Conto de Uma Fada escrita por minsantana


Capítulo 18
Capítulo 18 – O ponto fraco de Aguane




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Joan olhava para Aguane que retribuía o olhar com muita fúria e coragem. Nenhuma das duas tinha medo do que pudesse acontecer, apenas lutavam com a intenção de vencer. Todos olhavam a ação sem saber o que fazer.

Gerard já estava desamarrado e correu em direção à Maya, mas Aguane viu e o impediu. Mesmo com a varinha de Joan apontada pra ela, Aguane foi mais rápida e lançou um raio vermelho nas costas de Gerard que caiu desacordado no chão, bem na frente de Maya. Joan se virou para olhar e foi surpreendida por Aguane que a segurou por trás e apontava a varinha para o seu pescoço. Frank tentou ajudar mas também foi impedido com um raio na sua perna direita, fazendo-o cair sem conseguir levantar.

- não!!! Gerard, levanta! Oh meu Deus... porquê? Porquê isso, Aguane?? – eu gritava tentando reanimá-lo.
- sinto muito, fadinha. Mas acho que a hora dele chegou antes do previsto. – ela ria que nem maluco no hospício. – e acho bom você ir se despedindo da sua amiga também, porque ela vai seguir o mesmo caminho dele.

As lágrimas que brotavam dos meus olhos caíam na grama molhada que dominava a floresta. Eu não conseguia acreditar que ele poderia estar... morto? Não, ele não poderia!

Juntei todas as minhas forças e me levantei, explodindo de raiva. Uma luz forte envolvia o meu corpo e acho que ela também percebeu, pois sua cara não era uma das melhores naquele momento. Peguei minha varinha que tinha caído no chão e a apertei com força entre os meus dedos. Senti que ela esquentava mais a cada minuto de agonia e tensão. Aguane me olhava preocupada, acho que não estava acreditando na minha força ou talvez, na minha coragem. Joan chorava quando desviava seu olhar para um Frank caído e gemendo de dor.

- Aguane, não vou falar mais uma vez. Acho melhor você soltar a Joan ir embora e deixar meus amigos em paz!
- senão... o que pensas que irá fazer, hein fadinha? Você não é e nunca será forte o suficiente para me vencer.
- eu posso não ser tão forte quanto você, mas eu tenho algo que você nunca terá.
- amor? É isso que você considera força? Ah, pobrezinha. Ainda não sabe que no mundo das fadas, a magia é o que vence e não esse sentimento burro e idiota que só sabe fazer as pessoas sofrerem e chorar. – quando ela disse, eu senti que o amor não era algo tão desconhecido para ela como todos nós pensávamos.
- então você também já amou, não é mesmo? – ela ficou branca. – acho que esse é o seu ponto fraco então. O amor, o mesmo sentimento que você tanto abomina é o que faz de você ser tão infeliz.
- você está delirando, criança. Eu nunca sentiria isso que você sente.
- tem certeza que não? – ela fez cara de dúvida – agora sim, eu entendo tudo. Entendo o porquê de você agir assim comigo, desde muito tempo.
- do que você está falando, fadinha idiota?
- Adam, lembra dele? – ela empalideceu – era aquele guardião do portão de Guhur quando pertencíamos às aulas de canto. Ele era lindo e sempre gostou de mim, não foi? E você... você sempre foi apaixonada por ele. – ela negava com a cabeça mas não dizia nada – eu lembro seu jeito de falar com ele, era completamente diferente de como tratava os outros. Com todos, você sempre foi fria, má, mas com ele você se tornava amável e gentil, um exemplo de boa fada, não se lembra? – eu dizia tomada pela raiva e satisfação – mas ele só tinha olhos pra mim, e sempre que me via deixava você falando sozinha. Eu nunca tive nem teria nada com ele, Aguane, porque eu não sou como você, eu nunca trairia ninguém, nem mesmo você. – ela me olhou espantada. – ele foi embora e te deixou sozinha, sem nunca tê-lo de verdade. Eu sinto muito, mas não é destruindo minha vida que você o terá de volta!

Ela avançou em mim como uma onça à sua presa, e com seu descuido acabou soltando Joan. Aguane e eu apontamos nossas varinhas uma em direção à outra e começamos nossa batalha. Olhei pra Joan e com o olhar, pedi que ela não se intrometesse. Ela entendeu e não se opôs entre nós. Senti meu corpo pegar fogo, mas não era nenhum feitiço e sim, raiva por ela ter feito eu perder meu grande amor. Antes que eu pudesse pensar, fui atingida por um feitiço que me fez cambalear e quase ir ao chão. Perdi a respiração por um instante, mas retornei à luta. A atingi no peito mas ela quase nem se mexeu. Outro feixe de luz e meu peito ardia e queimava como fogo. Uma gota de sangue escorreu em minha boca e eu a limpei com a mão, tentando recobrar o fôlego que estava cada vez mais difícil de ser encontrado.

- diga adeus a esse mundo, fadinha. – ela disse antes de me atingir de novo.

Outro feitiço e eu perdi o ar completamente. Minha garganta se fechava a cada segundo e eu não podia respirar. Fui perdendo a consciência e deixei cair uma lágrima solitária rumo ao chão da floresta, que seria pela última vez.

De repente, algo realmente mágico aconteceu. Pude ouviu o barulho da minha lágrima batendo na grama e instantaneamente Aguane foi jogada para longe, por uma força que nem eu mesma conhecia. Meu ar tinha voltado e eu me dei conta que estava coberta por uma luz branca que era capaz de iluminar toda a floresta. Olhei pra cima e só via luz, então tudo desapareceu como num passe de mágicas.

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