Fragmentada escrita por A Shy Girl


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltouuuuu! Eu sei, demorei. Essa semana tive muitas idéias quanto a Fragmentada, e estou muito animada com elas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/636631/chapter/3

Faziam uma semana sem minha mãe. E o vazio dentro de mim era maior que o mundo. Valerie veio aqui todos os dias, preocupada com meu bem-estar. Além do xerife, que está empenhado em encontrar minha mãe.
Agora estou aqui, sentada no sofá brincando com um pote de Nutella, assistindo um filme qualquer. Estava tão cansada e entediada que nem prestava atenção. Quando a buzina de minha casa tocou, imaginei que fosse o carteiro, pois Valerie e o xerife vieram aqui pela manhã. Corri para a porta, e quando a abri, não havia ninguém. Provavelmente foi alguma criança travessa. Mas, quando olhei para baixo, vi uma caixa mediana, com um laço vermelho no topo. Não entendi muito bem o que quis dizer. Hesitante, peguei a caixa ainda olhando para os lados. Desliguei a televisão e abri a caixa.
A primeira coisa que vi foi um bilhete. O assassino não me mandava mais bilhetinhos desde que raptou mamãe. Abri o bilhete, ansiosa.
“Mais uma pista para você. Seja inteligente, Liz. Sua “mãe” precisa de você”
Olhei para o conteúdo da caixa, e percebi que haviam vários recortes de jornal e fotos o espalhadas. Peguei o primeiro artigo.
Mulher morre, depois de trote de estudantes.
Uma mulher morreu, após trote de estudantes. Eleanor Carter, se assustou com alguns estudantes, que se fantasiaram e a atacaram no Castelo de Halloween, durante a festa desse ano. Eleanor, foi atacada por um grupo de cinco estudantes, que acharam divertido brincar com um espelho, localizado no salão principal do castelo. Eles usaram o espelho, para atrair Eleanor e assustá-la. Porém, o espelho não aguentou com o peso dos cincos, e acabou caindo em cima de Eleanor. Como o espelho era muito grande, ela acabou falecendo na hora. As autoridades já estão investigando o caso.

Na caixa, haviam fotos da festa, e ainda tinham fotos do corpo de Eleanor. Era horrível. Também tinham fotos do espelho, que caiu sobre ela. Ele era enorme! Ainda na caixa, havia um colar com as escritas.

Eternamente sua. E. C

Peguei outro artigo. Dessa vez, não era sobre a morte da tal Eleanor Carter. Era sobre uma menina. A filha de Eleanor.

Filha de Eleanor Carter, some misteriosamente.
Alice Louise Carter, desapareceu na manhã desse sábado. Seu avó, nos contou um pouco sobre seu desparecimento.
“Alice estava brincando com sua prima mais velha. Porém, na hora que ela se abaixou para pegar um brinquedo, algo pesado atingiu sua cabeça. Depois, ela acordou no hospital e Alice já havia sumido”
Questionado sobre o pai de Alice, o avó respondeu:
“O pai a abandonou quando Eleanor morreu. Não sei onde ele está, se está ligado a o sumiço de minha menina. Já perdi minha Eleanor, não posso perder minha Alice também.”

Olhei a datação do artigo. Era de 20 anos atrás! Eleanor morreu a 16 anos atrás, com 24 anos. Alice desapareceu com 2 anos. Como isso podia me ajudar? Como encontraria mamãe com isso? Como?
– Elizabeth? - Ouvi uma voz atrás de mim.
Pulei do sofá, fazendo a caixa cair no chão. Valerie estava com uma sacola nas mãos, os cabelos presos em um coque.
– Valerie! Você quase me matou de susto! – Eu falei, com a voz trêmula.
Ela olhou para mim, com o cenho franzido.
– Desculpe. Vim apenas traze-lhe algumas compras.
Assenti, nervosa. Chutei a caixa para debaixo da mesa de centro da sala.
– Muito obrigada, Valerie. Podemos ir para a cozinha? Te passo um café.
Valerie me olhava de um jeito estranho, mas foi para a cozinha assim mesmo. Eu sei que devia contar a ela, sobre os bilhetes e a caixa. Mas, eu tenho certeza que se contasse, a colocaria em perigo.
– Valerie... Você já foi no castelo de Halloween? – Perguntei. Quem sabe ela não conhece a história de Eleanor.
– Oh, sim. Já fui muito lá. Principalmente para ver a encenação sobre a morte de Eleanor Carter.
Engasguei com o café que tomava.
– Tem uma encenação sobre a morte de Eleanor Carter? Dessa eu não sabia.
Valerie assentiu, dando uma garfada generosa em seu bolinho.
– Sim. É incrível! Mas, por que esse interesse todo no Castelo de Halloween?
– Nada. – Menti. – Apenas curiosidade. Você sabe como eu sou.
Valerie riu e olhou para seu relógio. Depois, correu para a janela.
– Oh, não! Vai cair uma tempestade.
Peguei os pratos vazios da mesa, e joguei na pia.
– Se quiser dormir aqui, fique à vontade, Valerie.
Ela sorriu para mim.
– Tudo bem, então.
Passamos a tarde conversando. Valerie me contou mais sobre a amizade dela e de minha mãe. Ela disse que eu era muito levada, e deixava mamãe de cabelos em pé. Rimos das histórias que ela contou. A tarde passou rápido, e quando a noite chegou a chuva caiu forte. Eu e Valerie levamos cobertores para a sala, e ligamos a TV em um filme de comédia. Obvio que eu escondi a caixa em meu quarto, e Valerie não desconfiou de nada.
Quando deu mais ou menos 21: 15, Valerie pegou no sono no sofá, e eu comecei a desligar tudo. De repente, batidas fortes na porta me assustaram, e acordaram Valerie. A chuva caía ainda mais forte, com direito a raios e trovoadas.
Valerie correu para o meu lado, e me abraçou. As batidas continuaram.
– Só pode ser o assassino. – Valerie sussurrou. – Temos que nos esconder.
Eu comecei a me aproximar da porta, deixando Valerie desesperada.
– O que está fazendo, Liz! Saia daí imediatamente!
Coloquei o dedo na boca fazendo ”Shiuuu“. Valerie colocou a mão na cabeça. Coloquei o olho no olho mágico e vi a pessoa que batia à minha porta. Era um rapaz, com jaqueta de couro, todo molhado. Ele olhava para os lados, como se procurasse a porta. Coloquei a mão na chave, e Valerie começou surtou. Ela não queria que eu abrisse a porta. Girei a chave rapidamente, fazendo o rapaz olhar para mim.
Seus olhos azuis me encararam, ele parecia querer ter certeza.
– Elizabeth Hill?
Assenti e ele estendeu para mim um bilhete, e uma foto.
– Meu nome é Daniel Fretcher. Meu pai desapareceu, e isso estava junto com os cacos de vidro, no quarto dele.
Peguei a foto, e vi que era eu. Eu sorria. Lembro-me exatamente daquele dia. Mamãe queria tirar a foto, pois foi nosso último dia de férias. No bilhete, estava escrito.

“Procure por Elizabeth Hill. Casa 23, no vilarejo de Saint.John. Rua Village”

Olhei para o rosto de Daniel. Ele me olhava desconfiado. Meu Deus, o que está acontecendo com minha vida?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quero muito saber. Estão gostando??? Beijos, prometo que vou postar logo aqui. Provavelmente próximo final de semana.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fragmentada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.