Matsumoto, a grande amiga

Ikkaku foi para o esquadrão e sentou no lugar de sempre, seus amigos foram chegando aos poucos e ele nada dizia. Depois de algum tempo notaram o seu silêncio e queriam saber o que estava havendo.

Sem ânimo disse:

– Me pediram em casamento.

– O quê? – exclamou Yumichika.

– Não é pra rir, não é? – perguntou Kira.

– Esse vai ser o pior que você já falou pra gente. – falou Hisagi.

– Como foi isso – disse Kira num tom sério.

– Não sei nem como contar. – falou desanimado.

Mas acabou contadno o que aconteceu. Os amigos custaram a entender.

– Isso não faz sentido – disse Hisagi.

– Acho que faz sim. – comentou Kira – se levarmos em conta o que o Iba-san nos contou sobre ela.

– Se me lembro bem ele tinha dito que ela era de pouca conversa e dos poucos amigos, muito fechada. – disse Hisagi.

– Bom o fato é que a gente conhece pouco essa garota. – continuou Kira.

– Não é preciso conhecê-la. Ela é uma garota inteligente, isso sim. Sabe que o Ikkaku não gosta tanto dela assim e apesar de ter brincado antes, não quer brincadeira agora para ela ficou sério. – disse o Capitão Hitsugaya assustando a todos.

– Oh! Capitão, o senhor ainda mata a gente qualquer dia. – disse Yumichika.

– Eu concordo com o Capitão Hitsugaya nem pensar que quero me casar seja lá com quem for. Gosto da minha vida do jeitinho que ela é. – exclamou Ikkaku.

– Nesse caso nunca mais vai falar com a garota? – perguntou Hisagi.

– Falar o quê? Vou é esquecer o assunto, virar essa página. – respondeu Ikkaku.

– Se fosse uma página de um caderno isso seria fácil, mas não é. – disse o Capitão Hitsugaya pensativo. – Se as coisas forem como penso muitas águas ainda vão passar por essa ponte.

– Que sinistro Capitão. – exclamou Ikkaku.

E com um sorriso o jovem capitão respondeu. – Tenho que me retirar.

– Não entendi. – disse Yumichika.

– Não quero entender. – comentou Ikkaku mal-humorado.

– E é melhor não pensar muito. – disse Kira.

– E se é pra não pensar, então estou indo. – falou Hisagi.

– Vou com você. – respondeu Kira.

Sozinhos Yumichika e Ikkaku ficaram em silêncio. Ikkaku suspirou.

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Os dias passaram, depois de duas semanas Matsumoto os procurou. – Tenho uma surpresa. Vou dar uma reunião para a gente beber sakê e sabe quem convidei?

– A Seireitei inteira. – disse Yumichika rindo.

Ela continuou como se ele não tivesse dito nada. – Melhor que isso eu convidei a “amiguinha” de vocês. – disse isso com as mãos fazendo sinal de aspas na palavra amiguinha e rindo. – Sabe ela é uma moça estranha. Fui ao esquadrão dela que me convidou pra entrar e perguntou se eu queria comer frutas. Ela disse que é saudável comer frutas e me ofereceu uma salada de frutas. E disse: “Vou comer pêras se não se importa.” E em vez de comer ela comprimia a fruta entre os lábios e fechava os olhos. Quando eu já terminava de comer a salada ela tentou morder a pêra, então começou a sentir falta de ar e se estirou no chão dizendo: “Vou me acalmar.” Pensei em chamar a Capitã Unohana, mas ela disse não e acabou jogando a pêra na pia e deitou-se de novo no chão, depois que se acalmou. Então eu fiz o convite para vir a minha reunião e ela pediu desculpas, disse que viria mas que não falaria com o Ikkaku. Sabendo que é amigo meu, se eu não ia me importar. Bom eu disse que não então ela disse que viria. Como eu quero conhecê-la melhor eu acho que você não vai se importar.

– Claro que o Ikkaku não vai se importar. – disse Yumichika antes que Ikkaku pudesse falar alguma coisa, pois em sua cabeça várias idéias estavam fervilhando. – Conte comigo eu estarei para te acompanhar. – continuou enfatizando a palavra eu e sorrindo estranhamente.

Depois que Matsumoto se afastou. Ikkaku disse:

– Não estou gostando desse seu sorriso, já vi que vai sobrar pra mim. – resmungou.

– Não, não. Você não terá que fazer nadinha. – disse Yumichika enquanto continuava a rir.

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