Sangue no papel escrita por patorro


Capítulo 6
Arrumando as malas


Notas iniciais do capítulo

200 pessoas leram minha história! Eu sei que não é grande coisa, mas eu estou muito feliz por saber que 200 pessoas gastaram o tempo que tinham pra fazer um bando de coisas pra ler a minha história! Eu estou muito feliz!



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Clover e eu corremos na direção oposta a que viemos, e, quando me dei conta, estavamos dentro da minha casa. Minha respiração ofegante e meu pulmão, agora estourado, fizeram com que eu caísse lentamente com as costas apoiadas na parede da sala. Percebi que Clover admirava minha casa. Olhava ao redor, mirava as fotos de minha família até seus olhos pousarem em uma caixinha empoeirada encostada ao lado da lareira.
– Coisinhas da Minha Rachillie?- Clover disse, segurando a risada após ler meu apelido de infância
–É uma caixa que a minha mãe montou quando eu tinha uns 2 ou 3 anos, na época em que meus pais se separaram. Minha mãe queria provar que eu seria be mais feliz com ela que com meu pai- expiliquei
–Ei, falando na sua mãe, me desculpe por ter matado ela, sim? Era importante que nada interfirisse, entende?- eu reparei no ematoma que havia feito ao atacar Clover na rua. Não só estava roxo como seu abdomen estava um pouco fundo na parte em que a soquei, bati e apertei enquanto rolavamos rua abaixo.
–Me desculpe por isso.- apontei para o machucado na barriga dela
–Não faz mal! Já sofri mais que isso- ela disse, com simpatía- Ei, a sua mãe gostava muito do seu sobrenome, sabe?- ela indicou uma outra caixa com o meu material escolar do terceiro ano, onde até mesmo as fotos dentro do meu antigo estojo tinham o meu nome gravado bem no meio. Para falar a verdade, todos os móveis da casa tinham "Daush" no verso ou na parte frontal
–Minha mãe tem muito orgulho do nosso sobrenome.- eu me lembrei repentinamente da dura realidade e me autocorrigi- Ela tinha muito orgulho- meus olhos marejavam novamente, e, quando eu menos esperava, percebi que lágrimas corriam pelo meu rosto e lentamente caíam na foto de família que estava em minhas mãos. Coloquei a foto na estante de onde eu havia a pego. Levantei meus olhos do meu colo e encontrei Clover na minha frente.
–Vamos nos preparar para nossa viagem. Não teremos muito tempo até que notem o sumiço do prefeito.- ela disse, pegando minha mão esquerda e me erguendo da poltrona, onde já estava afundando tanto em estado físico quanto mental- Vem, vamos arrumar sua mala.
–Ok... mas, o quê eu vou levar para nossa "aventura"?- perguntei, limpando o rosto com uma das mangas do meu moleton
–Ei, quem vai estar lá para te ajudar?- ela indicou com os dois dedões e um sorriso faceiro a si mesma. Subimos a escada e, ao abrir a porta, vi que minha cama estava arrumada, o chão limpo, o armário fechado e o papel de parede recolocado. Também reparei em um pequeno pedaço de papel rosa ao lado da escrivaninha em que eu fazia os deveres. Li o bilhete, deixado pela minha mãe, que dizia que ela fora atrás do raptor e havia levado apenas uma parte do dinheiro e um certificado falso da posse da casa e, por isso, eu não deveria me preocupar. Lembrei do fato de que aquele que raptou minha irmã e roubado minha mãe estava ali ao meu lado, tentando decidir se nós levaríamos uma regata azul ou branca.
As bagagens haviam sido feitas. Praticamente todas as minhas roupas e objetos da cozinha estavam nas malas preparadas a pouco por mim e Clover. Decidimos que iriamos para a estação de ônibus mais próxima as onze da noite, por isso, no fim da tarde, eu estava me preparando para horas de tédio e sono em um banco confortável ou não. As cinco horas, com o cabelo ainda úmido, fazia miojo para o jantar. Quando o macarrão acabara de ser "cozido", ouvi uma batida na porta da frente. Enrolei a maior parte das minhas madeixas em um turbante e fui atender a porta.
–Com licença, Rachel Daush está?- disse um dos três policiais parados na minha frente enquanto balançava minha chave de casa unida ao chaveiro vermelho brilhante "DAUSH". Disfarçadamente, coloquei a mão sobre o bolso esquerdo da minha calça, que era a mesma que eu estava vestindo na noite anterior. Minha chave não estava lá. Ela fora o objeto que caíra do meu bolso enquanto corría na noite anterior. Puxei rapidamente a chave da mão do oficial de polícia e respondi, sem expressão:
–Não, ela não está. Por que vocês estão a procura dela?
–Essa chave foi encontrada próxima ao corpo do prefeito John na floresta.- ele disse, justificando suas causas. Lembrei de minha mãe e comecei a interpretá-la
–Mas isso não é possível! Rachel foi viajar para a Argentina a horas e ela faz caminhadas pela floresta apenas pela manhã! Lembro-me muito bem da matéria do telejornal ao vivo do prefeito hoje as sete e meia! Ele estava bem vivo e Rachel estava na caminhada matinal! A minha filha não está envolvida em qualquer parte desse caso, policial!- eu terminei, levantando o dedo indicador direito igual a mamãe quando se irritava durante alguma discução. Era uma das coisas que eu mais amava ver minha mãe fazer, mesmo que fosse brigando comigo ou com papai. O dedo me lembrava a teimosia dela. O policial, convencido, disse:
–Desculpa senhora Daush, não queríamos incomodá-la mas...
–Nada de "mas"! Eu SEI que minha filha não tem nada a ver com esse assunto e você também sabe! Quero os três fora do meu carpete, ele está ficando imundo com toda essa terra espalhada em cima dele. Vamos, tirem as botas de cima dele!- eles saíram do tapete da entrada e se posicionaram no jardim frontal. Eu era minha mãe, eu tinha que agir exatamente como minha mãe -Saiam da grama, por favor?- eles se espremeram no mínusculo camnho de pedras que levava até a porta -Assim está melhor.
–Ok... Vamos investigar melhor a área.- falou um deles, repreendido
–Acho bom. Vamos, fila indiana para fora do jardim!- eles atravessaram a cerca e eu fechei a porta. Pela primeira vez, eu comi miojo tensa.


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Notas finais do capítulo

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