Pov. Narradora

O sol apareceu irradiando o céu, todas as crianças caminhavam para o colégio, enquanto isso os pais dirigiam para o emprego, a cidade de Lovital respirava a brisa encantada da primavera, o lago estava com a água cristalina mostrando a beleza natural.

Todo inicio de primavera as coisas mudam, è como se uma nova vida se iniciasse.

A casa das irmãs refletia um novo brilho, não que os problemas houvessem acabado, mas era a chance de um novo recomeço.

Fazia uns dez minutos que a Bia tinha ido para o colégio, a garota de 12 anos estudava na sala sete mais especificamente no 8° ano.

Enquanto Bia estudava Liza decidiu dar uma geral na casa para guardar os pertences dos pais, afinal, não è muito bom ver roupas dos outros sabendo que eles nunca mais usarão. As jóias da mãe eram espetaculares, sendo cada uma de um valor sentimental. Liza guardou tudo em um baú de madeira antigo que ficava inutilizado em um dos cantos da casa.

Os quartos pediam por socorro, havia muita teia de aranha esparramada por todos os lados o que levou horas para serem todas tiradas, as cobertas de retalhos fediam cinzas e os banheiros cheiravam á esgoto.

Liza começou pelo andar de cima, limpando e lavando até que se notasse o brilho de limpeza, onde ela ia terminando deixava um aroma perfumado.

Já era por volta das quatro da tarde quando tudo ficou organizado. A loira tomou um banho e decidiu fazer compras.

Ela foi ao supermercado comprar alimentos básicos e produtos para higiene.

—Liza, você aceita um doce de leite. —O seu João ofereceu a ela mostrando o potinho que acabara de chegar da fabrica de doces.

—Meu dinheiro está contado, mas na próxima eu levo. —Ela negou mesmo estando com um imenso desejo de comer o doce, agora ela tem responsabilidades e deve se preocupar com as dividas em vez de se importar com desejos.

—Eu não estou vendendo é para você e para Bia. Eu sei que vocês gostam. —Liza não conseguiu esconder o sorriso que brotou em seus lábios.

Felizmente ainda existem pessoas solidarias no mundo!

Horas: 18:00

Bia chegou toda animada em casa, a garota cantarolava por toda a parte, Liza até estranho o comportamento da irmã, pois como a outra estuda tempo integral ela chega toda cansada e varada de fome.

—O que aconteceu pra essa alegria toda? –Liza perguntou.

—Hoje eu tive uma experiência diferente, nós vamos ter aula de música. O novo professor falou que eu tenho um talento extraordinário! —Bia cantarolou eufórica, a alegria no rosto dela era notório.

—Fico feliz Maninha, agora vem jantar!

As duas se aconchegaram no sofá e assistiram a um filme de ação enquanto comiam. Era soco para cá e chute pra lá, o mocinho era muito bonito e romântico sem mencionar a força que tinha, esses fatos faziam com quê as irmãs nem piscassem, o filme acabou com um tiro no peito do vilão fazendo com que esparramasse sangue por todo o lado.

—Bia vai dormir que amanhã será um longo dia! —A outra disse já desligando a TV.

—Mas já! Dê-me um tempo, eu só estudo e durmo!

Liza não respondeu apenas apontou o quarto como sinal de “Vai logo sem reclamar”, porém ela tinha razão desde a morte dos pais a vida ficou muito entediante era “colégio e cama”, Liza refletiu sobre isso, até mesmo ela já estava se cansando da rotina afinal ela não era a mãe então pra quer fingir ser, mas ai se lembrou que Bia gostando ou não necessita de limites.

Depois de pensar um pouco no ocorrido a garota de 20 anos entrou para o banheiro, retirou o short e consequentemente a blusa, depois girou em torno do espelho admirando as curvas, ao despir-se ajustou o chuveiro na função desligado e entrou debaixo da água.

Os cabelos ficaram todos encharcados fazendo com que o comprimento aumentasse dois dedos no tamanho, alcançando o bumbum, o banho durou 20 minutos cronometrados...

No dia seguinte as duas irmãs se arrumaram e em vez de ir ao colégio foram caminhar na praça, a maioria das pessoas deixam pra caminhar à noite o que fazia da pista quase vazia.

—Você já encontrou um emprego? —A adolescente perguntou com um rosto aflito.

—Ainda não, mas pretendo! —A outra respondeu olhando para o horizonte.

—Talvez devêssemos procurar um pra mim e outro pra você! — Sugeriu a pequena.

—Eu acho linda a sua atitude Bia, só que você é muito nova é melhor você se dedicar apenas nos estudos. —Falou ríspida para que a outra compreendesse a circunstancia com outra visão.

— Começou com esse papo chato de novo, eu já tenho 12 anos! —Ela revirou os olhos com desprezo.

—Não me faça sorrir! Eu mando em você e pronto, só eu estou à procura de emprego! —Retrucou ainda mais alto.

Ao lado da pista de caminhada uma ruiva muito bem arrumada ouviu a conversa e se aproximou.

—Desculpe-me intrometer, se ouvi bem você está à procura de um emprego?

—Estou sim!

—Qual é o seu nome?

—Liza!

— Um prazer Liza, eu vou te entrega o cartão com o telefone e o endereço, se interessar dá uma passadinha por lá!

—com certeza vou! Muito obrigado mesmo! —Elas pegaram na mão em um comprimento formal, após a ruiva se retirou.