A Sombra do Colosso escrita por Komorek


Capítulo 12
Capítulo XI - O Guardião Desencadeado




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Já derrotei 10. Meus obstáculos lentamente chegam ao fim, e meu objetivo, chega cada vez mais perto de se concluir. Agora, só me resta 6 Colossos, e poderei tê-la de volta. De volta ao Santuário, após a explosão da quinta estátua à minha esquerda, me despertei, e esperei pacientemente pelas palavras de Dormin.

Teu próximo inimigo é... Um altar com vista ao lago. Um Guardião solto. Ele mantém as chamas vivas.

A ser dita a palavra “Guardião”, me arrepiei. Se os Colossos que enfrentei já foram difíceis de derrotar, fiquei imaginando como seria derrotar um que fosse guardião. Chamei por Agro, e desci as escadas.

Levantei minha espada, e vi que o próximo Colosso estava ao Sul, do outro lado das Terras Proibidas. Eu já cansei disso, vamos ser rápidos com esse, Agro. – pensei, enquanto dava a volta pelo Santuário. Ao atravessar a ponte terrestre, notei o cadáver do Segundo Colosso na praia abaixo de mim.

Ele está lá, parado... sem se mexer... obviamente porque está morto, mas... eu tenho uma sensação de que esse lugar está parado no tempo. É melhor eu parar de me fazer essas perguntas, antes que surjam ainda mais delas. Todo esse lugar é um mistério...

Do outro lado, a ponte estava bem acima de mim. Ela era sustentada por estranhos e enormes pilares de Pedra, que quando atingiam certa altitude, mudavam de forma, e pareciam blocos alinhados em curva. A Luz da espada agora, indicava um caminho em frente, ou seja, o Colosso estava mais ao Sul.

Passei por um templo de lagarto de cauda branca, e decidi parar. Após algumas tentativas, consegui acerta-lo, e comi sua cauda. Após isso, me ajoelhei em frente ao templo, fechei meus olhos, e ofereci-o uma prece. Fazia tempo a qual não fiz isso.

Após abrir meus olhos, subi em Agro, e continuei a cavalgar em frente. De repente, me deparei com um enorme buraco no chão. Eu já tinha o visto, a caminho do Sétimo, e desta vez, era o meu destino. Aquele buraco era um tipo de pequeno, mas profundo cânion.

Tive que deixar Agro, e desci um tipo de rampa, que me levou até uma pequena lagoa. Nadei até o outro lado, e me deparei com um corredor que me levava até a entrada do Templo, da qual era possível ver de fora, um brilho vindo de dentro dele.

Andei pelo corredor, e vi duas entradas. Entrei pela primeira, e vi que não havia saída. Porém, havia um desnível no local, e eu pude subir por ele. Me encontrei em um grande salão, com quatro esculturas com chamas em seus topos, e um tipo de varanda, com alguns pilares de pé e outros caídos, da qual era possível ver o lago.

Olhei para trás, para ver na onde a segunda entrada iria dar, e vi que não iria ser nada demais. Apenas um outro pequeno salão, que se eu tivesse entrado, teria que pular o buraco da qual acabei de escalar, para vir para esse lado. Estava admirando toda a escultura do local, que era bem misteriosa, até que de repente, escutei um breve rugido.

Ao me virar para frente, me deparei com uma criatura, semelhante à um leão, saltando de cima de mim, para frente. Ela correu até chegar na borda do templo, e se virou. Aqueles olhos não me davam dúvidas. Era um Colosso, porém, bem menor. Não passava dos 4 metros de altura, mas tinha uma aparência feroz. Tinha duas longas presas, e era totalmente coberto por uma armadura.

Enquanto o analisava, ele correu em minha direção, e preparou uma cabeçada. Rolei rapidamente para o lado, surpreendido pela velocidade da criatura. Ela freou, e logo, se virou novamente para mim, e deu um pequeno rugido, que me fez congelar.

O Colosso novamente saltou em minha direção, mas desta vez, me acertou. Senti uma enorme dor, e meus ossos pareceram se quebrar. Caí longe dali, batendo em um dos templos de fogo. Fiquei fora de mim por alguns segundos, mas logo, retomei a consciência. Chacoalhei um pouco a cabeça, e quando olhei para frente, vi a criatura vindo em minha direção.

Fui rápido, e me agarrei no Templo, que podia ser escalado. Caramba, esse não vai cansar... pelo menos aqui em cima, ele não vai me pegar. – pensava – Posso ter um tempo para pensar no que fazer, mas... onde está o Selo dele? Ele está totalmente coberto pela armadura...

Enquanto pensava, vi que ele ia tomando distância da escultura em que estava, e de repente, correu nessa direção. Com uma força descomunal, acertou o templo com a cabeça, fazendo-o quase desabar. Do meio das chamas, pareceu sair um pedaço de madeira, um tipo de tocha, e caiu no chão.

– O que é isso...?

A tocha, que estava com pequenas faíscas de fogo, caiu perto do Colosso, que ao vê-la, pareceu se assustar e recuar. As faíscas sumiram, e a criatura pareceu se tranquilizar. Aquilo foi muito estranho, e me deu uma ideia. Rapidamente, eu pulei do templo, e peguei a tocha do chão. Sem parar nem por um instante, corri até o templo do outro lado, e também o escalei.

– Tomara que dê certo...

Me aproximei do fogo com a tocha, e a coloquei sobre ele. Anda logo...! – o Colosso já estava tomando impulso para atacar o templo onde estava, mas segundos depois, a tocha se acendeu – Isso!!

A criatura veio com tudo em minha direção, mas pulei do templo antes que ela o atacasse. Em seguida, ergui a tocha em sua direção, e então, o Colosso começou a recuar.

– Sabia! Ele teme o fogo...!

Achei uma hipótese arriscada, pois pelas palavras de Dormin, ele era quem mantinha as chamas acesas, e não faria sentido teme-las. Mas eu estava certo, e com a tocha em mãos, ia recuando-o até a beira do templo. Até que a criatura deu um passo em falso para trás, e escorregou.

Escutei fortes barulhos de impacto contra o chão, e quando corri para a beira do templo para vê-lo, estava caído perto do lago. Sua armadura se quebrou, abrindo um buraco, exibindo suas costas. E lá estava o Selo. A tocha se apagou, e eu me senti aliviado por não ter feito alguns segundos atrás.

Deixei a tocha no chão, e peguei minha espada. Saltei da varanda, até um nível abaixo, que não sabia direito o motivo de existir. O Colosso estava no próximo, aparentemente inconsciente. Eu então, pulei com a espada para baixo, e caí bem em cima da criatura, cravando a espada com uma força imensa.

Ao retira-la, um forte jarro de sangue foi expelido. Porém, ele não morreu. Muito pelo contrário, ele ficou consciente, e começou a correr de um lado para o outro. Era difícil manter o equilíbrio em cima dele, e não conseguia cravar a espada. Entre uma corrida e outra, ele parava, e se chacoalhava.

Eu tinha que aproveitar essas paradas. Na próxima, no momento em que diminuiu a velocidade, ergui a espada, e cravei-a mais uma vez. Novamente, não foi o suficiente. Não consegui acerta-lo novamente até ele voltar para dentro do Templo. Lá, ele diminuiu a velocidade novamente, e eu então, pude dar o golpe final.

O Colosso caiu lentamente para o lado, e me fez rolar por alguns metros com o impacto. Vi as essências saírem de seu corpo, deixando-o negro, e então, me possuindo. Novamente, aquela escuridão. Porém, pude escutar a voz dela novamente, cada vez mais clara de se entender.

Por favor...


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Notas finais do capítulo

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