- Srtª. Granger e Sr. Malfoy... – O silencio tomou a sala, todos pareciam curiosos. – Gostaria que parassem de trocar bilhetinhos durante a minha aula. – Todos os alunos fizeram o mesmo som de surpresa, muitos achavam que era apenas uma brincadeira do professor, já outros como Pansy Parkinson achavam uma traição. – Ah Srtª. Granger refaça a poção antes da aula acabar ou ganhará o seu primeiro F, senhorita Sabe-Tudo. – Snape virou-se e caminhou para sua mesa onde se sentou na sua cadeira e ficou a observar o loiro e a castanha se entreolharem algumas vezes.

Com um suspiro inconformado porem aliviado a castanha esvaziou seu caldeirão usando um feitiço e recomeçou a poção. Passando-se alguns minutos e assim para a gloria de todos chegou o fim da aula a castanha levantou-se com um frasco cheio de poção na qual entregou ao professor que continuava sentado.

- Toma aqui a poção, professor. – A castanha estava desanimada, naquelas circunstancias ela preferia ter ficado com o F.

Snape segurou o frasco e o abriu, observou cada detalhe da poção e com muito desgosto deu um A para a castanha que saiu com um sorriso vitorioso em seu rosto.

- Malfoy quero falar com você. – Disse seco.

Largando a mochila sobre a mesa novamente o loiro foi até o professor que estava serio, aproximou do mesmo e o encarou.

- Que historia e essa de ter beijado a Granger? – Interrogou o professor.

- Isso não e da sua conta. – Disse o loiro olhando para a janela.

- Claro que é... Você sabe muito bem que não estamos aqui para que você fique de romances por ai, e muito menos com a Granger. – Berrou Snape.

- eu sei, eu sei... – sussurrou Malfoy já impaciente.

- Sai daqui... Mais lembre-se que você pode estar colocando o plano do Lorde em perigo.– Snape estava cada vez mais serio. – Ah e mantenha-se longe da Granger, está me ouvindo?  – Disse Snape passando a mão sobre seu cabelo seboso.

Malfoy retirou-se da sala e começou a caminhar sem rumo pelo castelo. “Se o Snape pensa que vou fazer o que ele quer, está muito enganado. Eu quero ver o Potter sofrer e a Granger ser minha, e alem do mais eu nunca colocaria o plano do Voldemort em jogo.” – Draco estava realmente decidido em acabar com a vida e alegria do moreno.  

  Passaram-se alguns dias, mais precisamente quatro dias e finalmente o moreno iria sair da Ala Hospitalar, a maioria de seus amigos estavam lá, era praticamente um mar estampado com as cores vermelho e dourado, mais bem no meio daquele mar de grifinórios tinha uma corvina segurando uma grande placa escrita: Sentimos Saudades, Harry. A corvina sorria para seu amigo, ela era a pessoa mais fácil de achar, além da enorme placa seus cabelos e seu brincos de rabanete chamavam bastante atenção.

- Harry... – Berrou Luna acenando e mostrando o seu cartaz.

- Oi Luna, como vai? – Perguntou o moreno indo até ela.

- Bem e você? – A voz da luna era tão doce que achegava a acalmar o moreno que a abraçou.

- Bem melhor, se assim posso dizer. – O moreno começou a caminhar para fora da Ala hospitalar com um pouco de dificuldade,que logo foi ajudado pela castanha que o segurava para lhe dar apoio.– Obrigado. – Sussurrou o moreno para a castanha que lhe deu um beijo no rosto.

Um vão entre os alunos foi aberto para o moreno pudesse passar, um gritinho feminino foi ouvido e esse gritinho era de quem Hermione não gostaria de ver. Kamyle era apenas mais uma na multidão de grifinórios, mesmo apressando-se nunca ia chegar perto de quem tanto Kamyle queria, pois um pedido que era praticamente uma ordem foi dada a Dino e Simas na qual estavam encarregados de impedir que Kamyle se aproxime de qualquer jeito do moreno. Cochichos, risos juntamente com o barulho de passos de todos os que acompanhavam Harry ecoavam pelo grande corredor, mais um som foi facilmente reconhecido por todos... O som do sapato da Minerva ecoava mais alto que de todos os alunos ali presentes (e olha que são muitos), a diretora foi até o moreno que conversava vigorosamente com a loira.

- Estou vendo que está melhor Potter. – Disse Minerva sorrindo para o moreno.

- E... Ainda bem. – O moreno realmente se sentia melhor e era isso que o deixava mais feliz.

- Srtª. Granger eu quero falar com você. – Minerva mantinha o sorriso em seu rosto serio.

- Ok... – A castanha estava com medo do que poderia ser. – Neville ajuda o Harry, por favor? – Neville apenas ascendeu e foi até o amigo para lhe ajudar.

A castanha ficou ao lado da Minerva vendo todos passar e irem na direção do Salão Comunal da Grifinória.

- O que a senhora quer falar comigo? – Perguntou um pouco tremula.

- Bom, eu quero que você seja a nova monitora da Grifinória. – Anunciou ajeitando a suas vestes.

- Eu ficaria muito honrada... – A castanha foi logo interrompida pela diretora que com um simples aceno conjurou o distintivo no peito da castanha.

- Espero que consiga manter os Grifinórios em ordem, principalmente o Potter. – Disse Minerva que se retirou em seguia.

A castanha deu uma ultima olhada para trás e sem pensar duas vezes saiu correndo o mais depressa que podia para contar a novidade para o moreno, assim passando como um foguete pelo corredor logo foi barrada pelo Malfoy que a segurou pelo braço com toda a força.

- Quer levar uma detenção, Granger? – Perguntou o loiro.

- Tenha mais respeito comigo... – Disse a castanha balançando o seu braço a fim de se soltar.

- Você e que deve ter mais respeito comigo... – O loiro a segurou com mais força para que ela não pudesse fugir.

- Porque eu teria mais respeito por você? – Perguntou a castanha sem entender nada.

- Porque eu sou o Monitor da Sonserina... – Malfoy foi interrompido pela gargalhada de deboche que a castanha soltou.

- Você está de gozação com a minha cara, néh? – Perguntou ainda rindo.

- Porque eu estaria? – Perguntou sem entender nada.

- Ah não... – Resmungou a castanha.

- O que foi Granger, fale logo. – O loiro soltou imediatamente à castanha.

- Ok, eu não acredito nisso... Mais tudo bem... – Hermione colocou uma de suas mãos na testa e logo em seguia a abaixou novamente. – Eu sou a Monitora da Grifinória. – Completou seca.

A risada do Malfoy ecoou pelo corredor e penetrou a mente da mesma assim ecoando varias vezes.

- Não pode ser... – Sussurrou o loiro que ficou serio no mesmo instante.

- Mais e verdade, então... Eu não acredito que vou falar isso... – A castanha parou um pouco. – Vamos ter que nós respeitar. – Completou afrouxando um pouco sua gravata.