A New Chance. escrita por Izzie


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oi lindezas :D Tudo bom ?
Espero que estejam e espero que gostem desse novo capitulo. Fiquei muito feliz com todos os comentários anteriores e responderei a todos, com calma mais responderei, ta tudo muito corrido pra mim com fim de semestre então perdão, mas eu por fim consegui um tempinho para atualizar a fic (esse mês até que to rápida né ?) mas espero que já me perdoem se houver qualquer erro ortográfico ou gramatical ou até os dois.
Boa leitura.



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Naquele instante Jo não sabia o que falar, ainda estática com o desabafo ela encarava fixamente a porta, o jeito que Flack falara de Stella e seus sentimentos, seus cuidados, seu carinho por Mac não parecia em nenhum segundo ter um tom de duvida. Aquilo tudo estava parecendo  aquelas histórias de amor com um final provavelmente trágico, um final incerto que Jo torcia como uma adolescente para que fosse um final feliz mas como diria sua filha, Ellie, nem todas histórias de amor acabam em um final feliz, as vezes é um fim trágico que marca aqueles que participam da história e aqueles também a acompanham.

De volta a realidade, ela encarou Mac que estava de costas para a porta, estático olhando a porta aberta. Jo não sabia se entendia o que ele passava, o que ele estava pensando e como estava se sentindo depois da grande “bomba” que Flack havia soltado antes de partir. Stella tinha alguém em Nova Orleans, alguém que espera por ela, que ansiava desesperadamente assim como Mac Taylor encontrar Stella Bonasera, viva e bem.

— Mac ? – Sua voz se fez presente instintivamente, surpreendendo inclusive ela mesma.

Em questão de segundos, Mac pareceu tomar coragem e encara-la, então ela podia vê-lo vagarosamente se virar em sua direção.  Naquele momento, a boca de Jo se abriu mas todas as palavras pareciam ter fugido, por duas vezes ela tentou dizer algo mais parecia ser em vão. Ele puxou o ar e depois o soltou, seus olhos vermelhos e seu rosto molhado fizeram com que ela não conseguisse mais sustentar o olhar deixando cair sobre o chão. O silêncio invadiu o apartamento, o que era grito se calou e deixou dois amigos sem palavras, um coração devastado e uma amiga conselheira sem palavras, algo que soava irônico pois o coração devastado pertencia a um homem que ninguém imaginava nem sequer chorar e uma mulher que tinha conselhos e palavras tão acolhedoras quanto as de Stella, totalmente muda.

Jo sentiu Mac se aproximar e passar por ela, seus passos silenciosos pareciam fazer barulho quanto mais se distanciava dela. Após ouvir o som de  uma porta se abrindo, ela esperou alguns segundos para se virar e ver o corredor escuro e vazio por falta de luz; e uma a porta no fim do corredor aberta. Jo rapidamente caminhou até a porta de entrada e a fechou, seguindo rapidamente para o mesmo cômodo que Mac estava.

....

E novamente ele estava ali, observando atento a tudo que estava presente no quarto, por mais que ela tivesse partido há um tempo tudo ainda estava ali, todos os moveis em seus mesmo lugares, era como se a casa estivesse a esperando de volta, como se Stella de um jeito ou de outro deixasse pronto para caso voltasse e se ela deixava tudo preparado era por que não descartava a ideia de voltar para sua casa, sua cidade.

Por trás de todos esses pensamentos, havia um que já começava a consumir Mac. Saber ou imaginar que Stella tinha um era como se algo estivesse quebrando dentro de Mac, aquela dor parecia ser a pior das dores e nenhum tiro se comparava a saber que a mulher que Mac procurava desesperadamente, a mesma que ele admitiu e admitia amar era de outro. Mas ele sabia que não podia culpa-la por seguir sua vida, por tentar alcançar alguma felicidade em um relacionamento e por tentar estabelecer uma vida normal com esse alguém, assim como ele mesmo fez com Peyton e principalmente com Christine. Stella na verdade estava certa em arranjar um novo amor, depois de tantas tentativas desastrosas e trágicas ela havia conhecido alguém e por mais que doesse admitir ou aceitar ele não poderia e nem iria atrapalhar a chance dela de ser feliz, de amar e ser amada. Se ela estivesse feliz,  ele arranjaria um jeito de estar também.

— Mac  ? – E mais uma vez, Jo o chamou.

Seus pensamentos pareciam fugir ao escutar a voz da perita,  sem se virar para visar o rosto de Jo, ele apenas continuou a observar o quarto.

— O que estamos realmente fazendo aqui ? – O barulho de seus passos avisaram Mac que ela passava a caminhar pelo cômodo.

Os barulhos dos saltos de Jo não pararam, então ele pode vê-la de costas caminhando em direção a janela perto da cama. Ela apenas parou em frente a janela e com sua mão, afastou um pouco a cortina escura apenas dando para ela ver o que se ocorria por trás daqueles panos, janelas e parede.

 – Reviramos a casa por completo, a equipe colocou esse lugar de cabeça para baixo e não encontramos absolutamente nada. – Recolheu sua mão para si e deixou que a cortina voltasse por si própria ao lugar, deixando novamente o quarto escuro. – O que você sabe que nós não sabemos ? – Se virou finalmente para Mac.

Os olhos de Jo encararam profundamente os azuis de Mac que pareceu hesitar em responder a pergunta da perita, assim como ela á poucos minutos atrás, com seus lábios entreabertos mais sem palavras. Jo deu alguns passos adiante, se aproximando de Mac.

 – Mac – O chamou parando de repente. – A  Stella, por acaso tem algum cofre aqui ? – Ela o olhava da maneira mais simples mas ainda mais curiosa.

Por  uma questão de segundos ele desviou seu olhar para qualquer canto daquele quarto e depois de um longo suspiro, ele voltou a olha-la e então concordou com a suspeita de Jo. Em silêncio, Mac caminhou até uma porta dupla branca, o quarto grande de Stella tinha um pequeno closet vazio e escuro, com alguns cabides ainda pendurados nos espaços.  Foi tudo o que ela havia deixado na cidade além da sua ausência depois de partiu para Nova Orleans.

Adentrando dentro do closet, Mac era acompanhado pelo olhar de Jo que estava afastada das portas, alguns pequenos centímetros mais ainda sim o suficiente para ver tudo e perfeitamente Mac. Os dedos de Mac percorreram o interruptor da luz, quando finalmente achou o botão as lâmpadas flourescentes deram claridade ao espaço.  Depois de observar um pouco mais de três segundos o lugar vazio, ele olhou para trás e viu Jo ainda o observando atenta.  Ele caminhou até um dos espaços vazios que ficava bem no centro do closet, Jo se aproximou o suficiente para ficar  a poucos centímetros longe dele. Uma das mãos de Mac bateram com um pouco de força no fundo do espaço feito de madeira pátina bege assim como o resto daquelas divisórias e espaços e o  que parecia ser um fundo caiu levemente sobre as mãos que rapidamente foram movimentadas para pega-la, os olhos de Jo reagiram a uma surpresa quando viram um painel preto com botões em cinza e um pequeno visor desligado.

— Os números são datas. – Sua voz chamou a atenção da detetive.

Ela o olhou ainda mais curiosa. Mac voltou o olhar ao cofre e apertou um pequeno botão que passou despercebido pelos olhos de Jo, o botão era quase invisível por ser da mesma cor que o painel. Uma luz azul surgiu no visor liberando os traços que indicavam os números, como previsto, eram seis os espaços.

— O número 05 foi dia que Lucy nasceu.  – Colocou o digito. – O número 06 foi o dia que ela descobriu a verdade sobre ela, sobre sua mãe, sobre seu passado  – Novamente apertou  os números no painel. – E o número 24 ...  – Deixou um sorriso nervoso escapar. – Foi o dia que ela foi embora. – Completou os últimos números que faltava.

Eles se encararam e em questão de segundos, um barulho invadiu seus ouvidos. A tranca do cofre havia sido desfeita.

— Como você ... ? – Indagou surpresa sem terminar sua pergunta.

— Todos esses números  foram dias significativos para ela. – Sorriu sem mostrar os dentes. – Dias cheios de felicidade e recomeços.

Mac olhou para o cofre a sua frente e Jo fez o mesmo.  A mão de Mac começava a tremer, ele abriu a pequena portinha e revelou aos olhos dele e de Jo o que Stella trancara a dígitos em seu antigo apartamento em sua antiga cidade. Dentro da caixa preta que fora trancada por Stella havia uma pequena caixinha feita de madeira mas pintada de branca, com cuidado Mac retirou de dentro do cofre.

 – É uma caixa, uma mini caixa na verdade !  – Jo identificou o objeto ainda o analisando com zelo.

Mac entregou a Jo que o segurou, o detetive rapidamente fechou o cofre e colocou novamente a tampa de fundo em seu devido lugar deixando exatamente como estava antes o espaço. Jo enquanto isso caminhava para fora do closet analisando o objeto. Em cima da tampa havia duas letras em dourado.

 – O que significa as iniciais S S  ? – Alisou com um de seus dedos.

Mac se aproximara dela e encarara a pequena caixa. Jo o olhou em busca de uma explicação mais ele ao sentir o olhar lhe respondeu através do seu aceno negativo com a cabeça.

— E novamente, eu não sei. – Completou . – Você pode abrir ? – Pediu erguendo seu olhar a ela. – Por favor?!

Jo pensou por alguns segundos e depois concordou. Seus dedos correram até o feche da caixa, uma pequena tranca de ferro que se abriu rapidamente, sem dificuldade e por fim, dentro da pequena caixa o veludo preto tinha por cima de si um pingente de coração divido entre ouro e pedrinha brilhantes, Mac pegou o pingente e puxou para fora revelando o fio de uma bela corrente de ouro.

— Um colar ? – Mac questionou olhando a joia em seus dedos.

Jo encarou bem o pingente de coração e sua memória rapidamente  pareceu ajuda-la trazendo a ela recordações de um caso em que ela trabalhou logo que entrou no FBI, um caso grande que praticamente a esgotou por semanas  e só foi solucionado por algo tão simples. Ela sorriu de canto ao pensar quão esperta Stella foi.

— Não é só  um simples colar. – Mac a encarou. – Me dê aqui ! – Pediu olhando a joia.

Ela lhe estendeu a caixa  e ele agora curioso ainda a olhava, ela arqueou suas sobrancelhas e ele aceitou a caixinha trocando os objetos, dando a ela a correntinha banhada a ouro. As mãos cautelosas de Jo parecia analisar o pingente, então rapidamente ela puxou uma das partes do coração, separando a de ouro com a de pedrinhas. Logo Mac pode ver que em uma das partes do coração tinha ali um conector Usb transformando na verdade aquele simples pingente em um pen drive que estava escondido.

— Como você sabia disso ? – Foi sua vez de questionar Jo surpreso.

— Assim que eu entrei para o FBI, eu trabalhei em um caso complicado  – Sorriu de canto ao recordar. –  Foi bem exaustivo e eu me lembro que foi através de um simples objeto escondido pela vitima,  que na verdade era um pen drive como esse que deu o final para aquelas longas e desagradáveis semanas de investigação.

— O que tinha no pen drive ? – Indagou curioso.

Antes de Jo lhe dar qualquer resposta, o toque estridente do celular Jo invadiu o quarto, a perita entregou rapidamente o colar a Mac que guardou em seu devido e antigo lugar e da mesma forma, ela resgatou o aparelho  do bolso.

— É a Linds. – Olhou para Mac.

— Lindsay, o que houve ? – Atendeu já questionando a mulher do outro lado da linha. – O que ? – A voz de Jo se alterou. –  Okay, eu, eu  e ele estamos voltando . – Jo desviou seu olhar para o chão. – Tudo bem, eu aviso. Estaremos ai em dez minutos. – Jo afastou o celular de seu ouvido mantendo em mão, olhou para Mac.

— O que houve ?

— Lindsay disse que Susan foi levada ao hospital, pelo o que parece ela teve um ataque de pânico. Lindsay não entrou em detalhes, tudo o que contou foi que Sid e Jess a levaram para a emergência, ela  disse que explica pra gente quando chegarmos no laboratório e pelo o que parece tem uma moça te esperando. – Contou a novidade a Mac.

— Uma moça me esperando ? – Jo confirmou.

— Lindsay disse que ela é uma amiga ou sócia de Christine te esperando, ela diz que precisa da sua ajuda. – Contou a Mac o que Lindsay havia informado.

Mac não sabia o por que mais no fundo sentiu que algo estava errado, o mesmo que sentiu quando viu Christine em perigo parecia ter voltado, ele engoliu em seco e olhou rapidamente a caixinha branca. “ S S “ – Sua mente pareceu despertar ... S S só podia significar algo na vida de Stella, não havia mais nada que ele pudesse imaginar. As letras não se referiam a algo mais sim a alguém, na verdade eram duas pessoas que por fim mostraram a ela o significado de “pai e mãe” mesmo sendo adulta o suficiente, nunca era tarde demais para receber o amor incondicional de uma mãe e pai mesmo sendo eles somente de coração. Susan e Sid Hammerback era o significado de S S ! 


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Notas finais do capítulo

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