A New Chance. escrita por Izzie


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Hey meninas ! Tudo bem ? Espero que sim.
E eu espero também que gostem do novo capítulo, me perdoem qualquer erro que houver, ok ?!
Obrigada pelos comentários, responderei a todos assim que conseguir.



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“ Seus passos eram calmos, não havia pressa apenas a saudade que já dava sinais de sua existência. Ela tinha andado por todos os corredores e em meio a essa caminhada ela havia chorado, na verdade, era tudo o que ela vinha fazendo desde que dissera “sim” para o laboratório de Nova Orleans, onde agora construiria uma nova vida, uma nova carreira, uma nova história para si. Não haveria sua família, seus amigos, sua afilhada e isso era o que mais machucava ela. Não haveria Danny e suas piadas que  por mais que não admitisse, eram engraçadas, não haveria Flack e suas brincadeiras, não seria ele quem ela encontraria em uma cena de madrugada com suas ironias, não haveria mais Jessica e Lindsay, as suas duas melhores amigas, não haveria mais a noite das garotas feita de vinho, pizzas e conversas aleatórias, não haveria mais Adam e suas dancinhas ou apenas ele falando sozinho, sentiria falta de seus sustos e seu nervosismo, não haveria Sheldon e sua incrível inteligência, sua capacidade de sempre saber tudo e não haveria mais Sid e Susan, e por mais que fossem de consideração, eles eram os melhores que alguém poderia querer ter, faria falta ela com seu carinho, seus conselhos e seus mimos que eram distribuídos a todos da equipe, assim como a falta que Sid faria com suas histórias e sua compreensão, mas, principalmente não haveria ele, Mac Taylor, o  seu melhor amigo de tantos anos, seu parceiro de trabalho e principalmente o homem que amava secretamente, por mais que ela não quisesse admitir ela sabia bem lá no fundo que sim, ela era apaixonada por seu melhor amigo e era isso o que a fazia cada vez mais ficar firme na ideia de ir embora, precisava seguir sua vida longe dele para ao menos tentar esquece-lo e ela prometera a ela mesma que usaria qualquer caminho para conseguir isso. Stella não sabia ou sequer podia imaginar o que encontraria em Nova Orleans, mas não importava, ela faria como sempre fez em toda sua vida. Ela daria a volta por cima, recomeçaria do zero e seria feliz ou pelo menos tentaria.

Quando olhou em sua volta já estava sentada na cadeira de Mac, ela ascendeu o abajur que ficava em cima da mesa e seus olhos se encontraram de imediato com a foto de Lucy e de Mac, o sorriso que formou em seus lábios foi automático e aberto, assim como as lagrimas que encheram seus olhos já vermelhos. Ela pegou o retrato e segurou o máximo suas lagrimas, mas pareciam queimar seus olhos então fora impossível conte-las. Todos  os momentos criados pelas duas pareciam vir a tona em sua mente e parecia rasgar o peito de Stella, a música que cantava para a pequena viera rapidamente em uma dessas suas lembranças e automaticamente Stella se viu a cantar enquanto olhava a foto. Foi Lucy o que quase a fez desistir de partir, mas, ao ver Mac e Peyton todas as dúvidas ou incertezas de ir embora partiram, assim como ela iria fazer em poucas horas.

Stella devolveu a foto para seu devido lugar, mas antes beijou seu dedo indicador e médio que estavam unidos e encostou sobre a foto deixando ali seu beijo de despedida, pelo menos em Mac pois em Lucy, ela tinha explicado sua ida e a abraçado pessoalmente por um longo tempo, ficara com a pequena Messer durante a noite anterior, onde cantaram pela última vez juntas, ela havia tentado falar com Mac, achava injusto não conversar sobre sua ida, logo com ele que fora sempre tão presente em sua vida mas a volta de Peyton o havia deixado sem tempo, sem tempo para ela ou qualquer outra coisa, a não ser para o trabalho, mas em uma noite onde a cidade era banhada pela chuva forte e ela se imaginou ao contar a noticia e viu que não conseguiria, não conseguiria olha-lo e dizer adeus, não suportaria vê-lo parado no aeroporto depois de um ultimo abraço, iria doer muito, então fora ai que decidiu que faria assim como Peyton, deixaria uma carta.

Ela abriu a bolsa e retirou os dois envelopes, um continha sua transferência e o outro, continha sua despedida que fora difícil escrever já que não parava de chorar, ela colocou os papeis ali em cima, visíveis  e se levantou andando até a frente de sua mesa, observou dali a cidade e limpou as lagrimas. Depois de desligar a luz, caminhou até a porta e quando ia fecha-la parou e observou a sala da qual já saia, seus olhos lacrimejaram novamente e ela respirou fundo, saiu da sala e caminhou com calma até o elevador.

Era oficial, Stella Bonasera não pertencia mais a policia nova-iorquina e depois que subisse naquele avião, não pertenceria mais a cidade de Nova York.“

Ela saiu daquela lembrança e abriu os olhos deixando algumas lagrimas saírem quando ouviu o barulho da porta, então viu Christine sendo empurrada pelos capangas de Richard levemente para entrar no quarto, em silêncio a prenderam novamente deixando em seguida o quarto. Stella a olhou e viu as lagrimas delas escorrerem por seu rosto marcado.

Christine a olhou, as duas choravam pelo mesmo motivo: a morte de Stella. Christine não podia negar que havia ficado com raiva dela mas isso fora  antes, em um momento nervoso por ter sido deixada, ela não queria machucar Stella e muito menos matar a detetive, isso não mataria apenas Stella, mataria Mac e o restante da equipe.

— Eles querem  que eu ... – Soluçava nervosa enquanto tentava alerta-la.

— Eu sei. – Stella a interrompeu. – Clark me deu a noticia. – Desviou seu olhar para a porta.

— Eu não vou fazer isso.

— Ou você faz, ou ele te mata. – Falou calma – E eu prefiro que seja eu do que você, eu comecei e eu devo e vou terminar isso.

Christine a olhava, seu tom calmo parecia ter aceitado o que iria acontecer. Não parecia com medo ou desesperada com o fato de que poderia morrer, isso deixava Christine atordoada.

— Eu não vou matar você. – Disse firme  – Tem pessoas  lá fora que estão te esperando !

Stella sorriu sem mostrar os dentes e suspirou.

— Eu sei e eu lamento muito pelo rumo que isso tomou, mas, pode me prometer uma coisa ? – Ela em meio as lagrimas pediu a Christine que a fitou de uma forma curiosa.

— Faça ele feliz. – Pediu. – Ele vai precisar de alguém e você é a pessoa certa.

As lagrimas de Christine não existiam mais, apenas os rastros molhados em seu rosto e os olhos vermelhos com o começo do inchaço.

— Não, eu não sou. – Negou desviando o olhar dela. – Eu tentei ser, eu o amei e ainda o amo mas não sou a pessoa  certa para estar com ele, para subir ao altar com ele e muito menos não sou eu e nunca seria a pessoa certa, a que o faria realmente feliz. – Ela olhava o chão, as palavras no fundo eram para ela mesma e ela sentia a profundidade daquelas palavras. – Ele não me ama, nunca me amou e não sei se um dia chegaria a me amar. Não como eu queria que ele amasse.

— Claro que ama. – Tentou Stella. – Ele te ama, pode ser que não demonstre mas ele nunca demonstra sentimentos e é isso o que o torna o Mac Taylor que todos conhecem, é difícil saber o que ele quer. As vezes acho que nem ele sabe o que realmente quer.

— Agora ele sabe. – Christine a olhou. – E o que ele sente por mim é carinho, meu irmão morreu em seus braços e ele fez a promessa de me proteger, talvez seja até mesmo preocupação, mas, amor ele sente por outra pessoa. – Sorriu. – Ele ama você, Stella.

O silêncio se estabeleceu. Stella tentou dizer algo mas tudo o que planejou falar a ela, sumiram e as palavras ficaram apenas para si. Ela desviou seu olhar por alguns segundos, encarou o chão sujo até a porta abrir fazendo ela olhar em direção a mesma.

— Voltei ! – Clark sorria abertamente. – Sentiu saudades ? – Perguntou encarando Stella.

Stella ficou em silêncio e desviou o olhar para algum canto, enquanto, Christine o olhava fixamente. Clark entrou no quarto e caminhou entre as duas, no silêncio o olhar de ambas o acompanhavam, ao se aproximar de Christine ele parou e  se abaixou ficando na altura de seu rosto.

— Será que o Taylor já sabe que você sumiu ?

Christine ficou em silêncio e desviou seu olhar dele,  o sorriso surgiu nos lábios do homem.

— Vai se comportar igual a ela ? – Olhou para Stella. – Olhe você para ela e veja que eu não brinco em serviço, eu posso machucar você quando eu bem quiser. – Sussurrou. – Aliás, muito  mais que ela.

Stella viu a mão dele tirar uma arma da cintura, a mesma que ele sempre fazia presente quando vinha falar com ela, a mesma usava para matar suas vitimas; tantas mulheres e crianças.

— Sabe, eu posso muito bem mudar os meus planos. – Ele se ergue e se afastou dois passos da loira. – Eu posso apontar essa arma bem aqui. – Mirou no rosto da mulher que se assustou. – Ou aqui – Desviou para o coração. – E então, puxar o gatilho e ... BOOM ! – Ele tinha seu tom calmo, frio. – Você se transforma em mais uma peça aleatória dessa minha brincadeira que Stella conhece bem, você se torna mais uma vitima de Nova York que foi assassinada.

Ele se aproximou de Christine que chorava com medo, ele colocou o cano da arma encostada no peito da loira que era coberto pelo pano da sua blusa. Stella acompanhava cada movimento de Clark, suas lagrimas desciam frias pelo seu rosto marcado.

— Clark – Stella o chamou com sua voz fraca. Ele a olhou de imediato. – Por favor, ela não tem nada a ver com isso.

Ele se afastou novamente de Christine e foi em direção a Stella, com a arma em mãos ele caminhava calmo, quando chegou até a grega apontou a arma para o peito dela.

— Tem tanta piedade assim da mulher que ia se casar com o cara que você ama ? Que provavelmente está te esperando ? – Seu tom havia mudado, era um pouco mais alto. –  Por favor, Stella, tenha mais amor a sua vida e não a dela. – Ele destravou a arma. – Que em questão, não vale absolutamente nada pra mim ! – Desviou a pontaria para Christine que prendeu o ar.

— Eu me importo ! – Stella falou alto. – É meu problema, Richard, ela não tem nada a ver com isso, ela e nem ninguém. – Sua voz embargada pelo choro saia grave.

Ele a olhou assim como Christine.

— O nome dela era Karen e ela era jovem, tinha uma vida pela frente. - Ele a olhou rapidamente, um pouco surpreso.– Eu sei o que houve, Richard ! E você está com raiva, você vive com essa raiva de terem tirado sua esposa de você, de terem te tirado tudo, não é ?!  – Stella podia ver os olhos de Clark pegarem fogo. – Mas descarrega em mim, não nela ... acaba com esse seu joguinho estupido de vingança. – Pediu.

Ele ficou em silêncio, por segundos olhou para Christine e a mirou fixamente com seu olhar.

— Você sabe que basta apenas um tiro. – A voz de Stella o fez a olhar.

Ele voltou a apontar para a grega, ele se aproximava dela com a arma apontada e destravada, quando encostou o cano em seu peito e  Stella o sentiu, olhou para Christine que tinha o olhar horrorizado cheio de lagrimas.

— Não faça isso. – Sussurrou pedindo.

 Ela voltou o olhar em Clark que tinha o seu olhar inquieto, sempre olhando para ela e para o revolver apontado em seu coração. Ele fechou os olhos e por um momento, Stella achou que ele iria atirar mas ao invés disso, ele se afastou rapidamente dela.

— Não, eu não posso fazer isso ! – Ele negou se virando e se apoiando na parede. – Eu não consigo, eu não posso. – Falava baixo mais não o suficiente para não ser ouvido por elas.

Ela encarou Christine que parecia confusa, assim como ela também estava.

— Por que ? Qual é o problema ? – O olhava curiosa.

Ele respirava forte, o silêncio novamente se estabelecia no quarto.

— Eu prefiro que seja eu do que outra pessoa. Acaba com isso de uma vez. – Disse nervosa.

— EU NÃO POSSO. – Gritou se virando para elas. Ele se aproximou dela. – Você é a cara dela... – Ela podia ver as lagrimas nos olhos dele. – Seus olhos, esse seu olhar e esse seu jeito... – Sussurrava olhando para o chão – Ela era tão ... – Parou e fitou algum canto da sala. – Tão bonita e boa, amava a vida que tinha, amava a família  e principalmente  me amava . – Ele apontou a arma para si. – Ela me aceitou quando ninguém mais fez isso, ela me compreendia e sempre estava comigo, seus olhos eram verdes assim como os seus, seus cabelos eram diferentes mas o rosto e o jeito eram exatamente como o seu. – A encarou travando o arma.  

— Ela morreu por uma fatalidade. – Stella o olhava.

— Não, ela morreu por confiar nas pessoas. – Se aproximou de Stella. – Mataram ela e sabe o que a policia de Nova Jersey fez ? – Indagou olhando para Christine e depois para Stella.

Stella e Christine ficaram em silêncio. Christine não fazia ideia de quem eles se referiam, quem era Karen ? Stella sabia toda aquela história, após, claro aprofundar sua investigações sobre o próprio Richard Clark e arquiva-las em um local seguro. Não confiava em quase ninguém, não depois do ocorrido com Josh.

— ISSO MESMO !! – Ele gritou. – ELES NÃO FIZERAM NADA !

Dois homens entraram no quarto com suas expressões assustadas, curiosos olhavam o chefe que se virou para os dois fazendo eles se retirarem na mesma hora.

— Quem é Karen ? – A voz fina de Christine fez ele a olhar.

Ele se aproximou dela e ela apenas conseguiu prender todo seu ar com medo do homem.

 – A mulher que eu amava. – Ele falou calmo. – E que a tomaram de mim, acabando com a minha vida em seguida.

— Eu sinto muito. – Sussurrou a loira.

Clark se afastou de Christine saindo da sala, sem ao menos olhar para Stella como o de costume. Quando  a porta bateu as duas soltaram suas respirações e Christine a encarou.

— O que aconteceu com a tal Karen ? – Questionou a Stella que a encarou também.

— Eles eram casados e ela foi morta em um assalto a banco em Jersey. – Suspirou. – A vida dele a partir dai só se arruinou; ele perdeu a guarda da filha, perdeu a casa e o emprego ou seja, ele perdeu tudo o que tinha. – Explicou a Christine.

Os olhos de Stella pararam sobre a porta depois de seu longo suspiro, enquanto o silêncio havia se estabelecido entre elas, a mente da grega estava a mil por hora ou melhor, por segundos. O que tentara fazer refletia somente agora, Lucy, Mac, Susan e Sid, seus amigos, mas, não podia deixar que Christine pagasse o preço por sua teimosia em pega-lo, não era justo e se isso ocorresse, com certeza aquela Stella não seria mais a mesma, o fantasma da culpa viria lhe cobrar até sua ultima respiração. Ela amava sua família, mas eles e nem ninguém seriam prejudicados pagando um preço alto por seus erros, por sua teimosia, ninguém mesmo.

 


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Notas finais do capítulo

E então ? Comentem, please !

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Beijos ♥ até o próximo.