Quarteto Fantástico: O Destino da Latvéria escrita por Larenu


Capítulo 10
O Coletor de Almas


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, com coisas importantes para a continuidade da Fase 3!



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Rick Jones mexeu no seu comunicador, recebendo o sinal de rádio. A voz que saía de lá não era de um locutor de rádio, mas sim do Doutor Destino — que Werner já confirmara como sendo seu filho, Victor.

Olá, raça humana. Eu sou o Doutor Destino. Permitam que eu lhes tome alguns minutos de seu tempo.

— Consegue imagem? — pediu Samson.

— Não sei. Será que tem algum aparelho com tela aqui na base de Sokovia?

Coulson teve uma ideia. Era arriscado, afinal o aparelho em que projetariam era uma antiga unidade de Arnim Zola, mas valia o risco. Ele caminhou até uma espécie de mesa coberta por um lençol branco.

— Coloque aqui.

Quando tirou o lençol, avia uma tela presa a um painel de comando. Rick conectou a transmissão, e a imagem de Doom, do Quarteto Fantástico preso e de Vladimir Fortunov surgiu.

— Meu Deus. Ele vai matar o rei em uma transmissão mundial ao vivo — disse Rick.

Werner Von Doom, ao ouvir isso, começou a rir. Seu riso era maníaco. Quando cessou a risada, começou a tossir, com sangue saindo junto com a tosse. Não se importava, pois sua vingança enfim seria concretizada.

— Prendam-no se forem capazes, S.H.I.E.L.D.




Na Latvéria, Doutor Destino tirou uma espada de sua bainha e a aproximou do pescoço de Vladimir.

— Conte até três, humanidade — ele pediu, com um riso para encerrar a frase.

Ele imediatamente levantou a espada e a desceu sobre o pescoço de Vladimir. A cabeça do rei da Latvéria caiu no chão e rolou para mais perto da câmera. Quando a cabeça foi cortada, o Coletor de Almas brilhou.

— É oficial. Eu sou o novo rei da Latvéria. Ajoelhem-se todos perante mim, ou serei obrigado a passar por vocês. Meu Destino é o poder. O Destino de todos os demais é a submissão. Eu salvarei o mundo dele mesmo!

Doutor Destino tirou os capuzes dos demais corpos, revelando os príncipes latverianos. Da mesma forma que fizera com Vladimir, cortou fora a cabeça de cada um — incluindo o que outrora fora o morto-vivo que assombrara o Quarteto. O Coletor de Almas brilhou a cada cabeça cortada.

— Acredito que tenham reconhecido meus convidados. Sei que o Coisa está um tanto quanto irreconhecível, mas este é o Quarteto Fantástico. Atrás deles está a minha versão melhorada dos super-heróis, versões aprimoradas de meus Destinobôs que são capazes de assimilar os poderes desse heróis através dos próprios heróis. O que vocês verão hoje será uma revolução na comunidade super-humana mundial.

Ele soltou uma risada maníaca.

— O Quarteto Fantástico irá passar o manto adiante. Para isso, porém, terão que se entregar até a alma para mim.

Doom se aproximou de Richards.

— Literalmente.




No Triskelion, a diretora temporária Maria Hill estava nervosa, assistindo a transmissão do Doutor Destino diretamente da sala do diretor Fury. Estava com medo, tinha que admitir. Nos últimos tempos, a maior parte do trabalho de Hill fora ajudar Fury.

Mas era chegada a hora de resgatar a Maria Hill dos velhos tempos, aquela que sozinha conseguira chegar a ser o braço-direito de Nick Fury, da mesma forma que ele fora de Peggy Carter anteriormente. O caminho de Hill fora difícil, e para isso ela não puder confiar em ninguém. Era hora dela voltar a ser a grande agente Hill da S.H.I.E.L.D.

Pensou em ligar para Fury, mas sabia que ele não atenderia. Afinal, seu paradeiro era um mistério. Apesar de que muitos já haviam perdido a esperança em relação a Fury estar vivo, ela não apenas acreditava, mas sentia que ele continuava vivo por aí. Nick não se deixaria derrotar facilmente perante seus sequestradores, independentemente de quem eles fossem.

Quando o Doutor Destino anunciou seu plano de substituir o Quarteto Fantástico por robôs, ela sentiu que tinha que agir. Ele era de fato um gênio, pois robôs não tinham as limitações de humanos, mas estava usando a genialidade para o mal. Afinal, não havia real necessidade de matar o Quarteto Fantástico.

Maria engoliu em seco quando Doom se aproximou de Reed Richards. Então, tomou uma decisão e pegou seu comunicador.

— Agente Coulson, é a diretora Hill. Preciso que você e os outros agentes se dirijam imediatamente para a Latvéria, para impedir o Doutor Destino. Estarei enviando suporte, mas vocês devem ir primeiro, visto que são os agentes mais próximos.

— Coulson na linha. Positivo, iremos para a Latvéria. O que devemos fazer com Werner?

— Usem-no como refém para negociar com Doom. Se ele tem qualquer tipo de sentimento pelo pai, nos servirá de algo.

Ela notou que Coulson parecia relutante.

— Se tiver alguma ideia melhor, proponha — ela pediu, impaciente.

Não tenho. Seguirei suas ordens. Câmbio, desligo.



A sensação de não estar no controle de seu próprio corpo era preocupante e desesperadora. Era exatamente isso que os quatro membros do Quarteto Fantástico sentiam enquanto o Doutor Destino encenava a execução da família real da Latvéria: preocupação e desespero.

Nem mesmo esticar-se era possível para Reed devido ao poder de Vetor. A forma como ele manipulava facilmente a qualquer coisa era preocupante, e o Coisa era um exemplo disso: fora completamente preso na forma de uma grande rocha, sem conseguir mais se mover.

Quando o Doutor Destino se aproximou do Senhor Fantástico, a Mulher-Invisível sentiu que era sua última chance de fazer algo antes de maiores consequências. Então, visando proteger seu marido, ela se focou na câmera de cinema. Precisava de esforço para driblar as barreiras estabelecidas por Vetor e conseguir afetar a gravação. Ela esperava conseguir ganhar tempo se seus algozes estivessem ocupados consertando a câmera.

— Contemplem, seres humanos, o Destino do Senhor Fantástico.

Antes que Sue obtivesse sucesso, o Coletor de Almas brilhou. O brilho nos olhos de Reed sumiu, e ele caiu no chão desmaiado. Então, o robô atrás dele começou a se mover, se esticando em várias direções, da mesma forma que Reed fazia.

Ela gritou. Quando atingiu o auge de seu desespero, rompeu a barreira de Vetor e destruiu os circuitos internos da câmera. O Doutor Destino se virou para ela, com a fúria manifestada através de um leve tremor nos braços.

— Como se atreve? Acha mesmo que me parou? É apenas questão de tempo para que eu volte a transmitir. Vetor, ache mais uma câmera.

Vetor assentiu e desapareceu.

Nesse instante, uma quinjet atravessava a toda velocidade a fronteira entre Sokovia e Latvéria.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! o



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