Even in Death escrita por LAURA BATHORY


Capítulo 7
Sangue inocente


Notas iniciais do capítulo

Voltei antes do que esperava, então postarei um capítulo hoje e outro amanhã. Bjs e aproveitem, e não esqueçam de comentar o que você acha da proposta feita no cap. 7...



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Lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente.

Eu não conseguiria suportar mais uma perda, Jessica e Adam foram mortos por minha culpa, eu não deveria ter subestimado o poder de Adolf.

Estamos no prédio de Sheldon, todos preparados em frente a porta de seu apartamento, Flack arromba a porta e todos entram alarmados e preparados para qualquer coisa, eu entro por ultimo e vejo a sala de estar banhado em sangue, tanto sangue que tenho certeza que não é apenas de uma pessoa.

Procuro o Sheldon ao redor e vejo seu corpo largado em um canto da sala, ele estava pálido e tinha uma seringa em seu braço.Vou em sua direção e pego em seu pulso, tem pulsações fracas, mas o suficiente para mante-lo vivo nos próximos minutos, olho para o lado onde tem um papel em meio à poça de sangue, pego-o e abro, com as gotas que caem sem para do papel para a poça, eu o leio com cuidado.

"Estrelinha, sei que deve estar curiosa para saber o motivo de eu não te-lo matado da mesma forma que matei Jessica e Adam. Mas te reponderei com uma charada.

"Onde repousarei quando fechar os olhos eternamente, será o local onde encontrarei minha cura antes que os vales das sombras cerquem minha alma."

Sim estrelinha, há uma cura, será que você é inteligente o suficiente para descobrir.

Obs: O veneno da víbora percorre o sangue bem lentamente, o matando aos poucos. Então é melhor você se apressar.

Te amo, estrelinha.

Nos veremos em breve."

Corro em direção ao seu quarto, procuro por todos os lados algo que demonstre a morte e seu repouso, até que meus olhar passa por uma pintura. Tudo que vejo é uma criança debruçada sobre um caixão, uma moldura antiga. Vou em sua direção e tiro-o da parede.

–Stella, o que você está fazendo? -pergunta Flack.

–Isto representa a morte e seu repouso eterno. -digo olhando na parte de trás do quadro. -Encontrei.

Corro em direção à sala onde Sheldon está, retiro a seringa que está em seu braço e a substituo pela seringa com a vacina contra o veneno. É incrível a rapidez com que o sangue começa a dar cor de novo ao tom de sua pele. Pego em seu pulso e as pulsações estão normais novamente.

A ambulância chega rápido e o leva para o hospital.

–Stella, sei como deve estar sendo difícil para você. -diz Mac passando a mão em meu rosto.

–Está sendo, não pude nem ter a chance de tentar salvar a vida de Adam, mas consegui salvar a de Sheldon. -digo sorrindo para ele.

–Mas eu não estou falando do Adam. -ele diz preocupado.

–O que? De quem está falando? -Eu pergunto me afastando dele e andando para trás.

–Fique calma meu amor. -ele diz vindo em minha direção, eu recuo a cada passo que ele dá.

–De quem você está falando, Mac? -digo me afastando cada vez mais.

–O professor Papakota está no apartamento do Sheldon, junto com mais três corpos desconhecidos.

–Não, não, não. -saio correndo em direção ao banheiro de Sheldon, o único lugar que eu não fui. Abro a porta lentamente, seus corpos caídos dentro da banheira. Professor, minha irmã e a freira que me ajudara no orfanato.

Viro, indo em direção a porta, e bato em alguém que me envolve em seus braços, sei que é Mac. Sinto-me fraca e desabo, mas ele me faz permanecer em pé, agarro sua camisa e permito-me chorar. Eu perdi cinco pessoas em uma semana. Eu estou no inferno.

...

"O choro não sessa, os gemidos da morte ecoam em meus ouvidos, a marcha fúnebre forma uma música triste, cinco caixões, mil choros e apenas uma culpada."

Todos já deixaram suas lamentações e flores. Sobrara apenas eu, minha culpa, minhas lagrimas, a chuva e cinco sepulturas. Me ajoelho entre elas e permito me chorar.

–Perdão não será o suficiente, nunca é. Mas saibam que eu amo vocês e que me culparei pelo resto de minha vida pelas suas vidas interrompidas por minha causa. Agradeço por tudo e eu juro que o matarei e matarei a minha culpa, quando tudo isso acabar.

Deixo a chuva forte levar um pouco da raiva, tristeza e culpa que carrego em minha alma. Sei que isso não levará minha dor, mas me confortará por algum segundos.

"Arrebatada pelos dias chuvosos, encharcada pela mórbida tristeza, entregue ao mal, amargurada, sem sentimentos, memória falha, soletrando traços, odiento sem distinção, sofrimento saltitante do coração,um olhar sereno, pensar insidioso, rogar duvidoso,abnegação displicente, um desejo vingativo disfarçado, presente, inexistente sensação de paz, alegria desconhecida, indefeso por sua escolha, covardia sem cores,orquestrando sons imaginários na marcha fúnebre, estridentes na carne."

Eu não queria estar viva nesse momento.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Comentem se quiserem, opinem.
Até amanhã.



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