Encontros escrita por Alexandra Eagle


Capítulo 13
Capítulo 13 -  Tudo ou nada.




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A herdeira arregalou os olhos, estava muito assustada; no banho, a morena imaginou que talvez o aventureiro perspicaz tivesse suspeitado, mas mesmo assim não esperava que ele a questionasse logo de cara. Jacob ficou esperando uma resposta, a bela não sabia se confirmava ou se tentava confundi-lo para ganhar um pouco mais de tempo.

— Jacob, eu... Mas de onde você tirou isso? Não seja ridículo, eu...

— Marguerite, por favor, eu cuidei de você, fiz tudo para que o bebê sobrevivesse; por acaso se esqueceu de que sou, digamos, o curandeiro da aldeia onde vivo? Ou vivia, eu já nem sei mais.

Marguerite pôs as mãos sobre o ventre e olhou para o amigo. Ela fitou o homem à sua frente e baixou a guarda, não tinha mais como negar.

— Meu filho é bem forte, deve ser por causa daquele chá horrível que você tanto me obrigou a tomar.

— É mesmo muito bom para revigorar as forças – respondeu Jacob, rindo. - Mas vamos ao que interessa. Minha querida, porque está fazendo isso, enganando a todos? Sabe, eu me equivoquei ao pensar que Lorde Roxton tinha algo com a Diana. John realmente te ama e está sofrendo muito por acreditar que você perdeu o bebê, por culpa dele.

 .

Diana continuava à espreita escutando tudo e morrendo de raiva; por vezes se segurou para não entrar no quarto e atirar bem na cabeça da herdeira e, assim, se ver livre dela e do bebê de uma vez por todas.

 .

— Você acha que eu não sei disso?! Eu posso sentir e ver através da tristeza no olhar dele, mas eu tive que fazer, foi único jeito!

— Mas por quê? Marguerite, por Deus, você vai ter que contar a ele mais cedo ou mais tarde...

— Jacob, você não tem que se meter na minha vida, eu sei o que eu estou fazendo.

— Ah, por favor, não comece com isso! É por achar que pode resolver tudo sozinha que está metida nessa confusão.

— Você anda conversando muito com a Verônica pelo jeito.

— Ela também sofreu por você e por John. Challenger se sente tão culpado que mal consegue olhar nos olhos de Roxton. Você está fazendo todos sofrerem. Eu sinto muito, mas se você não contar a verdade então eu contarei. A não ser que me dê um motivo convincente para não fazer o que é certo.

Ela respirou fundo, estava se sentindo encurralada novamente, sem falar na culpa que agora sentia por fazer aqueles que tanto prezava sofrerem por sua mentira. Isso não agradava em nada a bela herdeira, que antes não se importaria com nada e nem com ninguém.

— Está bem, está bem! Eu... Ouvi uma conversa entre John e Diana antes de passar mal e caí da escada. Ela usou o meu filho para manipular o John que, aliás, ficou calado e sem reação ouvindo aquela mulher. Me senti traída; depois, então, imaginei que aquela cobra tinha mais cartas na manga, além de saber a saída do platô. Ela estava muito segura de que ia se livrar de mim, eu só não sabia como, mas agora eu sei e tudo ficou muito claro.

— Eu não estou entendendo nada, Marguerite...

— Jacob, você não entende... Ela tramou tudo: ganharia tempo para conquistar o John, depois revelar a saída e, uma vez em nosso mundo, as coisas seriam muito diferentes. John não sabe muitas coisas sobre mim e, infelizmente, não tenho certeza se aceitaria com a pressão da família, da sociedade, entre outras coisas; tudo contra nós. Será que o amor persistiria? Eu já me enganei antes, mas agora é diferente, não se trata apenas da minha vida e eu não posso me dar ao luxo de esperar que as coisas se resolvam sozinhas. Eu precisei fazer alguma coisa.

— Isso tudo é uma loucura. Lorde Roxton te ama, todo mundo comete erros, ele não é nenhum um santo, então não pode julgá-la pelo seu passado. E quanto a família Roxton, bom, vão ter que te aceitar, pois você será a esposa dele e espera um herdeiro. A expedição voltará sobre glória provando que esse mundo existe, que o professor Challenger estava certo; você será famosa, não tem porque se preocupar.

— É... Como posso te explicar? Não é tão simples assim. A minha situação é muito grave. Bem, digamos que tenho alguns débitos com a justiça e com outras pessoas muito perigosas, ou seja, minha cabeça está a prêmio. E os Connelly estão cientes disso, porque já tenho minha fama e não é nada boa.

— Não posso acreditar.... Você é mesmo uma caixinha de surpresas! Não vou nem perguntar, duvido muito que me diga alguma coisa.

"Nossa! Ele me conhece mesmo", pensava a herdeira, surpresa com a compreensão do aventureiro.

— Provavelmente, essa vida que você levava a deixou paranoica. John vai ficar louco com você, se eu não soubesse o quanto ele a ama diria que não seria capaz de te perdoar.

O coração da herdeira se apertou a ponto de doer com o que acabara de ouvir. "Não me perdoar, não!"

— Não concordo com essa farsa e duvido que isso vá muito tempo adiante. Logo a sua barriga vai começar a crescer, a suposta saída ainda é apenas uma suspeita e você vai ter muito o que se explicar. Mas quero que saiba que você tem o meu apoio, não está sozinha.

— Eu não quero perder o meu bebê. Você não tem ideia do quanto é forte a ligação que temos, foi justamente essa ligação que manteve o meu filho seguro. Eu não poderia te explicar o porquê se nem eu mesma entendo. Sabe, jamais pensei que teria esse sentimento materno tão aflorado, eu não tenho sequer alguma referência do que é ser mãe ou ter uma.

Jacob a abraçou novamente; a morena relutou um pouco no começo para se entregar ao abraço, mas aos poucos foi cedendo. O aventureiro tinha um abraço quente, aconchegante. Ali, segurando firme a bela nos braços, agora ele podia entender em parte a atitude da herdeira, ela estava desesperada e com muito medo de perder o filho.

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Diana ficou boquiaberta, impressionada; tudo o que a herdeira havia dito foi uma enorme surpresa. A dissimulada não esperava que a rival fosse tão perspicaz ao ponto de descobrir tudo apenas com deduções.

O barulho do elevador subindo chamou a atenção da mulher que logo tratou de voltar depressa para o andar de cima. Ao chegar, Diana foi para a cozinha e fingiu pegar um copo d' água.

Verônica e Harrison saíram do elevador dando muitas risadas; apesar da desconfiança da jovem sobre o Sir, ela vinha tentando se aproximar para obter informações sobre se realmente a passagem havia se fechado.

Porém, Harrison estava nas nuvens sonhando com a bela loira exuberante ao seu lado, mas Diana sempre foi muito enfática sobre ele não deixar se envolver pelos encantos da loira e acabar estragando tudo. Aliás, isso era um temor constante na mente da mulher maquiavélica.

Diana revirou os olhos ao ouvir os dois se aproximando, muito alegres, por sinal. "Esse idiota ainda vai estragar tudo".

— Irmã, olha só: eu matei um javali! Vamos ter carne para a semana toda. - disse Harrison, todo orgulhoso de si mesmo.

— Mas que ótimo, irmão. Papai ficaria orgulhoso. - "Imbecil".

Verônica veio em seguida e logo fechou a cara ao ver Diana.

— Verônica, você está se saindo muito bem instruindo meu irmão na caça; é mesmo impressionante.

— Hum... Não fiz nada demais. Estamos no platô, aqui é aprender ou... morrer. Não há espaço para erros.

— Ah sim, claro... Esse platô é mesmo uma terra de barbárie, e... selvagens.

Verônica apertou os pulsos e respirou fundo.

— Bom, eu prefiro enfrentar as feras do que ir para um mundo onde dependemos de aparências e mentiras para conseguirmos o que queremos.

— Oh querida, você diz cada coisa! - disse a megera com um tom de deboche. – Bem, eu vou tomar um banho, com licença. Que calor insuportável!

Diana saiu e fuzilou Harrison com os olhos; ele logo entendeu o recado.

 - Desculpe minha irmã, ela foi ensinada a vida toda para ser uma Lady, então, é difícil para ela aceitar que você não seja...

— Ela acha que eu sou uma selvagem!

— Verônica...

— Isso não importa. Eu tenho certeza do que ela é, só não tenho ainda sobre você. Eu sei que a Diana é sua irmã, mas, Harrisson, se você estiver escondendo a saída para ajuda-la está sendo um tolo por que John não vai casar com ela, ele ama a Marguerite, então, parem de perder tempo já que odeiam tanto esse lugar.

— Eu já te disse milhares de vezes, pouco depois que saímos ouvi um desmoro...

— OK! OK! Você já me contou essa história. Cedo ou tarde a verdade sempre aparece, eu só espero que não seja tarde demais.

Harrison ficou tentando olhar para o chão, para os lados, tentando não encontrar o olhar de desaprovação da garota da selva.

— Eu vou ver se a Marguerite está bem. Você pode ir cortando a carne.

— Está bem...

Verônica saiu a passos largos para o quarto da morena.

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— Marguerite?

A herdeira se soltou do abraço do aventureiro e olhou para ela apreensiva, com a súplica no brilho dos olhos como quem diz: "Por favor não conte nada!"

— Entra, Verônica...

— Oh Jacob, você aqui... Pensei que estivesse com Challenger no moinho. - Questionou a loira com a sobrancelha arqueada em sinal de desconfiança.

— Bem, na verdade, eu vou para lá agora. Não queria deixar a Marguerite sozinha; você não esperava que Diana cuidasse dela...

— Não, é claro que não. Mas onde está o Roxton?

Jacob se levantou e, como de costume, depositou um beijo na testa de Marguerite e a fitou com um olhar de cumplicidade. "Essa conversa ainda não acabou", era o que o olhar dele queria dizer. E saiu do quarto para encontrar o professor.

Verônica ficou um tempo de pé, analisando a herdeira, até que se aproximou e sentou-se na cama ao lado dela, iniciando a conversa.

— Você se alimentou?

— Um pouco.

— Challenger disse que você já pode se levantar e tomar um pouco de sol. Você não quer ir se sentar perto da varanda enquanto eu preparo algo para você comer?

— Obrigada, Verônica, mas eu não quero sair do quarto e também não estou com fome. Mais tarde, talvez.

— Vocês brigaram novamente, não foi?

— Se fosse só isso.... Infelizmente, nossas brigas não são mais como antes; eram até divertidas aquelas provocações, o jogo de gato e rato. Agora não mais. - disse a herdeira, cabisbaixa.

— Vocês se amam muito e já passaram por muitas coisas e enfrentaram tantas perdas; mas eu acredito que se permanecerem juntos essa dor ficará um pouco mais fácil de suportar.

A herdeira se corroía por dentro de remorso pela farsa e as palavras do aventureiro estavam martelando em sua mente.

— E o John, você o ouviu?

— Não, eu pensei que ele estivesse aqui com você.

— E sobre a saída do platô? Por acaso você conseguiu tirar alguma informação do Harrison?

— Ah não. Ele parece que tem medo da Diana, não vai contar nada. Ele fica branco quando vê ela se aproximando. Mas você acha que realmente a passagem n...

— Eu tenho certeza, Verônica! - disse a herdeira com a hostilidade de uma fera.

— Diana odeia o platô mais do que você, é difícil acreditar que ela queira continuar aqui por vontade própria.

— Ah Verônica, algumas mulheres, para conseguir o que querem, são capazes de se submeter a muitas coisas.

— Diz isso por experiência própria. - disse a loira pensando alto, mas logo percebeu o deslize.

Marguerite fez uma cara de deboche e revirou os olhos como de costume.

— Desculpe, eu não...

— Sim, você tem razão. Então por isso acredite em mim, eu conheço muito bem esse tipo.

Verônica apertou os lábios. A loira sentiu que magoou a herdeira com o comentário infeliz.

— Marguerite, eu vou preparar algo para comer...

— Não, eu perdi a fome.

A jovem se pôs de pé e fitou a amiga.

— Marguerite, um dia você pode ter sido igual ou pior que a Diana, mas hoje eu sei que você não é. Você é uma mulher forte, corajosa e que eu admiro muito.

Marguerite ficou muito surpresa com as palavras da garota da selva, mas não conseguiu dizer nada, apenas os olhos expressivos brilhavam intensamente. Verônica caminhou para a saída do quarto; ela não esperava uma resposta da herdeira e, antes de sair, a bela se virou novamente:

— Só queria que soubesse disso.

E saiu.

A herdeira abriu um leve sorriso que logo desapareceu com a lembrança da discussão com o caçador. Marguerite pensava na dor e na decepção do Lorde; e também no aviso do aventureiro.

"Não me perdoar".

"Não me perdoar".

— Jacob pode contar a qualquer momento... Mas que droga! Eu tinha que ficar enjoada logo quando ele estava aqui? Definitivamente esse dia não pode ficar melhor.

A herdeira respirou fundo e com dificuldade, pois o coração estava apertado e a angústia fechava-lhe a garganta. Ela se levantou da cama, tirou o hobby e começou a se arrumar como há muito tempo não fazia.

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 Na selva:

John jogava pedras no lago com toda a sua força. Os flashes de lembrança da discussão com a herdeira vinham-lhe na mente como pontas de agulhas. "Ela vai me deixar, depois de tudo pelo que passamos... Ela vai me deixar!"

— Porque não posso amar Diana que veio até aqui me procurar, enquanto Marguerite não pensa duas vezes em fugir assim que voltarmos para Londres? Por que sou um TOLO! MALDITA SEJA, MARGUERITE! Eu a amo com todas as minhas forças. - declarou em um sussurro.

E atirou mais uma pedra com tanta força que o caçador sentiu uma dor no ombro.

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 Diana esperava no quarto do repórter pelo retorno do irmão. Era hora de seguir com o plano na primeira oportunidade.

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Harrison fatiou a carne do javali conforme a garota da selva havia lhe ensinado, a jovem voltou e se propôs a preparar o jantar. Logo todos estariam de volta a casa da árvore.

— Bom trabalho. Você aprendeu direitinho.

— Oh obrigado. Bem, você é uma ótima professora e é muito linda também. - disse o homem com malícia e se aproximando cada vez dos lábios da bela loira.

— Bem, eu vou começar a preparar o jantar. Por que não vai descansar um pouco?

E ela se virou de costas para ele, que, meio decepcionado, se retirou da cozinha em silêncio.

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Diana esperava no quarto do repórter pelo retorno do irmão. Era hora de seguir com o plano na primeira oportunidade.

Ao adentrar no quarto...

— Diana, o que faz aqui? – disse Harrisson.

— Você sempre surpreso... John voltou?

— Não, ainda não.

— E a selvagem? Onde ela está nesse exato momento?

— Está preparando o jantar. Ela não é uma selvag...

— Não tenho tempo pra isso, Harrison. Precisamos pôr o meu plano em prática já!

— O que aconteceu? Você está com uma cara.... John andou perguntando novamente sobre a saída?

— Não, mas aquela vadia é mais esperta do que eu pensava. Hoje eu escutei uma conversa dela com o intrometido do Miller e foi uma conversa muito... Muito surpreendente. Você não vai acreditar...

— O que? Me diga logo!

— Pois bem, o bastardo ainda está vivo.

— O que? Não entendi.

Ela revirou os olhos e respirou fundo tentando ser paciente.

— Quer dizer que ela- não- perdeu- o- bebê!

— Ah entendi! Nossa, mas ela estava muito mal, isso seria um milagre.

— Milagre coisa nenhuma. É uma desgraça, isso sim.

— Mas você tem certeza de que ouviu direito? Afinal, porque ela mentiria para todos, principalmente para o Roxton?

— Simples. E eu tenho que admitir que ela é muito inteligente. A miserável deduziu o meu plano e ficou com medo de perder o bastardo. Eu deveria ter sido muito mais discreta.

— Mas o que isso muda? Será como antes, não?

— É claro que não. Agora vão nos pressionar cada vez mais, John vai querer sair logo daqui para provar a inocência daquela qualquer e eu vou voltar humilhada. Já imaginou o assédio da imprensa, as manchetes com o retorno do famoso caçador de mãos dadas com aquela vadia já de barriga aparente? Não vou ser uma piada nas rodas de fofocas da alta sociedade. "A ex-noiva vai até o fim do mundo para ser trocada por uma prostituta de luxo que deu o golpe da barriga".

— Mas, Diana, eu acho isso tudo muito arriscado... Eu não sei se...

— Vamos pegar os diamantes, ouro, tudo o que aquela infeliz tem escondido, mais a pólvora, sair daqui e explodir a passagem e deixando eles apodrecerem nesse mundo grotesco para sempre. Irmão, eu preciso de você. Com esse tesouro podemos mudar de nome, ir para o sul da França, ter vida de rei e rainha. Você vai conhecer uma linda mulher, poderá ter seus filhos, uma nova vida, meu irmão, um novo recomeço. Mas agora é tudo ou nada porque sem dinheiro e sem proteção do John tudo o que nos resta é miséria e morte!

Harrison baixou a cabeça com semblante preocupado e pensou um pouco, andando de lado para outro.

— Você está certa, agora é tudo ou nada. Mas tem que me prometer uma coisa.

— Prometer o que?

— Me prometa que não vamos ter que machucar ninguém. Apesar de tudo, eu tenho... um certo carinho por eles, as coisas poderiam ter outro rumo se não fosse a nossa situação crítica.

"Situação em que você me meteu, seu inútil imprestável", pensava Diana, com magoa e ódio que só cresciam a cada dia.

— Então, o que vamos fazer?

— Vamos usar a desconfiança ao nosso favor. A selvagem e o Miller a pouco planejavam uma expedição. Roxton saiu furioso; eu vou convence-lo a ir nessa viagem para se afastar dos problemas. Challenger vive no laboratório ou no moinho, será fácil nos livrarmos dele. Preste bem atenção: você vai conversar com a selvagem e fazer um mapa. Você se lembra da antiga passagem que o nosso guia comentou que se fechou com uma erupção vulcânica?

— Como vou me esquecer se ele disse que a única passagem que restou foi por onde viemos. Morro de medo só de imaginar que possa ter acontecido o mesmo com ela, ficaríamos aqui para sempre... Deus, não poderei suportar isso, esse lugar...

— Se acalme! A passagem está segura, os vulcões se concentram longe dela, você teria visto se não tivesse desmaiado quando viu o dinossauro assim que chegamos. Sorte sua que era um herbívoro, senão estaria morto.

— O que queria que fizesse? Ele tinha, no mínimo, uns 15 metros de altura... Mas se eu entendi bem, você quer atrai-los para longe, para a passagem selada.

— Exatamente! Uma viagem de, no mínimo, 4 dias.

— Mas eu não me lembro, não tenho ideia de onde...

Diana tirou de dentro da blusa um mapa antigo e sujo de sangue. Ali estavam as coordenadas das duas saídas conhecidas por muito, muito poucos. E entregou nas mãos do homem incrédulo a sua frente.

— As saídas... Como você conseguiu isso?

— Achou que eu iria confiar na sua experiência caso precisássemos voltar por conta própria? Você mal sabe ler uma bússola. – debochou Diana.

Harrison se sentiu envergonhado, ele realmente não tinha a menor vocação para ser um aventureiro.

— Eu peguei na mochila do guia depois que atirei nele. Como sempre, eu fiz tudo sozinha para nos manter vivos; espero que você não se esqueça disso caso resolva dar para trás com o plano.

— Estou com você, não irei decepciona-la.

— Ótimo. Você irá fazer exatamente como vou te explicar...


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