I'm not afraid anymore escrita por CRAZY


Capítulo 11
Capitulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpem a demora. Demorei pra escrever esse capitulo. Preciso de mais comentários por favor!!! Não quero parar a fic. O episódio anterior não teve NENHUM comentário!
Boa leitura!!!



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Voltei pra casa me sentindo mais que feliz. Ao entrar encontrei Angie sentada no sofá lendo um livro.

Ao me ver ela fechou o livro e se virou para mim mas não disse nada. Parecia meio indecisa.

– Posso te fazer uma pergunta? – Ela disse colocando o livro na mesa de centro.

Eu ia dizer “ Você já fez uma, e agora a outra...” mas eu não tinha tanta intimidade com ela(na verdade nenhuma) e achei que ela poderia tomar como grosseria.

– Pode. – Respondi.

– Onde você estava? – Perguntou ela meio nervosa.

– Eu respondo, mas porque você tá tão... estranha? – Eu disse me sentando ao lado dela.

– Não quero te prender tanto, porque eu acho que o que seus pais fazem com você é meio errado, mas também tenho medo de te deixar solta demais e alguma coisa acontecer e...você sabe, seus pais são advogados muito conhecidos e então posso ser presa.

– Eu estava na casa da Naty. Ela é minha melhor amiga.

– Ah tá. Mas você me entende não é mesmo?

– Entendo, claro. – Eu disse sorrindo. – Você parece ser tão jovem. Quantos anos você tem?

– Vinte e cinco.

– Nossa! Você é bem nova pra ser tipo... babá de uma garota de dezesseis.

Ela riu e disse:

– Esse emprego é muito importante. Não quero que dê errado. Então eu gostaria que você colaborasse comigo.

– Tudo bem. Então eu, a Naty e o Federico combinamos de ir na balada hoje.

– Em plena quarta-feira?!

– Eu sei, mas... Eu finalmente vou poder ir em uma festa, a primeira da minha vida! E quando meus pais fecharam a porta de casa e foram para o aeroporto eu vi uma oportunidade de ser uma adolescente como qualquer outra por dois meses e resolvemos comemorar isso.

– Não sei não Ludmila. Amanhã vocês tem aula e...

– Eu sei, eu sei! – Eu disse a cortando. – Mas é só dessa vez. Por favor, Angie!

Ela respirou fundo e ficou em silencio pensando. Eu estava apreensiva pela resposta dela.

– Só dessa vez Ludmila!

– Obrigado, obrigado, obrigado! – Eu disse a abraçando.

– De nada. – Disse ela rindo.

Subi pro meu quarto e separei a roupa que eu iria, seria diferente das roupas que eu uso geralmente. Eu queria ser eu mesma. O que, como muita gente sabe, não é uma tarefa fácil. Principalmente quando marcam isso na hora H!

O tempo foi passando mais rápido do que eu esperava. Tomei um banho e me arrumei. Desci e Angie estava conversando com a Magali, a cozinheira da casa.

– O que você acha Angie? – Perguntei indo até ela.

Ela parou de conversar com Magali e veio até mim sorrindo.

– Você está linda Lu! Quer dizer, posso te chamar de Lu né?

– Claro que sim.

Escutei uma buzina e soube que era ele.

– É o Federico, ele vinha me buscar.

– E esse Federico é o que seu?

– Depois te explico. Agora preciso ir. – Eu disse nervosa.

– Juízo hein! Nossa, isso é meio engraçado de dizer.

Ela riu e eu também. Me despedi dela e respirei fundo antes de abrir a porta. Ao abri-la vi Federico encostado no carro me esperando. Ao me ver ele sorriu e eu fui até ele.

– Puxa! Tá diferente! – Disse ele sorrindo.

– Diferente legal ou diferente ridículo?

– Diferente perfeito.

Senti meu rosto corar e olhei pra baixo. Ele me puxou pra mais perto e me abraçou. Abriu a porta do passageiro e eu entrei e depois ele se sentou no banco do motorista. Eu nunca fiquei em um lugar tão pequeno perto do Federico, o que me deixou muito nervosa e senti meu coração disparar.

– Sabe, nunca fui do tipo cavalheiro, romântico, essa coisas. Mas sei lá, acho que você me deixou meio diferente.

– E isso é bom?

– Acho que sim. Mudar faz bem às vezes.

Fiquei em silencio depois disse.

– Você tá bem? – Ele perguntou enquanto dirigia.

– Tô. Por quê?

– Você tá quieta.

– Guardando a voz para a hora em que tivermos que gritar para nos comunicar, por causa da música alta.

Ele riu e não dissemos mais nada até chegar na frente do prédio da Naty. Ele estacionou o carro do outro lado da rua, que estava escura. Ficou me olhando fixamente me deixando ainda mais nervosa do que eu já estava.

– O que foi?

Ele sorriu e disse:

– Nada.

– Bom, então eu vou ligar pra Naty para avisar que ela já pode descer. – Eu disse com voz trêmula. Depois de ligar guardei o celulra na minha bolsa de volta.

– Ludmila. – Ele chamou.

Olhei pra ele e ele parecia perceber que eu estava nervosa. Ele se aproximou mais de mim, meu coração parecia que ia explodir a qualquer momento. Isso acontecia toda vez que ele se aproximava daquele jeito. Ele colocou uma de suas mãos em meu rosto, me puxando para mais perto também. Estávamos muito próximos quando de repente alguém bate no vidro. Nos afastamos rapidamente e pude ver que era a Naty. Federico destravou a porta, ela entrou e se sentou no banco de trás, no do meio.

– E aí gente. – Ela disse colocando o cinto.

– Oi. – Eu disse sem graça.

– Já ia gastar o batom Lu? – Disse a Naty rindo. Fiquei corada e tive vontade de dar um soco naquela carinha linda dela. O Federico riu também, ele levava essas brincadeiras numa boa, ao contrário de mim. Ele deu partida e ele começou a dirigir.

Ele me olhava de vez em quando, tentando ser o mais discreto possível, mas eu percebia. A Naty não parou de tagarelar o caminho inteiro e eu resolvi entrar nessa pra tentar fazer com que ela esquecesse o que viu antes de entrar no carro.

Depois de quinze minutos de carro chegamos na tal balada. Havia uma fila bem grande na porta. Fomos para o final e em vinte minutos conseguimos entrar. Eu seguia a Naty e o Federico, eles já sabiam como lidar com aquilo, eu não.

Havia muita gente lá. Muita mesmo! O som era alto e a música contagiante. Fomos pro meio da pista de dança e a Naty me explicou gritando:

– Olha, é só não aceitar nada de estranhos tá legal? E não saia muito de perto da gente, senão vai ser difícil da gente se reencontrar.

– Tá legal! – Eu gritei.

– Gente, eu vou buscar alguma coisa pra gente tomar.

– Eu não tomo nada com álcool. – Eu disse. Não gosto mesmo de bebida alcoólica.

– Certo.

Ele se afastou e foi até um bar. A Naty me puxou e perguntou:

– Ele te pediu em namoro no carro?

– Não, por quê?

– Não se faça de idiota Ludmila! Vocês iam se beijar.

– E daí?

– Eu não deveria ter interrompido né.

– Tá tudo bem Naty.

Depois de cinco minutos o Federico voltou com alguns copos e continuamos nos divertindo.

Eu me sentia tão bem e tão feliz! Eu estava finalmente livre! Tratei de esquecer todos os problemas que eu me cercavam e curti aquela noite com os meus amigos.

Era quase meia noite e meia e começou a tocar a minha música favorita: Heroes- Alesso. Aquela música me faz sentir que uma hora todos os meus problemas iam acabar.

– Adoro essa música! – Eu disse pro Federico.

– Sabe uma maneira de deixar ela ainda mais especial? – Disse ele se aproximando e me puxando pela cintura para mais perto dele. Meu coração disparou novamente, eu gostava de sentir aquilo.

– Aceita namorar comigo Ludmila. Por mais que não pareça eu posso te fazer feliz, mas preciso de uma chance. Você é meu novo vício Ludmila... Mas um vício que vale muito a pena ter e um vício que nada nem ninguém poderia me fazer escapar. Você é o único vício no mundo que faz a pessoa querer largar seus outros vícios só pra ficar com você. Mas me dá mais uma chance!

Eu não conseguia parar de sorrir, por mais que eu tentasse. Realmente ele estava muito poético.

Eu ia beijá-lo, mas a Naty me puxou antes que acontecesse. Qual é?

– Ludmila, você não sabe! – Disse ela me levando para um canto.

– O que foi Naty? – Eu perguntei meio decepcionada.

– Eu e o Maxi!!!! Acho que ele gosta se mim!

– Que bom! – Eu disse tentando parecer animada.

– Desculpa Lu, mas é que eu não podia deixar pra hora.

– Tudo bem Naty. – Eu disse sorrindo e a abraçando.

Era uma hora da manhã e resolvemos ir embora. O Federico parou em frente o prédio da Naty e ela foi pro apartamento dela. Depois ele foi até a minha e parou na frente do portão. Eu ia sair do carro quando ele segurou o meu braço.

– Espera um pouco. – Disse ele quase gritando.

Obedeci.

– Você não respondeu a minha pergunta. – Ele disse parecendo nervoso.

Eu sorri e olhei pra baixo. Me aproximei dele e o beijei. Ficamos assim durante por bastante tempo e quando nos separamos ele perguntou:

– Isso foi um sim?

– Foi. –Eu disse rindo e o abraçando.

– Agora eu tenho que ir. – Eu digo enquanto me separo dele.

– Boa noite então.

– Boa noite.

Saí do carro e entrei em casa. A Angie já devia estar dormindo, porisso fui direto pro meu quarto. Me joguei na cama e sorri.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Então comentem!!!



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