Even in Death escrita por LAURA BATHORY


Capítulo 8
Eu estou morta




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Há algo estranho na morte, ao mesmo tempo que muitos à temem, alguns a buscam desesperadamente. Eu sou aquela que a busca para o esquecimento da dor que é estar viva pelas custas das mortes de quem amo.
As luzes de Nova Iorque a noite é tão bom quanto o mar é para alguns. Da varanda de meu apartamento, observo as luzes dos carros, prédios e estrelas. O céu está escuro quase um preto, como se pudéssemos ver o universo a olho nu. Uma imensidão escura e triste, mas que permanece viva com as poucas estrelas que à iluminam.
–No que está pensando? -pergunta-me Mac em meu ouvido, ele está estranho, como se estivesse sempre me vigiando. Tenho duas hipóteses do motivo, uma é que ele acha que eu irei me encontrar escondida com Adolf, outra é que ele acha que eu irei me matar. Ele não está errado em nenhuma das duas.
–Eu não valho tanto. -digo escorando minha cabeça em seu ombro.
–Como assim? -Mac pergunta.
–Cinco pessoas mortas e uma no hospital, tudo isso por minha causa.
–Vale sim, todos te amam e sempre irão te proteger. É o nosso trabalho, literalmente. -Mac diz colocando-me de frete para ele.
–Do que adianta me salvarem e morrerem, vocês são tudo o que tenho e estou perdendo-os. -seu abraço é quente, me acalma como se eu tomasse uma droga que me faz esquecer parte de minha dor.
–Ninguém mais vai morrer, vamos pegar Adolf e ele será condenado a morte. -ele diz e encosta seus lábios nos meus.
–Ele escapou da cadeia três vezes, eu não acho que ele vá voltar para lá.
–Você tem razão. -diz Adolf na sala de frente para a varanda onde estamos. -Eu não vou voltar para lá.
Sua arma está apontada para Mac, então eu apenas sigo meu instinto e fico para do em sua frente.
–Fale o que quer, eu faço, só não machuque mais ninguém. -digo, minhas mãos estão para trás, agarradas na camisa de Mac.
–Ok, eu quero que você venha até aqui e sente na poltrona atrás de mim. -diz Adolf.
–Só se Mac for embora. -digo.
–Não, eu não vou sair daqui Stella. -diz Mac.
–Você ouviu ele estrelinha, agora venha. -diz Adolf apontando para a poltrona que agora está ao seu lado.
Ando lentamente em direção à ele, sento-me onde ele me indicou, ele pega uma corda em cima do sofá noutro lado do cômodo.
–Vamos brincar um pouquinho. -diz Adolf.
–Taylor, me de as honras de amarrá-la por favor. -diz ele.
Mac vem até nós e pega a corda de suas mãos.
–Vai ficar tudo bem Stella. -ele diz enquanto está atrás de mim.
–Não, não vai. Eu sinto muito Mac. -sinto lagrimas em meus olhos. -Eu te amo.
–Sente-se no sofá. -diz ele ao Mac.
Mac senta e Adolf algema-o, pendendo seus pulsos envolta do detalhe de madeira no braço do sofá. Adolf pega uma mochila preta e de lá retira uma maleta, ele a abre e pega uma faca, bem afiada por sinal.
–Mac Taylor, acho que você não vai gostar do que vou fazer com a estrelinha agora. -ele diz e passa a lâmina com força no meu braço.
A tortura permanece por alguns minutos, ele me proibiu de gritar, porque se algum vizinho viesse até aqui, ele mataria.
Ele me desamarrou e retirou minha roupa, Mac tentava soltar as algemas, mas o que acontece agora não era algo possível de se evitar, ele me estuprara novamente e a dor que sinto, é pela pessoa que está vendo está podridão. Eu me sinto podre por inteira, seu veneno está corroendo meu corpo e alma.
Tudo acabará com um tiro, assim como foi com Jessica, mas agora será os olhos de Mac que irão atormentar minha mente.
–Mac, Mac. Se você tivesse a deixado puxar o gatilho, nada disso estaria acontecendo, mas enquanto estrelinha estiver viva, sinto-me obrigado fazer da vida dela, um inferno. -ele diz passando a faca de leve em meu pescoço.
Adolf vai em direção ao Mac e encosta a faca em seu peito.
–Vamos fazer de sua morte algo mais lento. -Adolf diz e empurra a ponta da faca no peito de Mac, até que não se vê mais a lâmina fora de seu corpo.
–Nãooooo! Mac, por favor não. Para Adolf, mate-me, mas para de feri-lo. -digo tentando sair das amarras.
–Por que eu mataria você? Seria simples demais, quero que sinta a pior dor que alguém possa sentir. -diz e fura Mac no peito mais uma vez.
Ouço o último suspiro e vejo seus olhos se fechando para sempre.
Fecho meus olhos e grito.
Nenhuma dor será pior do que à que estou sentindo agora.
–Maaac! Acorda, por favor, Mac, não me deixa. -digo chorando e me debatendo na poltrona. -Eu sinto muito Mac, eu te amo, me desculpa, desculpa. -sinto-me fraca e minha voz não sai de minha garganta.
Eu estou morta.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Comentem.
Beijos... Até sábado.
😉



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