Fragmentada escrita por A Shy Girl


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo de Fragmentada. Comentem



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O frio invadiu a sala. Corri para fechar as janelas, enquanto minha mãe servia um café para o xerife:
-Obrigado, Senhora Hill.- Ele pegou uma xícara de café, fervendo.
O xerife é apaixonado por minha mãe, desde de que chegou aqui. Sempre que ele pode, ele vem vê-la. Eu não sentia ciúme, mas não sei se ele era a pessoa certa para ela.
Eu encarei o xerife:
-Então, xerife o que dizia?- Sorri.
Ele limpou a garganta e colocou a xícara em cima da mesa:
-Mais uma pessoa desapareceu. A polícia não sabe mais o que fazer.
Franzi o cenho. Eu já tinha ouvido falar em, pelo menos, quinze desaparecimentos em uma semana:
-Vocês não tem idéia de onde essas pessoas estão?- Eu perguntei.
-Oh, não. A única pista que nós temos, são fragmentos de vidro.
-Fragmentos de vidro?- Eu perguntei, curiosa.
-Sim. E, particularmente, eu não faço idéia do que quer dizer.
Eu comecei a ficar pensativa. Por quê alguém sumiria e deixaria fragmentos de vidro para trás? Isso é muito, muito estranho.
Mamãe pigarreou e sorriu:
-Bom, Elizabeth querida, pegue aqueles muffins na cozinha,:por favor.
Assenti e levantei. Mamãe queria ficar sozinha com o xerife. Agora eu tenho certeza que ela gostava dele.
Entrei na cozinha e logo vi a assadeira cheia de muffins. "De chocolate, minha mãe acertou em cheio", pensei.
Coloquei alguns muffins em um prato, para levar para a sala. De repente eu vi algo na janela. Parecia uma carta.
Me aproximei e peguei a carta. Estava escrito o seguinte:
Querida Elizabeth,
Espero realmente que essa carta não fragmente seu lindo e puro coraçãozinho. Eu escrevi para te dizer que eu ainda não desisti. Você deve estar se perguntando quem escreveu esta carta. Volte um pouco no tempo, e, você descobrirá quem foi. Eu quero vingança, Elizabeth. E eu não pararei até eu conseguir.
Beijos, de uma pessoa que admira muito.
Larguei o prato em cima da mesa. Tremi. Não sei quem escreveu esta carta, só sei que me deu medo.
Volte ao passado? Eu nunca namorei, não tive inimigas. Quem poderia ser?
Respirei fundo, coloquei a carta no bolso, peguei o prato de muffins e fui para a sala.
Cheguei lá, minha mãe e o xerife, conversavam e riam. Sorri para os dois:
-Aqui estão os muffins, mãe.
-Ah, obrigada am... Querida você está tremendo.
Olhei para as minhas mãos e elas tremiam. O xerife me encarou:
-O que houve, senhorita Hill?
-Nada xerife.- Menti.- É... Eu... Me assustei com o barulho do vento.
Essa época do ano, ventava muito aqui, e o vento fazia um barulho assustador nas janelas das casas.
Ele me encarou e ergueu as sobrancelhas:
-Tem certeza, senhorita?
-Absoluta.- Sorri forçadamente.
Ele me fitou, desconfiado, mas não perguntou mais nada.
Ele pegou um dos deliciosos muffins e mordeu:
-Está delicioso, senhora Hill.
Vi os olhos de mamãe brilharem e suas bochechas assumirem um tom vermelho:
-O senhor gostou?
-Claro. A senhora tem mãos de fadas.
O rosto de minha mãe ficou ainda mais vermelho e ela abaixou a cabeça:
-O-Obrigada.- Ela gaguejou.
Eu revirei os olhos. Era muito estranho vê sua mãe sendo paquerada na sua frente.
Pigarreie, chamando a atenção dos dois:
-Bom... Então xerife, se tiver alguma pista ou precisar de algo pode falar com nós.
Ele fez uma careta, mas depois concordou:
-Falarei, senhorita. Não se preocupe. Mas, agora eu preciso ir.
Vi o rosto de minha mãe assumir uma expressão decepcionada:
-Mas, já?- Ela segurou a saia rosa de seu vestido.
O xerife acariciou seus cabelos negros:
-Tenho que ir, senhora Hill. Mas, prometo que amanhã venho aqui.
-Oh, então eu lhe acompanharei até a porta.
Ele assentiu e eles foram até a porta. Observei os dois, até que eles formariam um casal bonito. Mas ele teria que lutar muito para ser um bom partido para ela.
Mamãe voltou mais radiante do que nunca. Ela sorriu:
-Ah, Elizabeth. Estou tão feliz.
-É, parece que alguém está apaixonada.- Eu afirmei.
Mamãe corou:
-O xerife é homem bom. Ele até me pediu em...-Ela hesitou, com medo de continuar.
-Em...?
-N-Namoro.- Ela murmurou.
Eu arregalei os olhos:
-Em quê?
-Namoro.- Dessa vez ela falou mais alto.
-E a senhora?
-Eu disse... Sim!
A cadeira pareceu não sustentar o meu peso. Caí no chão. Mamãe correu na minha direção:
-Oh, meu bem. Você está bem?
-M-Minha m-mãe está namorando.
Mamãe riu e me levantou:
-Sim. Sua mãe está namorando. O homem mais gentil e educado que ela já viu na vida.
Meu cérebro parecia não querer processar aquele informação. Minha mãe e o xerife namorando... Eca!
Eu joguei o cabelo para trás:
-Tudo bem. Sejam felizes. Vou para o meu quarto.
Me levantei e senti algo caindo do meu bolso. A carta. Minha mãe franziu o cenho:
-O que é isso, Elizabeth?
-Nada.
Peguei a carta rapidamente e coloquei no bolso de novo. Minha mãe sorriu:
-O que foi?- Eu perguntei.
-Sabe, não sabia que minha filha está recebendo declarações de amor.
-O que? Não... Ah, quer saber? Vou para o meu quarto.
Sai, deixando para trás uma mãe chorando de rir. O que eu queria descobrir agora era: Quem escreveu esta carta.


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Notas finais do capítulo

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