Encontros escrita por Alexandra Eagle
Na aldeia Zanga, depois de horas, o xamã saiu da cabana e chamou Assai. Challenger estava apreensivo e John estava prestes a explodir, então, Assai fez sinal para os exploradores entrarem na cabana.
– Venham, ela acordou.
Os dois entram na cabana.
– Como você está se sentindo, Verônica?
– Ah bem melhor, Challenger.
– Veronica, que bom que você está melhor. Você viu quem te atacou? Quem levou Marguerite?
– Ele a levou, aquele maldito; lembro que eu estava vigiando enquanto a Marguerite tomava banho, ouvi um barulho e fui verificar. Então, vi um homem bem alto e forte, ele era horrível, eu não consegui identificar se ele era de alguma aldeia ou tribo vizinha que eu conheça. O maldito me acertou na cabeça antes que pudesse alertar Marguerite!
John ficou furioso; já havia se passado quase dois dias e nenhum sinal de Marguerite, nenhuma pista do seu paradeiro.
– MAS QUE INFERNO! EU VOU AGORA MESMO COM OS ZANGAS PROCURAR MARGUERITE EM CADA CANTO DESSE PLATÔ!
– Precisam encontrá-la rápido! Voltem ao local do acampamento e procurem pelas aldeias mais próximas.
– Verônica está certa, Roxton; vá com os zangas, eu vou ficar e levar Verônica para casa da árvore.
– Nada disso, eu irei junto. Quero ajudar a encontrar Marguerite e eu vou matar aquele desgraçado!
– Você não está em condições de ir nessa viagem, Verônica!
– Challenger tem razão, você deve ficar; eu vou falar com Assai.
Roxton saiu da cabana e encontrou Assai ali por perto.
– Assai, eu preciso de ajuda para procurar Marguerite.
– Sim, claro! Você sai na primeira hora do dia, vou escolher alguns dos guerreiros pra te acompanhar.
– É melhor eu não perder mais tempo e ir agora.
– Roxton, eu entendo a sua pressa, mas já está ficando escuro e é muito perigoso. Você não vai poder ajudá-la se estiver morto.
Sem outra saída, Roxton nada pôde fazer a não ser esperar até o amanhecer.
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Jacob ficou com Marguerite, exausta, deitada em seus braços até o anoitecer; ele estava muito preocupado com o estado de saúde dela principalmente por causa da gravidez. Marguerite começou a se debater muito angustiada.
– Não! Não! Me solta! NÃO ME TOQUE! Roxtooon, me ajuda, por favor... John?
– Marguerite, acorde. Acorde. É só um pesadelo, você está segura agora. Não vou deixar ninguém te machucar, eu vou te levar pra casa, eu prometo!
Marguerite abriu os olhos e encontrou os de Jacob, os dois ficaram se encarando por alguns minutos; Marguerite sentiu o que nunca pensou que poderia sentir por outro homem além de John: ela sentiu que podia confiar em Jacob e que tudo ficaria bem.
Jacob limpou uma lágrima que percorreu o lindo rosto de Marguerite, ele não sabia explicar como se importava tanto com uma mulher que mal conhecia. Colocou Marguerite sentada contra a parede da caverna, pegou um cobertor na mochila que carregava e pôs no chão, em seguida ele a deitou no cobertor e usou a mochila como travesseiro.
– Eu vou fazer uma fogueira, vai ficar muito frio esta noite. Vi algumas frutas aqui perto, você me espera aqui, durma mais um pouco e eu volto logo.
– Eu não vou a lugar nenhum esta noite, não se preocupe, estarei aqui.
Jacob deu um sorriso e saiu da caverna. Marguerite ficou deitada com o coração apertado. "John, onde você está? Não me deixe...". Marguerite acariciou a barriga e ficou imaginando como sua vida iria mudar daqui pra frente com a chegada de um bebê.
Jacob voltou pouco tempo depois trazendo frutas, água e galhos quebrados para acender uma fogueira.
– Hum, você está acordada. Tome essas frutas e beba a água, você vai se sentir melhor!
– Obrigada! Mas eu só estarei bem quando voltar pra casa da árvore.
– Ah sim... Lord Roxton deve estar muito preocupado. Eu estaria louco se minha mulher e o meu filho estivessem perdidos na selva.
– Bom, em primeiro lugar eu não me perdi, eu fui sequestrada; e todos os meus devem estar preocupados comigo, não só Lord Roxton.
– Ele é um homem de sorte!
– Porque você diz isso?
– Bom, ele veio sozinho para essa expedição e vai voltar com uma família: uma linda mulher e um filho. Se isso não é ter sorte, então eu não sei o que é rsrs.
– As coisas são bem mais complicadas do que parecem. E sorte pra mim é só um palavra que não significa nada.
– Hoje eu conheci você, Marguerite, foi um dia de muita sorte pra mim!
Marguerite ficou vermelha e tratou logo de mudar de assunto.
– É, você tinha razão. Agora já estou me sentindo bem melhor. Vou dormir; amanhã eu tenho que procurar o caminho de volta pra casa da árvore.
– Eu prometi que você vai ficar bem e que vou te levar pra casa, então não se preocupe, eu sou um homem que não costuma quebrar promessas.
– Espero que você esteja falando a verdade. Boa noite e obrigada por me salvar.
– Que eu me lembre, foi você que me salvou. Tenho as marcas no pescoço pra comprovar isso.
Os dois deram risadas dessa última afirmação e Marguerite logo caiu no sono. Jacob ficou observando e zelando por ela.
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O sol mal havia surgido e Roxton já estava de pé se preparando para ir em busca de sua amada; ele pouco conseguiu dormir, os pesadelos com Marguerite o perturbaram a noite toda. O caçador não foi o único que não consegui dormir, Challenger também já estava de pé. Os dois saíram da cabana que Assai ofereceu para eles passarem a noite e foram ver Verônica.
– Como você está se sentindo hoje, Verônica?
– Já estou bem Challenger, o suficiente para ir junto. Vamos logo procurar a Marguerite, estamos perdendo tempo aqui. Eu fiz um mapa daquela região com a localização de algumas aldeias que me lembro.
– Obrigada, Verônica, mas já conversamos sobre isso ontem, você deve ficar e se recuperar. Tenho que ir agora, encontro vocês na casa da árvore e Marguerite estará do meu lado!
– Boa sorte, Roxton!
O caçador assentiu com a cabeça e saiu da cabana, Challenger o seguiu. Assai os esperava com 4 guerreiros Zanga.
– Roxton, eles irão te ajudar na buscar.
Assai deu sinal e um dos guerreiros veio à frente: - Esse é Akáy. Ele fala a sua língua e conhece bem aquela região.
– Obrigado, Assai.
– Vá e a encontre!
Roxton olhou para a pequena mulher com gratidão e os cinco homens seguiram viagem.
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Marguerite acordou querendo abrir os olhos e se dar conta de que tudo o que aconteceu não passou de um pesadelo, porém, quando ela os abriu viu que ainda estava na caverna.
– Que bom que você acordou, eu preparei o café!
Marguerite sentiu vontade de chorar ao lembrar da última vez que John a acordou com beijos e uma xícara de café. Jacob viu a dor nos olhos da linda mulher.
– Ei, o que você está sentindo?
Ele chegou perto e segurou o rosto dela com as duas mãos.
– Eu estou me sentindo fraca e os meus pés estão doendo um pouco.
Marguerite olhou para seus próprios pés e viu que estavam enfaixados com tiras de roupa, Jacob havia cuidado dos ferimentos causados pela fuga descalça pela selva.
– Quando você fez isso?
– Ontem à noite enquanto você dormia.
– Obrigada!
O aventureiro deu um sorriso e pegou as frutas e o chá de ervas que ele preparou para ela. Marguerite estava com um pouco de febre e o chá iria ajuda-la melhorar.
– Beba o chá, isso vai fazer você se sentir melhor. E tem essas frutas aqui, coma tudo.
– Obrigada. Estou faminta! – disse Marguerite provando um pouco da bebida – Hum... Do que é feito esse chá? Tem um gosto horrível!
– Rsrsrs Você precisa beber tudo. Eu sei que tem um gosto forte, mas é para o seu bem!
– Acho que não é tão pior do que os chás que o Challenger me obriga a tomar quando eu fico doente.
– Eu posso imaginar. Fiquei doente algumas vezes e o antigo curandeiro me dava cada remédio feito de coisas que eu não gosto nem de me lembrar. Bom, o importante agora é você ficar forte para seguirmos viagem. Eu preciso ir caçar para preparar o almoço, não podemos nos manter em pé só comendo frutas! Mas não quero deixar você sozinha aqui.
– Eu vou ficar bem e você tem razão, eu não aguento mais comer frutas. O que eu não daria pra comer um ensopado de raptor!
–Tem certeza?
– Bom, eu espero não encontrar um raptor no meu caminho, prefiro poupar as balas que me restam pra te levar em segurança pra casa.
Marguerite deu um breve sorriso.
– Eu vou agora; prometo voltar rápido, não faça nenhum barulho!
– Tá bom, eu vou ficar bem!
Jacob saiu da caverna e camuflou a entrada com galhos e grande folhas; ele não queria deixá-la, mas era preciso. “Ela está fraca e ficando doente. Como eu vou levá-la no meio dessa selva com uma pistola, algumas balas e um rifle vazio?... Preciso de ajuda ou ela vai perder o bebê”.
Marguerite sentiu arrepios por todo o corpo, ela estava se sentindo péssima, sem forças pra se levantar e tendo que depender da ajuda de um estranho. Sua vontade era de se levantar e seguir viagem sozinha, sem ajuda de ninguém, mas desde que teve certeza da gravidez a insegurança e a preocupação com a vida do bebê não a deixavam se arriscar dessa forma! Afinal, ela estava ferida e sem armas, sua melhor chance era continuar com Jacob.
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John andava pela selva com os guerreiros Zanga sem trégua para descanso, ele queria chegar no máximo até o fim da tarde no local do acampamento e seguir mais ao sul onde, segundo o mapa, havia uma aldeia. O caçador ouviu gritos e de repente um homem veio correndo com um T-Rex logo atrás.
– CORRAAAAAM!
Todos saíram correndo para se salvar. Os guerreiros Zangas se separaram e o T-Rex perseguiu John e o homem até então desconhecido! Eles conseguiram despistar a fera se escondendo em uma fenda em um rochedo. Roxton pôs a cabeça pra fora para se certificar que já era seguro sair, o T-Rex já estava longe.
– Essa foi por pouco!
Eles saíram da fenda e só então os homens se olharam; e para grande surpresa de ambos, já se conheciam muito bem!
– Roxton!? Eu não acredito, eu te encontrei!
Roxton olhou com espanto e receio, por essa ele não esperava.
– Harrison, o que você faz aqui?
– Mas é assim que você trata o seu...
Uma voz feminina interrompeu a conversa!
– HARRISOOOOOON?!?
Uma mulher veio correndo e parou bruscamente em frente aos homens ao ver o rosto do belo caçador.
– John? É você?
Ela pulou no pescoço dele e lhe deu um beijo com paixão. Roxton ficou paralisado sem saber o que fazer ou falar, ele estava procurando a mulher que ama e encontrou a... (quase noiva) que ele deixou para trás em Londres!
Os guerreiros Zanga surgiram e Harrison apontou a arma pronto para atirar.
– NÃO ATIRE! ELES ESTÃO COMIGO!
Akáy olhou para o caçador e perguntou se seguiriam viagem por aquele lado. John sentiu um aperto no peito, algo que ele não conseguiu explicar, só que deveria continuar seguindo pelo caminho oposto à aldeia. Foi uma intuição que gritou em seu coração.
– Sim, vamos por aqui!
O guerreiro experiente observou o homem e a mulher com desconfiança e se dirigiu a Roxton.
– Por esse caminho há outra aldeia perto de um rio a umas 3 horas daqui, se nos apressarmos vamos chegar antes do final da tarde.
– Então vamos sem perder tempo! Diana, você me explica o que está fazendo aqui no caminho. Eu não posso parar!
– John, espere... Nosso acampamento está aqui perto, venha conosco, precisamos conversar. Eu vim por você!
Roxton respirou fundo e olhou nos olhos de Diana. Harrison observava tudo em silêncio.
– Diana, eu sei que precisamos conversar, mas agora eu preciso encontrar... - Roxton travou e não sabia o que dizer.
– Um membro da expedição que sumiu e... eu preciso muito encontrar!
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Jacob não teve sorte em caçar na selva, e decidiu pescar. Ele fez o caminho de volta pra caverna com um belo peixe e estava feliz; ao chegar ele verificou que a entrada estava como ele havia deixado e se sentiu aliviado, em seguida ele retirou as folhas e entrou.
– Marguerite, estou de volta! Vou preparar um almoço digno de uma rainha rsrs!
Não houve nenhuma resposta.
– Marguerite?
Jacob se abaixou e pôs a mão no rosto dela.
– Maldição! Você está queimando em febre!
Ele pegou o cantil e a fez beber um pouco d'água, retirou o casaco que havia emprestado a ela e depois rasgou as mangas da camisa. Molhou os panos e foi passando no rosto e no corpo de Marguerite para baixar a febre. Jacob havia colhido algumas folhas e frutos de sabugueiro, ele sabia o seu poder medicinal - aprendeu com o antigo curandeiro. Ele preparou o chá e esperou esfriar um pouco, depois fez Marguerite beber tudo o que podia.
– Você precisa se forte por você e pelo seu filho. Vamos, beba tudo.
Duas horas se passaram, Jacob fez tudo o que podia. Ele verificou a temperatura pela milésima vez e Marguerite estava quase sem febre - para o seu alívio.
– Graças à Deus você está melhorando. O gosto desse chá é de matar, mas não falha nunca!
Ele acariciou o rosto e o cabelo dela admirando a beleza da mulher que estava despertando sentimentos que Jacob não esperava.
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O clima estava tenso e cheio de dúvidas pra todos os lados; a única coisa que Roxton queria no momento era achar Marguerite e depois esclarecer a situação com Diana.
No caminho para tal aldeia Harrison e Diana não paravam de fazer perguntas e Roxton, já sem paciência, respondia tudo de maneira seca e rápida, ele estava totalmente concentrado em achar Marguerite.
– Vocês dois, eu agradeço por terem vindo atrás de mim, mas eu já disse que vamos conversar sobre tudo depois. Talvez seja melhor vocês voltarem para o seu acampamento, eu encontro vocês depois que achar Marguerite.
– Marguerite Krux, a bela viúva que financiou a expedição?
– Sim, Harrison, é ela!
– John, eu não vou deixar você outra vez, nós vamos com você!
Roxton pensou consigo mesmo: “isso vai ser um desastre, Marguerite não vai me perdoar...”.
– Se vão comigo então fiquem quietos e atentos.
O caçador seguiu em frente ao lado de Akáy. Harrison e Diana se encararam... Um olhar às vezes diz tudo!
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Marguerite foi despertando e sentiu um cheiro gostoso de comida.
– Hum... Seja o que for que você está preparando aí, cheira muito bem!
– Que bom que acordou, você me deu um tremendo susto.
Marguerite pôs a mão sobre a barriga de maneira protetora.
– O que houve??? O meu filho está bem? (Desespero em sua voz)
– Fique calma. Você e seu filho estão bem. Eu fiz um peixe, está delicioso.
Ele a ajudou a se sentar e eles comeram o peixe juntos.
– É... Tenho que dizer que você me surpreendeu; não é só um excelente curandeiro, mas também cozinha muito bem!
– Cinco anos neste platô, eu tive que aprender a me virar rsrs. Fico feliz que você gostou do almoço, beba mais do chá.
– Eu preciso mesmo beber isso? Esse chá é bem pior do que o outro.
– Precisa sim, minha cara! Algumas doses dele e você ficará forte o suficiente pra seguir viagem, não podemos ficar aqui por mais tempo.
Jacob estava preocupado, ele tinha visto rastros de homens macacos por perto e Randor e seus homens poderiam chegar ali a qualquer momento.
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Finalmente eles chegaram até a aldeia e ficaram boquiabertos com que viram. Estava tudo destruído, havia alguns homens e vários idosos. John se aproximou de uns dos aldeões.
– O que aconteceu aqui?
– Fomos atacados pelo líder da aldeia Anchaiyas e seus homens.
– Mas por quê? O que eles queriam?
– Eles levaram nossas mulheres e crianças e mataram todos que tentaram impedir!
Roxton ficou furioso e teve certeza de que era lá que Marguerite estava.
– ME DIGA ONDE FICA ESSA ALDEIA!
– Por que você quer saber? Vai morrer se for até lá!
– ME DIGA ONDE FICA! Por favor!
– Você é louco! A aldeia fica do outro lado do rio, a mais ou menos um dia de viagem. Se você tiver pressa de morrer e quiser se arriscar ainda mais, há um caminho mais rápido.
– Então me diga logo qual é?
– Vocês podem subir o rio, levarão umas 3 horas e verão algumas montanhas; a aldeia fica adiante. Mas por lá há muitos homens macacos e criaturas terríveis!
Diana ouviu atentamente.
– John, é melhor irmos pelo caminho seguro.
– Não, eu não posso esperar mais um dia. Vocês podem ficar se quiserem.
John olhou para o aldeão, agradeceu e seguiu na direção da subida do rio sem olhar para trás. Os guerreiros Zangas o seguiram, Diana e Harrison caminharam devagar e ficaram para trás cochichando.
– Irmãzinha, eu não sei o que você vai fazer, mas John não está nem disfarçado que está completamente apaixonado por essa tal de Marguerite.
– Acha que sou idiota e não percebi isso? Eu espero que essa vadia esteja morta. Agora cale-se e vamos em frente. Nada mudou!
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– Jacob, é melhor sairmos daqui. Eu já me sinto bem melhor, tenho que voltar pra casa da árvore.
– Sim, você tem razão, mas tem certeza que está se sentindo melhor?
– Sim, eu tenho!
O aventureiro não tinha certeza se ela estava mesmo falando a verdade, mas ele sabia que não podia ficar ali por mais tempo.
– Então vista o meu casaco. Eu vou preparar mais remédio pra você e sairemos ao amanhecer, tudo bem?
– Porque não vamos agora mesmo? Eu já disse que me sinto bem!
– Já está tarde pra seguirmos viagem, não podemos ficar no meio da selva com pouca munição e no escuro. E você ainda está fraca, tenho certeza de que amanhã você estará bem melhor e poderemos ir.
– E mais um dia aqui! Acho que estou melhor o suficiente pra caminhar um pouco, eu quero ir até o rio.
– Não sei se é uma boa ideia...
Mas Marguerite não quis nem saber; se levantou e foi caminhando até a saída. Jacob ficou olhando pra ela por um instante e saiu correndo na frente da bela morena.
– Ei, espere. Deixe eu te ajudar, não quero que você caia. Venha, eu vou levar você.
– Eu te agradeço, Sr.Miller, mas já posso caminhar sozinha.
– Bem, então segure o meu braço caso você sinta tontura, assim eu posso te segurar.
– Está bem, você é muito gentil!
...
Eles chegaram até as margens do rio. Jacob estava atento olhando para todos os lados.
– Você pode se virar? Eu quero me lavar um pouco, estou me sentindo imunda!
– Ah claro que sim. Só seja bem rápida, temos que sair depressa, não é seguro aqui!
– Eu serei rápida.
Jacob se virou e ficou lutando para não olhar; ele já tinha visto muito do corpo de Marguerite desde o que aconteceu e teve que cuidar dela, mas o desejo estava crescendo desde então e foi difícil ficar ali sem poder olhar ou tocá-la.
...
– Pode se virar, Jacob, já estou pronta. Vamos.
Marguerite sentiu um mal estar, levou a mão no estômago e vomitou.
– Oh droga, acho que você tinha razão, eu não estou muito bem.
– Não se preocupe isso é normal. Você deve estar com um ou dois meses de gravidez e os enjoos são bem frequentes no início.
Jacob a pegou no colo para voltar para caverna, quando ouviu tiros!
– O que será isso?
Marguerite tentou se libertar dos braços de Jacob.
– ME SOLTA! DEVE SER O JOHN ME PROCURANDO, EU PRECISO VÊ-LO!
–Você não sabe se é ele. Eu vou deixar você na caverna em segurança e vou ver de onde veio esses tiros.
–NÃO!! EU QUERO IR TAMBÉM, ME SOLTA!
–Fique calma, não grite!
Houve mais tiros e dois homens macacos surgiram correndo entre as árvores.
– Ah essa não! Droga! Marguerite, eu vou te soltar, mas você fique atrás de mim.
Ele pegou a arma, disparou contra o primeiro e o derrubou; o segundo homem macaco fugiu.
............
– Eu escutei um tiro não muito longe daqui. ANDEM, VAMOS!
– John, espere! Os únicos tiros que nós ouvimos foram os nossos!
– Harrison, eu não estou ficando louco, eu ouvi um tiro naquela direção e é pra lá que vou!
John saiu correndo, ele sentia que Marguerite estava por perto e precisando dele.
– ROXTOOOON, ESPERE POR NÓS!
O caçador não deu ouvidos e continuou correndo, ele não queria perder novamente a chance de encontrá-la.
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– Vamos, Marguerite, precisamos voltar pra caverna, pode ter mais deles por perto.
– Não, eu quero saber de onde veio os tiros! Eu sei que é o John, eu sinto que ele está por perto. Eu sinto!
Marguerite foi perdendo o equilíbrio e Jacob a pegou no colo novamente.
–EU PRECISO IR! ME SOLTA!
– Não pode! Será que você não entende?!
– LARGUE ELA OU JURO QUE TE MATO, DESGRAÇADO!
Jacob olhou para trás e viu Lorde John Roxton, vermelho de raiva, apontando o rifle na direção de sua cabeça.
– Fique calmo! Não atire! Não é o que você está pensando, eu posso explicar!
– CALADO! EU JÁ DISSE PRA VOCÊ TIRAR AS MÃOS DE CIMA DELA!!!!
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Aguardem o próximo capítulo e me cobrem porque eu tô com preguiça de terminar! Kkkkkk