Miss Right escrita por BangLoma


Capítulo 5
Lobos




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–Boa noite meu anjinho. –Ryan falava dando um beijo no rosto de Peggy.

–Qual é o seu problema? Deixe-me dormir.

–Desculpa anjo não quis te acordar.

–Para com isso! Cadê o babaca do meu irmão?!

–Parar com o que anjinho?

–Com essa de anjinho.

– Por que anjinho?

–Você esta me assustando! MÃE O RYAN ESTÁ ME ASSUSTANDO!

–Vem aqui anjinho, eu disse que se ela gostasse eu ia te abraçar. -Peggy levantou, pulou da cama e saiu correndo pela casa, Ryan correu atrás seguiu ela até a cozinha.

–mãe, socorro! –Ela agarrou a cintura da mulher.

–O que foi Peggy?

–Ryan está me assustando!

–O que você fez Ryan? Não se vestiu de palhaço de novo né?

–Eu não fiz nada, só a chamei de meu anjinho.

–E qual o problema Peggy?

–Ele está estranho.

–Vai dormi Peggy.

–Af. –Ela começou a andar e Ryan a pegou no colo, abraçando-a forte.

–Me coloca no chão! Eu vou te morder!

– Sossega. –Ele a levou até na cama e a cobriu antes de deixa-la lá ele deu um beijo em sua testa.

–Obrigada Peggy, muito obrigada.

–Não há de que. Boa noite Ryan.

Boa noite anjinho.

–Para!

–Ok. – Ele riu

~~~~

Haru entrou em casa tomou um longo banho, seu coração ainda estava muito agitado, como se disputasse uma maratona ele não queria se acalmar de forma alguma. Até sua pele parecia nervosa.

Ela saiu do banheiro, e foi até a janela o homem estava lá observando a casa do lado de fora ele se misturava com a escuridão do lado de fora, as luzes da rua não iluminavam plenamente o local . A garota rapidamente saiu da janela e se jogou num canto da cama, ela se sentou abraçando os joelhos.

– O que eu fiz para merecer isso? Por que eu? Que inferno!

Ela abaixou a cabeça nos joelhos e pegou um cachorrinho de pelúcia que se encontrava ali na cama e o abraçou...

–Estou... Com medo. –Ela choramingou. –Estou com muito medo! –Ela apertou a pelúcia em abraço e se deitou com o rosto contra o travesseiro ela deixou algumas lágrimas escorrerem.

Sono profundo,

Noite escura,

Pesadelos e sonhos dançam sobre as mentes das pessoas,

De onde viestes doce sonho?

Por que não vai embora querido pesadelo?

Privilegiados aqueles que têm sonhos bons quase todas as noites,

Coitados os que apenas têm pesadelos.

Oh noite conturbada mais uma vez eu a terei,

Já és de grande companhia.

Minha querida amiga,

Meu doce pesadelo que me acompanha neste louco devaneio.

Simplório de uma noite alucinógena e perigosa.

O lugar era escuro uma densa floresta tomada pelo breu da noite, árvores grandiosas e medianas embebedadas pela escuridão da noite, um minucioso fio de luz vinha do céu a luz da lua relutava em meio às árvores para conseguir seu lugar em meio ao breu, apesar da lua esta presente o céu não apresentava estrelas. O cheiro do perigo rondeava no ar gélido que lhe beijava a pele contraindo lhe os músculos e eriçando os pelos, os calafrios corriam sobre a espinha, enquanto ela tentava seguir a lua na esperança de uma saída. Muitos passos eram se ouvido pisando nos galhos e folhas caídos ao chão, não poderiam ser passos humanos.

Rosnados se ouvia próximo pelo som era possível imaginar que uma alcateia de lobos achara sua pobre e fácil presa, de longe era impossível decifrar qual seria esta presa ou quantos lobos teria esta alcateia.

Entre as folhagens algo ou alguém corria junto consigo trazia um zunido ensurdecedor fazia os sentidos sumir, ela se encosta em uma árvore, os rosnados antes longes agora a cercavam ela estava no lugar da frágil presa, rosnados altos, ameaçadores de lobos famintos, seus pelos estavam eriçados seus caninos amostra, prontos para o ataque a qualquer momento. Grandes lobos cinzentos e selvagens, com uma grande musculatura aparentemente com uma bela força capaz de causar grande estrago. De costas para a árvore ela tentava desesperadamente subir entre os galhos, ela consegue subir uns galhos, mas uma de suas pernas que estavam mais abaixados foi mordida por um dos lobos.

–Anh! – Ela mordeu os lábios.

Outro zunido ainda mais ensurdecedor o mesmo que trouxera a alcateia era o mesmo que os levara. As marcas onde os dentes perfuram sangravam, alguém segura sua perna e a cheira.

–Senti falta do seu cheiro.

–Você! – ela tenta puxar a perna.

–Meu amor fique quieta. –Ele lambe o sangue que escorria sobre sua perna. –Muito bom seu sangue.

–Seu nojento!

Ele estava em cima dela segurando seu queixo.

–Estas tão linda assim com essa cara de pavor, chore meu amor você fica divina assim. –Ele apertava seus dedos fortemente contra seu pescoço deixando a sem ar.

Ela não conseguia tomar fôlego, ele contornava seus lábios com o polegar.

–Chore meu amor, não tema!

–Nunca! – Ela morde o dedo dele forte.

– Desgraçada! – ela não o enxergava direito por causa da escuridão, mas seus olhos não pareciam humanos estavam vermelhos. A mordida causou lhe raiva e enforcando-a até que tudo ficasse escuro.

Haru acorda desesperada com a perna roxa e o pescoço doendo. Ainda abraçada a sua pelúcia, definitivamente uma criança assustada, aos prantos chorando com medo até da sombra.

“Na profunda noite mais escura

Quando não há ninguém por perto

A força está chegando

Não tem nenhuma saída

Quando a noite se aprofunda, fica mais forte

A sombra escura que alcança você

É melhor você co-co-co-co-correr

Não fique sozinho, não ande na escuridão

Então ele vai abrir os seus olhos

É melhor você co-co-co-co-correr

Sim, quando a lua se esconde atrás das nuvens

Sim, ele voa secretamente

Sim, ele vai atrás de você

É melhor você co-co-co-co-correr”

~~~~

O Jardim estava estranho, o ar estava parado, Ryan andava até que em meio ao labirinto achou Haru sentada nas gramíneas encostada a um arbusto, o típico chapéu hoje era substituído por uma coroa de flores, ele notara os roxos.

– O que houve Haru?

–Olá Ryan.

–O que são esses roxos? Por que esta sentada aqui?

–Eu não posso andar muito justamente por causa desse roxo na minha perna.

– Mas o que houve? –Ele se agachou para ver.

–Um lobo me mordeu.

–Lobo?

–Sim...

Ele olhou mais de perto definitivamente havia alguns círculos que seriam dos dentes. Se aproximou do pescoço e se assustou.

–Você não tentou se matar né?

–Não.

–Então... Quem tentou te enforcar?

–Um homem muito horrível e horrendo.

–Um homem?

–Sim.

–Quem?!

–Se você ver a Haru amanhã seja gentil, ela, eu tanto faz não esta muito bem.

–As marcas estão nela também?

–Estão, mas não na mesma intensidade que esta em mim.

–Meu Deus! O que vocês, você, Ah que inferno sei lá! Escondem?

Ela permaneceu calada com a mão na perna.

–Está doendo muito? –Ele questionou preocupado.

–Está, dói aqui, aqui e aqui. –Ela apontou para a perna, o pescoço e o coração, abaixou a cabeça e fechou os olhos. Ele se ajoelhou e se aproximou com a mão no queixo ele ergueu a cabeça dela. Havia algumas lágrimas em seu rosto.

–Você esta chorando? – Ryan a abraçou.

–Eu não queria, mas ela está chorando neste momento, então não posso me controlar.

–O que eu faço para ajuda-la?

–Eu já te disse tanta coisa, mas parece que não consegue me ouvir. Pense Ryan, acorde agora ela colocou a mão no coração dele.

–Droga... –ele disse ao acordar. -5 horas da manha ainda, eu preciso parar de ficar acordando tão cedo.

Levantou e pegou o notebook: “será que ela tem alguma rede social?”

Ele digitou Haru Layla Blanché. Não encontrou, digitou apenas Haru Blanché, encontrou , ela estava online por celular.

*Bom Dia primavera, passa para mim o seu número de celular.*

*Bom Dia Ryan, Acordado já? Passo sim.*

Ela enviou o número e eles mudaram o chat para aplicativo do celular.

*Não consigo dormir mais e você por que esta acordada há essa hora no final de semana?*

*Não consigo dormir... Dormir é uma péssima ideia, meu pescoço esta roxo, minha perna também... Os ferimentos de um pesadelo tiveram propagação na matéria, no real.*

*Meu Deus! Você esta bem? Por quanto tempo conseguiu dormir? Não quer voltar a dormir? *

*Bem? Não sei. Por duas ou três horas não tenho certeza. Dormir? Não! É uma péssima ideia, horrível a pior!*

*Dormiu muito pouco!*

*Eu sei que é pouco.*

*Os roxos estão doendo?*

*Estão.*

“Estou perdido;

Frustrado, preocupado.

Mas o que posso fazer? Por uma flor que chora.

Suas lagrimas são imperceptíveis

Estas tão bela por fora;

Que não sou capaz de adivinhar se sorri ou se teme.

Clamas por ajuda, mas não me ajuda.

Não se ajuda!

Oh! Querida ao menos me diga algo.

As perguntas estão a nossa frente.

Como uma rosa seus espinhos não me permitem toca-la.

Não, não chore.

A onda que leva as respostas não vai te levar de mim...”

*Que droga! Você precisa dormir Haru.*

*não, eu não vou. Você não pode me obrigar!*

*Posso sim!*

Ryan sumiu por alguns minutos. E de repente o celular de Haru vibrou:

*Saia-a aqui no portão.*

*Por quê?*

*Apenas venha.*

Haru saiu de casa e encontrou com Ryan no portão.

–O que faz aqui?

–Não tenho certeza. –Ele deu risada.

–Estranho.

–Obrigado.

–Está muito cedo Ryan, vá embora dormir.

–Você esta cansada, com olheiras profundas. Há quantos dias não dorme direito?

–Uns 3 ou 4.

–Você está brincando né?

–Não nenhum um pouco.

–Por que não toma um calmante ou algo pra dormir?

–Porque não sofro de insônia, sofro de pesadelo.

–Por que tão teimosa? –Ele cruzou os braços.

–Porque tão impertinente? –Ela arqueou uma sobrancelha.

–Argh! Venha! –Ele pegou a mão dela e a puxou.

–Ei! Aonde?

–Não sei! Para minha casa talvez!

– Por que para lá?

–Para saber se é só na sua casa que você não se sente bem.

–Espera. Vai devagar.

–O que foi?

–Minha perna está doendo.

–Ah é verdade, os roxos posso vê-los?

–O do pescoço você pode ver agora, o da perna é meio esquisito olhar na rua.

–Eu olho em casa mesmo.

Rapidamente chegaram à casa de Ryan morarem perto era uma grande vantagem nesse caso.

–Mãe, Pai já estão acordados?

–Bom dia Ryan. –ambos disseram.

–Bom dia Haru. –Sarah dirigiu a palavra para a Haru.

–Bom dia dona Sarah.

–Quem é essa doce garota? –Senhor Miller perguntou.

–Essa é a Haru querido a... Mais nova amiga do Ryan, ela veio de outra cidade e mora aqui perto, acredita que a Peggy adorou ela que até dormiu no colo dela?

–Ela tem cara de ser um doce mesmo. Ok, a Peggy gostar de algum amigo do Ryan é estranho. –Ele riu.

–Mãe tem algum calmante?

–Por que aconteceu algo, Haru esta nervosa?

–Não mãe ela apenas esta com dificuldade para dormir direito.

A mulher se aproximou da jovem e encarou o rosto dela.

– Realmente você não tem dormido bem mesmo, olheiras profundas e aparência de cansaço.

Ela entregou um remédio ao Ryan e disse:

–Deixe ela se acomodar no seu quarto que é mais escuro.

–Tudo bem mãe. –Ele disse ao pegar um copo de água.

Eles subiram e entraram no quarto.

–Tome. – ele entregou o remédio a ela. – E não repare na bagunça, não tive tempo de arrumar.

–Você não tem jeito. –ela tomou.

–Deite-se. –Ele fechou as cortinas.

–Aonde?

–Na minha cama.

–Eu não quero dormir. –ela se sentou na borda da cama. Ele se sentou atrás encostando-se na parede.

–Seu pescoço não esta tão roxo pelo menos. “não quanto no meu sonho.”

–Pelo menos.

–Posso ver a perna?

–veja.

Ela moveu a perna na direção dele, ele olhou atentamente e em meio aos roxos ele pode perceber os pequenos furos feitos pelos caninos. “como ela disse uma mordida.”

Ryan começou a se perder em pensamentos com relação aos sonhos e a realidade.

–Ryan? Ryan? Ryan? Eii! –ela passo a mão na frente de seu rosto.

–O que?

–Onde você estava?

–Nos meus pensamentos. Esse remédio não deveria demorar a fazer efeito.

–Sou difícil. - ela riu e sentou se ao lado dele.

–Sei, me diga como são seus pesadelos.

–ruins, escuro, com desespero.

–Você tem medo do que? Tem estado preocupada com algo?

... ela não respondeu.

–Haru? - Ele olhou para ela e a cutucou. –Dormiu. Assim vai prejudicar seu pescoço.

Ele a deitou em seu colo e involuntariamente ela segurou sua mão.

–agora você complicou. –Ele sussurrou e riu.

Ryan apagou minutos depois, Dona Sarah entrou no quarto para saber se o remédio era eficaz, mas encontrou ambos dormindo, ela colocou um lençol sobre eles.

–Acho que o remédio é bem mais eficaz do que parece, vale até por dois. Ryan, Ryan... –Ela sussurrou ao sair.

Um quarto parcialmente escuro e sem saída, se ouvia gritos por todos os cantos, pessoas clamavam por ajuda, uivos rodeavam o local. O quarto era totalmente fechado por paredes, uma voz muito bem conhecida e equivalentemente temida a chamava. Algo pinga em seu rosto e escorre.

–Meu amor saia dai, venha para mim.

Ela engole seco e passa a mão pelo rosto, a textura do liquido lembrava sangue, olha para a teto.

“Eu sempre te acho.” Estava escrito em sangue que pingava e escorria cada vez mais por seu rosto, seus olhos arregalados olhava desesperadamente para tudo, percebeu ao chão pequenos animais mortos nos quais seu sangue foram usados para a escrita, horrorizada ela coloca a mão na boca.

Haru tremia e se debatia, apertava fortemente a mão de Ryan fazendo-o o acordar.

Ryan acordou assustado, demorou um pouco a entender o que ocorria o sol já aparecia completamente e batia sobre a cortina iluminando brevemente o quarto. Ryan olhou para a garota sua expressão demonstrava o horror, ele apertou a mão dela e levou até seu peito, passou levemente a mão por seu rosto e disse:

–Haru, acalme-se. –O corpo dela repelia em reflexo.

–Primavera, acorde. –Ele pousou sua mão na maça do rosto dela.

Ela abriu lentamente os olhos e em seguida os arregalou, olhou desesperadamente em reconhecimento. Ela foi se levantar, mas Ryan passou a mão em sua cintura impedindo-a .

–Calma primavera, está tudo bem, você esta bem.

–Ryan? –Ela o olho e coloca a mão em cima da dele.

–Esta mais calma?

–Agora sim...

–Outro pesadelo?

–Parcialmente sim.

–Esqueça-o por agora. –ele passa os seus dedos entre os fios de cabelos castanho da jovem. –Quer dormir mais um pouco?

–Não, chega por hoje.

–Tudo bem.

–vamos descer?

–Pode ser.

Eles desceram e encontraram todos na sala Peggy veio e a abraçou, os três se sentaram na mesa e começaram a comer.

–Haru vai almoçar conosco hoje?

–Vai sim. –Ryan respondeu antes que ela pudesse se pronunciar.

–ótimo. –ela respondeu contente.

–Peggy hoje você vai ficar em casa, vou levar Haru para conhecer um lugar e já voltamos.

–Por que eu tenho que ficar? –ela fez bico.

–Por que eu preciso da minha ajudante em casa. –Sarah respondeu.

–Ok.

Eles saíram e Haru indagou:

–Ao lugar que eu mais gosto aqui, ele é bem bonito e especial, não diga nada. Apenas confie em mim e me siga...

“Por que você não olha para trás?

(Você não está respondendo, no entanto, eu chamo)

Você, pesadelo

Quando eu não posso ter você queimando

(Você é muito perigoso)

Como um punhado de areia que você mantém disperso

Por que você não está negando?

Você é muito perigoso”


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