Itachi and Kisame History (Em Revisão) escrita por AnneAngel


Capítulo 17
Capitulo 16 – Perguntas (Reescrito)


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente. Olha eu aqui de novo...

Esse capitulo ficou grande também, eu ando me empolgando demais...
Se vcs estiverem achando grande demais me avisem, pois eu posso tentar diminuir...

Enfim, aqui esta mais um capitulo, espero que gostem..
beijos.
Ps; Não se esqueçam de ler as notas finais...



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Nunca é tarde para recomeços, pior que errar é não querer mudar.

Itachi P.O.V (Point Off View).

Haviam se passado alguns meses desde que foi até Konoha, aquilo jamais sairia de sua mente, embora ainda parecesse que a coisa toda não passou de um sonho ruim: Era difícil crer que havia mesmo posto os pés em sua antiga vila e que tinha mesmo andado por aquelas ruas já tão bem conhecidas por ele. Era difícil acreditar que reencontrou conhecidos e reviu seu pequeno irmão. Era ainda mais excruciante acreditar que feriu seus companheiros e seu querido otouto.

Quando ele fechava os olhos podia simplesmente imaginar que aquilo tudo, e a sequência de violência que se seguiu, não passou de mais um de seus inúmeros pesadelos. Porém, tinha que ser realista e pratico: Ainda havia uma pequena e incessante voz no fundo de sua mente que lhe lembrava que tudo acontecera realmente, apesar dele ainda se sentir anestesiado com toda a situação.

Estava bastante descontente com tudo oque vinha acontecendo, a culpa o consumia e não tinha mais esperança no que quer que acontecesse em seu próprio futuro. E depois de tudo, sentia-se muito triste e sozinho (Tinha consciência que Kisame queria ajuda-lo, mas entendia que pouco a pouco e de forma progressiva estava se isolando de tudo e todos).

Tudo oque conseguia pensar era incessantemente relacionado às agressões que causara recentemente a seu irmão (E aos outros conhecidos seus em Konohakure), bem como no assassinato que cometera contra sua família; não conseguia afastar esses pensamentos e nem a sensação de culpa e martírio que vinha em conjunto, era como uma repetição insistente e mórbida, como um flashback cruel (Talvez por isso tenha feito seu irmão reviver aquela cena tantas vezes dentro do Tsukuyomi, pois ele mesmo não conseguia parar de reviver aquilo e apenas apresentou seus próprios pesadelos, tormentos e medos refletindo-os).

Aquelas ideias suicidas ainda rondavam-no: Pois era como se ele sentisse que era seu próprio pior inimigo. (Sabia que seus comportamentos autodestrutivos estavam prejudicando-o, afinal ele sabia que não tomar os medicamentos indicados pela velha curandeira das montanhas direito abusando das substâncias ou não tomando-as como prescritas, não comer direito e ficar se fixando em coisas ruins era se expor a situações de risco). Mas oque ele podia fazer, não sentia mais como se sua vida fosse algo importante.

Caminhava devagar e estava um pouco debilitado por causa da maldita doença, mas como sempre, seu Sharingan ainda estava ativo. A questão era: Ele queria parar para descansar, porém antes tinha que fazer uma coisa.

Era um ato imprudente, mas ele só queria que seu irmão, Sasuke, voltasse a andar nos caminhos certos. Havia descoberto recentemente que seu irmão caçula foi para o lado de Orochimaru para treinar (Era irônico, mas não muito. Agora ele queria seu irmão de volta em Konoha).

Inicialmente ficou apavorado com a ideia de Sasuke perto de Orochimaru. Por isso ele foi ao esconderijo de Orochimaru, para espionar o infeliz Sannin. Ele iria talvez até para ‘puxar algumas cordinhas’ e fazer seu irmão tolo voltar a Konoha. (Ele ainda se amaldiçoava por não ter acabado com o Sannin Orochimaru quando teve a chance, por isso considerava a ideia de mata-lo agora, afinal, depois do ataque a Konoha. Mas o homem estava tão debilitado que chegava a ser fácil demais).

Itachi imaginou que não precisava se preocupar com Orochimaru, não por hora, entretanto tinha que reaver seus planos e arranjar uma forma de fazer seu irmão voltar para Konohakure.

Tudo ainda se resumia em sua morte. Pensava que se Sasuke o matasse ou que se, ao menos, o garoto descobrisse que ele morreu por algum motivo, sua vingança iria acabar, por que não haveria mais com o que lutar, certo? Seu irmão não teria escolha além de voltar a Konoha...

‘’Minha hora vai chegar logo!’’ Falou para as arvores, e isso dizer isso lembrava-o da voz de Kisame pedindo para ele não ser um ‘garoto suicida’. De qualquer forma não tinha como mudar isso:  Afinal ele iria morrer! (Fosse pelas mãos de Sasuke ou por outro motivo)...

E ele queria que isso acontecesse logo, pois seu irmão estava longe de sua vila natal e ele não sabia o que Sasuke poderia aprontar nesse meio tempo: Podia cometer crimes, poderia virar um Nukenin foragido em questão de tempo...

Itachi se sentia meio culpado, talvez  tenha forçado uma barra pesada quando esteve no vilarejo: Não precisava ter humilhado o irmão daquele jeito, por isso o menino saiu de Konoha, para buscar poder (E Itachi era mais que culpado por isso, era mais uma coisa para acrescentar em sua lista de ‘pecado’).

Ele pensou e pensou nas opções que tinha, estudou as possibilidades de Sasuke não voltar para a vila ainda que ele morresse, mas não queria se preocupar com isso.

Aquela coisa toda de doença esta progredindo, estava ficando cego. Não era tão ruim, pensava que poderia ser pior, porém ele esperava morrer antes de ficar completamente cego. (Antes ele só não conseguia enxergar depois de usar o Mangekyou com excesso, mas agora os danos a sua visão eram maiores).

Continuou a caminhar lentamente próximo a vila do Som: Ele andava calmamente, não estava se sentindo nada bem fazia uns três dias (desde que descobrira que seu otouto abandonou a vila), por isso se apoiou em uma arvore, parando para se estabilizar. Pegou um frasco de remédio grande em sua capa e jogou vários e mais vários comprimidos em sua mão, como havia fazendo aqueles dias todos em que estava deprimido, só que dessa vez havia mais remédios doque nos outros dias (sabia que isso não era o certo, passou a tomar vários de forma descontrolada, afinal ele já tinha parado de se preocupar com o que era certo a muito tempo, além disso qual seria o problema? Ele já não queria viver mesmo).

Guardou o frasco desengonçadamente e voltou a andar (Pensando que se Kisame estivesse ali com certeza iria reclamar e passar-lhe um sermão). Sabia que hora ou outra seria interceptado pelos ninjas de Otogakure, que nada mais eram doque capangas de Orochimaru (Doía-lhe pensar que seu querido otouto era um deles agora).

Não havia nem passado dez minutos desde que tomara a superdose de remédio, e já sentia alguns sintomas estranhos: Uma tontura muito forte começou e ele mal conseguiu ficar de pé, ao mesmo tempo que sentiu uma confusão mental intensa junto com uma dor de cabeça excruciante.

Ele se abaixou e segurou o chão. ‘’Merda!’’ Murmurou, aquele era o risco de misturar vários medicamentos e não seguir as orientações da velha, agora seu organismo não conseguia mais metabolizar a quantidade de remédio ingerida, então ele começou a entrar em colapso (Se foi uma overdose acidental ou provocada não dava pra tanta certeza).  Começou a ter dificuldade para respirar e já sentia umas fisgadas no peito e sua pulsação acelerada. ‘’Então... Acabou pra mim...’’ Murmurou. ‘’Será que encontrarei vocês, pai, mãe... Shisui...’’

A ultima coisa em que pensou era se seu irmão mais novo voltaria para Konohakure quando encontrasse seu corpo morto nos arredores de Otogakure (Afinal, ele seria um vingador sem mais motivos para se vingar).

══════════════

O moreno nunca foi realmente ligado à religião, apesar de que acreditava em algumas das coisas que aprendera ao longo da vida sobre xintoísmo e budismo (O clã Uchiha, por sinal, era bastante crente nas demandas do xintoísmo, muito de suas técnicas inclusive eram batizadas em homenagens a deuses dessa religião, como por exemplo o próprio Tsukuyomi, Amaterasu e Susano-o do moreno). Por tal fato, compreendia um pouco sobre o assunto, algo que sua mãe tentava lhe instruir sem muito esforço quando ele era pequeno.

Nunca foi realmente alguém que visitava templos, ou fazia orações constantemente a alguma divindade (Tipo o Hidan). Sendo ensinado de forma branda, nunca realmente deu bola aquele tipo de coisa. Entretanto, o incomum era que desde que assassinara seus familiares, aquele assunto de religião vira e mexe aparecia em sua mente, mesmo que ele não acreditasse fielmente naquelas coisas (Devia ser a culpa o consumindo): Oque não saia de sua mente era, pessoas que fizeram atos ruins em vida, que fizeram mau a almas puras, mau a monges ou a seus próprios pais, iriam para o inferno.

Como pensava, não era ligado a religião, mas sabia por ensinamentos de sua mãe e dos mais velhos do clã, que haviam seis reinos para onde as almas podiam reencarnar. Seu líder Pain, inclusive, devia bem acreditar nessa coisa toda da religião budista porque homenageou seus “Seis Caminhos da Dor” com cada um deles: Caminho Deva (Reino divino do céus), Caminho Asura (Reino da guerra), Caminho Humano (Reino Humano), Caminho Animal (Reino dos animais), Caminho Preta (Reino da Fome), Caminho Naraka (Reino do Inferno).

Foi por isso que quando acordou naquele lugar estranho não reconheceu onde estava, porque não condizia em nada com oque à religião que conhecia dizia sobre pós morte, tudo era diferente e não havia inferno nenhum pra ele. Aquele era o Plano Etéreo, o Outro Mundo, e mais parecia um Limbo doque qualquer outra coisa: Um lugar onde as pessoas ali presentes estavam esquecidas, embora parecesse um lugar provisório.

As pessoas que residiam naquele plano eram aquelas que não foram capazes de seguir em frente por conta de arrependimentos ou porque decidiram esperar por alguém. Ou pelo menos, foi isso que Sakumo Hatake lhe disse: Era por isso que ele sabia que estava MORTO, afinal, Sakumo Hatake estava morto há muito tempo e não tinha como ele encontrar aquele homem se não estivesse no mesmo estado.

(O homem não lhe conhecia, bem como ele não o conhecia também. Mas as semelhanças de Kakashi com o pai eram notórias, e afinal de contas todos já tinham conhecimento da historia do “Canino Branco de Konoha” porque sua historia era contada como um exemplo do que não fazer na vida ninja: Sakumo e sua equipe foram enviados em uma missão de grande importância para Konoha, porém quando a vida dos seus companheiros ficaram em perigo optou por abandonar a missão, a fim de salvá-los, o fracasso da missão fez com que o grisalho ficasse difamado por todo o País do Fogo, pelos aldeões de Konoha e até mesmo  por aqueles que ele tinha salvado. Desonrado, o pai de Kakashi caiu em uma depressão se suicidou. Oque deixou um gosto amargo na vida do filho e também na de Sasori, porque foi o Hatake que matou os pais do ruivo em uma missão).

O homem lhe relatou que podia sair daquele lugar e seguir adiante para um mundo de paz, mas preferiu ficar no limbo, à espera do dia em que ele poderia buscar o perdão de seu filho. O Uchiha então deixou-o lá em seu próprio martírio e explorou o lugar estranho com curiosidade, devia temer o fato de ter realmente falecido, mas o moreno nunca temeu a morte e agora achou que podia se dedicar a explorar a experiência de estar no Plano Etéreo. 

Não achou seus pais, muito menos Shisui: Não achou nada de relevante além de um  escudo etéreo estranho dotado de todas as cinco transformações da natureza e como tais mudanças características próprias de acordo com os do ataque que recebe, fazendo com que o ataque seja inteiramente ineficaz. Bem como achou uma espada estranha etérea, com uma lâmina encantada capaz de selar o que perfurar, sugando o que furar para dentro dum  “mundo de sonhos”, como um genjutsu (Dava para sela-los cada uma dessas coisas em si mesmo, ele testou. Embora não haveria uso nenhum já que ele estava morto).

Ele não queria essas coisas, ele queria seus pais, queria Shisui... Porque esbarrou com Sakumo e não com as pessoas que ele realmente queria ver?

▀▄▀▄▀▄ ...Um tempo depois...▀▄▀▄▀▄

Ele acordou sobressaltado, tentando puxar muito ar para seus pulmões, com o coração disparado e suando: Como se estivesse caindo e caindo e quando fosse bater no chão tivesse acordado por um tris.

Olhou esbaforidamente para todos os lados, tentando se dar conta de onde estava. E logo concluiu que estava numa caverna bem familiar: Era a casa daquela velha curandeira. E como tal, ela estava sentada numa mesinha simples de madeira amassando algumas ervas de forma calma e tranquila. Mas ele não estava nem calmo e nem tranquilo: ‘’Oque aconteceu comigo?’’ Ele questionou duramente, mas não obteve resposta, sentia-se confuso: ‘’Eu tomei uma dose massiva de medicação e depois... Eu vi coisas... Não, eu vi alguém que já devia tá morto, e eu estava num lugar diferente, muito diferente... ’’

A velha olhou para ele em desdém. ‘’Experiência de quase-morte. Você devia estar só alucinando!’’

‘’Impossível’’ Murmurou. Ele queria acreditar que era sim uma grande alucinação, mas ainda sentia a presença do Espelho de Yata e da Espada de Totsuka que encontrou e selou em si mesmo bem firme em seu ser, cada um com seu chackra distinto (Ele queria ter certeza absoluta, mas sentia que aquilo estava realmente nele agora). Então tinha que ter sido tudo de verdade...

‘’Desde quando estou aqui?’’ Ele piscou e olhou para frente: ‘’Como cheguei aqui?’’

‘’Esta aqui há quase quatro dias, foi aquele azul com cara de peixe que lhe trouxe. É difícil esquecer aquele esquisito.’’

Olhou ainda mais abismado ainda para a parede: Kisame lhe salvou? Não conseguia acreditar. Mas cada vez mais que pensava nisso começava se convencer de que aquele cara era na realidade seu próprio benfeitor, convicto a lhe ajudar a trilhar aquilo que chamava de vida. O azul entrou em sua vida sem que ele pedisse ou esperasse e agora as pequenas virtudes daquele homem estavam começando a cativar o Uchiha.

Depois disso, ele fez um esforço desnecessário para ler a ficha de Kisame, ele também deu uma olhada no Bingo Book, mas não havia nada que Itachi já não soubesse. Tudo dizia que Hoshigaki Kisame era um homem mau, um ninja sem escrúpulos e perigosíssimo de aparência bestial. Mas o moreno sabia melhor: Podia ser que aquele ninja fosse imbatível contra seus adversários, mas ele não era de todo maléfico. No fundo, no fundo, aquele tubarão com cara de malvado era um bom homem.

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Kisame P.O.V (Point Off View)

Estava andando distraidamente, talvez se tivesse sorte ele arranjava uma luta para ganhar (O pensamento lhe fazia sorrir). A questão era: Estava entediado, Pain andava paralisado com relação às missões e depois, tinha algo lhe deixado ainda pior, por uma incrível demanda do destino encontrara seu parceiro, aquele pirralho estupido, caído numa floresta de território hostil e totalmente debilitado: Supunha que o jovem fosse morrer, mas ainda sim levou-o para a curandeira no caso de ainda haver alguma chance.

Bufou e depois fez uma carranca: Ele estava tão raivoso com toda a situação que qualquer coisa que aparecesse para partir ao meio lhe faria mais calmo (Mas como não havia ninguém, ele ficou ‘lutando com inimigos invisíveis’ com Samehada, para não dizer brincando).

Era patético, mas ele não queria se concentrar na perda iminente, não queria pensar que seu parceiro idiota podia estar morto agora, e nem queria pensar em como aquele pirralho era um estupido suicida e cabeça oca. Não conseguia deixar de pensar que poderia ter feito mais por Uchiha Itachi.

Queria esvaziar sua mente de mais problemas e tristeza, e atacar imaginariamente ajudava a passar o tempo: Balançava Samehada para cima e para baixo destruindo os adversários ao redor; Arvores, pedras e qualquer coisa que viesse pela frente (Não era tão desanimador como parecia, e Kisame começou a se empolgar). Estava esfolando o que estava em sua frente quando de repente quase atingiu...

...Espera?! Itachi!

O garoto saiu entre alguns arbustos abruptamente. Kisame tremeu, foi por centímetros que não acertou a maldita peste, causador de todas as suas recentes angustias. ‘‘Como eu não te vi chegar?’’

‘’Kisame, qual é o seu problema?’’ Acusou  o outro notando que quase foi atingido pela espada.

O tubarão tirou Samehada de perto dele rapidamente. ‘’Eu posso perfeitamente lhe responder: Meu problema é você! Você e esses seus comportamentos suicidas de merda!’’

‘’Você realmente me salvou...’’

O azul estalou os dentes já ficando mal-humorado. ‘’Oque esta fazendo aqui, itachi? Devia estar em tratamento’’.

‘’Aquela velha já me extorquiu o suficiente.’’ Grunhiu.

‘’Ela te cobrou? Mas eu já tinha deixado pago! Muita grana mesmo!’’

O moreno torceu o cenho: ‘’Que propicio, ela não mencionou essa parte. Mas não se preocupe, eu vou te ressarci por toda a minha burrada!’’ Suspirou, e depois mudou de assunto: ‘’Oque estava fazendo? Tava rodilhando o terreno feito louco, achei que tinha inimigos ocultos aqui!’’

O espadachim engoliu em seco novamente: O que ele diria? Mas dai chegou a clara conclusão de que não devia satisfações ao pirralho Uchiha. ‘’Não interessa Itachi, sabe por quê? Eu é que devia estar te perguntando oque esta fazendo aqui numa situação dessas! Até uns dias desse você estava à beira da morte! Se você não tem amor à vida, que se dane, mas ao menos podia levar isso pra longe de mim porque estou ficando cansado de me preocupar com você e você nem ligar!’’

‘’Desculpe-me’’ Murmurou baixo. ‘’Por todas as merdas que eu faço!’’

Por um instante o Hoshigaki achou que tinha imaginado, ou que fosse coisa da sua cabeça perturbada. Mas depois ele olhou para a cara lastimosa de seu parceiro e percebeu que era verdade: Uchiha Itachi tinha engolido seu orgulho de merda e estava lhe pedindo perdão. Ele não sabia oque dizer: ‘’Tá. Tanto faz, vamos esquecer tudo isso!’’ Murmurou sem jeito. Estava começando a garoar e sabia que isso podia ser ruim para a saúde já debilitada do outro. ‘’Bem... Então, já que esta aqui, por que não vamos nos abrigar? Deve ter um lugar aqui perto’’

O garoto concordou e logo foram procurar abrigo, pois a noite já estava chegando: Eles andaram por um longo tempo, estavam ficando um pouco cansados e tudo. Mas por dentro Kisame queria acreditar que aquilo era uma vitória, seu parceiro estava andando lado a lado com ele e pareciam estar se dando bem. O garoto não mais se afastou e o Hoshigaki queria saber se a partir de então voltariam a trilhar aquela jornada juntos como no inicio (Mas acabou não perguntando porque o silencio era confortável entre eles).  Aquilo era o suficiente para lhe deixar satisfeito, aquela raiva e angustia que sentia antes se extinguiram.

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Itachi P.O.V (Point Off View)

Seu corpo doía e seus olhos estavam se tornando mais pesados a cada segundo, estavam doendo bastante também e ele mal conseguia enxergar, só via alguns borrões, se orientava pela cor azul de Kisame, e pelo manto preto.

O garoto balançou a cabeça, tentando ficar mais lucido, mas parecia perda de tempo, ele achava que iria desmaiar e estava com náuseas também. ‘’Droga de doença... ’’ Murmurou baixinho. Ele parou de andar e se apoiou em uma árvore para se apoiar,  usou a mão livre para agarrar o peito por conta da dor. Sua respiração começou a ficar pesada, de repente a mão de Itachi subiu e cobriu a boca; Ele se sentiu como se fosse vomitar, e ele não estava conseguindo conter.

O outro se aproximou dele. ‘’Você parece péssimo Itachi’’ Afirmou o obvio.

Itachi deixou escapar um gemido de dor em resposta e não fez mais nada, detestava estar tão fraco e ser tão dependente de outra pessoa.

‘’Você ainda quer vomitar?’’

‘’Por quê?’’

‘’Porque eu vou te carregar e não quero ter uma desagradável surpresa no caminho... ’’

‘’Eu estou... Melhor agora’’ Disse cansado.

‘’Ah é, to vendo isso muito bem, cara pálida!’’ Debochou o azul, mas logo colocou Samehada para frente de seu corpo puxou o garoto em suas costas confortavelmente (Kisame já tinha carregado-o assim uma vez e isso trouxe de volta a lembrança).

▀▄▀▄▀▄ ...Um tempo depois...▀▄▀▄▀▄

Encontraram uma caverna a quase um quilometro: No momento em que chegaram ao abrigo há muito esperado, começou a tempestade. Tiveram a sorte de entrar antes que a chuva começou, mas não teriam como pegar comida até a chuva forte parar.

Entraram e se escoraram num lugar mais quente e pouco úmido: O Uchiha fez uma fogueira para eles se aquecerem e não sabia dizer muito bem quando caiu no sono. Só sabia quando acordou sobressaltado.

A chuva ainda estava forte, não mostrava sinais de trégua, o som era bem alto dentro da caverna: ele respirava pesadamente, seu sono tinha se convertido em pesadelos do passado, fazendo-o se lembrar de cenas horríveis. Ele sabia que estava chorando, sentia vontade de vomitar de novo, e desta vez ele não podia segurar. Ele correu para fora rapidamente e começou a vomitar sangue.

Foi assim por cerca de dois minutos, e quando pensou que poderia recuperar o fôlego por um momento, começou um ataque de tosse violento, que foi acompanhado por mais sangue e mais dor no peito.

Seus olhos começaram a arder de dor e ele estava ficando encharcado com a chuva.

Dentro da caverna, Kisame ainda estava dormindo calmamente contra Samehada, acordou de repente,  sentindo falta de algo. Itachi não estava ali (Será que foi por isso que ele acordou? Por causa da sensação de vazio?) Ele se virou para olhar para fora, e imediatamente se levantou e correu.

Ele achou Itachi sentado sobre os próprios joelhos do lado de fora, na chuva. ‘’Ei, Itachi, o que ouve?’’ Mas sua pergunta se tornou retorica quando ele viu o sangue. A boca de Itachi também escorria sangue, assim como os olhos e tudo o mais.

Ele ignorou o azul e voltou a vomitar.

Passado alguns minutos, quando aquilo parou, Kisame pegou-o pelo braço, ajudou-o a se limpar, e levou-o de volta a caverna devagar. ‘’Você parece uma merda!’’.

‘’Estou me sentindo acabado’’ Disse simplesmente (Olhava de maneira desfocada para o nada). Depois disso o silencio era absoluto, só se ouvia a chuva forte: Não tinham mais nada para fazer além de ficar ali e esperar a chuva parar, ou ao menos estiar um pouco.

▀▄▀▄▀▄ ...Um tempo depois...▀▄▀▄▀▄

Meia hora depois Itachi, ainda não se sentia melhor, mas começou a se entediar de estar naquele lugar sem estrutura nem nada. Foi ai que lembrou-se de sua curiosidade sobre seu parceiro grande e azul. Olhou para Kisame e percebeu a grande verdade. Ele não queria declarar aquilo em voz alta e se alguém lhe perguntasse jamais revelaria, entretanto não podia mentir mais para si mesmo, aquele ninja de Kirigakure era de verdade seu amigo: Aquele homem apareceu em sua vida no momento em que ele mais estava desamparado e agora estava ao seu lado quando todo mundo esqueceu-o.

‘’Kisame...’’ Chamou, pronto para lhe relatar que estava se sentindo mal, porque confiava no espadachim para lhe ajudar (Como não poderia depois de tudo oque o outro fez desde que se conheceram?). O homem logo olhou para ele com uma expressão séria e triste, oque fez com que o moreno lembrasse que não era justo colocar aquele peso no outro, o homem se preocupava demais com ele e não queria sobrecarrega-lo ainda mais. Por isso mudou o teor da conversa: ‘’Por que você tem guelras?’’ Seria cômico se seu tom de voz não fosse tão monótono.

A expressão séria do outro sumiu, dando lugar a surpresa: ‘’Da onde tirou isso agora?’’

‘’Deve haver uma razão pra você parecer um tubarão.’’ Continuou mantendo a conversa naquele assunto.

‘’Ninguém nunca me fez essa pergunta!’’ Murmurou sem jeito. ‘’Você esta estranho hoje, mais que o normal quero dizer!’’

‘’Sou curioso, sempre fui, apenas isso.’’

‘’A curiosidade matou o gato, e provavelmente irá matar uma certa doninha também.’’

‘’Eu não sou uma doninha.’’

O espadachim ergueu as sobrancelhas e olhou para o moreno: ‘’É o significado do seu nome... Um grande nome, aliás’’ Debochou.

O garoto não rebateu a ofensa: ‘’Só estou curioso.’’ Comentou um tempo depois. ‘’Apesar de tudo, você é um cara legal, Kisame! E reparei que não sei nada sobre você...’’

O azul revirou os olhos dramaticamente: ‘’Você deve estar com febre e está delirando...’’ Suspirou. ‘’Até onde eu cheguei, hein. Preso com um pirralho estupido numa caverna sem graça’’.

‘’Sinto muito!’’ Ofereceu. ‘’Não queria arrastar você pra porra da minha vida!’’

Passou um tempo e o outro pareceu querer lhe instigar e ocupar seu tempo, não deixando-o se concentrar novamente em pensamentos autodestrutivos (Aquele azul realmente se preocupava com ele): ‘’Há uma lenda interessante em Kirigakure, que existe um homem chamado Isonade e ele é um homem que tem a forma de um tubarão.’’ Começou o outro. ‘’Reza a lenda que ele vive nas águas profundas do Oeste de Kiri e vive combatendo piratas’’.

‘’E...’’ O Uchiha estimulou-o.

‘’E com intervalo de alguns meses Isonade nada até à superfície para respirar ar puro. Porém, quando ele faz tal coisa, surgem tempestades horrendas, os oceanos enfurecem-se e todos os navios são engolidos por ele como se fossem comida’’ Explicou vendo que Itachi olhava-o atentamente. ‘’Isonade tem um subordinado muito fiel chamado Samehada’’.

‘’Samehada?’’ Indagou o moreno incrédulo.

‘’Sim, Samehada é algo como um peixe que pode roubar enormes quantidades de chakra e também pode dividi-lo com Isonade.’’ Explicou mais a fundo. ‘’Estes poderes do peixe Samehada podem dar a Isonade uma quantidade de chakra 5 vezes maior do que a sua quantidade original e é dessa forma que Isonade pode receber uma quantidade quase infinita de chakra e poderá até ser confundido com uma besta de calda’’.

‘’E é isso, sua tentativa fajuta de conto?’’

‘’Não, tem mais... Escute: Dizem que há muito tempo um pescador e bravo guerreiro de Kirigakure chamado Takuma Muramasa capturou-o para benefício de sua vila-’’ Foi interrompido.

‘’Como? Dizem na história?’’ Murmurou um Uchiha muito entretido.

Kisame fez uma careta. ‘’Sim, mas não é historia. Não é como se tivesse acontecido de verdade, é só uma lenda antiga... ’’

‘’Tanto faz, continua!’’  Ordenou Itachi com sua voz típica.

‘’Bem, dizem que o guerreiro se aproximou de Isonade e eles se tornaram amigos, mas Takuma Muramasa enganou-o e roubou-lhe Samehada.’’

‘’Que traidor. E depois fez oque?’’ Interrompeu o jovem animado com o andamento da coisa.

‘’Levou o peixe para a vila e selou Samehada numa “Ferramenta do Poder”, uma espécie de... ’’ O homem azul suspirou. ‘’Espada, transformou o peixe em uma espada que só obedece a uma única pessoa por vez.’’

‘’E o final seria qual?’’

‘’Dizem que é por isso que Samehada só tem um dono por vez, pois ela escolhe seu dono pela quantidade e capacidade de Chakra de seu empunhador’’Explicou-o.

‘’A história até que é interessante, plagiada em algumas partes, mas sua tentativa de me animar até que valeu a pena... ’’

‘’Isso é só uma lenda antiga, eu já falei... ’’ Murmurou o Hoshigaki.

‘’Hn’’ Itachi ficou pensativo por um instante: ‘’Então essa é a historia da Samehada?’’ Perguntou.

‘’Não sei. É só uma lenda para explicar o inexplicável...’’

‘’Você se importa muito com ela não é?’’ O menino disse calmamente.

‘’Claro que sim. Não vou mentir para você: Eu posso confiar nela completamente, como eu nunca poderia confiar em alguém. Mas por que você pergunta?’’

‘’É que você cuida dela todos os dias. Você leva tempo para colocar e depois tirar as bandagens sobre ela todas as noites. E você fica perto dela o tempo todo. Além disso, você fala com ela como se fosse gente.’’ Itachi disse agitadamente, a conversa tinha animado-o mesmo.

‘’Mas o que, que tem? É uma espada viva afinal... ’’ Tentou se explicar.

‘’É estranho vê-lo interagir com ela verbalmente. Isso não é um pouco inútil? Ela não pode te responder’’.

‘’Bem, vamos dizer que... Hipoteticamente eu não tenho mais ninguém para falar, considerando que eu tenho um parceiro que é quase mudo que só fala comigo quando necessário ou quando lhe convém, e quando eu tento conversar com ele, recebo murmúrios como resposta’’ Falou descaradamente.

‘’Isso não me pareceu nada hipotético. ’’ Falou monotonamente.

‘’Por que não foi’’ Falou o outro falsamente indignado. ‘’Isso foi um comentário irônico’’

‘’Hn’’ Murmurou.

Kisame revirou os olhos e bufou: ‘’Essa foi sua resposta irônica ou só tá debochando de mim também?’’.

A resposta que ele obteve foi o moreno dando de ombros. Mas depois o outro realmente sorriu e disse-lhe: ‘’Acho que um pouco das duas coisas!’’ Logo aquilo em seus lábios se esmoreceu e sumiu rapidamente ao notar oque tinha acontecido e a realidade de tudo claramnete caindo em seus ombros de novo.

Mas o outro notou e isso era obvio: ‘’Itachi, temos sido parceiros por cinco anos e você mal interagia comigo. Você tinha treze quando te conheci, agora tem dezoito. Nesse tempo todo, nunca pensei que fosse te ver, nem que seja minimamente, sorrir.’’

Itachi continuou calmo e monótono, sem se preocupar com a fala do outro e sem se incomodar em rebater, entrou novamente em sua concha ignorando o parceiro completamente.

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Kisame P.O.V (Point Off View)

Quando acordou de um sono profundo e bem dormido notou que não estava mais chovendo, notou também rapidamente que seu pequeno parceiro não estava mais lá. A fogueira apagada a muito tempo só em cinzas e borralhos: Lá fora um belo dia, um arco-íris e cheiro de pinheiros e terra molhada.

Ele tinha uma esperança de que o Uchiha dosse reconsiderar e escolher a trilhar aquela jornada com ele novamente, mas no fundo não estava tão desapontado. Já imaginava que aquele cabeça dura não cederia tão fácil.

Quando foi levantar da parede onde estava escorado notou um pequeno papel flutuar de seu peito e tocar o chão, logo pegou-o e viu o kanji grande e elegante e embora nunca tenha visto a grafia de Itachi, sabia que era dele. Lia-se:

‘’De alguma forma você faz com que essa jornada tenebrosa que sigo levando fique mais leve e suave. Embora não diga com frequência, saiba que sou muito agradecido por tudo que faz por mim.’’

Ass: Uchiha Itachi

 


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Notas finais do capítulo

Meus queridos, a historia que Kisame conta aqui e quase real, okay?
Se vcs pesquisarem na interet 'a lenda da Samehada' voces podem ler a lenda na integra.
E, Ai? Acharam o capitulo grande?
Me falem tudinho!!!



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