Sangue no papel escrita por patorro


Capítulo 8
Explosão em Washington


Notas iniciais do capítulo

Demorou? Demorou. Chegou? Chegou. Tá chatou? Sim, tá chatou. Por que simplesmente não lê a história?
OBS- Cap narrado por Clover



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Finalmente, estamos indo para Washington. Não estava aguentando mais Seattle, afinal, por enquanto, já havia resolvido tudo que precisava. Rachel parecia chocada quando eu falei pra ela sobre explodir a casa branca. O que tinha demais? Eu iria só matar mais algumas pessoas. Ela já havia me visto matar antes, afinal, ela mesma gostava da sensação de matar. Eu via o brilho nos olhos dela. Ela realmente sabia demais sobre mim. Ela sabe como eu resolvo meus problemas. Não demoraria muito para Rachel deduzir que eu tinha problemas com o governo, era só uma questão de tempo para ela deixar de ser retardada e começar a pensar. Ou então se render ao meu plano e perguntar depois. Falando no Diabo, logo ela aparece na cabine com um pacote de salgadinhos que havia sobrado. Ela parecia cansada. Coitada. Mal sabia o qu estava por vir. Ela esfregou os olhos e perguntou, dando um bocejo:
–Você tem certeza que quer continuar no volante?- ela bocejou novamente. Fraca.- Eu posso assumir...
– Não.- interrompi. Ela no pode guiar o caminho. Caso Rachillie tenha esquecido, eu estava no comando dessa situação. Ela era só uma peça do jogo. Uma peça descartável, se eu achasse que ela fosse inútil para a missão. Por enquanto, Rachel estava se saindo bem, pra uma novata. Uma hora ela teria de ir se não se tornasse importante para a situação.- Eu quero salgadinho.- estendi a mão. Nada de salgadinho- Rachel, eu quero salgadinho, por favor!
– Clover, você está ai a horas! Deixa que eu dirijo agora e ai você pode descanar...
–NÃO, Rachel! N-A-O, til! Eu tenho que dirigir e ponto! Eu sei para onde vamos, ok?- explodi. Alguns longos segundos depois, ela cutuca meu ombro e estende a mão, que estava cheia de Pringles.- Valeu. Pelas "batatitas". Vai dormir.- Rachel virou-se e murmurou um "Boa noite". No posso culpá-la, afinal, como eu já disse antes, ela era fraca, para uma pessoa com um potencial dela. Só mais algumas horas e tudo estaria quase pronto. Só para os Estados Unidos, claro. Rachel não poderia interferir. Não agora.
Em poucas horas, chegamos em Washington. Estavamos em uma lojinha que eu chamava de lar. Rachel encarava a fachada da casa, que era imunda por sinal. Parecia que ela esperava um monte de baratas subindo em suas pernas ou coisa assim. Sabe o que eu aprendi com baratas? Não importa quo sujas e nojentas sejam, elas sempre morrem da mesma maneira: esmagadas por uma força maior. Que bom que elas não são as únicas criaturas asquerosas com que eu sigo esta regra. Alguns humanos merecem a vida, outros, nem tanto e alguns, bem, alguns só me interessam pelo que posso extrair deles.
Abri a porta da loja, o cheiro abafado de incenso logo invadiu minhas narinas. Ah, como era bom estar de volta. Rachel andava encolhida do meu lado, como se as prateleiras fossem pular e atacá-la enquanto estávamos andando. Cheguei ao balcão e bati três vezes, bem lentamente, sobre o mesmo. Logo depois, aparece Eddie, com um belo sorriso estampado no rosto, que diz:
– Como bom ouvir essa batida de novo...
– Como bom ver você de novo, velho amigo.- ele me abraça e eu sorrio. Mas rapidamente fecho a cara. Tínhamos que conversar sobre negócios.- Lembra daquele velho favor que você me deve? Então, estou precisando dele agora.- o rosto dele murchou ao ouvir minhas frases
– Que tipo de favor você quer que eu cumpra?- ele me encarou. Os olhos dele se estreitaram e me encaravam. Eu no tinha muito tempo para ficar de mimimi, então, fui direto ao ponto
– Seção D-03, por favor. Preciso de algumas coisinhas de lá. Senão, a minha missão nunca ser concluída.- ele revirou os olhos, agora bem abertos
–Você ainda está tentando isso, Clover? COMO você acha que vai... mmmmmmff!!!!- tapei a boca dele e indiquei com a cabeça Rachel, que estava olhando tudo que havia nas prateleiras, como se nós no existíssemos
– Olha só, Eddie, ela uma parte bem importante para o meu plano por enquanto, ok? Preciso que ela confie em mim- sussurrei para ele- E se você no contribuir com o plano agora, eu vou ter que matá-lo, por mais que eu queira poupá-lo desse destino. Você não quer governar o mundo comigo?- ele afastou a minha mão da boca dele e perguntou, baixando os olhos
– Qual mesmo a Seção?
– D-03.- respondi, com um sorriso radiante- E pra hoje.
...
Estava tudo completamente perfeito. A hora, onde estava, com quem eu estava... tudo como o planejado. Finalmente, eu estava lá, pronta para concluir de vez tudo que queria. Ao menos, quando fizesse isso, teria controle sobre aquela rea. Nada podia me deter. No agora. Havia me precavido de todos os imprevistos, atrasos ou impedimentos que poderiam acontecer. Nada, simplesmente nada iria me parar. Tinha que correr. Náo tinha todo o tempo do mundo, afinal, eu estava em cima da hora. E eu detesto chegar atrasada para meus compromissos.
Subi na plataforma que construí quando era criança. Definitivamente, como eu havia pensado há oito anos atrás, minha plataforma (ou, para a minha eu de sete anos, minha mesinha de tomar chá) ainda estava lá. Realmente, tudo era tão higiênico... Todos os seguranças entraram com Rachel para dentro da Casa. Mal sabiam eles que na bolsa de minha querida "amiguinha" existiam bombas de gás sonífero. Talvez fosse melhor mante-los acordados, para hora do show mas, provavelmente, eles iriam tentar deter a explosão e alguns sobreviveriam. Melhor eles terem bons sonhos, porque serão os últimos.
Bem, jamais havia pensado que a trilha de bombinhas que fiz ao redor do local poderia causar um impacto tão grande na construção, não que o meu objetivo da época fosse diferente demais do atual, já que, definitivamente, não era. Rachel estava acabando de desligar as câmeras, então, ainda tinha que esperar, até que aparecem dois "guardas"para substituir os dorminhocos, que aparentemente, tinham um segundo turno. Não tinha muito tempo, afinal, se eles viessem na minha direção, estaria pondo em risco todo o meu plano. Tinha de pular pois se descesse pelas vinheiras ou pelas árvores, aqueles dois me escutariam. Tinha de me manter atenta já que eu estava com a chave da explosão. Se errasse um pouquinho, mesmo que fossem alguns milímetros, estaria acabando com tudo que já havia planejado ao longo da minha vida. Eles rodavam a frente do local, como cães de guarda. Mantive os olhos fixos neles e pulei, caindo por cinco metros. Atingi o chão e percebi meu p em um ângulo absurdo. Trouxe minhas mãos até minha canela, tentando descobrir onde o problema estava. Percebi que havia alguma coisa muito estranha em minhas mãos. Elas no pareciam estar “certas”. Olhei para os lados na procura dos “guardas” e encontrei o erro das minhas mãos. A dinamite que ativaria tudo estava na beira do buraco que iniciaria a explosão. Estava quase caindo no pequeno orifcio, quando Rachel apareceu e estendeu a mo na minha direo e disse:
–VEM! ESTÁ PRESTES A EXPLODIR!- ela me puxou para fora e começou a correr, enquanto eu estava mancando rapidamente atrás dela. Estvamos nos afastando demais da Casa, então eu disse:
–Aqui já está bom. Quero ver o meu show começar.- comecei a contar: 3, 2, 1. BOOM! Uma grande forma alaranjada atingiu os céus. Tudo estava perfeito. Bem, quase tudo. Olhei para o meu pé, que estava muito torcido. Rachel olhou para o meu pé e perguntou:
–Eu vou dirigir, certo? Você no tem condições de...
–Não vamos pegar a estrada. Não por enquanto. Tenho certeza que Eddie no vai se importar se nós ficarmos alguns dias na casa dele.- ela me olhou torto, mas aceitou. Washington, I’m back.


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Notas finais do capítulo

O quê você achou? Ok... obrigada pela opinião!



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