A Jornada do Príncipe escrita por Andy


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Bom, este capítulo é dedicado a todos aqueles que já reclaram que eu costumo postar muito tarde. Hahaha! Brincadeira, brincadeira...! Eu estou postando mega cedo hoje porque o sábado vai ser agitado aqui, e eu acho que é melhor muito cedo do que muito tarde, ne?
Ah, é! Antes que eu me esqueça... Quero fazer um agradecimento especial à leitora Ninive, que escreveu uma recomendação super meiga para a fanfic, essa semana! Obrigada pelo carinho, Ninive! ♥
Sem mais enrolação, espero que vocês gostem do capítulo! E nos vemos no sábado que vem! :)



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Os três se levantaram cedo na manhã seguinte. O dia estava quente demais para o outono, e as nuvens pesadas prometiam chuva para aquela tarde. Eles acharam que era melhor partir o mais rápido possível para tentar chegar a Forlond antes disso, e foi o que fizeram. Eles decidiram cruzar o rio imediatamente, antes que suas águas se tornassem mais turbulentas com a chuva. Inicialmente, Gimli se recusou a deixar que Legolas o carregasse, e o resultado foi que Madlyn teve que resgatá-lo antes que a correnteza o levasse rio abaixo. Os dois elfos se divertiram muito às custas dele por causa disso.

— Esse rio é amaldiçoado, eu tenho certeza! Foi um truque! Estando tão perto da terra dos elfos, aposto como ele odeia anões!

— Oh, claro... Foi tudo culpa do rio... — Legolas revirou os olhos. Madlyn deu uma risadinha.

— Foi! Você se lembra de quando Caradhras* nos atacou, não se lembra, Legolas? É a mesma coisa!

— Sei. Então, prontos para ir? Esperemos que as nuvens sobre nossas cabeças não tenham nada contra anões...

Os dois elfos riram de novo, e Gimli tentou dar um chute na canela de Legolas, que se desviou bem a tempo, rindo ainda mais.

— Elfos malditos... — Gimli resmungou, avançando em direção ao norte. — Vamos! Que estão esperando?

— Forlond fica para o outro lado, Gimli. — Madlyn respondeu. Ela e Legolas caíram na risada de novo quando Gimli se virou e passou por eles praguejando baixinho.

— Mereço isso! Já não bastava um orelhas-pontudas metido a besta, agora são dois. Dois!

~~ ♣ ~~

Quando a chuva os alcançou, faltavam apenas algumas centenas de jardas para eles chegarem a Forlond. Legolas sugeriu que eles corressem, e Madlyn concordou prontamente. Seria impossível, no entanto, que Gimli os acompanhasse. E até eles conseguirem convencê-lo a deixar Legolas carregá-lo, os três já estavam completamente encharcados. O dono da hospedaria se assustou quando os três irromperam porta adentro, respingando água por todo o assoalho de madeira.

— Muito obrigado mesmo, Gimli!

— Se você simplesmente tivesse me deixado correr com minhas próprias pernas, isso não teria acontecido!

— Desculpe pela bagunça... — Madlyn se dirigiu ao pobre homem, que olhava dos elfos para o anão e para o chão arruinado.

Ele arregalou ainda mais os olhos ao perceber as orelhas pontudas de Legolas:

— Quem são vocês?

Legolas e Gimli ainda discutiam. Madlyn deu uma cotovelada no elfo.

— Legolas Verdefolha, filho de Thranduil, a seu serviço. — Ele se virou, parecendo ainda irritado, e fez uma mesura.

— Gimli, filho de Glóin.

— E Madlyn.

Um brilho de reconhecimento perpassou o rosto do homem ao ouvir aqueles nomes. Ele sorriu levemente:

— Legolas e Gimli da companhia de Sua Majestade Elessar?

Legolas assentiu.

— Esplêndido! Eu nunca os havia visto antes, mas meu filho vai adorar conhecê-los! Ele sabe todas as canções de cor!

— Seria uma honra conhecê-lo... — Legolas começou, mas o outro pareceu nem o ouvir.

— Eu sabia que meu senhor Legolas viria um dia! Mas Gimli também, é inacreditável! Ah, se minha senhora Lufia soubesse... Mas em nome do rei, o que eu estou fazendo?! — Ele gritou de repente, sobressaltando os três convidados. — Olhe só para os senhores! Devem estar desesperados por um banho quente, eu suponho. E jantar!

— Com certeza! — Gimli concordou entusiasticamente.

O homem voltou correndo para trás do balcão e começou a folhear o velho caderno.

— Então, um quarto com duas camas de solteiro? — Ele ergueu a cabeça, esperando uma resposta, e pareceu ver Madlyn pela primeira vez. — E quem é você?

— Eu? — Ela fechou a cara para ele, indignada.

Legolas sorriu levemente e passou o braço pela cintura dela. Ele olhou para o homem:

— Se você tiver disponibilidade, nós vamos querer dois quartos. Um de casal e um de solteiro. Por favor.

Madlyn e Gimli, os dois, olharam para ele surpresos. Legolas sentiu-se corar levemente e manteve os olhos fixos no hospedeiro. O homem se voltou para Madlyn, completamente constrangido:

— Mil perdões, Lady Verdefolha! Eu não tinha notado que a senhora estava com eles, mil perdões! Nem sei o que dizer, em todos esses anos que tenho esta casa, eu nunca...

— Está tudo bem. — Ela respondeu baixinho, ainda tentando se recuperar. O coração dela havia saltado ao ser chamada de “Lady Verdefolha” e suas mãos tremiam levemente. O braço de Legolas ainda estava em sua cintura.

O dono da hospedaria levou cada um a uma sala de banho e mandou que se preparasse um banquete para eles, por conta da casa. O alívio deles foi instantâneo ao tirarem aquelas roupas molhadas e, finalmente, lavarem completamente a sujeira da batalha contra os orcs. Quando se encontraram na sala de jantar, o humor de todos havia melhorado consideravelmente.

Mais tarde, o hospedeiro foi buscar seu filho para que conhecesse o elfo e o anão. Era um menino de doze anos de idade, que estava a ponto de chorar de emoção ao ver seus heróis ali, bem a sua frente. Legolas pediu emprestada a harpa da mãe do menino e tocou para ele canções sobre a Floresta Verde e sobre a Guerra do Anel. Gimli lhe ensinou tudo o que havia para saber sobre luta com machados e sobre as armas utilizadas pelos elfos e homens que, na verdade, eram criações dos anões. Madlyn assistia a tudo em silêncio quase absoluto, fazendo apenas pequenos comentários e rindo aqui e ali. Já era bem tarde quando o homem conseguiu convencer o filho a ir para a cama, depois de Legolas ter prometido que eles não iriam a lugar algum durante um bom tempo e que ele poderia lhe ensinar alguns truques com o arco no final da tarde seguinte.

— Eu nunca vi esse menino tão feliz na vida! Obrigado, muito obrigado!

— É um prazer. — Legolas sorriu.

— É! O moleque tem talento! — Gimli concordou.

— Mais uma vez, obrigado! — O homem se curvou tanto que ambos Legolas e Gimli ficaram um pouco constrangidos, mesmo que estivessem acostumados a serem reverenciados. Eles se sentiram aliviados quando ele se reergueu: — Creio que agora os senhores desejam ir para seus quartos para dormir?

— Por favor. — Legolas assentiu.

O homem os guiou por um corredor de tamanho mediano, mas que tinha uma boa largura. A hospedaria não era muito grande, porque poucas pessoas permaneciam em Forlond, e geralmente não passavam mais do que uma noite. Geralmente, por ali só passavam viajantes que tinha pressa em chegar ao mar ou partir dele.

O quarto de Legolas e Madlyn ficava ao fim do corredor, o de Gimli, ficava um pouco antes, a três portas de distância. O hospedeiro apontou os aposentos para eles e lhes entregou as chaves, depois se afastou, desejando um boa noite. Legolas pediu para que ele não os acordasse na manhã seguinte, no que ele surpreendeu novamente os dois companheiros. Quando o homem desapareceu, o elfo olhou para Gimli:

— Então... — Ele pigarreou. — Amanhã depois do almoço nós vamos ao povoado para buscar por trabalhadores que possam nos ajudar e por locais onde possamos comprar o material de que precisaremos, certo? Seria bom se pudéssemos conseguir algum mithril.

— Duvido muito. — O anão ainda olhava para o amigo de maneira desconfiada.

— Mas não custa tentar. De qualquer forma, amanhã veremos o que o dia nos reserva...

Houve um momento de silêncio constrangido enquanto nenhum dos três fez menção de se mover. Por fim, Madlyn estendeu a mão timidamente e entrelaçou os dedos aos de Legolas. Ele olhou para suas mãos unidas, depois para ela, e depois, lentamente, se voltou para olhar para o anão:

— Bom... Boa noite, Gimli.

— Boa noite. — Os olhos do anão faiscaram. Legolas achou que ele estava irritado.

— Você... Você bate à porta se precisar de qualquer coisa, certo?

Gimli bufou.

— Quem você acha que eu sou? Uma criança?

Ninguém se moveu. Os amigos se encararam por mais um momento.

— Vá dormir, elfo. — dizendo isso, Gimli entrou no quarto e bateu a porta.

Legolas ficou parado por um momento, encarando a madeira escura. Madlyn esperou pacientemente.

— Ele tem toda a razão por estar bravo comigo.

A elfa abraçou o braço dele, encostando a cabeça em seu ombro.

— Não se preocupe, ele vai ficar bem.

Legolas olhou para ela. Suas sobrancelhas estavam unidas em angústia. Ela percebeu que ele estava em dúvida. Se aproximando lentamente, ela lhe deu um beijo no rosto:

— Venha... Não há nada que você possa fazer agora.

Ele olhou para ela por mais um minuto, lendo seus olhos. Por fim, sorriu levemente, sem entusiasmo, e assentiu. Ela puxou a mão dele, e ele a seguiu até o quarto.

Depois que eles entraram, ela fechou a porta atrás de si com um clique e se atirou sobre as costas dele, abraçando-o. Ela beijou o pescoço dele e sorriu, sussurrando em seu ouvido:

— Enfim sós.

Ele sorriu também, sentindo um arrepio descendo por sua espinha. Ele se virou para ela:

— Vamos nos trocar.

Ela concordou, mordendo o lábio enquanto ele tirava sua túnica, ficando só de calças. Ela esperou até que ele tirasse os sapatos e se atirou sobre ele, empurrando-o em direção à cama. Ele riu quando ela caiu sobre ele em meio aos lençóis de linho branco. Ela o beijou, e ele retribuiu apaixonadamente.

— Ei... — Ele estendeu a mão para pará-la quando ela começou a beijar seu peito, descendo lentamente em direção a seu abdome. — Vai com calma.

Ela ergueu a cabeça para olhar para ele, seus olhos azuis faiscando mesmo na pouca luz provida pela única vela que iluminava o cômodo.

— Eu preciso lembrá-la de que nós não somos realmente casados, Lady Verdefolha. — O tom de voz dele foi provocador. Ela pôde sentir que ele não queria realmente pará-la.

Ela sorriu sarcasticamente para ele e apertou-se contra o volume em suas calças, roubando-lhe um gemido:

— Nós somos o último casal de elfos da Terra-média... — Ela se deitou sobre ele para sussurrar em seu ouvido. Ele respirava pesadamente. — Vamos aproveitar enquanto ainda temos essa desculpa.

Um sorriso torto se espalhou sobre o rosto dele e ele a prendeu em seus braços fortes, girando-a para ficar sobre ela. Sem dizer mais nada, ele a beijou, já deslizando a mão para a frente das vestes dela, desfazendo os laços que as prendiam. Ela retribuiu o beijo com intensidade, enroscando os dedos aos cabelos dele.


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Notas finais do capítulo

*Caradhras foi aquela montanha pela qual a Sociedade tentou passar, antes de decidirem que seria mais seguro ir através de Moria. No filme, Saruman lançou um feitiço para fazer a montanha vir abaixo e a Sociedade quase foi pega pela avalanche. No livro, a própria montanha tinha vida e não gostava de intrusos, e decidiu atacar a Sociedade enviando uma nevasca que quase os soterrou. É a isso que Gimli se refere nesse trecho.

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Sim, eu sei que esse foi o menor capítulo da história (literalmente)... Desculpem por isso! Mas esse é um capítulo de transição, então não podia ser diferente. Se eu tentasse escrever mais, seria só "encheção de linguiça", e ninguém ia gostar. Não gosto de ficar enrolando vocês. O próximo será maior (e acho que melhor), prometo!