Companheirismo é o ninho das confidencias

Kisame P.O.V (Point Off View).

Depois de muito tempo finalmente receberam uma missão de seu líder, Pain, era por isso que o azulado halterofilista ficou aliviado quando soube. Já estava surtando sem nada para fazer em muito tempo hábil, afinal não gostava se ficar sem fazer alguma coisa porque era como se o tempo tivesse passando por suas mãos sem que pudesse fazer nada, estava ficando entediado e aborrecido com a falta de adrenalina e planos futuros. E, além disso: Odiava não entrar numa boa luta.

Mudando de assunto, não menos importante que o anterior; Não sabia o que seu parceiro de cabelos longos andou fazendo nessas quatro semanas desde aquele dia na caverna não se encontraram ou fizeram contato e ele tinha que admitir que, embora não quisesse focar muito nisso, estava preocupado com a peste mais doque gostaria e achava descente pra um Shinobi de Kiri: Mas sabia que estava também aliviado, em parte, por voltar a ver seu parceiro desde a derradeira quase-morte do Uchiha insolente (Que estranhamente baixou a guarda, pediu desculpas por suas ações loucas, depois no mesmo dia sorriu por uma fração de segundos e ainda deixou um bilhetinho antes de partir daquela caverna insalubre – Aquele menino com certeza queria deixar Kisame louco com aquelas ações e humor instáveis, devia estar dando certo porque o Hoshigaki estava feliz por estarem dando passos tão promissores rumo a iminente amizade dado que era tão difícil se aproximar de Itachi e seu estado de espírito inconstante).

Além disso, ainda perdurava em suas constantes duvidas a seguinte questão: Porque especificamente o Uchiha massacrou o clã? Ele odiava um mistério. Não tinha nenhuma intenção de passar a informação adiante, porém instigava-o demais saber sobre aquilo. Todavia seus desejos de saber a verdade pareciam longe de se tornar realidade, então por fim ele balançou a cabeça contrariado e seguiu andando rumo ao local onde se encontrariam já sabendo que Itachi chegara muito antes dele. ‘’Mesmo de tão longe posso ver seu Chakra amarelo, Itachi-San.’’

▀▄▀▄▀▄ ...Um tempo depois...▀▄▀▄▀▄

Olharam-se numa troca de olhares intensa que ao mesmo tempo dizia nada e tudo, por incrível que parece dava para sentir a preocupação mutua um com o outro ali dentro dos olhares de cada um: Os olhos eram a janela para a alma, um ditado costumava dizer, e era assim que percebia que seu parceiro estava com o semblante mais sério que o habitual, parecendo taciturno e levemente amofinado. Em contra partida, via que Itachi procurava em seu olhar algo que denotasse que o azul era contra ir para a missão que receberam, cujo rumo era Kirigakure, sua antiga vila (Ou seja, o Hoshigaki notou claramente que seu parceiro estava verificando se ele estava insatisfeito ou não com a situação).

‘’Vamos?!’’ Murmurou para o moreno saber que estava tudo bem. ‘’Já nos demoramos o suficiente e quero acabar com isso de uma vez’’ (Pain não mudou sua politica sobre mandar Nukenins para suas vilas natais, mas a organização não sabiam muita coisa sobre o inimigo e o espadachim tinha mais conhecimento da área –Dai o motivo de envia-los).

Ambos ficaram em silencio por todo o percurso e parecia estranho, mas o clima não era tenso ou constrangedor eles só não tinham nada para falar, afinal de contas o azul foi observando cada minucia daquele lugar cujo um dia saiu: Kirigakure era uma ilha cercada pelo mar e por isso ambos optaram por pegar um barco, havia uma ponte que levava ao País da Agua por sinal, mas era o caminho mais obvio e chamaria muito atenção se seguissem por ele, além do mais, estar tão próximo do mar lhe pareceu mais confortável e consolável porque tinha perdido isso tudo e queria ao menos fazer voltar à memória como era sentir a brisa salgada e cheiro de mar. Nostalgia no ar; o mar estava revolto com ondas um tanto violentas e as nuvens eram cinza com névoa, mas não parecia que iria chover.

Distraiu-se com toda a nostalgia por um tempo, mas depois pôs-se a observar oque Itachi estava fazendo: O moleque estava pensativo demais e o azul preocupava-se com o teor de tais pensamentos, afinal, da ultima vez provavelmente foi isso que o levou a uma experiência de quase-morte. Rosnou baixo e fechou os olhos por um tempo, não queria pensar que aquele pirralho tão novo estava tão compenetrado em intencional matar a si mesmo. Ele não tinha mais nenhum amor a própria vida vida? Será que o espadachim podia fazer algo para faze-lo mudar de ideia?

Kisame fez uma careta: Ele definitivamente não queria pensar nessas coisas porque lhe faziam ficar fechado em si mesmo por constantemente remoer essas questões. Porque raios os problemas de Itachi estavam se tornando seus problemas? Porque ele se importava tanto com isso?

Focou em outra coisa mais profissional tentando afastar seu afeto terno por Itachi: A missão.  Há cerca de uma semana um grupo ANBU de Kirigakure recebeu como missão caçar os membros da Akatsuki (O ex-Kiri-nin sabia que era um grupo especializado de ninjas caçadores chamados de Oinin, encarregados de caçar ninjas desertores). Dessa forma ele próprio era o principal alvo dos Oinin, porém os outros da organização também estavam na mira para uma eventual recompensa.

Olhou de soslaio para o moreno mais uma vez, traindo a si mesmo e espiando novamente o estado de espirito do outro: Itachi continuava mudo, angustiado e fechado em suas próprias preocupações.

Há cinco anos eles tinham recrutado aquele garoto estranho, magricela e baixinho (bem, ele não era mais tão baixinho: O garoto que outrora batia em seu cotovelo agora era só uma cabeça a menos que ele, tinha espichado o aquela peste, surto de crescimento comum da idade). Mas a duvida que teve desde o inicio continuava, ainda se perguntava o porquê, por que Itachi assassinou seu clã?

O espadachim sabia que o Uchiha ainda lamuriava-se em pesadelos pelas mortes que causou, nem precisava seguir em viagem com ele pra saber que aquelas extensas olheira profundas em seu rosto demarcavam insônia. Resumo: Matou sua família para viver em meio a sombras invisíveis, desconhecido, odiado, ignorado por todos em sua autoimposta reclusão, com pensamentos de suicidar-se constantemente e afundando-se na merda a cada dia que passava.

Antes daquilo tudo ele tinha a vida perfeita como futuro chefe de clã, por que matou toda a sua linhagem então? Itachi não parecia uma criança assassina fria e ele claramente sofria com toda a situação. Porque seu parceiro matou seus familiares? Kisame não era tão inepto quanto parecia, à resposta para a questão era simples até: Itachi foi, por coação, levado a tal ato.

Mas por quê? (Gostava de crer que um dia Itachi confiaria nele o suficiente para dizer).

Com os pensamentos a mil, tornou a olhar para as ondas revoltas de fúria esperando que isso o acalmaria, de certa forma: Eles estavam quase chegando, já dava para ver a ilha de Kiri.

 Suspirou, já ficando com dor de cabeça. Fosse como fosse, Itachi era um pivete estranho que um dia ele teria o prazer de desvendar.

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Itachi P.O.V (Point Off View)

Estava estranhando todo aquele silencio que pairava no ar, seu parceiro azul costumava ser um chato tagarela e a recente quietude pegou o moreno desprevenido. Tinha algo tumultuoso rondando a mente de seu camarada grandalhão e ele não sabia se era a visita inesperada ao antigo vilarejo da Névoa ou se era ele próprio (Porque ele não deixou passar desapercebido aqueles olhares incomuns que Kisame lhe lançava hora ou outra). A única vez que trocaram palavras até aquele instante desde que se reencontraram foi apenas para discutir sobre a estratégia que tomariam na missão, isso bem brevemente e depois o silencio voltou.

Estavam andando pela floresta da Vila da Névoa e como já era esperado havia um nevoeiro denso tomando o lugar de forma sombria e vaga: Seu Sharingan ativado e atento a qualquer sinal de aproximação.

O plano que o Hoshigaki armou era simples e clichê: Eles entrariam em Kiri e os Ninjas Caçadores logo iriam atrás deles para mata-los considerando a ‘visita’ como uma afronta e Kisame realmente adorava afrontar as pessoas (Quase se opôs a coisa toda, mas o outro lhe prometeu de que seria um descarte rápido e eficiente, de qualquer maneira eles teriam que eliminar os Oinins que encontrassem com habilidade e destreza porque o ex-Kiri-nin lhe explicou que os Oinin não deixariam de caça-los caso não os matassem, continuariam vindo e vindo sempre que fosse pertinente. O Uchiha ainda queria se opor aquela matança, mas quando estavam em Konoha seu parceiro azul fez tudo oque ele lhe pediu, então agora que estavam na antiga vila do outro ele retribuiria o favor ainda que a contragosto).

▀▄▀▄▀▄ ...Um tempo depois...▀▄▀▄▀▄

Itachi olhou para o espadachim enquanto caminhavam: O homem estava mais quieto que um tumulo e com certeza o ultimo encontro dos dois naquela caverna e nas circunstâncias que os levaram para lá ajudou um pouco. Mas não conseguia entender qual era o problema real porque sabia que sem dúvida o homem estava preocupado com seu bem-estar, agora que entendia sobre sua condição debilitada e seus incessantes desejos de morte. Entretanto isso era comum no mundo ninja: Mortes eram corriqueiras, porque o azul parecia estar tão chateado com toda a questão? A vida nem era dele!

Pra um tubarão assassino e solitário seu camarada estava se saindo um belo sentimental. A única coisa que Itachi não entendia era o porquê de Kisame insistir em ser seu amigo num mundo assim tão tomado por ódio e destruição. E aquela preocupação toda que ele andava demonstrando desde sempre era motivo para muitos questionamentos.

O moreno não conseguia entender aquela preocupação do Hoshigaki com ele como um todo coerente, porém ele percebeu que as pessoas que se dizem boas e certas na lei estão sempre lá se gabando disso, se gabando de nunca ter perdido o rumo de suas vidas, mas elas nunca saberão que mesmo na mais profunda escuridão há beleza, nunca saberão que assassinos declarados, desertores, traidores e ninjas vis também choravam, entristeciam-se e também tinham sentimentos. Podia ser contraditório: Mas criminosos desonestos também tinham emoções. Ele tinha, e seu parceiro também (Assim como todo o resto da Akatsuki).

Naquele mundo Shinobi um assassino sanguinário ainda podia ter um coração (Mesmo que quebrado). Ele mesmo era a prova disso: Chacinara a própria família e ainda sim amava seu irmãozinho.

Era obvio então que Kisame nutria afeto por ele, e era muito possível sim ele ser ao mesmo tempo um Shinobi impiedoso e ao mesmo tempo um camarada gentil. Mas porque com ele? Oque tinha de tão especial em si mesmo para seu parceiro azul estar tão emocionalmente ligado?

Ele não sabia, mas pensar sobre isso estava lhe dando uma dor de cabeça horrível. Fosse como fosse, Kisame com certeza era um monstrengo estranho que um dia Itachi esperava desvendar e sentia que isso viria mais cedo ou mais tarde.

▀▄▀▄▀▄ ...Um tempo depois...▀▄▀▄▀▄

Logo percebeu que tinha alguém se aproximando: Ele nem precisou informar seu parceiro da presença repentina, nem sequer precisa falar a sua tática de ataque em voz alta. Eles costumavam se comunicavam em um nível que não exige o desperdício de palavras, sabiam exatamente o que o outro tinha a capacidade de fazer, sabiam como unir suas capacidades e até saber o que cada movimento sutil um do outro significava, era uma conexão sem explicação, mas muito eficaz. Nada poderia se comparar com a confiança e harmonia que Itachi e Kisame tinham, eles estavam convictos da vitória (Eram assassinos de classe alta afinal).

Basicamente iria lançar um Genjutsu para distrair os ninjas por tempo suficiente para que eles chegassem perto o suficiente para mata-los. E tudo saiu como esperado: A neblina colaborou um pouco, ela estava mais baixa e estava fina, por tanto quando os Oinin se aproximaram o suficiente para estar bem perto e olharam para Itachi foi o fim.

O Genjutsu funcionou como planejado fazendo parecer como se nada tivesse mudado, enquanto os Oinin estavam presos nas ilusões seu parceiro se encarregaram de se aproximar e mata-los rapidamente. Durou menos de um minuto: E todos estavam no chão, mortos.

O espadachim fez uma careta, claramente desgostoso com aquela luta: Foi fácil demais. ‘’Sério? Era dessa Ameaça que Líder-Sama falava?’’ Bufou o maior ‘’Eu esperava mais de minha vila natal, sabe? Uma decepção... ’’

‘’Hn’’ Murmurou desconfortável com os corpos ainda ao seu redor.

O grandão olhou-o e acrescentou: ‘’Eles não esperavam nossa ousadia de aparecer aqui imagino, além disso, tenho que admitir: Kirigakure não gosta de lutar contra portadores de Kekkei Genkai. A maioria dos ninjas tem medo de pessoas com habilidades genéticas. ’’

‘’Incluindo você?’’ Perguntou o Uchiha com sobrancelha arqueada.

Kisame riu. ‘’Vou lhe falar a verdade, a verdade é algo que prezo. A afirmação inclui a mim mesmo também, mas não comece a se vangloriar ou com Sharingan ou não eu arranjo um jeito de lhe derrotar ’’ Rosnou carrancudo ‘’Nem seria tão difícil, se quer saber, você nem está nos seus melhores dias ultimamente’’ Debochou.

‘’Hn’’ Murmurou o moreno já perdendo o interesse naquela conversa. Ele focou em outra coisa: ‘’O que devemos fazer agora?’’ Perguntou num tom grave e intenso, mas deixando claro que era o espadachim que estava ditando as regras daquela vez (Se bem que o outro já devia ter notado, não era tolo nem nada).

‘’Acho melhor ficarmos por mais um tempo, essa batalha foi muito rápida, vão enviar outra equipe posteriormente para caçar a Akatsuki se deixarmos por isso mesmo. ’’

O moreno fez questão de torcer o cenho e murmurar: ‘’Acho que eles já ficarão chocados ao saber que esse grupo de Oinins foi tão facilmente derrotado. Eles são um ramo da ANBU afinal ’’.

‘’Você claramente esta desgostoso com a possibilidade de mais sangue’’ Kisame riu ‘’Quem diria que um dos maiores assassinos da historia tem uma filosofia de oposição à lutas e confrontos que levem a óbito desnecessários!’’.

O mais novo não respondeu, apenas ignorou-o demonstrando em sua franca falta de resposta sua indignação as risadas do outro.

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Kisame P.O.V (Point Off View).

Estavam acostumados em ficar em florestas e portanto se acomodaram perto de uma praia pequena: A neblina ali era mais densa e escura, porém mesmo assim estava a vontade naquela localidade (Diferente de Itachi que relutava em desligar o Sharingan).

Tirou aqueles pensamentos de sua cabeça: Não queria se preocupar com o garoto. Não, ele não queria se incomodar mais com isso porque agora estava ali na beira do mar sintonizado com a água, isso era uma de suas fraquezas: Sempre se sentia relaxado quando estava em seu país de origem, mesmo que ele fosse um exilado. Afinal de contas, ele não deixou de bom grado aquele lugar, foi aquela vida errante que levava naquele vilarejo e aquelas terríveis decepções que lhe levaram a tal coisa.

Mas aquela missão ocasional que levaram-no de volta aquele lugar eram quase suficiente para sanar suas saudades das pequeníssimas coisas que lhe faziam bem ali. E ele perdeu essas pequenas coisas: Perdeu o oceano, perdeu seus companheiros espadachins, perdeu seus velhos camaradas...

Mas não era o fim, ele lembrou a si mesmo, ele fez novos amigos: Itachi era um deles, não é?

Olhou de relance para ver oque o pirralho estava aprontando: Parecia entediado, afinal estava jogado na areia olhando para o alto dentre a neblina para as nuvens escuras e tempestuosas.

Pigarreou e chamou-o para dar um pulo na agua, mas Itachi recusou a oferta educadamente (Como ele já imaginava). Continuava lá com rosto pensativo e expressões sérias e não importava oque o espadachim não conseguia ler oque passava na mente do outro e por isso o homem azul foi até o garoto: ‘’O que esta acontecendo, Itachi-San? Você está muito quieto. ’’

‘’Você que costuma fazer o papel de tagarela! ’’ Falou com sua voz típica.

‘’Mas você parece estranho hoje’’ Falou rebatendo. ‘’Mas que o normal, quero dizer!’’ Disse sorrindo aberto, debochando.

Um certo brilho de irritação tocou os olhos afiados do menino: ‘’Fala o homem que é azul e tem guelras’’ Falou friamente, sua voz nunca perdendo a monotonia típica de sempre.

‘’Certo, acho que mereci isso. Estou te provocando desde muito cedo hoje.’’ Kisame estreitou os olhos, sorrindo de canto. ‘’Mas ainda me surpreendo por despertar essa reação em você!’’.

O moreno suspirou se acalmando e voltando atrás: ‘’Desculpe-me pela grosseria. Foi uma piada de mau gosto’’.

‘’Sabe Itachi? Seu senso de humor só não é mais estranho que você.’’ Rebateu, era obvio que seu camarada não gostou da atitude e logo o azul tratou de se redimir também. ‘’Pensei que se eu não parasse de zombar de você, iria demonstrar algo que não fosse tristeza e introspecção’’.

‘’Hn’’ Só murmurou parecendo que seu estado de espirito ainda era pra baixo.

Kisame fez uma careta e voltou a olhar o mar. ‘’Devemos ficar de vigília essa noite’’.

Devia ser onze e meia da noite: Kisame ficou na água aproveitando a maresia enquanto Itachi cochilava na areia encostado contra uma pedra cheia de musgo. O azul sempre ficava vigiando primeiro (Ele preferia ficar acordado até tarde e a peste costumava ficar acordado de madrugada, fossem pelos seus pesadelos que o impediam de ter uma noite plena ou fosse por gostar da matina).

Não ligou para a questão de estar em uma missão: era ali que revigorava suas energias, com a cabeça virada para a linha da maré, aquilo lhe chamava, era seu antigo lar.

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Itachi P.O.V (Point Off View).

Não estava verdadeiramente dormindo, apenas com os olhos fechados repondo as forças de ter usado genjutsu mais cedo com o Sharingan. Logo a calmaria da situação lhe incomodou, não era comum estar numa vila hostil e ficar em períodos de paz assim.

Olhou ao redor notando que seu parceiro estava na agua, ainda, e isso de certa forma não o surpreendia. Lembrava claramente de quando foi a Konoha: Não houve tempo hábil para relembrar direito como era percorrer aquelas ruas tão bem conhecidas por ele, afinal estava tenso por esbarrar nos seus antigos companheiros e ainda não tinha intenção nenhuma de cumprir a missão dada pela Akatsuki. Então ficou fora de si e mal se tocou doque a localidade lhe trazia de memorias.

Porem, lembrava que o pouco que experimentou foi o suficiente: Os portões da vila grandes e de ornamentação de madeira, aquela loja de Dango, o Monumento Hokage lá no topo da montanha junto ao escritório do Kaje, a academia logo do lado da estação ninja, aquelas ruas de terra batida, as pessoas, o dia de sol, arvores e folhas num clima agradável (Não fosse oque ele foi fazer lá), mas ainda sim a nostalgia de estar novamente em sua terra natal era indescritível, mesmo como um Nukenin e assim ele entendia seu camarada azul. Compreendia o afinco em se afogar nas saudades.

Não percebeu quanto tempo ficou olhando o azul de forma abestalhada, mas soube que tornou visível quando o espadachim percebeu e saiu da agua, caminhando até ele calmamente.

‘’Esta tudo muito parado por aqui... ’’ Falou sentando-se na areia e olhando para o mar em paz. Mas Itachi se manteve olhando para o homem, sem fazer menção de esconder e o outro logo questionou: ‘’O que foi Itachi-San?’’.

‘’Você sente falta de viver aqui, não é?’’.

O homem riu, olhando para ele pelo canto do olho enquanto fingia olhar o mar: ‘’O que te fez pensar assim?’’

O moreno desviou o olhar encolhendo os ombros e fazendo uma careta, parecendo um jovem comum de repente. ‘’Eu não sei. Mas você parece se sentir bem aqui. Eu pensei que poderia ser porque você sente falta deste lugar’’.

O outro olhou para ele por um segundo e assentiu. ‘’Eu sinto falta mesmo do lugar. Dos camaradas espadachins... Eu até sinto falta daquele idiota do Zabuza, que inclusive já tá morto. Este lugar era a minha casa’’.

‘’Entendo’’.

‘’Eu sei que sim. Você também sente falta de Konoha. E de sua antiga vida. De sua família e amigos... ’’ Arriscou Kisame.

‘’Não é fácil deixar tudo para trás’’  Falou baixinho.

O outro suspirou: ‘’Eu sei como é isso, estou nessa jornada a mais tempo que você. Estar longe de casa permanentemente é desafiador pelo fato de nunca saber o que esperar, tudo pode mudar num segundo, e você não tem com quem contar. É assustador por alguns lados e por isso você tem que ficar sempre atento, de olhos abertos. Aliados podem se tornar inimigos muito facilmente e por isso você tem que se manter sempre um passo a frente dos outros, complicado mesmo é não ficar paranoico. Não existe nenhuma instancia como vila ou pais para nos proteger ou chamar de lar, mesmo para nos abrigar em qualquer lugar é complicado.’’

A intensidade do olhar do moreno era tocante, olhos escuros como ônix, mas que dava para transparecer muito doque ele pensava se você olhasse direito: ‘’Eu te respeito Kisame.’’

O outro olhou-o surpreso, mas alguns segundos depois se recompôs murmurando: ‘’Acho que posso dizer o mesmo de você, Itachi-san!’’ Alguns minutos se passaram confortavelmente entre os dois e o azul tornou a falar: ‘’Quer ouvir minha historia?’’

Foi a vez do Uchiha de ficar surpreso, de olhos arregalados e boca aberta. Depois que se recuperou analisou a ideia por alguns segundos e logo balançou a cabeça afirmando: ‘’Você adora me contar historias, ficarei honrado em ouvir esta, em especial’’. 

O outro fez uma pausa longa antes de prosseguir: ‘’Bem, por onde começo?(...)’’ Divagou por um tempo. ‘’Kirigakure sempre foi dividida em um sistema de castas desde sua fundação, assim os ninjas de maior hierarquia eram aqueles de linhagem familiar original de Kirigakure, a segunda casta era para membros de famílias que se aliavam a nós nos campos de batalha, enquanto a última e a mais baixa casta consistia em membros das famílias que foram derrotados nos campos de batalha e alocados ao vilarejo como servos’’.

O moreno olhou para ele um tanto surpreendido. ‘’Nunca ouvi falar disso...’’

‘’Ainda há mais doque você pode imaginar’’ O Azul instigou-o a ficar mais curioso. ‘’Anos e anos atrás no País da Agua acontecia batalhas atrás de batalhas e muitas famílias e clãs inteiros foram levados a Kiri depois de derrotados em conflitos. Porém aconteceu uma falha funcional, chegou uma hora que existia mais da casta inferior de antigos derrotados e agora servos doque o contraria, então aconteceu uma revolta da Casta’’.

‘’Esta falando sério?’’ Questionou o Uchiha.

‘’Mas é claro, isso é nossa historia. Inclusive, é muito provável que eu descenda de algum clã de terras longínquas mar adentro, que foi derrotado algum dia e trazido pra cá’’.

‘’Que interessante!’’ Exclamou. ‘’E oque aconteceu com a revolta?’’

‘’Eles tiveram uma boa margem para vencer, estavam em maioria e tinha uma coisa muito boa na manga porque a maioria tinha habilidades genéticas avançadas, os famosos: Kekkei Genkai, eles venceram fácil de inicio. Mas a reviravolta aconteceu depois, muitas traições e passos em falso; A questão era que quando chegaram em ascensão começaram a lutar contra eles mesmos sobre quem e como governaria Kiri. Vendo a desordem as outras duas Casta mais altas logo se reagruparam e conseguiram tramar uma estratégia que os derrubassem e subjugassem novamente’’.

O mais jovem torceu a cara ‘’Sabedoria sempre vence força e números’’.

‘’Depois disso houve muito repudio a pessoas com Kekkei Genkai, passaram a temer por conta da possibilidade de novos golpes e revoltas’’.

‘’E todos passaram a ser agredidos.’’ Afirmou o outro já compreendendo.

‘’Sim. Até dizem que tinha um clã chamado Hoshigaki, mas seus membros como os demais como eles foram caçados e exterminados por possuírem uma linhagem sanguínea avançada. Talvez exista outros Hoshigakis por ai, mas eu nunca conheci nenhum. Fui criado às escondidas pelo cara que me achou quando bebe, meu ex-mestre Fuguki Suikazan’’.

‘’Então você nunca conheceu seus pais?’’

‘’Não. E Fuguki não era bem como um pai substituto, ele só queria minha força e alta capacidade de chackra pra ele. De qualquer forma eu tinha que ser forte para lutar e não ser assassinado assim como os outros de meu clã e outros parecidos na mesma situação, então como Fuguki era um ninja me doutrinou a seguir o mesmo caminho para que depois eu pudesse servi-lo com minhas habilidades em troca dele ter salvo minha vida.’’

Torceu o cenho: ‘’Sinto muito’’.

‘’Tudo bem, eu não ligo mesmo.’’ Murmurou. ‘’Enfim, ainda que minha existência fosse hostil por conta da linhagem genética dos Hoshigaki, quando atingi certa idade já podia me cuidar sozinho, cheguei a treinar na academia ninja. O teste Genin aqui é um torneio de morte onde os participantes assassinam os demais colegas até que sobre apenas um grupo seleto e forte de garotos e garotas, apenas aqueles que sobreviviam poderiam avançar para as fileiras ninja’’.

‘’Era uma prova obrigatória?’’

‘’Para as demais castas não. Mas a ultima casta, a qual eu fazia inegavelmente parte, era obrigatório tipo uma forma indiscriminada de tentar acabar com aqueles que restaram por ai com linhagem avançada’’ Explicou. ‘’Mas as crianças das outras duas Castas superiores não eram obrigadas: Quando chegava a hora era dito a elas oque se devia enfrentar, a criança podia desistir e não se torna ninja, apesar de que isso seria uma vergonha para suas famílias e clãs conhecidos e de renome. As crianças que escolhiam tentar e as que não tinham opção eram levadas até um território de arena especifica e fechada da vila e tínhamos que matar umas as outras para sobreviver até o fim, tudo era visto pelos os outros habitantes que até chegavam a fazer apostas ’’.

‘’Ouvi falar’’ Grunhiu. ‘’Foi assim que a vila tornou-se infamemente conhecida no mundo Shinobi como a Vila da Névoa Sangrenta’’ o moreno destacou.

‘’Eu passei por esse teste, é algo que eles fazem para separar os mais fortes dos mais fracos... ’’

‘’É como aquilo que me contou quando nos conhecemos, a historia dos tubarões?’’

‘’É tipo isso... Algo assim...’’

‘’Era sobre isso a que se referia? Quando falou que matou seus companheiros?’’

‘’Também... Mas eu não matei só esses...’’

‘’Hn’’ Murmurou, pensando que tinha muitos elementos sinistros na historia pessoal de seu parceiro, era difícil processar tudo de uma vez só.

‘’Ainda quer ouvir o resto?’’

‘’Sim’’ Respondeu baixinho.

‘’Não é uma historia feliz!’’ Avisou.

‘’Tudo bem!’’

‘’Então... Onde eu parei... Me tornei ninja... E não tive muitos amigos porque eu estava um tanto convencido de que era apenas uma ferramenta a ser usada, eu queria pensar assim totalmente, mas no fundo questionava essas coisas todas, eu sabia que estava sendo usado o tempo todo e que não era isso que eu queria pra mim, além disso acabei criando laços mesmo sem querer com outros jovens como eu, tava tentando conciliar isso de ser um ninja e uma arma e ainda ter sentimentos e camaradas. Estava muito confuso porque querendo ou não matei meus camaradas de Kiri naquele primeiro teste genin e depois eu não sabia se podia confiar totalmente nos novos amigos que ia criando conforme o tempo passava. Então numa noite eu fui designado para o ‘Esquadrão Secreto de Inteligência’ por meu mestre e tutor, Fuguki’’.

‘’Tenho a impressão de que isso deu terrivelmente errado, da maneira como você esta contando’’.

‘’Está certíssimo. Foi assim: Eu teria que fazer algo como uma ‘escolta’ pra uns camaradas, eles estavam levando um pergaminho de nossa vila, eu sabia que era algo importante, mas não sabia exatamente o que era. A minha missão era proteger o código custasse o que custasse e eu faria isso. Então, quando paramos para descansar naquela noite, o time inteiro foi encurralado por um pelotão de Konoha’’.

‘’Um esquadrão de Konoha?’’ O moreno olhou-o surpreso.

‘’Sim, talvez você conheça o capitão, um tal de Ibiki Morino.’’

‘’Sim... Conheço, ele que aplica as provas finais durante o teste chunnin ninja. Ele é um cara muito rigoroso, Kakashi dizia que ele era um sadista e eu não duvido disso até hoje, a filosofia do cara é que a dor é a melhor forma de comunicação. Costumavam dizer que ele era o interrogador e torturador mais eficaz da vila... ’’ Estremeceu.

‘’Então você conhece o homem. Enfim, o esquadrão deles nos cercou para roubar o pergaminho...’’

‘’Eu não preciso saber o que houve. Ele os matou, não é?’’

‘’Não!’’

‘’Não?’’ Itachi indagou confuso.

‘’Não, ele não os matou. Eu os matei, matei meus camaradas! ’’ Respondeu e Itachi olhava-o desfocado. ‘’Confuso? Bem, eu sabia que não tínhamos chance contra eles, bem, pelo menos os homens que estavam comigo não tinham. Eu sabia que Ibiki era o melhor torturador dos ANBU de Konoha, então eu peguei o código e pensei em seguir sem meu time. Mas eu também sabia que não podia deixa-los vivos para trás...’’

O Uchiha compreendeu: ‘’Agora entendo, você podia escapar ileso e proteger o código. Mas escolheu matar seus companheiros por que se ficassem para trás vivos o esquadrão os capturaria. Você escolheu matar seus companheiros de equipe a fim de prevenir o vazamento de qualquer informação, mas não só por isso, você deu a eles uma morte rápida, coisa que não teriam se fossem capturados...’’

‘’Você é inteligente como dizem garoto. E se eu tiver a oportunidade, acabo com aquele tal de Ibiki... ’’

‘’Vingança?’’

‘’Não. Acerto de contas... ’’

‘’Hn’’

‘’Mas esse não foi o motivo para mim desertar, foi o que aconteceu depois: Eu levei o selo em segurança, o meu ato foi considerado honroso, eu fui promovido e entrei para a ANBU. Mas eu estava cheio de questionamentos, não estava tão convicto de que meu ato foi honroso, afinal matei aqueles que confiavam em mim ainda que por meus motivos, culpava-me, achava que como guardião tanto do pergaminho quanto da equipe deveria ter visto aquele pelotão inimigo chegando. Eu estava muito desiludido com a vida naquele tempo, estava pensando em acabar com tudo aquilo, piorou quando descobri que meu mestre e tutor estava traindo a vila por dinheiro!’’

‘’Como assim?’’

‘’Oque aconteceu foi que eu acabei matando meu tutor e mestre quando percebi que ele estava vendendo informação de nossa aldeia para outras para beneficio próprio, ele era o antigo dono da Samehada também, eu peguei-a para mim depois que o matei. Depois disso novamente eu fui considerado como uma pessoa honrada por proteger a vila e ser leal a Kiri e assim o substitui como um dos Sete Espadachins da Névoa.’’

‘’Você não parece triste com a morte dele’’ Observou Itachi.

‘’Você tem razão. Ele não era como um pai ou algo assim. Mas foi uma grande decepção com certeza: Ele teve o fim que mereceu... Mas isso me chateou bastante na época’’.

‘’Então foi assim que virou um dos sete espadachins da nevoa.’’ Divagou ‘’Mas você ainda não falou como virou Nukenin’’.

‘’Realmente...’’ Afirmou Kisame. ‘’A vila da nevoa é conhecida como uma vila sangrenta pelos motivos que você já sabe... Naquela época eu já tinha o apelido de Monstro da aldeia da Nevoa,  já tinha muito sangue em minhas mãos tanto de inimigos de outras vilas quanto de pessoas da minha própria, e depois que virei um espadachim as coisas não mudaram só cresceram de proporção. Mas eu quero lhe dizer que não sou um hipócrita, eu admito que sempre gostei de lutar e geralmente eu não tenho nem um problema em matar também... Mas tinha algo me incomodando muito nisso tudo...’’.

‘’O que?’’

‘’Todos me elogiavam por meus atos de lealdade com Kirigakure, mas eu estava cheio de desilusão com tudo. Eu não acreditava mais que eu realmente era leal à aldeia porque acreditava que matar meus companheiros de Kiri era uma coisa horrível e desleal, uma vida cheia de traição e assassinatos contra meus próprios camaradas, eu não sabia mais oque fazer, eu não podia mais viver em uma vida cheia de mentiras assim, onde eu era usado e usava os outros, então... ’’

‘’Você desertou?

‘’Sim. Inicialmente. Eu não podia mais viver em Kiri porque embora eles dissessem que meus atos foram honrados, eu não podia conviver com a ideia de que fiz meus companheiros sofrer. Eles confiavam em mim e eu os matei, tirei deles os sonhos, as esperanças e a confiança. Eu acho que eles mereciam a verdade. Eu também merecia a verdade, mas estávamos todos envoltos de varias mentiras e de artimanhas cruéis que usavam-nos...’’.

‘’Compreendo’’ Murmurou o moreno pensativo.

‘’Além disso, eu não podia ficar mais na vila correndo o risco de trair meus amigos de novo, eles merecem algo melhor que isso afinal. E agora como Nukenin é diferente, pois ao menos eles me veem como um inimigo e não um amigo que eles podem confiar e que poderia trai-los repentinamente’’.

‘’Sei’’.

''Depois eu percebi que muito do que me tornei foi devido à vida que tive aqui em Kiri, então tentei derrubar o governo vigente, tipo um militante. Me colocaram no Bingo book e passaram a me procurar por conspirar para derrubar o governo e por estar envolvido em assassinatos sem autorização, cheguei a matar o Daimyo do País da Agua, porém nada mudou...’’

‘’Então você se uniu a Akatsuki, suponho’’.

‘’Mais ou menos isso, quando fui capturado me levaram até o Mizukage, ele me interrogou e eu revelei o meu desgosto com essa vida de manipulação e mentiras que me rondava. E foi ai que descobri que o Mizukage estava sendo controlado por Tobi temporariamente’’.

‘’Tobi? O Tobi que conhecemos?’’.

‘’Mais é claro que é o Tobi que conhecemos! O outro maldito Uchiha dessa organização. Ele se revelou para mim chamando-se de Madara, mas eu sei que não podia ser porque o Madara original já tinha morrido faz tempo. De qualquer forma ele contou-me os planos da Akatsuki e eu acabei ingressando a organização...’’.

‘’Então aqui está você’’ Meditou o moreno.

‘’Aqui estou eu’’ Confirmou sorrindo.

O Uchiha olhou o mar revoltado e intenso. ‘’Você tem uma história e tanto. Fico agradecido pela confiança em mim, mas tenho que lhe dizer isso: Espero que não tenha me contado sua historia esperando que eu conte a minha logo em seguida. Eu não estou disposto a te contar...’’ Disse na voz de sempre.

‘’Sei disso, isso nunca foi minha intenção, Itachi-san!’’.

‘’Hn’’

‘’Só não tenho nada pra esconder em minha história, minha vida é um livro aberto e tudo que lhe contei é a mais pura verdade. Achei que como amigo, eu podia lhe contar isso.’’ Rebateu o azul (Notando que Itachi não o corrigiu ou brigou quando o chamou de amigo).

O Uchiha apenas olhou intensamente para o outro e logo perguntou: ‘’Me diga uma coisa e seja sincero!’’

‘’Claro, qualquer coisa!’’

‘’Porque se importa comigo?’’

O espadachim torceu a cara, fazendo uma carranca feia, sem jeito com o questionamento repentino. ‘’Eu não sei ao certo, às vezes me pego pensando a mesma coisa. Mas acredito que me identifico com você, afinal eu também era um garoto perdido nesse mundo, sem perspectivas pro futuro e cheio de desilusões com a vida. E mesmo agora, nós dois somos nukenins, nós dois matamos pessoas que confiavam em nós, nós dois somos considerados monstros psicopatas pelo resto do mundo, você tem que concordar que temos um punhado de familiaridades’’.

‘’É... Você tem toda a razão!’’ Confirmou o moreno e olhou com atenção para seu parceiro azul. ‘’Sabe Kisame, você não é como eu imaginava que fosse. Eu havia pensado que lhe conhecia premeditadamente, mas nem cheguei perto da realidade...’’

‘’Não sou como imaginava pra bom ou pra ruim?’’

‘’Pra bom, é claro!’’ Explicou.

(E Kisame podia jurar que havia outro pequeno sorriso lá, um sorriso tímido que logo esmoreceu com a realidade massacrante. Mas esteva lá, nem que por meros segundos novamente! E isso até fez Kisame esquecer a falta repentina de ação e adrenalina daquela missão monótona).