O Natal escrita por Angela Borges


Capítulo 10
Uma viagem Turbulenta: 1/2


Notas iniciais do capítulo

Parte: 1



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- Meninas me esperem aqui.

 Adentrou a cabine e a fechou, virou-se novamente ao cinco amigos e ficou os encarando com o sorriso maldoso naquela face pálida.

- Olha quem avisto por aqui, os traidores do sangue... – O loiro virou-se aos ruivos com um olhar de desprezo. – A sangue-ruim, o Santo-Potter e a maluca. – O loiro completou virando-se para o Harry, Hermione e Luna.

- Malfoy não enche, vai procurar a sua turma de Maria vai com as outras. – A castanha já estava de saco cheio daquele comportamento infantil e ridículo do loiro que ainda se mantinha na cabine.

- Parece que os sangue-ruins estão muito temperamentais esse ano. – Disse o loiro soltando uma risada debochada.

A pele branca da castanha ficou avermelhada, fechou o pulso em sinal de que ia acertar novamente a cara de fuinha daquele loiro, só que dessa vez ele não ia sair correndo depois. Levantou-se, respirou fundo e deu um berro:

- FORA DAQUI SEU LOIRO AGUADO, TOMARA QUE VOCÊ TERMINE POBRE E QUE SE APAIXONE POR UMA NASCIDA TROUXA, E TENHA UM FILHO COM ELA. SÓ DESSA FORMA VOCÊ APRENDERÁ A DAR VALOR A TODOS, SEU NOJENTO E IRRITANTE. – A castanha ainda mantinha os pulso fechados e sua pelo ficava cada vez mais avermelhada, seu olhos expressavam raiva e desprezo por aquele loiro.

O loiro estava sem reação, não sabia o que responder. Aquele sorriso maldoso que há segundos triunfava naquela face pálida não tinha mais sinal. Daquele sorriso nada sobrou, o loiro tinha uma expressão de medo.

- Sua... – O loiro não sabia o que responder e não poderia ser tão covarde se resolvesse bater nela. Só havia uma solução, sair e fingir que nada tivesse acontecido.

O loiro saiu da cabine e voltou para as meninas que ainda o esperavam do lado de fora e começaram a caminhar em direção a uma cabine vazia. O jovem loiro repugnante não achava de jeito nenhum uma cabine vazia, mais avistou uma na qual só tinha uma aluna do primeiro ano, adentrou a tal cabine sem aquelas menina, sentou-se na frente da pequena menina que lá estava sentada.

- Olá... – Falou o loiro usando o seu charme.

- Olá. – Respondeu a menina que tinha longos cabelos negros em uma voz fina e tremula.

- Está chorando? – Interrogou o loiro.

- Não. – Respondeu passando uma de suas mãos sobre o rosto. A menina era pequena tinha aproximadamente 11 ou 12 anos, tinha longos cabelos negros encaracolados que na qual havia uma fita cor de rosa.

- Se não está, porque seu rosto está molhado? – O loiro queria se livrar logo da menina para tomar conta da cabine mais um sentimento que até ele mesmo desconhecia brotou em si. Carinho? Não e possível, o coração de Draco Malfoy e mais duro que um pedregulho.

Nada respondeu, o loiro passou uma de suas mãos pelos cabelos sedosos da menina e acariciou o rosto da mesma, sua pele era branca e as bochechas bem rosadas, era magra e parecia frágil.

- Qual seu nome? – Perguntou o loiro a encarando.

- Elizabeth... Elizabeth Fontaine Le Blanc. – Respondeu a menina muito corada.

- Draco Malfoy. – Apresentou-se o loiro de forma muito gentil. – Ainda não me respondeu por que choras. – Completou o loiro mesmo tendo pena da menina ele queria se livrar dela, pois queria ficar com as outras meninas.

- Sinto saudades de casa, só isso. – Respondeu Elizabeth arrumando o cabelo.

Eu tenho que me livrar dela o mais rápido possível, o que será que eu posso fazer para tirá-la dessa cabine... Hum. Já sei... – O loiro tivera uma grande idéia, levantou-se e segurou uma das mãos de Elizabeth, e a levantou.

- vou te apresentar a algumas pessoas. – falou o loiro com um sorriso falso no rosto. – Você e de que ano?

- Sou do primeiro. – Disse a menina pegando o seu ursinho cor de rosa.

É assim o loiro levou a pequena menina para uma cabine de crianças do primeiro ano, a apresentou formalmente a todos e antes de sair sussurrou no ouvido da menina.

- Tomara que você vá para Sonserina.

A pequena menina sorriu para o loiro que agora saia da cabine. 

- Uffa, finalmente. – Exclamou o loiro assim que fechou a porta da cabine.

É na outra cabine a castanha ainda se mantinha em pé e com os pulsos fechados, sua pelo ainda estava avermelhada e ela resmungava muito alto.

- Hermione, senta e vê se fica calma. – Alertou o moreno preocupado.

- Tem um nargulés em seu ombro, Hermione. – Disse Luna completamente seria.

- Nargu... O que? – A castanha virou seu rosto para a loira que estava seria. – Deixa pra lá. – Completou se sentando e passando as mãos no rosto.

- Se acalma. – Sussurrou o moreno no pé da orelha da castanha.

- EU TO CALMA, QUEM DISSE PRA VOCÊ QUE EU ESTOU NERVOSA? HEIN? – A castanha berrava, ela tinha que extravasar a sua raiva de algum modo e esse modo era gritando.

- Você está gritando. – Informou o moreno.

- Ah, desculpa. O idiota do Malfoy me dá nos nervos. – A castanha encostou sua cabeça no ombro do moreno que também encostou-se na cabeça da castanha.

Passando-se muitas horas sem nenhum deles conversarem, os dois ruivos cochilavam intensamente nos bancos macios do expresso, a castanha e o moreno também tirava um cochilo. Somente Luna consegue sobreviver ao tédio, mais claro... Fazia horas que brincava com os nargulés. O som da porta da cabine chegou a arrepiar a loira que brincava alegremente com os nargulés, virou-se imediatamente para olhar e viu que era Neville parado na porta já usando o uniforme.

- Olá Luna. – Disse Neville meio pálido.

- Olá... – Respondeu Luna sorridente e cantarolando.

- Avisa a eles que já está na hora de vestir o uniforme. – Informou Neville saindo logo em seguida.

A loira pegou uma pena do bolso lateral de sua calça e foi até os ruivos, passou levemente pelo rosto da ruiva que acordou assustada, Luna fez em todos que cochilavam naquela cabine e assim todos trocaram de roupa e voltaram a se acomodar novamente na cabine. Já estava de noite, bela janela do vagão era possível ver a grande neblina que rodeava o grande castelo do Hogwarts, era intensa e gélida. Um apito ecoou em todos os vagões, era o aviso que já estávamos parando, um tranco jogou todos para frente e um fino apito foi acionado e a fumaça tomou conta do local. Todos pegaram seus malões e começaram a sair o moreno, os ruivos e a loira saíram rapidamente para falar com Hagrid que esperava por todos do lado de fora. Um barulho ecoou na cabine, outra respiração era ouvida e um calafrio correu pelo corpo da castanha que se virou lentamente, deu de cara com Pansy que encarava a castanha com a varinha apontada para a mesma.

- Porque gritou com o Draquinho? – Pansy estava seria e seus olhos estavam expressando raiva e desgosto.

A castanha ignorou a pergunta da morena e voltou à atenção ao seu malão, a castanha o colocou no chão bem de vagar e começou a andar em direção a porta da cabine. A morena agarrou o braço da castanha com força e a puxou de volta.

- RESPONDA SANGUE-RUIM. – Berrou a morena com a varinha no rosto da castanha.

A castanha em um movimento rápido puxou sua varinha e apontou para a morena, a castanha estava com muita raiva, ela odiava ser chamada de sangue-ruim.

- RESPONDA! – Berrou novamente a morena.

- Pansy... – Começou a castanha completamente calma. – Ferre-se... – A castanha soltou seu malão e acertou em cheio um tapa no rosto da morena que caiu sobre o banco. A castanha segurou novamente seu pertence e começou a sair da cabine, mais a morena levantou-se berrou:

- Estupefaça.


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