– Eu nunca fui um bom pai para eles, eu não sabia como agir. E depois da separação ficou ainda pior. Nunca fui a reuniões do colégio ou para jogos, sempre dava uma desculpa para não ir. – Suspirei me sentindo um idiota. – E isso vem de bem antes, quando a Bella anunciou que estava gravida de Tony, eu entrei em desespero. Não me sentia pronto para ser pai, e nisso eu invejava a Bella, ela sempre agiu como se tivesse nascido para a maternidade.

– Mas a mulher realmente tem essa vantagem.

– Eu sei, mas eu não amadureci como deveria. A Bella me ajudou bastante,eu até me acostumei e consegui levar. Aí veio a Renesmee, era um lindo bebê, chorava dia e noite. E aquele historia de que eu tinha me acostumado desabou por completo, me sentia sufocado e evitava o máximo ficar em casa. Emmett sempre ia me buscar aonde eu estivesse e me dava sermões. – Parei um pouco para respirar. - E então como era esperado, a Bella quis a separação, ela já trabalhava na Volture Robotic era uma das cientistas que trabalhavam na criação dos robôs . Inicialmente eu nem me importei, era o que eu também queria. Mas no dia que ela fez as malas e levou as crianças... Eu olhei ao redor e me senti vazio. Depois desse dia vivo me lamuriando e me odiando. – Terminei fitando o chão, senti mãos tocar as minhas e levantei a cabeça para encara-la.

– Imagino que tenha sido difícil, mas você agora você está tentando se aproximar deles. E eles te amam e te perdoaram. Só não os decepcionem mais. – Ela deu um suspiro e completou. – Já em relação a sua mulher, eu não sei o que falar.

– Ela já está noiva, não tem o que falar! – Suspirei e forcei um sorriso. – Tony não queria passar o final de semana comigo. No começo do mês Bella falou que ele tinha um campeonato de natação. – Suspirei lembrando do dia, eu até pensei em ir. - Estava pronto para sair, mas depois de tudo que aconteceu, eu não me senti no direito. Depois Bella me ligou e disse que ele que tinha pedido para me chamar, que se fosse por ela eles nem lembrariam da minha existência. Enfim eu sou um idiota, depois que Bella me avisou que eles ficariam comigo nesse final de semana, senti que era a chance que eu precisava para me aproximar deles. Tony estava magoado comigo, claro que com toda razão. Eu sempre soube que não seria um bom pai!

– Acho que você se subestima muito, até onde eu vi você está se saindo muito bem. – Levantou e me estendeu a mão. – Pode contar comigo para o que precisar.

– Vamos ajuda-los. – Segurei sua mão e fomos até Rose que me olhou com uma sobrancelha arqueada, ignorei e segui na direção dos homens que preparavam a fogueira. Fiquei os ajudando durante um tempo até tudo ficar pronto, ganhei uma barraca pra dormir com os meus filhos, mas iria deixar para Tânia dormir com eles, eu dormiria no lado de fora. Fiquei curioso sobre o passado da Tânia, depois do jantar perguntarei sobre ela.

– A fogueira está pronta. – Falei quando cheguei perto de onde estava a Rose, Tânia e as crianças. – Ganhei até uma barraca.

– Pai, não podemos ficar aqui. Temos que ir até a mamãe. – Nessie se aproximou me olhando.

– Iremos ficar até que minha perna esteja melhor, não quero ficar mancando enquanto robôs tentam me matar. – Nessei assentiu e me abraçou. – Ah, Tânia você vai dormir com as crianças na barraca.

– O quê? Claro que não!

– É Edward, você vai dormir aonde? – Rose me olhou com um sorriso malicioso. – Tenho uma ideia melhor, as crianças dormem comigo e você com a Tânia. – Olhei para Rose irritado e virei para Tânia que me lançou um envergonhado.

– Eu posso dormir aqui fora, não tem... – Comecei, mas Tânia me interrompeu.

– Não, não. Eu não irei tirar você da sua barraca...

– Calem a boca, tem espaço o suficiente para os dois. – Rose falou interrompendo a Tânia. – Agora vamos comer.

Saímos em direção a o caminhão pegar o enlatado, e depois fomos para perto da fogueira. Já tinha algumas pessoas, sentei perto de um casal estranho. O homem tinha o cabelo comprido e a mulher tinha o cabelo curto.

– Oi, sou Jacob Black e essa é minha noiva Leah Clearwater . – O homem me cumprimentou.

– Oi, sou Edward. Esses são os meus filhos Renesmee e Anthony. – Eles cumprimentaram o casal e sentou do meu lado esquerdo, já que o casal estava do meu lado direito. – Essa é Tânia Denali uma amiga. – Ela cumprimentou o casal e sentou perto da Rose que estava sentado ao lado das crianças.

– Boa noite. – Saudou Harry chegando perto da fogueira. Todos nós respondemos, ele sentou e começou a falar enquanto nós comíamos. – Como sempre nossa fogueira vai ser rápida, não queremos ser descobertos. – Respirou fundo e prosseguiu. - Nosso grupo é de sobreviventes e guerreiros, que vai acabar com a praga que a Volture criou. Iremos lutar contra eles, eles podem ser fortes e difíceis de matar, mas não são invencíveis. Temos armas e coragem, nada nós falta. – Os que estavam presente gritaram em apoio, menos eu, Tânia e as crianças. Até a Rose gritou, olhei para ela com um olhar questionador e ela deu de ombros. – Criaremos um exército contra eles e iremos destruí-los...

Olhei para ele assustado. Eles são loucos? Criar um ''exército'' para destruir os robôs? Deus onde eu me meti?

Iremos salvar a humanidade, somos a esperança. – Completou com um sorriso, um cara em uma cadeira de roda se aproximou dele, ele tinha um manto nas pernas. Quando ele tirou o manto tinha varias armas, de vários tipos em baixo.

– Deus do céu. São todos loucos! – Tânia sussurrou com espanto.

– Rose, que porra é essa? – Olhei para ela assustado.

– Eles... Quer dizer NÓS. Acreditamos que podemos tirar o mundo da mão desses malditos robôs.

– Vocês irão morrer! – Nossa até a Nessie é mais sensata que eles.

– Não sei por que todo esse exagero. É uma força extra para o exército. – Não acredito que o Anthony estava mesmo concordando com isso.

– Isso é loucura. Exercito é uma coisa, pessoas despreparadas e armadas é outra completamente diferente. – Tânia explicou olhando ao redor.

– Exatamente. Eles nem tem treinamento militar, só sabem atirar. Isso é suicídio. – Concordei horrorizado. Rose deu de ombros e olhou para o Harry que estava olhando as armas.

– Pai, quando iremos embora? – Nessie me olhou com medo.

– Amanhã mesmo. – Olhei ao redor e vi que a maioria tinham armas, o cadeirante saiu distribuindo as armas, quando chegou perto da Rose ela o cumprimentou.

– Billy, como vai? – Falou e pegou uma arma.

– Olá, querida Rose. Estou bem e você? – Deu um sorriso doce, nem parecia que estava distribuindo armas.

– Estou levando.

– Acho que você vai gostar dessa. – E ficaram conversando como se fosse um assunto normal e simples. Olhei para Tânia que observava tudo assustada. Levantei e puxei as crianças.

– Vai ficar aqui Tânia?

– Não, eu vou com você. – Quando eu iria sair com eles, o tal Billy me encarou.

– Já vai rapaz? Nem pegou as armas ainda.

– Desculpe Billy, mas eu não pretendo ficar aqui. Irei embora amanhã mesmo.

– Edward, sua perna ainda não está boa. – Rose me olhou incrédula.

– Não importa.

– Não vai participar? – Billy se aproximou mais.

– Não, tenho filhos. Não posso colocar a vida deles em risco assim.

– E pretende sair sozinho na estrada. – Me encarou como se fosse o dono da verdade.

– Não irei confrontá-los, me esconderei se preciso. – O encarei com firmeza. – Não entrarei no caminho deles!

– Você acha isso certo? Se esconder como um rato, enquanto eles ficam nós cassando?

– Eu só quero os meus filhos vivos, se isso significa me esconder igual um rato. É o que eu irei fazer!