Even in Death escrita por LAURA BATHORY


Capítulo 9
Eu tenho que sair daqui


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem por não ter postado no sábado, além de eu ter uma crise de imaginação, eu estou estudando para o ENEM e estou sem tempo, então postarei todas as quartas apenas.
Aproveitem, boa leitura.



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Não sinto nada, meu corpo está anestesiado pelos cortes que a lâmina causa em minha pele, meu sangue escorre em meus braços, pernas, barriga e rosto. Não sei a quanto tempo estou aqui, mas não importa, não tenho mais nada lá fora, o que eu tinha está inerte no sofá de minha sala, frio e sem vida.
...
2 horas antes
–Por que você está fazendo isso? O que eu te fiz? -digo se debatendo na poltrona de seu apartamento.
–Por que? Você não lembra? - diz Adolf olhando na janela, ouço sirenes tocando, mas ainda estão longe. -Parabéns estrelinha, teremos que sair daqui agora. Sua tola.
Seu tapa foi tão forte em meu rosto , que o impacto fez meu corpo derrubar a cadeira. Ele levanta a cadeira e me desamarra, eu chuto-o e corro em direção a porta, mas ele é mais rápido e me alcança, Adolf me empurra contra a parede e coloca minhas mãos para trás e algema.
–Me solta, seu porco. -digo entre um gemido de dor.
–Vamos logo, ainda tenho muita coisa para fazer com você e seus amigos. -ele diz me levando até a porta. E assim nós saímos pela escada até o estacionamento, nós chegamos no carro e ele me coloca no porta-malas, enquanto estamos indo para o lugar que ele quer, ouço um carro da polícia passar no nosso lado. Tarde de mais Flack.
Chegamos ao lugar, é o orfanato em que eu morei na infância.
–Gostou do lugar? Relembrar os bons momentos em que passamos juntos aqui. -Adolf diz como se ele realmente acreditasse nisso.
–Claro, eu amei tanto esses momentos que fugi na minha primeira oportunidade. -digo irônica.
–Você não está em uma situação favorável para fazer piadas. -seu tom é sério, ele me leva para dentro e me deixa no porão e depois vai embora.
Lembranças vem à tona. Eu estava tão inerte em minhas memórias que estava ouvindo os gritos das minha amigas.
07/08/1986
Estava no dormitório na minha cama, minhas amigas Anne, Mandy e Zoe estavam na aula de canto. Estava brincando com o meu cabelo enquanto lia um livro, era o "Alice no País das Maravilhas", adorava essa história, ela de certa forma realizava meu sonho de sair desse lugar e ir num lugar mágico e com pessoas que me amam e me ajudam a destruir as pessoas que me machucam e machucam minhas amigas. Enfim, estava distraída e não vi quando o diretor do orfanato sentou na minha cama. Ele tocou minha perna o que me fez voltar a realidade, olhei para ele e seu sorriso era pequeno, mas não parecia ser malicioso. Então ele me disse que tinha um presente para mim, não achei estranho já que era o meu aniversário. Ele pegou a minha mão e me levou pelos corredores até que chegamos no porão. Perguntei a ele se era grande o presente e se era por isso que estava no porão, ele apenas acenou positivamente com a cabeça e me levou para dentro do porão, encostou a porta e virou para mim.
–Cadê o meu presente? -pergunto olhando ao redor do cômodo que só não estava vazio porque tinha um sofá e um armário de ferro com ferramentas.
–Cale a boca, menina tola. -ele diz e me dá um tapa no rosto.
Ele vem em minha direção e puxa-me pelo cabelo até o sofá e me deita no mesmo. Ele rasga minha saia e sinto o peso de seu corpo em cima do meu e começa a doer muito. Eu choro e grito um pouco, mas ele não para. Então ouço a porta abrir e minhas três amigas estão aqui. Elas gritam e pulam em cima de Adolf, que agora está de pé, derrubando-o, mas ele é mais forte e empurra as três e levanta, vai em direção ao armário e pega o pé de cabra. Vem em direção às meninas e resmungando, "não deviam ter me atrapalhado".
Nesse momento ele bate com o pé de cabra na cabeça de Zoe e repete esse movimento várias vezes, depois faz isso em Mandy, Anne foi mais rápida e tentou abrir a porta, mas Adolf correu e cravou a ponta da ferramenta nas costas dela, fazendo-a cair de joelhos, ele retira o pé de cabra de suas costas e bate com força na cabeça de Anne até que seus sangue jorre no chão.
Adolf fica parado e sua respiração é pesada e rápida. Ele se vira e olha para mim, eu estou encolhida no canto do sofá, meu rosto, braços e roupas estão cobertas de sangue, não olho para ele, fico olhando para as meninas em minha frente. Adolf me pega e puxa pelos cabelos e aproxima seu rosto do meu.
–Isso foi tudo culpa sua, eu mandei você ficar quieta, OLHA O QUE VOCÊ FEZ. -ele me joga no chão, em cima do corpo de Zoe, eu choro desesperada e com medo.
Eu nunca esquecerei esse dia. Foi o meu pior aniversário.
...
AGORA Ouço o barulho de passos vindo em minha direção, ouço um gemido de dor feminina. Adolf destranca a porta e joga uma pequena mulher no porão. É Lindsay.
–Trouxe companhia estrelinha. -diz Adolf trazendo Lindsay em minha direção.
–Lindsay, você está bem? -pergunto quando ela chega onde estou e se senta do meu lado.
–Estou, na medida do possível. -ela diz e sorri fraco para mim.
Adolf coloca sacolas com comida no chão e vai embora. Como junto com Lindsay.
–Onde está Lucy e Danny? -pergunto a ela.
–Estão bem, ela estava na escola e Danny estava na sua casa quando ele me sequestrou. -diz agora com os olhos marejados. -Eu sinto muito Stella. Como foi que aconteceu?
Contei tudo a ela, que ficava mais horrorizada a cada palavra.
Adolf abre a porta e vem com duas cadeiras, cordas e um estojo de couro, acho que sei o que tem lá dentro.
–Vamos começar a se divertir. -ele diz sorrindo e arrumando as cadeiras e abrindo o estojo na mesa, era o que eu imaginava, varias ferramentas de tortura. Depois de tudo arrumado ele puxa-me pelos cabelos e me leva até a cadeira, amarra-me e depois faz a mesma coisa com Lindsay. Ele começa a tortura, começa com os braços.
–Não grite, ou eu faço nela. -diz apontando para Lindsay, ela está chorando, mas também não fala nada. Ele a ameaçou mostrando uma foto da Lucy que ele tirou na escola dias atrás. Os cortes ardem muito, mas nem se quer reclamo.
Tento de qualquer forma entrar em um mundo paralelo, fecho meu olhos e estou no laboratório, está tudo escuro, eu lembro desse dia, era meu aniversário. Eu chego na sala de reunião, que estavam com a cortina fechada e acendo a luz, quando faço isso todos gritam "surpresa" ele vejo rodeada de confetes coloridos e minha equipe sorrindo e cantando a música, Mac vem em minha direção com o bolo, com velas mostrando minha idade, 34 anos. Assopro a vela e fica tudo escuro. Eu estou de volta ao porão, agora ele parou de me ferir e esta indo em direção a Lindsay.
–Lembra disso aqui? -ele diz virando para mim novamente e em suas mãos está o que causou meus pesadelos. O pé de cabra que ele usou para matar minhas amigas. -O que acha de eu usá-lo novamente em mais uma amiga sua?
–Não faz isso ç, por favor Adolf, pare com isso, você já tem a mim, solte ela, deixe-a voltar para sua filha. -digo chorando. Eu estou esgotada, não aguento mais isso.
Ele sorri e esse sorriso vira gargalhadas, depois ele olha para mim e diz.
–Não. -ele levanta o pé de cabra e acerta a cabeça de Lindsay, várias e várias vezes. -Ahhh! Me sinto até melhor agora.
Ele vai embora, o corpo da Lindsay esta caído amarrado à cadeira, o sangue aumenta rapidamente em volta de sua cabeça. Só restaram quatro pessoas da equipe.
Eu tenho que sair daqui.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima e não esqueçam de deixar sua opinião.



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