma. – Como você deve imaginar, todo mundo está sofrendo por você, inclusive algumas pessoas da grande cidade, seus amigos estão praticamente de luto e pelas minhas fontes, o Taylor terminou com a noiva por você.

— Que ? – Sussurrou.

— É, ele te ama. – Suspirou. – Pena que você não vai viver o suficiente para retribuir esse amor, mas, o fato  aqui é que Christine está aqui por um proposito.

— Qual ?

— Eu pensei em varias maneiras de te matar, então, eu achei uma brilhantemente dramática. – Se afastou e caminhou até a cadeira que Christine estava. – Claro que eu pensei também nos jornais, vai dar uma incrível  manchete, vai até parecer que foi ela quem te sequestrou. Olha que ótimo ! – Contou animado.

Ele a pegou e colocou em frente á Stella, ele se sentou e voltou a observa-la.

— Do que você está falando ? – O medo começava a transparecer em sua voz.

— Christine está tendo umas aulas de tiro. – Sorriu – Você vai morrer pelas mãos da ex noiva do homem que você ama e que ama você, é claro que para ficar mais dramático, seus amigos vão assistir sua morte – A cada palavra ele via os olhos dela se encherem de lagrimas. – Eu pensei em trazer sua afilhada para ver também, dar há ela chance de ver você pela ultima vez dando seu ultimo suspiro, mas, pensei bem e vi que isso seria algo horrível. Odeio ver crianças chorarem.

Ela estava paralisada, de seus olhos escorriam lagrimas. Richard se levantou e caminhou em direção a porta mas antes ele parou e a encarou.

— Você vai ter a chance de se despedir de quem você ama, Stella. – Ela o fitou em meio a tantas lagrimas. – Muitas pessoas não tem essa oportunidade.

— Sai daqui. – Sussurrou. – VAI EMBORA !! – Gritou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então ? Comentem, please !

OBS > São os comentários, suas opiniões que fazem a fic andar, quem estimulam os autores a continuar !

Beijos ♥ até o próximo.