O amor é capaz de tudo! escrita por Stéfany F Santos


Capítulo 3
À procura de emprego...


Notas iniciais do capítulo

Eis que senti muito a falta de publicar está semana. Não vou demorar esse tempo todo novamente... Dou minha palavra... Eu sei que hoje ainda não é segunda, mas vocês merecem por ter esperado...

Agradeço a "Giovanna" e a todos os "Fantasmas", não os descrimino, afinal, espero que tenham uma boa justificativa para não comentar!



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POV. Narradora...

O dia amanheceu lindo, os pássaros rodeavam a casa das irmãs, o som era doce e tranquilizador, o céu estava claro, era o dia perfeito para sair de casa à procurar de um emprego.

Liza acordou ainda no degrau que costuma adormecer todas as noites enquanto aprecia o luar e escreve no diário. A dor intensa na coluna por causa da má posição na qual passara a noite lhe martirizava.

Era por volta das seis da manhã.

—Maninha cadê você? —Bia berrava pelos corredores da casa a procura da outra.

—Estou na varanda! —A outra respondeu com um bocejo. Liza se levantou resmungando de dor e caminhou até o chuveiro para tentar aliviar a rigidez dos ossos e músculos com a água quente.

Ela estava no meio do banho quando o telefone a atrapalhou, a loira se enrolou em uma toalha já gasta revelando pedaços da pele dela devido buracos indesejados.

—Alô/ Nós estamos bem tia/ Eu agradeço o convite, mas a Bia vai mora comigo/ Eu vou arrumar um emprego/ Não sou uma péssima irmã/ Olha não preciso que ninguém se intrometa/ Eu não estou sendo mal educada com a senhora/ Antes dos meus pais morrerem você nem nos visitava, agora vai fingir que nos conhece e sabe o que é melhor pra nós/ Não to a fim de falar sobre isso, tchau!

—Quem era? —Bia perguntou se aproximando com cautela enquanto contava os buracos que tinha na toalha da irmã.

—A tia Marta. —Liza respondeu praticamente cuspindo as palavras da boca, no velório dos pais a tia nem ao menos deu as caras.

A mais nova revirou os olhos, e depois fez careta deixando bem claro o quanto ela desprezava a tia.

A loira de cabelos longos retornou ao banho enquanto Bia arrumava a cama, após ela foram para a cozinha preparar o café, literalmente café, pois não havia mais nada além do pó, do açúcar e água.

A água fervia no fogão a lenha que fora feito de improviso pelo pai.

—Liza qual roupa devo vesti? —Bia mostrou total confusão e assombro na voz revelando toda sua indecisão com relação ao vestiário,

—O uniforme! Você vai ir estudar hoje! —A mais velha preocupava com a educação da caçula, afinal, é muito importante para um futuro à educação, Bia ainda tinha muito tempo estando ela com doze anos, mas não podia vacilar.

—mas! —Resmungou bem baixinho quase inaudível.

—mas nada, você vai para o colégio! —Exigiu a outra já colocando a xícara com café na mesa de madeira.

—Que merda! —Liza apenas a encarou, logo depois foi para o quarto escolher a roupa.

A garota ficou em duvida entre qual roupa deveria usar para arrumar um emprego; Depois de muita indecisão ela conseguiu “Errar e feio”. Bem Liza nunca foi o exemplo de bom gosto, o que a salvava era a mãe e sem ela Liza atingiu o auge da Breganiça (Mistura de brega com carniça).

— Maninha você está diva! —Bia foi irônica.

— Não é pra tanto! –Bia abafou as risadas, como a irmã não percebeu a ironia na voz.

As duas saíram da casa faltando dez minutos para as sete, logo em seguida Liza deixou a menor no colégio e foi para um restaurante pedir emprego!

—Você está louca, eu não te contrataria por nada! —O dono falou grossamente.

Depois a menina foi á uma loja de roupa...

—Desculpa mais se eu te contratar os clientes vão pensar que a minha loja é um brechó! E eu acabei de contratar aquela moça ali. —A senhora disse apontando o dedo para uma japonesa que certamente estaria morando no Brasil.

A garota saiu decepcionada, afinal, ela tinha que encontrar um emprego o mais rápido possível. Depois do ocorrido na loja de roupa Liza tentou a sorte como atendente de supermercado, mas não havia vaga.

Depois de muita procura à loira parou para almoçar em uma lanchonete de calçada, as mesas estavam lotadas.

—Vai querer uma marmita grande média ou pequena? —Um homem com a barba maior que o cabelo perguntou.

—Pequena! —Ela não estava muito empolgada e a fome lhe faltará, como cuidaria da irmã se nem emprego tinha.

— Nos não temos mais assentos, você terá que comer em pé! —Ele a tirou de seus devaneios com o comentário.

Ela olhou para o local conferindo pela segunda vez se não havia mesmo possibilidades de sentar, pois os seus pés já haviam formado calo, vendo á total lotação Liza sentou no meio fio para comer a marmita. Alguns cidadãos olhavam espantados para ela, devido o péssimo gosto de roupa, sem mencionar o total desleixo com os longos cabelos loiros e lisos.

—Ei não precisa sentar ai, minha irmã já está de saída, pode sentar aqui. —Um homem de cabelos pretos e olhos puxados ofereceu o local que há poucos minutos uma mulher com a mesma fisionomia se sentará. Provavelmente estava havendo alguma crise no Japão para tanta gente japonesa estar vindo para o estado de Minas.

Ela o olhou séria, depois tornou a comer. Liza nunca dava moral para o sexo masculino exceto Carlos, mas este não está mais entre ela. Pode até ser um pensamento bobo, a garota pensa que todos os homens só pensam bobeiras e tiram proveito de todas as circunstancias.

—Eu te garanto que não mordo, alias sentar comigo deve ser melhor que ficar no meio fio. —Ele sorriu do próprio comentário.

— Não, você está equivocado o meio fio é um ótimo lugar! —Ela bufo e retornou a atenção a comida.

Depois do almoço continuou a buscar por emprego, até porque era necessário. A tarde passou rápido, logo o sol começou a se por, “até mesmo o sol precisa de descanso” pensou ela.

Ao escurecer Liza retornou para casa com um grande cansaço, opés estavam todos calejados devido à longa caminhada por Lovital. Foi só quando chegou em casa que Liza percebeu que havia esquecido de buscar a irmã as 17:00 da tarde.

—Bia você está bem? Desculpa-me? —Pediu a irmã com o coração partido por ter feito a pequena retornar sozinha a casa e esperar do lado de fora.

—Tudo bem Liza, eu já tenho 12 anos! —Ela deu de ombros e abraçou a outra com um sorriso lindo. — Eu, porém agradeceria se você abrisse logo a porta, estou com uma vontade de fazer xixi...

Ela abriu a porta ainda com um sentimento de culpa, após pegou o diário e foi relatar o fato de não ter conseguido um emprego.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham se agradado... Aguardo comentários, se quiserem se manifestar fiquem à vontade!



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