Love Story escrita por Giulia Amell


Capítulo 2
Capitulo DOIS


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, muitíssimo obrigada pelos comentários, amei todos.
Como o capitulo estava pronto, resolvi posta-lo antes. Olha como sou boazinha. kkkkk
Tenha todos uma ótima leitura. Beijos



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Capitulo DOIS

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– Melanie... quero lhe apresentar uma pessoa... Essa é a Felicity e cuidará de vocês a partir de hoje. – Disse Esmeralda a uma linda menininha de olhos azuis. Parecia uma boneca em miniatura.

– Muito prazer Felicity – Respondeu Melanie. Assustei-me com a educação da menina. A postura me lembrava o pai. Rígida. O menino era um fofo. Todo risonho “O único”. Dava vontade de morder.

Dona Esmeralda fez um tour pela “pequena” mansão comigo e depois me mostrou o quadro de rotinas das crianças. A vida deles era cheia de regras, confesso que me assustou um pouquinho.

– As crianças são bem tranqüilas no geral, vai conhecê-los aos poucos – Falou Esmeralda. Só estranhei a parte do “No geral”?! O que será que isso significa? –E você não terá muito trabalho, já que na maioria do tempo, estarão fazendo alguma atividade.

Melanie vivia em um internado durante a semana, vindo para casa apenas aos finais de semana. Sábado ela ainda tinha aulas de Piano, línguas e aulas de etiquetas. Já Antonie estudava na parte da manhã e a tarde tinha algumas variações de natação, luta, línguas e piano. Que horas essas crianças brincavam? Que horas o pai fica com elas? Sendo que hoje é domingo e o pai deles aparentemente estava trabalhando.

Dona esmeralda me apresentou aos outros funcionários. Nyssa era a auxiliar de dela, me cumprimentou apenas com um aceno de cabeça. “Não gostei dela”. O motorista da casa já foi um pouco mais receptivo, me deu logo um abraço apertado e um sorriso largo.

– Prazer, meu nome é Roy Harper. Precisando de alguma coisa é só chamar. – Disse o garoto de estatura mediana e olhos alegres. – Já que vou te acompanhar em alguns lugares... Escola das crianças, os cursos... Essas coisas.

– Já que todos já se conhecem... – Interrompeu Esmeralda – Pode subir e chamar as crianças para o almoço. – Disse se dirigindo a mim.

Subi as escadas da mansão, tentando me lembrar onde ficava o quarto de cada um. Entrei em um corredor a direita que dava acesso a diversas portas. Como não me lembrava direito decidi abrir a primeira porta. Trancada. Fui até a segunda. Abri e pude reparar um quanto de casal, imaginei que pudesse ser do Sr. Queen. “Minha nossa senhora da bicicletinha, que casa gigante, me da uma luz.” Cogitei gritar pelas crianças, mas logo descartei a idéia. Restavam-me três portas, duas delas tinham que ser. Abri a terceira...

– Sua maluca, como se atreve a entrar assim no meu quarto? Você não bate? – Ouvi um grito se escoar por todo cômodo, aquele sim era o quarto do Sr. Queen. Ele estava nu, do jeitinho que veio ao mundo. Tinha acabado de tomar banho. Minha única reação foi abrir a boca e ficar ali parada e paralisada...

– Vai continuar me olhando? – Disse pegando uma toalha para se cobrir.

– Me desculpe... Eu não quis... Eu quis... Não te ver pelado... Eu só estava procurando o quarto das crianças... Seus filhos... Aquelas que eu vou olhar... – Respondi embolando tudo e fazendo sinais confusos.

– Legal... Contratei uma babá que não consegui nem achar as crianças que vai olhar... – Disse para si mesmo – Próximas duas portas – falou me indicando – Vê se não erra de novo.

“Vê se não erra de novo”, quem ele pensa que é. A culpa é dele se tem uma casa que mais parece um palacete com quinhentas portas. Sai resmungando.

– Vamos Melanie! Está na hora do almoço. – Falei com a menininha que dedilhava algumas notas no seu teclado.

– A bruxa também vem almoçar com a gente?! – Perguntou fazendo uma careta. – Ela não larga meu pai nem um minuto... Já conheceu meu pai?

– Quantas perguntas... E Sim! Eu conheci o seu pai! – Literalmente conheci. Comei a rir sozinha da minha mancada - E quem é a bruxa? Essa eu desconheço.

– A namorada do papai, que também é minha tia – Falou com desdém – Não gosto dela, alias NINGUÈM gosta.

O almoço foi tranqüilo. Apenas as crianças e o pai. Antonie insistiu para que me sentasse com eles a mesa, mas logo me recusei alegando não estar com fome.

Meu trabalho estava super tranqüilo. Crianças super boazinhas e obedientes. Obedientes até demais. Tive vontade várias vezes de mandá-los gritar, pular, brincar, qualquer coisa que crianças normais fazem.

DOIS DIAS DEPOIS

– Anda logo Antonie, banho se toma todos os dias – Falava e corria ao mesmo tempo atrás de uma criança risonha e pelada pelo quarto.

– Só vou tomar banho, se tiver muita espuma. – Gritou o menino pulando na cama, e eu em vão tentei pega-lo pela perna, mas o mesmo escapuliu.

– Tudo bem... Colocamos mais sabão na banheira – Me rendi, depois de várias tentativas.

Não sei bem o que aconteceu, muito menos quando aconteceu... Só sei que a espuma começou a render e aumentar de volume de uma forma descontrolada.

– Tony, fala comigo... Onde está você?... Sua pestinha – Eu juro que estava ouvindo as risadas do garoto... “Acho que elogiei as crianças cedo demais.” - Tony...

– Gente, o que está acontecendo? – Falou Melanie assustada entrando no quarto tomado pela espuma.

E falando em Melanie... Eu contei que ela foi suspensa ontem do colégio? Brigou com outra menina. O motivo? Ela não quis contar nem sobre tortura.

– Melanie... Não entra aqui... – Gritei para a menina, porém já era tarde. Perdi mais uma em meio a tanta espuma. Meu Deus... Estou muito FUDIDA.

– Felicity!... Não me acha... Não me acha... – Falava a criança tomada pelo amornado entre gargalhadas.

– Antonie... Melanie... – Eu não posso perder meu emprego, não tenho para onde ir

– O que está acontecendo aqui? – Paralisei. – Senti uma mão forte me puxando para fora da espuma... Já até sabia o que vinha a seguir. Atrás de mim apareceram as crianças de cabeça baixa.

– Melanie Lance Queen, o que pensa que está fazendo? – Disse o homem aos berros. – Ontem uma suspensão e hoje isso? Já para o seu quarto. Tome um banho e vá dormir. Você acabou de ganhar mais um castigo. Sabe aquele passeio da escola?! – A menina assentiu – Pois é, você não vai!

– Mas papai... – Com lagrimas nos olhos a menina tentou protestar. – Claro, o senhor não se importa com a gente mesmo. – Disse saindo em direção ao quarto e batendo a porta.

– Antonie... Pode esquecer a viagem com sua tia, Thea. – O menino apenas abaixou a cabeça, segurando a minha perna por trás como se eu fosse dar a ele algum tipo de proteção, sendo que eu estava querendo alguém que me protegesse.

– E você senhorita Smoak... Mais uma gracinha e está fora, se não pode controlá-los não deveria estar aqui. – Senti um alivio e um medo ao mesmo tempo tomar conta de mim. – E limpe essa bagunça.

Meu Deus que homem ruim, me lembrou um pouco a minha mãe... Era só uma espuminha... Tudo bem! Era muita espuma... Espuma pra caralho! Mas fiquei com bastante dó das crianças. Sinceramente estou começando a questionar se o pai delas realmente os ama.

Com muito esforço e uma ajudinha de Esmeralda consegui limpar toda a espuma do lugar. Porém o colchão ainda estava um pouco úmido e como já era tarde Esmeralda propôs colocar Tony para dormir no quarto de hospedes, o mesmo se negou, dizendo que dormiria comigo, na minha cama.

– Três da manhã! De madrugada! - Quem bate no quarto de outra pessoa há essa hora!? “Levantei da cama pronta para xingar o infeliz com todo os palavrões existes na face da terra”, mas assim que abri a porta dei de cara com o todo poderoso.

– Você viu o meu filho? Ele não está na cama – Interessante?! Ele parecia preocupado... Essa é nova.

– Ah! Claro!... Antonie está aqui... A cama dele teve um probleminha... Ficou um pouco úmida na verdade... Tinha espuma – Respondi meio que me enrolando.

– Porque não o colocaram no quarto de hospedes?

– Tem algum problema ele estar comigo? Porque posso levá-lo agora mesmo... – Talvez ele não quisesse os filhos com os empregados.

– Não tem problema algum. Só não quero que ele a incomode.

– Não me incomoda. Não a mim. – Disse e foi só então que notei o olhar dele concentrado nas minhas poucas roupas, tentei tampar-me puxando-as, como se elas fossem aumentar de tamanho assim. E ele? Ele simplesmente se virou e foi embora sem dizer uma única palavra.

O resto da semana foi tranqüilo, sem incidentes e eu finalmente descobri porque Melanie havia brigado na escola. Segundo ela, nem todas as garotas ficam internas, muitas vão embora ao fim das aulas. Uma dessas garotas que vai embora, ficava caçoando dela, dizendo que ela era “esquecida”. Que a mãe morreu e o pai não a queria.

Tentei explicar a menina que o pai dela só queria que ela tivesse a melhor educação e que sempre que ela precisasse poderia contar comigo.


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Notas finais do capítulo

Bom... Gostaram?
Quem gostou da mancada da Felicity de abrir a porta errada? kkkkkkk o/o/o/o/o/o/o/
Eu super gostaria de estar no lugar dela... e quem não iria querer?
kkkkk



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