O Natal escrita por Angela Borges


Capítulo 18
Bilhete na hora errada.




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Enquanto caminhava pelos longos corredores de Hogwarts, Hermione só conseguia pensar em uma coisa: No beijo que Malfoy lhe dera. As frases do loiro ecoavam em sua mente, o cheiro do seu perfume não saia de sua cabeça juntamente com a cena se repetia inúmeras vezes, uma parte dela queria chorar, outra parte tomar alguma providencia e outra esquecer isso tudo e tentar recomeçar, mais a mesma não sabia qual dessas opções seguir, qual estaria certa, qual seria uma péssima idéia ou a que fosse melhor para ela e para o Potter. Tudo estava tão confuso na mente da sabe-tudo, ela não poderia fugir a vida inteira do Malfoy e nem do Potter, estava na hora de pensar em algo antes que isso se tornasse pior. E no subsolo mais precisamente nas masmorras tinha um loiro deitado todo despojado em um sofá luxuoso no Salão Comunal da Sonserina, ainda sem camisa o loiro pensava somente na castanha, o mesmo sentia um prazer enorme de passar a língua sobre seus lábios e sentir o gosto doce dos lábios dela, de poder receber sua camisa novamente e sentir o cheiro do perfume que ela usa e de poder saber que um dia ela será sua, Pansy se aproximou do loiro lá deitado e abraçou sua nuca, assim beijando cada centímetro do rosto do menino.

- Me solta Pansy. – O loiro só conseguia pensar na Hermione.

- Mais Draquinho... – A menina logo foi interrompida.

- Mais nada, vê se me deixa em paz. – A mesma retirou-se um pouco desconfiada com o loiro, nunca tinha o visto assim tão bravo.

Varias horas foram se passando e assim chegou à hora de ir para a aula de poções, para o horror da castanha essa aula era com a Sonserina, suas pernas ficavam mais tremulas só de ter que pensar em rever o Malfoy mais não poderia fazer nada, teria apenas que agüentá-lo. E assim caminhando pelas frias e úmida masmorra Hermione tentava espairecer enquanto vagava em direção a sala de aula, particularmente fedorenta e com a desprezível presença do narigudo do Snape.  Assim adentrando a sala pela grande porta de madeira a castanha em seus pensamentos só desejava que o loiro não fosse e que conseguisse prestar a atenção por mais que fosse chata na aula, procurou o lugar mais longe o possível da civilização, sentou-se em uma cadeira perto da porta, alguém entrou logo em seguida, adivinhe quem é? Essa e a resposta mais obvia do mundo: Draco Malfoy.  O mesmo que adentrava carregando sua mochila com uma das mãos e a outra ajeitando a gola de sua camisa, os olhos azuis do loiro estavam fixos na castanha que estava sentada perto da porta, mais com um aceno e pequenos gritinhos espalhafatoso de Pansy Parkinson fizeram o cursor dos olhos do loiro virarem-se para a morena que só faltava piscar para informar que ele devia sentar-se ao seu lado.

- Essa Pansy Parkinson me dá nojo.  – Sussurrou a castanha que estava começando a ficar enjoada só de ter que observar a grotesca da Pansy.

E assim foi feito, o loiro sentou-se ao lado da desprezível Pansy Parkinson. Com um estrondo a sala toda se apavorou alguém vestido com uma roupa preta bem longa e com um cabelo negro tomou a frente da classe, em sua face como sempre não havia um sorriso acolhedor, só havia sua fria expressão seria.

- Vamos começar com a poção estimulante. – Snape estava mais frio que o costume, dava perceber que sua expressão era vaga e que encarava cada aluno como se fosse a ultima vez.

Se você pensar bem verá que Poções e uma das aulas mais cansativas e chatas, por exemplo: Se adicionar demais o tal ingrediente terá que recomeçar a poção toda de novo, sem contar que algumas poções pedem que você a mexa por muito tempo assim te deixando dolorido e cansado de esperar que a poção fique pronta. Esta vendo como ela e chata e cansativa? Talvez fosse menos chata se tivesse um professor não tão exigente como Snape que observa todas as poções e se não estiver no seu agrado ou ele manda você refazer ou te da um zero. Hermione não estava gostando nada de fazer poções, ela tinha coisas mais importantes para fazer do que preparar poções que não lhe serviram de nada.

“ai que droga, inferno... pelas barbas de Merlin hoje e a primeira vez que não suporto fazer uma poção, e para piorar o Malfoy fica olhando direto para cá. Espero que ele esteja olhando outra menina, pois depois daquele beijo não sei o que aconteceu comigo...” – A castanha mexia sua poção que de esverdeada agora já estava arroxeada. Um papel em forma de uma fênix começou a rodear a castanha que continua a mexer a sua poção, a pequena fênix pousou suavemente na borda do caldeirão e dava pequenas picadas na mão com freqüência. A castanha estendeu sua mão bem perto do caldeirão e assim a ave com um voou rasante pousou sobre a mão da menina, assim perdendo a vida e virando somente um pedaço de papel, mesmo intrigada com aquilo a castanha abriu o papel assim vendo uma frase escrita com uma bela letra:

D.M: Porque fugiu de mim?

A castanha em um movimento rápido e surpreso direcionou seus olhos para o loiro que não a olhava, mais que mordia seu lábio assim demonstrando um nervosismo interno. Hermione pegou sua pena e escreveu algo naquele mesmo papel, logo em seguia pegou sua varinha sorrateiramente para que Snape não visse, e sussurrou um feitiço que transformou o pequeno papel em um belo leão formoso e o enviou para a mesa do Malfoy. O pequeno leão começou a subir pelo braço do rapaz que apenas sorria logo que o felino chegou a sua nuca deu um rosnado perto de sua orelha e antes mesmo que o loiro o pegasse virou somente papel.

H.G: Eu não fugi de você. 

O loiro riu gostosamente das palavras que a castanha escreverá naquele papel.

D.M: Tsc... tsc... Devia escrever a verdade.

H.G: Aff...

D.M: Estou falando serio, Granger.

H.G: Ok sua doninha grotesca. Sim eu fugi ta feliz?

D.M: Não estou feliz... Porque fugiu?

H.G: Você faz perguntas demais sabia?

D.M: Sim eu sei, mais me responda.

H.G: Eu fugi porque te odeio.

D.M: Mentira, você fugiu porque gostou do meu beijo.

A castanha paralisou por alguns instantes, nem ela mesma sabia o que sentiu quando ele a beijou. Em um movimento rápido escreveu alguns insultos para o loiro e enviou o papel, mais o que ela não percebeu foi que Snape estava passando naquele exato momento assim interceptando o pequeno pedaço do papel. Os olhos negros do professor estavam fixos na castanha que agora tremia e suava frio, foi abrindo o papel lentamente ainda com os olhos sobre a garota. Desviou o olhar da mesma e direcionou a pequeno papel onde leu toda a conversa, a encarou com repulsa e desviou seu olhar para o loiro, novamente desviou seu olhar só que dessa vez foi para o papel no qual dobrou e guardou dentro de suas vestes negras. Aproximou-se da castanha colocando suas mãos brancas e longas sobre a mesa, olhou para todos os alunos.


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