Encontros escrita por Alexandra Eagle


Capítulo 17
Capítulo 17 -Sem tempo a perder!


Notas iniciais do capítulo

Fortes emoções!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/637022/chapter/17

Capítulo 17 - Sem tempo a perder


— Bem isso explica, tudo ou quase tudo... – Disse a herdeira, atraindo a atenção de todos.

— Não importa o motivo, vou devolvê-los agora mesmo! – Determinada a garota da selva rumou de volta para o elevador. Seguida pelo caçador que logo se convidou:

— Espere Verônica, eu vou com você! – Roxton pegou o rifle e adentrou o elevador ao lado da jovem.

— Estarei vigiando, tomem cuidado e sejam rápidos. – Disse Challenger apreensivo com a situação.

Ambos acenaram com a cabeça em resposta. Marguerite nada conseguiu dizer, apenas lançou um olhar carregado de pura tensão. O elevador desceu vagarosamente.

Challenger e Marguerite se dirigiram para o parapeito da casa da árvore armados e prontos para atirar caso algum dos raptors avançasse a cerca elétrica.

— Challenger o que será que o Harrison pretendia com isso? – Questionou a herdeira.

O homem ruivo ergueu as sobrancelhas em surpresa.

— Provavelmente estava tentando impressionar a Verônica...

“Ou ir embora com provas da existência do platô” pensou a herdeira.

— Ora George... – Mas antes que pudesse expressar suas desconfianças sobre os Connelly. Logo a atenção dos dois se voltaram para baixo e avistaram o caçador e a garota da selva com a mochila nas mãos. Os raptors se agitaram com a presença deles. Verônica foi cautelosamente até o pequeno portão, abaixou e tirou os ovos de dentro da mochila com cuidado, ela colocou os três ovos no chão e caminhou devagar sem dar as costas para as feras. Roxton estava mirando para todos os lados, atento aos passos da loira e sem tirar os olhos dos raptors furiosos.

— Está feito, vamos Verônica agora é com eles. Vamos embora!


No alto

— Por que estão demorando tanto?!?

— Calma Marguerite, já estão voltando!

Os raptors abocanharam os ovos cuidadosamente e o bando se perdeu de vista nas folhagens densas da selva.


De volta a casa da árvore

— Até que foi mais fácil do que pensei. – Disse Roxton sorrindo de alívio encarando a morena a sua frente.

— Isso porquê matamos a metade deles, ainda pouco... – Retrucou Marguerite. — Bem, eu estou faminta!

— Vou terminar o almoço, falta pouco.

— Eu te ajudo. – Marguerite se prontificou.

— Ora ora, vejo mudanças por aqui. – Disse Roxton se divertindo. O casal se entreolhou em cumplicidade e sorriram um para o outro.

Verônica e Challenger observavam do alto para ver se realmente os raptors já tinham ido embora.

— Foram embora, eles têm o que queriam - Verônica sentiu um alívio em fazer a coisa certa. Seus pais sempre lhe ensinaram a ter respeito por todas as criaturas do platô e a nunca tirar mais do que precisa.

— Só faltou entregar o Harrison. – Disse a herdeira com um tom debochado.

A loira não conteve um sorriso.

Roxton estava inconformado com tamanha irresponsabilidade. O caçador já havia alertado o Sir sobre tais perigos.

— Mas o que deu na cabeça dele para tirar 3 ovos do ninho de raptors? Não se preocupou em cobrir os rastros e trouxe o bando inteiro com ele.

— Acalme- se meu velho, conversaremos com ele em um melhor momento...

.
.
.

No quarto

— Ahhh! Como isso dói, mas confesso que Marguerite é uma excelente enfermeira!

Diana o olhou de canto.

— Não me provoque!

— Provocar?! Você atirou em mim!

— É um ingrato mesmo, deveria ter deixado os raptors te devorarem...

— Me desculpe, eu só estava brincando; te devo a minha vida. Sabe disso!

— Hum... Não seria a primeira vez! “Pelo menos agora vamos ganhar tempo e tirar aproveito dessa situação” pensou Diana.

— Você precisa mesmo sempre me lembrar... Diana, você viu a minha mochila?

— Não, por que?

— Peguei alguns ovos de dinossauros, imagina quanto valem?!

— Ham?! Agora entendi essa confusão, você atraiu essas aberrações direto para nós.

O Sir ficou em silêncio, não havia muito o que dizer, ele se sentia um inútil como se nunca fizesse algo certo. Abaixou a cabeça e se reconfortou no travesseiro com os punhos fechados.

— Até que não é uma má ideia, mas não me interessa que descubram esse lugar e muito menos que Lord Roxton está vivo! Vamos seguir com os planos... E tente se manter vivo! – Orientou Diana.

— Estou com sede.

.
.
.

De volta ao cômodo principal

— Challenger quem atirou nele? Pensei que tivesse sido mordido. – Perguntou a bela morena.

— Fui eu! – Diana surgiu para surpresa de todos e encarou a rival como uma serpente.

— Diana foi um acidente, fui um tolo por não ter pego uma arma, você foi muito corajosa e salvou o seu irmão... – Disse o cientista tentando conforta-la.

O caçador se compadeceu. Ele sabia bem o preço de um erro e queria apenas mostrar solidariedade.

— Diana não se culpe por isso, foi um acidente ele ficará bem.

— Não me culpo Lord Roxton, meu irmão está vivo! “Não tenho a mesma sorte que você” pensou a dissimulada.

Roxton engoliu seco, ele entendeu muito bem o que ela quis dizer. O silêncio constrangedor tomou conta do ambiente. Por alguns segundos até que...

— Ótimo que se sinta bem, mas, se vão ficar aqui é melhor não trazerem mais problemas, não precisamos disso! – Verônica sem paciência para intrigas saiu a passos largos.

— Desculpe-me. – Disse fitando o caçador. — Eu não sei o que me deu... – Diana pegou uma moringa com água e rumou para o quarto onde estava Harrison.

Roxton se manteve em silêncio, Marguerite se aproximou segurando uma das mãos do caçador, e acariciou carinhosamente o rosto do nobre com a outra em forma de consolo, apenas ela sabia tirá-lo da escuridão da culpa.


Na manhã seguinte, Lord Roxton foi bem cedo fazer uma vista ao antigo companheiro de longas noites de festa. O nobre ainda não o tinha visto, na verdade estava evitando ficar a sós com a ex-noiva, e principalmente estava evitando problemas com Marguerite. Infelizmente com esse contra tempo os planos de se casar com a mulher de fogo e aço na aldeia zanga, tiveram que ser adiados temporariamente.

“Se acharmos logo a saída deste planalto, vamos nos casar ao modo tradicional” pensou o caçador.

Ao chegar na entrada do quarto, Roxton olhou rapidamente e nenhum sinal de Diana. Harrison estava acordado perdido em seus pensamentos, nem sequer tinha percebido a presença de Roxton.

— Harrison?

— Roxton, você me assustou... Ahh... como dóii. – Reclamou tentando mudar de posição para ficar em frente ao nobre.

— Como se sente?

— Arrependido, deveria ter ido para Paris.

Roxton sorriu brevemente em resposta.

— Logo estaremos em casa, essa é nossa melhor chance desde que chegamos aqui.

Harrison ficou com um semblante sério, desejando não estar com tanta dor, tentando agora sair da frente do ex-cunhado.

— Challenger vem ver como você está, e Marguerite trocará os curativos. Ahh, se anime isso vai ficar uma bela cicatriz.

— Dizem que as mulheres adoram homens com cicatriz — Respondeu o Sir tentando descontrair

— Se estiver falando de Verônica, esqueça amigo, e não tente impressiona-la fazendo a estupidez como a de ontem. O que deu em você?

Constrangido, o vigarista tratou de dar uma desculpa...

— Eu só estava tentando trazer o jantar, não imaginei que seria perseguido por aqueles monstros pré-históricos.

— Você está no mundo deles, aqui não somos nada. Lembre-se disso! – Roxton se virou para sair e quase esbarrou em Diana, que havia chegado a pouco tempo, mas ficou de canto observando os homens conversarem.

— Diana...

— Bom dia, Lord Roxton.

— Bom dia, vou ajudar a Verônica com o café da manhã, daqui a pouco estará pronto. – O caçador saiu rapidamente, para não dar chance ao acaso mais uma vez...


Os irmãos Connelly esperaram ter certeza de que Roxton já havia saído de perto. Diana fitou Harrison e:

— Está se sentindo melhor? – Questionou a irmã em um tom direto.

— As dores estão me matando, espero que você não tenha feito de propósito.

— Como ousa? Eu salvei a sua vida quantas vezes preciso repetir!

— Eu sei me desculpe, estou de mau humor!

— Vou buscar um chá para as suas dores, e continue na cama. – A megera saiu do quarto...

.
.
.

Três dias depois...

A recuperação do Sir não estava sendo muito fácil como todos esperavam, o ferimento infeccionou, Diana havia dado instruções para o irmão apertar a ferida durante a noite. Afinal, o Sir teria uma desculpa para não ir na expedição. Mas Challenger estava fazendo tudo ao seu alcance para a recuperação do vigarista, e no terceiro dia houve uma melhora.

Enquanto isso... Jacob já estava bem melhor após o embate com o caçador. Lord Roxton e o aventureiro, estavam começando a se entenderem. Ambos trabalharam dia e noite preparando o balão e os preparativos para a expedição. Os exploradores estavam com grandes expectativas. Miller preparou um almoço delicioso, todos estavam reunidos a mesa se deliciando com a farta refeição, menos os irmãos Connelly.

— Estava uma delícia. – Disse a herdeira após a última garfada.

— Fico feliz em agradar, amanhã estaremos de partida, então vamos aproveitar esse momento. – O aventureiro estava orgulhoso de si mesmo e ansioso por mais uma aventura.

Challenger fitou o homem mais jovem.

— Diana não vem?

— Ah professor ela disse que não estava com fome, fez apenas um prato para o irmão.

Algum tempo depois, Diana veio caminhando devagar até a mesa. Challenger puxou uma cadeira para a bela mulher. Marguerite e Verônica já haviam terminado de almoçar. Apenas os homens ainda estavam conversando e bebendo vinho.

— O cheiro está divino, me abriu até o apetite. Ora senhor Miller, é mesmo um homem de muitos talentos. – O aventureiro sorriu em resposta ao elogio.

— Diana arrume suas coisas, vamos partir amanhã bem cedo! – A megera quase se engasgou com o ultimato do caçador.

— Roxton eu não vou com vocês, estou cuidando do meu irmão, ele ainda está se recuperando, ficarei ao lado dele, vocês já têm os mapas a Verônica conhece o local, não vejo a necessidade da minha presença eu só iria atrapalhar.

— Roxton ela tem razão. – Disse o cientista comovido com desespero da jovem.

— Mas talvez você possa reconhecer o local, e nos apontar uma direção. – Enfatizou o caçador.

Olhando nos olhos do nobre Diana continuou com a mesma estória.

— Apenas corremos para sobreviver, tudo o que me lembro eu já contei.

— Está bem Diana, fique! – No fundo o caçador se sentiu de certa forma aliviado, afinal, Marguerite não estava nada contente com a ideia de Diana acompanha-los nessa expedição. A oportunidade perfeita para dissimulada jogar os seus encantos para cima do nobre caçador.

— Vou preparar mais algumas doses de remédios, e os chás para os cuidados do Harrison, se houver alguma piora, Marguerite e Jacob sabem o que fazer!

— Obrigada professor, eu gostaria muito de ajudar, mas, eu não sei nem ler um mapa direito o que dirá guiá-los em uma expedição nesse platô horrendo, como eu disse centenas de vezes, quando chegamos aqui fomos atacados e tudo desmoronou... Agora com licença eu vou ver se a febre do Harrison baixou um pouco. – Disse Diana se preparando para sair da vista de Lord Roxton, ainda desconfiado com essa estória de desmoronamento.

O cientista chamou atenção de Diana.

— De qualquer modo minha cara, devemos vasculhar e ter certeza de que todas as passagens se fecharam.

— Sim professor, acredite, tudo o que mais quero é voltar para casa.

Roxton e o Cientista trocaram olhares preocupados. O caçador se levantou e deixou os amigos conversando sobre a nova empreitada e foi em direção a varanda onde estava Marguerite, sentada em uma cadeira inclinada, admirando a paisagem tentando ler um livro para se distrair. Preguiçosamente ela jogou os braços para trás bocejando, repousou a cabeça sobre as mãos e fechou os olhos ao sentir o calor dos raios de Sol, iluminando a sua pele branca.

Lord Roxton parou para admirar a beleza da herdeira, ela estava tão linda e serena. A cada passo lento, ele se aproximava cada vez mais da bela mulher, que continuava tranquila com os olhos fechados até que ela sentiu uma sombra a sua frente.

— John?!

— Já disse o quanto é bonita?

— Sim, muitas vezes... – Sorriu.

Com cuidado ele sentou ao lado da bela, e a envolveu em seus braços, Marguerite encostou a cabeça no ombro do caçador como de costume, e ficou em silêncio, pois sabia que o nobre tinha algo a dizer...

— Marguerite, Diana vai ficar aqui cuidando do Harrison. Ahh, espero que essa viajem nos traga esperança de retornarmos para o nosso mundo.

— Eu também espero, mas só vocês três? Jacob não vai?

— Eu pedi para que ele ficasse, não vou deixar você sozinha, além disto, Harrison não está em condições de proteger nem a si mesmo.

A herdeira se inclinou para olhar nos olhos do caçador ela estava surpresa com a atitude do nobre. Roxton nunca fez questão de esconder seus ciúmes, e um certo incomodo com essa repentina amizade.

— É sério John? O que deu em você?

— Porque está tão surpresa?

— Bem eu estou pasma! Você vai me deixar sozinha aqui com o Jacob... Alguns dias atrás você quase o matou por ciúmes e agora confia nele para cuidar de mim. Ahh, homens, não da para entender...

— Confio em você! Tudo o que eu quero, é que você e o nosso filho fiquem seguros aqui na casa da árvore.

— John, eu sei cuidar de mim mesma, pare com essa super proteção. Eu acho melhor que ele vá com vocês, se não como irão conseguir vasculhar aquele lugar repleto de cavernas, vulcões e sabe se lá mais o quê...

— Isso não está em discussão, Marguerite! Já disse que não quero, e não vou deixar você sozinha aqui, só com Diana vocês vão acabar brigando e...

— Isso é ridículo! – Interrompeu a herdeira esbravejando. — Quanto tempo você vai demorar nessa expedição? Não vê que levará mais tempo... Challenger vai querer caçar insetos a cada buraco que encontrar, Verônica não se lembra direito do lugar e você ficará com a cabeça aqui preocupado comigo pra variar e... – Antes que a herdeira pudesse completar o que ia dizer, Lord Roxton se levantou e a interrompeu, em um tom de voz um pouco severo.

— Marguerite não seja teimosa, por favor!

— É só o que você sabe dizer, poderia me escutar, você sempre disse que eu tenho um sentido de autopreservação. Os meus sentidos estão gritando, eu não sei explicar, John eu...

— Marguerite confie em mim.

— Está bem, eu confio. – A herdeira não queria mais discussões e resolveu ceder.

“Espero que esteja certo.”

O Sol se pôs, e todos foram dormir bem cedo para acordarem dispostos. O casal passou a noite abraçados como um só, já temendo a saudade do calor do corpo um do outro.
Antes mesmo dos primeiros raios de Sol surgirem. Os exploradores já estavam todos de pé.
O balão carregado com os mantimentos e alguns equipamentos do cientista. Pronto para ganhar os céus do platô. Marguerite abraçou a garota da selva que retribuiu o abraço.

— Voltaremos logo. – Sorriu a jovem.

Diana desejou sorte para todos e as mulheres trocaram olhares. Verônica não queria deixar a amiga com aquela víbora, mas confiava em Jacob para cuidar da casa da árvore e Marguerite. A loira não acreditava que encontrariam alguma saída naquela região, e que logo estariam de volta.

Todos se despediram e o balão ganhou as alturas. Marguerite e Jacob ficaram observando-o até perde-lo de vista.

.
.
.

Após o almoço

O aventureiro e Marguerite, aproveitaram o tempo sozinhos para conversar abaixo da grande árvore. Jacob estava curioso para saber como andava as coisas entre ela e o caçador. Já Marguerite queria apenas sair um pouco da casa da árvore e ficar longe de Diana. A intuição da bela morena, gritava que algo de errado iria acontecer, há dias esse sentimento lhe tirava o sono. Para sua própria segurança a morena prometera a Roxton que não sairia para passeios na selva até que ele retornasse.

— Marguerite, você e Lord Roxton, me parece que finalmente estão se entendendo de fato. Eu sei que ele acha que... Ah, vou ser sincero, estou feliz por você, mas, triste por mim, eu cheguei a pensar que talvez entre nós, poderia surgir algo a mais do que uma amizade. Nunca conheci ninguém como você, pena que cheguei tarde, não é mesmo?!

— Jacob, quero te pedir desculpas, por não corresponder como você merece, sinceramente eu pensava que nunca encontraria um homem tão admirável quanto o Roxton... Até que você apareceu e me ajudou de tantas maneiras que eu nunca poderei agradecer a altura.

— Não precisa me agradecer, eu faria tudo de novo!

.
.
.

No alto da casa da arvore...

Diana os observava, atenta a cada gesto e sorrisos trocados, cada detalhe, nada lhe escapava, os olhos brilhavam de inveja e ódio.

— Hoje eu me vingo de todos e saio desse maldito planalto! – Disse para si mesma, abrindo um sorriso maligno!

Harrison farto de ficar no quarto esperando as instruções de Diana, levantou e caminhou com cautela, olhando para todos os lados até chegar ao cômodo principal da casa. À primeira vista não havia ninguém, mas, logo avistou a irmã solitária de pé encostada no corrimão da varanda, ele pressupôs que ela estava vigiando o casal, e caminhou em direção a ela, chegou perto o suficiente para toca-la no ombro.

— Diana?

— Ah, o que? Você me assustou.

— Desculpe, mas, já não estava suportando ficar naquele quarto sem saber o que faremos. Eu me sinto melhor, aqueles remédios são horríveis, mas milagrosos. Não aguentava mais fingir...

— Eu já estava indo falar com você! Quero que você vasculhe cada pedaço do quarto daquela sem moral, e pegue tudo o que encontrar de valor.

— Mas, agora? E se ela aparecer e me pegar lá, o que vou dizer? Isso é loucura, não vai dar certo! É melh...

— ME ESCUTE HARRISON... – Nesse momento Diana se exaltou, e não pôde conter a fúria diante da covardia do irmão, mas logo ao pensar na situação ela baixou o tom de voz e voltou a ser a “boa irmã” pois, caso não fosse capaz de manipular o irmão de fraca personalidade, ele poderia pôr tudo a perder.

— Por favor irmão me escute, vai dar tudo certo, eu travei o elevador. Quando eles quiserem subir teremos tempo para armar uma emboscada.

— Emboscada?

— Sim, o que você acha? Que iremos sair assim sem mais nem menos com as coisas deles armas, munição e as pedras... AHHH por favor...

— Você prometeu que ninguém iria se machucar.

— Nós não vamos machucar ninguém, mas precisamos sair daqui em segurança e não podemos deixar que eles alertem os outros ou não vamos conseguir chegar a tempo, e tudo irá por água abaixo.

Por um momento Harrison levou as mãos a cabeça, andou de um lado para outro respirando pesadamente, ele estava se sentindo perdido e ao mesmo tempo encurralado pelos planos da irmã. Diana o observava impaciente, sempre revirando os olhos, quando Harrison estava de costas até que...

— Harrison estamos perdendo tempo. O que você quer é ser morto, sabe o que vão fazer comigo se nos pegarem, que me ver pagando as suas dívidas com meu corpo. É isso que você quer?! – Disse Diana com lábios trêmulos e olhos brilhando inundados por lágrimas que custaram a cair.

— POR DEUS..., MAS É CLARO QUE NÃO!

— Então vamos logo fazer o que precisa ser feito, e sair logo desse maldito platô. Só temos um ao outro não se esqueça disso!

— Sim. – Sem dizer mais uma palavra, Harrison pegou uma mochila que Diana havia separado no propósito de guardar os tesouros da rival e saiu de cabeça baixa em direção ao quarto da herdeira. Diana ficou observando-o até vê-lo descer as escadas.

— Espero que pelo menos esse imbecil sirva pra isso! – Ela se virou rapidamente para continuar a espionar a herdeira e o aventureiro.

.
.
.

— Estou ansioso.

— Porque Jacob?

— Ora porquê? Podemos voltar para casa, amo esse lugar, aqui me tornei o homem que jamais seria em nosso mundo, onde tudo se baseia em interesses!

— Ham, nem me diga.

— Bom se conseguirmos sair ainda esse mês, pode dar tempo de você se casar sem aparentar a barriga.

— Bem, depois vai aparecer de qualquer maneira, será um escândalo, mas, eu tenho outras coisas bem mais importantes para me preocupar. – Disse a herdeira acariciando a barriga.

— Entendo... O que pretende fazer se de fato encontrarem uma saída? Com a sua situação arriscada, digamos assim...

— Tem coisas que é melhor você não saber... Não se preocupe comigo eu vou ficar bem.

Jacob balançou a cabeça e olhou desconfiado para herdeira.

— Ah Marguerite, você é mesma uma caixinha de mistérios.

— Eu sou bem mais do que uma simples caixinha de “mistérios” acredite. – Sorriu.

Jacob fitou a bela mulher e seguiram conversando enquanto caminhavam em volta da grande árvore, despreocupados, sem ter ideia do perigo iminente que lhes aguardavam.

Diana apanhou dois revólveres e o rifle de Jacob. Roxton havia deixado as armas carregadas para não serem pegos de surpresa, e assim, poderem se proteger de um eventual ataque, o caçador deixou bem claro para o aventureiro não andar desarmado nem mesmo por um minuto. Mas quando a herdeira pediu para descer e fazer companhia. Distraído com a beleza de Marguerite, Jacob acabou esquecendo de pegar o revólver. E agora estavam completamente desprotegidos.

.
.
.

Harrison veio correndo, Diana podia ouvir os passos pesados subindo a escada rapidamente.

— Diana... Diana... – Gritou o Sir muito empolgado, nem sequer parecia o mesmo que desceu para o quarto, assustado pela situação no mínimo desconfortável.

— Estou aqui não grite, e então encontrou alguma coisa de valor?

— Sim, você tinha razão, estava repleto de joias e pedras preciosas. – Disse Harrison enquanto erguia um saco com os pertences da herdeira. Ele estava ofegante com olhos arregalados feliz pelo achado. A ganância logo apagou um pouco dos vestígios de arrependimento do homem de caráter duvidoso.

— Ainda há muito por aí, muito mais. Ela é esperta e não deixaria tudo em apenas um só lugar. Assim que apegarmos ela vai nos dizer onde há mais diamantes.

— Como sabe disso Diana?

— Em uma das conversas que tive com o professor Challenger, ele mencionou o hábito da “Senhorita Krux” de esconder tesouros por toda casa. O que não agradava nada a selvagem. Tive que suportar as longas conversas entediantes com aquele arrogante para obter informações. Para você ver como são as coisas, o homem inegavelmente é um gênio..., mas olha só como é ingênuo rsrs.

— Bem querida irmã, você sabe atuar muito bem, as vezes até me assusta. Estamos ricos, só o que tem aqui já vale por uma vida inteira.

— E você não quer mais?

— Sim, sim, eu quero mais... Afinal dinheiro nunca é demais, certo?!

— Certo! Em...

A conversa foi interrompida com um grito vindo de lá debaixo.

— EIIIIIIII ALGUÉM PODE FAZER A GENTILEZA DE DESTRAVAR O ELEVADOOOOOOOOR... – Era a voz de Marguerite, carregada com um tom de ironia e raiva.

.
.
.

Lá em baixo

— Ela fez de proposito, aquela miserável!

— Calma Marguerite, vai ver foi sem querer ou pela segurança da casa e...

— Ahh, pelo amor de Deus Jacob, não me venha com ladainhas porque eu não nasci ontem. Tente outra vez!

— Está bem, está bem, nossa o seu humor muda d...

— Jacob... – Disse a bela o interrompendo de forma ríspida.

O aventureiro não quis irritar ainda mais a herdeira que já estava furiosa, verificou novamente a alavanca que faz a engenhoca subir, mas...

— Ahh, ainda está travado, ela não te ouviu deve estar com Harrison.

— É claro que ela me ouviu, está fazendo isso de propósito para me provocar!

.
.
.

No alto

— É agora irmão, está preparado? – Disse Diana entregando uma arma carregada.

Harrison ficou estático por alguns segundos contemplando a arma, por um instante a dúvida o paralisou, mas a sede pelos diamantes falou mais alto e o Sir pegou a arma das mãos de Diana.

— Sim estou pronto!

— DIAAAAAANAAAAAA... – Gritou Jacob enquanto Marguerite punha as mãos na cintura batendo o pé em sinal de irritação.

— JÁ PODEM SUBIR ME DESCULPEM. – Gritou Diana com um semblante doce e inocente estampado no rosto.

— TUDO BEM... – Respondeu Jacob.

Marguerite estava com o semblante irritado e os braços cruzados.

— Ah finalmente. Vamos ver que desculpa esfarrapada ela vai nos dar.

Jacob soltou um suspiro e balançou a cabeça, o pobre aventureiro já estava imaginando a confusão que seria lá em cima, e provavelmente teria que separar as duas para evitar uma briga. Já com dor de cabeça o homem acionou a alavanca e o elevador foi subindo até chegar ao seu destino. De repente a bela morena sentiu uma aflição em seu peito, algo parecia querer alerta-la de algum perigo eminente.

— Ei, Marguerite você está bem?

— Sim, acho que sim, só um pouco... Ahh. – Suspirou fundo. — Eu não se explicar, algo de ruim vai acontecer.

— Calma, isso é só coisa da sua cabeça. Vai ficar tudo bem. – Tranquilizou o aventureiro.

A herdeira ficou em silêncio. “Será? Eu acho que estou enlouquecendo.”

O aventureiro saiu primeiro e estendeu mão como um cavalheiro para ajudar Marguerite, mas, para desagradável surpresa ao se virar deram de cara com os irmãos Connelly com as armas apontadas.

— Agora me diga que é só coisa da minha cabeça. – Disse a herdeira apertando a mão do aventureiro que mal podia acreditar no que estava acontecendo.

— O que deu em vocês? Abaixem as armas! – Jacob deu um passo arriscado na frente da morena. Foi o suficiente para Diana finalmente tirar a máscara.

— Nem mais um passo se você não quiser morrer agora mesmo.

Jacob engoliu seco e amargo o sabor da traição, Marguerite estava certa o tempo todo os Connelly não eram de confiança, e agora o que seriam capazes de fazer e o que queriam deles? Pensava o aventureiro com o coração disparado. O pobre homem se amaldiçoou por não ter seguido a ordem do caçador. “Não ande desarmado nem por um minuto.”

Aflito com a situação Jacob cobrou explicações.

— Diana o que significa isso? Harrison você não estava se recuperando? Eu não entendo o que vocês pretendem com isso?

Harrison não soube o que dizer, apenas sentia vergonha de ter chegado a esse extremo, mas agora já era tarde e o Sir não ia dar para trás, eles tinham as joias nas mãos.

A herdeira estava em alerta máximo olhando para todos lados tentando pensar em algo, a emboscada de alguma maneira não a surpreendeu, pelo contrário agora estava tudo bem claro, todos aqueles pressentimentos, sonhos e calafrios repentinos eram a sua intuição gritando sobre o perigo do inimigo, tão próximo, só esperando o momento certo.
Harrison estava apontando a arma com a mochila debruçada sobre o ombro, o colar de safiras deslizou para fora até cair no cão chamando atenção da morena que o reconheceu na mesma hora.

Marguerite encarou Diana e respondeu à pergunta do aventureiro.

— Eles querem minhas joias, os diamantes?! Certo!

— Oh Marguerite, para uma mulherzinha de quinta categoria você é realmente inteligente, diferente do seu amante que ainda não entendeu que tem uma arma carregada em minhas mãos, pronta para acerta-lo caso ele volte a se mover.

— Jacob... – Disse Marguerite, lançando um olhar de súplica para o aventureiro. A morena sabia que Diana não estava brincando e seria capaz de atirar. Já irritada a bela tomou a frente da situação e enfrentou a rival.

— VOCÊS JÁ NÃO PEGARAM O QUE QUERIAM?! ENTÃO PORQUE NÃO VÃO LOGO EMBORA DAQUI?!

— Cale-se Marguerite, para o seu próprio bem. – Disse Harrison, temendo uma reação da irmã contra a morena.

— Vamos embora depois que você mostrar onde estão o restante dos diamantes. – Retrucou a rival.

— O que? Não há mais diamantes, só tenho os que vocês pegaram!

Diana enfurecida se aproximou de Marguerite que manteve o rosto erguido, sem demonstrar o medo que estava sentido. A noiva rejeitada deu uma bofetada violenta no rosto delicado da herdeira.

— MENTIRA! Não irei perguntar de novamente!

Marguerite sentiu seu rosto queimar, não pela dor do tapa, mas pela raiva, a herdeira virou o rosto e voltou a encarar a rival agora sem medo, os olhos verdes pareciam sair faíscas.

— Vocês devem estar completamente arruinados para virem até o fim do mundo atrás da fortuna de Roxton, e agora estão aqui como ladrões! Ora onde estão os seus valores Diana? Já que se julga tão melhor do que eu... – Com essas palavras a herdeira conseguiu atingir o orgulho da dissimulada que sempre fez questão de falar e tentar convencer a todos, de que ela sim era uma verdadeira dama da sociedade, e que Roxton seria eternamente julgado por tê-la trocado por uma cortesã.

A dissimulada tomada pela raiva apontou a arma para Marguerite. Assustada, a morena com raciocínio rápido jogou sua última carta na manga.

— Se me matar, nunca saberá onde estão os diamantes.

— DIANA VOCÊ ESTÁ FORA DE SI! – Interveio o aventureiro pondo-se na frente da herdeira. — Vamos, me dê essa arma, por favor, isso ficará só entre nós, olhe ao seu redor sabe muito bem que precisa da nossa ajuda para sobreviver.

A bela mulher não demonstrou nenhuma reação, pelo contrário estampou um sorriso de deboche encarando o aventureiro nos olhos. Sentindo que suas palavras não afetariam Diana, Jacob direcionou seu apelo a Harrison que demostrava nervosismo, sempre olhando para irmã como se estivesse perdido sem direção em um plano insano.

— Harrison, seja sensato HOMEM, isso é uma loucura! O que acha que Lord Roxton irá fazer se machucarem Marguerite?

— Quando ele descobrir, já estaremos bem longe desse platô, e vocês ficarão aqui para sempre! Ele vai culpar você, afinal, aquele tolo deixou você aqui para protege-la e olhe só que patético, parece um ratinho acuado! – Retrucou a mulher.

Harrison se manteve em silêncio, respirava fundo soltando o ar pela boca, o suor escorria pela testa, ele mal podia suportar a pressão.

O aventureiro engoliu seco as palavras que acabara de ouvir, em seu íntimo ele sabia que ela estava certa. E o peso da culpa pelo o que viesse acontecer cairia sob seus ombros.

— Diana por favor, vamos, não faça isso não vai da cert...

— CHEGA! Estamos perdendo tempo. Harrison, amarre ele. MARGUERITE de um passo atrás ANDE LOGO!

A herdeira fez como ela ordenou.

— Harrison, não faça isso...

— Quieto! As mãos...

Harrison sem habilidade com a situação, tremia enquanto tentava amarrar o aventureiro. Diana estava poucos metros de distância em alerta pronta para atirar, mas Jacob, disposto a se ver livre do perigo ficou aguardando um descuido para agarrar o revólver preso ao coldre do Sir.

— AMARRE AS MÃOS DELE PARA TRÁS NÃO SEJA ESTUPIDO HARRISON! – Gritou Diana impaciente ao ver que o irmão não estava conseguindo arramar direito o homem, já com os nervos saturados o Sir se voltou contra irmã.

— NÃO ME CHAME DE ESTUPIDOOOO!!!

Foi o momento certo, Jacob puxou a mão do nó frouxo, e agarrou a arma conseguindo puxa-la do coldre, Harrison segurou a arma e os dois homens iniciaram uma luta, um puxando o revólver o máximo que podiam em meio a empurrões e chutes.

— SAIA DA FRENTE HARRISON, EU VOU ATIRAR NELE!

— NÃAAAAO. – Gritou Marguerite.

— NÃO SE ATREVA A SAIR DAI MARGUERITE, SE NÃO QUISER MORRER...

Diana estava visivelmente desesperada, apertando a mandíbula e os olhos arregalados avaliando a situação, o plano havia saído do controle e estava prestes a desmoronar.
Marguerite mal respirava assistindo a luta do amigo desesperadamente tentando arrancar o revólver das mãos de Harrison, que apesar de ser um homem fraco de espírito, possuía um porte físico forte e não estava fácil a luta com o aventureiro. A herdeira agoniada precisava agir o quanto antes para ajudar o amigo, e ajudar a si mesma.

“Roxton? Porque você tinha que ir nessa maldita viagem... Droga! Se ao menos tivesse algo aqui que pudesse pegar e acertar a cabeça dela, maldição” pensou.

A bela morena estava longe dos objetos pesados que enfeitavam a casa, encurralada, apenas próximo do elevador, não havia nada que pudesse fazer a não ser torcer para que Jacob conseguisse vencer Harrison. Diana direcionava rapidamente o revólver, mirando em dois alvos ao mesmo tempo, Harrison não saía da frente a impossibilitando de atirar no aventureiro sem correr o risco de acertar o irmão. E desta vez não seria uma sábia decisão.

— VAMOS HARRISON, SAAAAAIAA DA FRENTE EU VOU ACABAR ACERTANDO VOCÊ! – Ao ouvir as palavras, Marguerite por impulso tentou correr, mas antes que pudesse sair do lugar Diana voltou novamente sua mira para a herdeira. As rivais se fitaram, e cega de raiva, Diana estava disposta a tudo.

— FIQUE AI AGORA, OU EU VOU ACABAR COM VOCÊ.

Jacob em meio a luta ouviu a ameaça de Diana e olhou para a herdeira.

— MARGUERITEEEE... – O aventureiro ainda segurando o revólver, virou a cabeça bruscamente e encarou a mulher pronta para atirar...

.
.
.

A explosão do disparo foi tão alta, que parou o coração de todos por alguns segundos, seguida de um silêncio apavorante, mas logo rompido pelo som do impacto dos joelhos do aventureiro de encontro ao chão. Não havia mais forças, a visão foi ficando estremecida. “O que está acontecendo comigo” pensou assustado, sem entender o que estava acontecendo temendo o pior. Para seu espanto, ao levar as mãos sobre o seu abdômen sentiu uma dor aguda que lhe arrepiou a espinha, as mãos ficaram cobertas pelo seu próprio sangue.

Os lábios de Marguerite tremiam, ela não estava acreditando no que acabará de acontecer, a enorme mancha de sangue se formando na camisa do aventureiro, lhe deu a certeza. Jacob estava morrendo diante de seus olhos.

— NÃAAO... Jacob? AJUDEM ELE... NÃO FIQUEM PARADOS. – Marguerite tentou correr para socorre-lo, mas Harrison a pegou pelo braço e jogou de volta em seu lugar de maneira brusca, a bela quase perdeu o equilíbrio.

— FIQUE AI, NÃO ME OBRIGUE A ATIRAR EM VOCÊ TAMBÉM, EU NÃO SOU MAIS UM COVARDE! NÃO MAIS! Não mais, não mais... – Repetiu para si mesmo se perdendo em seus devaneios. Harrison estava completamente perturbado.

Jacob com muita dificuldade tentava falar engasgando com o sangue que inundava sua boca.

AS... FU... Fuja SAI DA...QUI Marg... – Apontou com os olhos para o elevador.

— Não... – Ela balançou a cabeça se recusando a deixá-lo.

O aventureiro já sem forças para manter o corpo firme, caiu no chão pesadamente, os olhos foram se fechando. Até que não havia mais luz...

Diana ficou um pouco receosa, era visível que Harrison estava muito instável e poderia se voltar contra ela. Bom pelo menos já tinha se livrado do aventureiro, um problema a menos, pensou a dissimulada.

Ela lançou um olhar para Marguerite, ela estava apavorada e não faria algo estupido, então ela voltou sua atenção para o irmão fora de si.

— Harrison meu irmão, você está certo! É um homem corajoso e nos defendeu. Ele tinha que morrer ao contrário nunca poderíamos sair desse maldito lugar e desfrutar das riquezas que nos espera. Você se lembra de tudo o que tínhamos, de como era a nossa vida antes da morte do papai. O respeito, o prestígio...

Mas ele se manteve em silêncio, endurecido, olhando o corpo do aventureiro caído no chão.

Nesse momento Marguerite tomou coragem e pulou no elevador, foi tudo tão rápido que a morena mal podia respirar, depressa ela agarrou a alavanca e o elevador começou a descer. “Rápido, rápido, vamos...”

— MARGUEEERIIIITE... – Gritou Diana, que atirou contra ela sem pensar duas vezes, exatamente 4 disparos um seguido do outro. Marguerite ficou abaixada torcendo para não ser atingida, a adrenalina tomou conta do seu corpo por completo.

.
.
.

— É mesmo uma pena que tenhamos que voltar sem poder inspecionar esse local, o balão não vai aguentar por muito tempo. – Lastimava o cientista.

— Não há nada o que ver aqui Challenger, não vê? Está tudo coberto por gases tóxicos, há muito tempo, não tem como nenhuma expedição ter passado por aqui.

— Sim. Mas não foi possível ver tudo, talvez o outro lado...

— Só há um enorme pântano, e as piores criaturas que você pode imaginar. Eles não vieram por aqui. Diana mentiu!

— Mas, porque mentiriam? É do interesse de todos sair do platô, não faz sentido.

Verônica bufou em indignação, o cientista não queria acreditar em seus alertas, inquieta a jovem lançou um olhar além das nuvens em direção da casa da árvore, em seu interior, algo lhe dizia que deveriam voltar logo, era estranho a bela não sabia explicar o que estava sentindo, mas não era algo bom... Esse mal pressentimento não estava presente somente no coração da jovem garota da selva!

Lord Roxton estava de costas para os amigos, também olhando sem piscar para o horizonte.

— O que foi Roxton? Você está com uma cara, há algo errado? – Questionou o visionário.

John se virou, olhou nos olhos do homem ruivo e...

— Challenger? Verônica está certa! Estou com um mal pressentimento, é melhor voltarmos logo para casa da árvore. – O semblante estava carregado de preocupação.

— Ah isso é uma tolice, porque mentiriam?

— Eu não sei, mas é obvio que nos queriam fora da casa da árvore. Se algo acontecer com Marguerite eu não...

Verônica tentou acalmar o caçador. Achou melhor não falar que também estava sentindo o mesmo.

— Não vai acontecer nada, Jacob está com ela fique tranquilo.

— Sim, Verônica está certa.

— Até que enfim não é... – Retrucou a loira com semblante sério.

— Bem... Não falta muito, podemos enviar sinais de espelho!

— Sim, faremos isso.

.....

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Encontros" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.