A Sombra do Colosso escrita por Komorek


Capítulo 13
Capítulo XII - Silencioso Trovão


Notas iniciais do capítulo

Perdoem-me por postar o capítulo com Uma Semana de atraso ;-;
Espero que gostem ;)



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Juntando todas as palavras... eu não entendo. Eu estou me sacrificando para poder traze-la de volta, e ela... me diz “por favor”... para parar...? Mono... eu não me importo de me sacrificar... se for por você...

Com a explosão da sexta estátua à minha esquerda, me despertei. A esse ponto, haviam 11 daquelas entidades negras que me observam dormindo. Observei o templo onde seu corpo está colocado, e vi também, 11 pombos. Eu derrotara o Décimo Primeiro Colosso, e sentia que tudo estava conectado.

Teu próximo adversário é... um Paraíso Flutuante sobre o lago. Um ser silencioso empunha o trovão. Uma ponte que se move afim de atravessar terrenos elevados.

Com o fim de suas palavras, chamei por Agro e desci as escadas. Enfrentaria agora, o décimo segundo Colosso. Ao erguer a espada, vi que meu caminho seria do outro lado das Terras, assim como o anterior. Puxei as rédeas, e começamos a correr. Após dar a volta completa pelo Castelo, passamos pela ponte, tive que erguer novamente a espada para verificar o caminho.

Esse Colosso ficava mais voltado para o Leste. Caminhando por alguns minutos, avistei dois longos pilares, que ficavam na mesma direção que os feixes de luz apontavam. Após atravessa-lo, me encontrei em outra ponte natural, levando até uma parte isolada das Terras, em uma entrada de um tipo de floresta.

Ela era bem mais densa do que aquela outra que passo as vezes. Uma neve neblina tomava conta dela, e era difícil me locomover com Agro. Segui um pequeno trecho de lago, até que de repente, esse mesmo teve seu fim em uma enorme cachoeira. Porém, do outro lado, havia a outra metade da floresta, como se uma grande ravina cortasse ela em dois.

– É impossível chegar do outro lado... o que eu faço agora?

Virei-me de costas, e consegui ver dois pontos de forte luz, sendo que um deles, era a entrada da floresta. Fiz com que Agro corresse até o segundo, e me encontrei na saída da floresta. Agora, teria que ultrapassar um tipo de desfiladeiro.

A cena era linda. Havia uma cachoeira, que desabava suas águas até todo o grande mar das Terras Proibidas. Uma cena digna de ser chamada de “Paraíso”. Encontrei um Templo no caminho, porém, este estava um tanto que preso à parede. Havia um lagarto andando pelo local, antes de ser morto pelas minhas flechas.

Após comer a cauda do pequeno animal, segui o caminho, e me deparei com uma enorme rocha tampando a passagem, e uma série de pilares logo ao lado, que marcavam a divisória entre um pequeno lago, e a grande queda d’água. Fui obrigado a deixar Agro para trás, e me agarrar no pilar, fazendo uma meia volta, chegando do outro lado.

Eu poderia ter simplesmente pulado na água, pois do outro lado, não havia nada além de uma pequena árvore. Ao saltar na água, fui surpreendido por um portão gigante, que marcou a entrada do que era, obviamente, a Arena do Colosso. Um grande lago, com espécies de ruínas de pequenos templos flutuantes, sendo que três deles estavam inteiros.

Nadei até uma das ruínas, até que de repente, vi um ponto do lago parecer criar ondas de água, como se algo estivesse saindo para a superfície. E estava certo. Do meio do lago, emergiu lentamente, o Décimo Segundo Colosso.

Era a criatura mais estranha que eu já tinha visto. Seu rosto era marcado por uma máscara que o cobria todo, com duas grandes presas com pontas azuis brilhantes. Não era possível ver seus olhos, e ao invés da pelagem comum de todos os Colossos, ele tinha o que pareciam ser vinhas. Ele era uma criatura quadrúpede, porém, suas patas dianteiras eram bem maiores do que as traseiras. Acima da água, ele tinha cerca de 9 metros, mas sabia que era bem maior por inteiro.

Ele não tinha olhos, mas sabia que podia me ver. De repente, suas presas azuis, se tornaram vermelhas. Aqueles... são seus olhos? – pensei na hora – Podem não ser olhos, mas que ele pode “sentir” minha presença, ele pode...

Enquanto analisava mais a fisionomia da criatura, suas presas mudaram de cor novamente. Elas ficaram amarelas, e cobertas por um tipo de eletricidade, que de repente, ligou as duas pontas, e criou uma série de projéteis de trovão que voaram em minha direção. Não fui rápido o suficiente para desviar deles, e após ser acertado, caí na água.

Pelo que vi, ele tem essas vinhas em suas costas. Talvez consiga chegar na cabeça escalando-o por trás... – Pensei, enquanto nadava, tentando driblar o Colosso. Foi difícil, porque ele se mexia para o lado junto, mas após alguns segundos, cheguei até suas costas.

– Esse vai ser muito fácil! – exclamei, enquanto subia as vinhas de suas costas.

Porém, após chegar até sua cabeça, vi que estava errado. O Selo Vital não estava lá. Haviam espécies de pedras brilhantes, semelhantes a molares, presos na borda, o que me fez ficar mais duvidoso sobre o que era aquele Colosso. Levantei minha espada, e todos os feixes de luz se direcionaram para baixo. Examinei a cabeça da criatura por alguns segundos, mas não obtive sucesso.

– Onde você está?! – exclamei, batendo a espada em um dos molares.

De repente, o Colosso fortemente se virou para a esquerda, fazendo-me tombar para o lado. O que foi isso...? – pensei, surpreso. A criatura começou a andar para a esquerda, e após alguns segundos, parou. Isso tem a ver com essas pedras estranhos?

Golpeei o molar da frente, e incrivelmente, o Colosso avançou, fazendo-me tombar para trás.

– Ele segue meus comandos!!

Tu não podes alcançar seu ponto vital como tu és agora...

Assim como um dos Colossos anteriores, Dormin me deu um tipo de “dica” sobre como derrotar a criatura, mas como sempre, não indo direto ao ponto. Mas consegui concluir que o Selo estava escondido. Talvez esteja em sua barriga... mas como vou chegar até lá?

Vi que o Colosso estava andando por perto de um dos templos que não estava destruído, e tive uma ideia. Fiz ele se aproximar mais ainda, e saltei de sua cabeça até o teto do templo. Havia uma plataforma, que me permitia esconder-me, caso o Colosso atacasse com os raios.

Após fazer o mesmo ataque, a criatura afundou levemente, e exibiu suas duas enormes patas dianteiras, apoiando-as no templo. Não entendi bem o motivo pelo qual ele fizera aquilo, mas sei que aquilo lhe abriu uma brecha para seu Selo, localizado em sua barriga.

Saltei, e me agarrei nos pelos onde o Selo Vital brilhava. Com uma cravada, já liberei uma grande quantidade de sangue, e vi que aquele Colosso não era muito resistente. Depois de outro golpe, senti seu corpo descendo lentamente, me afundando na água. Aquilo foi tão repentino, que soltei os pelos na mesma hora, e procurei pela superfície.

Após pôr a cabeça para fora da água, vi o Colosso atacando o templo com a cabeça, destruindo-o. Restaram apenas suas ruínas, semelhantes às que estavam espalhadas pelo local. Sem pensar muito, mergulhei novamente, e dei a volta pela criatura. Teria que refazer todo o processo.

Após alguns minutos, me encontrei no teto de outro dos templos. Após a criatura apoiar suas patas sobre o templo, pulei em seu Selo, e comecei a ataca-lo. Após mais duas cravadas, senti um forte tremor em seu corpo. O Colosso lentamente caiu para trás, afundando na água. Soltei-me de seu pelo, e nadei até a superfície.

Segundos depois, as essências vieram rapidamente, e entraram em meu corpo. Não consegui ouvir sua voz, mas os sussurros estavam cada vez mais fortes. Porém, algo muito estranho aconteceu.

Eu escutei sons parecidos com os de um cavalgar de vários cavalos juntos. Ao pararem, pude escutar uma voz velha, que parecia estar sendo abafada, provavelmente por algo que tampasse seu rosto.

– Só mais um pouco para chegarmos... – disse ela.


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Notas finais do capítulo

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