Airheart escrita por Vaalas


Capítulo 3
Capítulo 03 — Doctor Franklyn


Notas iniciais do capítulo

Doctor Frankly é uma música da banda The Cog is Dead :D
Cá está novo capítulo. Talvez me arrependa de postá-lo agora, mas só talvez.



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Chovia como choveu naquele dia, ele analisou, massageando os dedos cheio de calos. Oliver soltou um bocejo e esticou os braços para trás, espreguiçando-se. Os olhos seguiram até o relógio, já eram 8h07.

Ele ainda não havia dormido desde o dia anterior. Notou só então.

E Jeremy ainda não havia chegado, para sua tristeza. Ele sempre aparecia por volta das nove horas trazendo um café ardente e biscoitos ou donuts. Bem, ele estava realmente precisando de um café se planejava terminar os primeiros circuitos internos do braço que prometia ser o melhor que ele já criara — e não seria louco de recusar um café da manhã gratuito.

O barulho da chuva contra o telhado lhe dava sono, mas tentou não pensar nisso. Pensar lhe dava sono, então escolheu lembrar. Enquanto conectava as ligas de cobre e ferro e derretia fios de solda, lembrou-se da noite chuvosa em que conheceu Juliet Keating.

Era Setembro, quatro anos antes. Oliver, na época um rapaz jovem e sem grande nome no ramo da mecânica, bateu na porta de madeira de uma pequena casa no centro do bairro mais perigoso e pobre do lado Sul da Inglaterra, Turch Street. A boina cor de musgo estava ensopada, assim como as roupas, e Oliver estremeceu de frio, com o grande caixote de madeira que segurava pesando nas mãos e a água escorrendo por seus cabelos.

Quando a porta se abriu, visualizou pela primeira vez o que seriam os mais espetaculares olhos que já conhecera, os olhos de Juliet Keating. Eram cinza cínicos, espertos e divertidos, mas frios. Exatamente como aço — e por muito tempo Oliver não encontrou outro jeito de caracterizá-los. Ficou parado na chuva, encarando-os, até lembrar que precisava se apresentar.

“Ah, Mr. Murphy!” ela dissera na época, abrindo espaço para sua entrada. “Estávamos esperando sua chegada, entre.”

Keating era uma recém-formada professora àquele ponto, o que era raro quando se tratava de uma mulher. Talvez por isso ela fora colocada em um bairro tão precário como aquele — mais tarde Oliver descobriria que ela dava aulas às crianças pobres por escolha própria, mas isso não importava muito no momento. O mecânico entrou na pequena construção quadrada de paredes úmidas, posicionou o caixote no chão e tirou a boina ensopada.

“As crianças estão ansiosas por isso. Vamos, venha.” Juliet abriu mais uma porta.

O compartimento seguinte era um pouco maior que o anterior, mas ainda pequeno e abafado. Possuía duas janelas, fechadas graças à chuva. O chão era de cimento e as paredes de concreto, com alguns trechos de tijolos descobertos e uma bandeira da Inglaterra estendida em um canto.

Havia um grupo de quinze ou vinte crianças sentadas no chão, todas de diferentes idades, mas de situação financeira parecida: pobres até o último fio de cabelo. Oliver se aproximou e os cumprimentou com um sorriso largo e expressão divertida nas sobrancelhas arqueadas. Os rostos de todos sob a luz das velas carregavam um ar fantasmagórico, mas o mecânico estava entusiasmado demais para se importar.

As velas tremularam.

“Ora” ele disse às crianças, sentando-se no chão do mesmo modo que elas. Não eram tão diferentes assim. “Vejamos o que eu trouxe nessa caixa grande demais”

E sorriu.

Oliver Murphy sempre sorria.

Juliet apenas observava, olhos atentos cutucando as costas do rapaz. Se ele sentia, ignorava, pois apenas levantou a tampa da caixa e tirou de lá o que tinha trazido para o show. Não que aquilo fosse um show, claro, mas em poucos instantes pequenos pássaros de metal voavam em volta das crianças e sorrisos eram arrancados — Oliver gostava de sorrisos —, gritos e exclamações como acompanhantes. E então de dentro da caixa um caminhão saía já em movimento, rodeando os moleques que, sem chinelos, corriam atrás para alcançá-lo. E bonecas mecânicas, com rostos de porcelana e dois grandes olhos azuis moviam-se em duas pernas, e meninas grandes e pequenas inclinavam-se para vê-las passar.

“Isso é simplesmente incrível!” Juliet exclamou.

Oliver apenas encostou-se na parede e olhou as crianças, o mesmo sorriso brincando no rosto.

“Não posso discordar”

De volta ao presente, o sino da porta soou. Oliver levantou o rosto da mesa, sem notar que havia caído em um sono leve, olhou ao relógio e viu que já era 9h15 e que sem dúvidas era o aviador que havia chegado.

Se tivesse sorte, com café.

...

Jeremy não sabia dizer ao certo quando, mas passou a observar Oliver de longe.

Costumava sentar em um banco no canto da oficina, entre o trem ornamentado quase pronto e dois caixotes de madeira empilhados, as pernas cruzadas e um livro de bolso na mão. A mesa em que o mecânico ficava estava logo à frente, e ele podia ver a evolução de seu braço ao longo dos dias. Fazia pouco mais de dez dias que viera consultar o moreno, quase duas semanas, e o produto do trabalho não parecia um braço, era algo como um conjunto de parafusos e fios.

Ele até pensou se poderia usar algum braço do estoque temporariamente, e Oliver lhe disse que sim, e que no dia seguinte iria procurar e instalar o braço temporário nele.

Bem, não o fez. Jeremy sabia que havia esquecido, assim como sabia que o rapaz estava esgotado, com cansaço cravado em bolsões sob os olhos.

— Quando foi a última vez que dormiu, Oliver?

O mecânico levantou a cabeça do trabalho, olhando para o aviador através de óculos grandes e verdes.

— Hm... Não faz muito tempo.

Ele sabia que estava mentindo, não era um bom mentiroso.

— Deveria descansar. Algumas horas de sono fazem bem a qualquer um.

Oliver pareceu pensar sobre o assunto, mas logo ignorou e voltou a trabalhar.

— Preciso ir às 17h até o mercado central. Não sei se conhece, mas Cog Shop é uma das maiores lojas de peças mecânicas por aqui. Tenho desconto lá e acredite, para fazer isso funcionar vou precisar do melhor. — ergueu uma xícara de café e a bebeu — Se você quiser, pode me acompanhar. Deve se interessar nas peças que usarei no seu braço, além de que, se me permite a ousadia, não acho que você tenha muito o que fazer.

Jeremy riu, de fato não tinha. Passava algumas horas do dia ali, e no resto ia para casa ler livros e jornais, além de artigos assinados sobre as Forças Aéreas. Não poderia se dar ao luxo de se desatualizar.

— Adoraria acompanhá-lo. — olhou para o relógio. Já eram 15h — Não quer descansar antes de irmos?

Desta vez o moreno não levantou os olhos, apenas disse:

— Estou bem, Mr. Benedict, juro.

Jeremy não acreditou, é claro, andava observando o outro por tempo o suficiente para notar que ora ou outra seus olhos pesavam. No entanto, não pôde fazer nada, arrumou-se no banco e voltou a ler.

...

Saíram pouco depois das 16h30. Oliver virou a plaquinha de entrada para Fechado e trancou a porta com uma chave dourada. Trajava uma blusa social amarela clara e um colete marrom com bolsos, nada sofisticado, principalmente graças à boina que levava na cabeça, ao invés de uma cartola. Jeremy não sabia o que esperar dele fora da loja, já que nunca havia o visto assim, mas se surpreendeu ao ver que era só o Oliver de sempre, nada mudado.

Sorria por causa disso sem nem mesmo notar.

Pegaram um ônibus para chegar até o centro. Era um compartimento estreito com placas de ferro no lugar do chão e janelas abertas e quadradas. Jeremy nunca havia andado em um, mas parecia algo comum a ser feito por ali. Oliver exclamou: “Parece que esta belezura continua potente como sempre, Anthony!”, na feita que o motorista, com um sorriso largo, gritou de volta: “Graças ao melhor mecânico das redondezas, claro!”.

Jeremy se constrangeu ao notar que Oliver não pertencia à ele, e parecia amigo de muitas pessoas em volta. Ao andar pelas ruas do centro, ao menos quatro senhores e umas muitas senhoras e senhoritas paravam para dar-lhe boa tarde.

— Você parece ser popular. — Não pôde evitar comentar.

Oliver gargalhou alto, e jogou os braços por sobre os ombros do loiro.

— Tudo está no carisma, meu caro. Ser bom para ser tratado bem. Claro, também há o charme — balançou os cabelos — Aposto que você seria bem popular com as moças se sorrisse e falasse mais.

Sem um braço? Jeremy duvidava. Além do mais, no humor atual não possuía interesse algum em mulheres, pareciam-lhe mais uma dor de cabeça.

Chegaram por volta das 17h10 ao Cog Shop, uma construção alta e larga de pedras cinza, com uma placa de madeira bem grande com o nome e o desenho de uma engrenagem, e dois postes de lampiões na entrada. O sol já tinha baixado e o clima estava fresco e agradável, excelente para se ler um livro.

Oliver parou na entrada.

— Ei, Mr. Benedict, olhe. — o moreno apontou para o céu, as nuvens turvas em tons de cinza claro.

Em contraste com os tons claros do céu, a frota de zeppelins e aeronaves Real marcaram manchas escurecidas no azul. O zeppelin maior, um dirigível particular da Rainha Vitória, se destacava de todos com sua grandeza.

— É simplesmente inacreditável — Oliver comentou, e Jeremy fitou seu rosto — É grande demais, me pergunto quantos programaram toda a estrutura de duralumínio e o tecido que a cerca. Imagine só! Quantos mecanismos ticteando para manter esse gigante no ar!

Obviamente Jeremy nunca pensou em tais coisas, deixava esses pensamentos corroerem mentes curiosas como a do jovem Murphy. Sorriu.

— Um dia você vai construir seu próprio zeppelin, ou uma máquina ainda maior.

A covinhas logo surgiram no sorriso do mecânico.

— Sua confiança em mim é realmente impressionante. — abriu a porta de entrada da Cog Shop — Apenas construo e conserto máquinas simples, Mr. Benedict, nada demais nos dias de hoje onde tudo se cria com facilidade. Agora, vamos entrar.

Olhou mais uma vez para o enorme zeppelin sobre sua cabeça, imaginando a figura nobre da Rainha sentada em uma confortável poltrona dentro daquela nave. Realmente podia entender porque ela amava tanto dirigíveis como aqueles — ou ao menos, era o que lhe disseram —, era fácil amar o ar. Voar não é de natureza humana, traz grandiosidade ao ego.

Claro, a Rainha em si já era grandiosa o suficiente.

Salve a Rainha Vitória, cumprimentou mentalmente. Logo então, entrou na loja, imaginando se um dia quem sabe poderia levar Oliver para voar nos ares também.

...

Por dentro a loja se parecia como uma versão maior da de Oliver, com exceção ao cheiro de graxa, fumaça e óleo. O cheiro ali era de detergente e sabão, tudo devidamente arrumado e limpo. Oliver encaminhou-se até o balcão e tirou a boina da cabeça.

— Boa tarde, Sarah. Gregory está?

A senhora de idade pareceu surpresa e sorriu afetuosa.

— Oh, Oliver, não esperava vê-lo por aqui tão cedo. Gregory está recebendo um novo descarregamento lá atrás, peças da Alemanha, você sabe como funciona. — ela abriu a porta do balcão. — Vá até lá, você sabe o caminho, mas cuidado com os gatos, estão cada vez mais ariscos.

— Obrigado, Sarah. Volto mais tarde para tomarmos um chá.

A mulher assentiu satisfeita e voltou aos seus afazeres. Oliver guiou Jeremy por um quarto amplo e um corredor estreito, com cheiro de shampoo.

— Você não é alérgico a gatos, é? — o aviador acenou negativamente — Ótimo, porque o velho Gregory realmente ama gatos. Deve ter uns vinte por aqui, uma hora topamos com algum.

O mecânico abriu uma última porta e Jeremy então estava em um enorme galpão aberto, e vários homens iam até um caminhão com carcaça cor de ferrugem e descarregavam muitos caixotes de madeira clara. Oliver se aproximou do caminhão casualmente, com ambas as mãos no bolso. O aviador não sabia bem o que fazer, então apanhou a cartola cinza e a segurou com sua única mão, tentando mantê-la ocupada.

Ali próximo as costas meio encurvadas de um homem velho apoiavam-se em uma pilha de caixotes, e foi naquela direção que Oliver andou.

— Sr. Gregory! — Exclamou, acenando alguns passos de distância.

O homem o fitou ranzinza, um cachimbo de madeira pendendo nos lábios. Ele estreitou os olhos, e quando reconheceu Oliver, suavizou o cenho franzido e deu um sorriso sutil.

— Jovem Ollie, não pensei que o veria tão cedo.

— Foram essas as palavras de Sarah quando cheguei — sorriu, apertando a mão do mais velho — Vim aqui comprar peças há três semanas, mas desta vez preciso de algo diferente.

— Apenas um instante. — Gregory virou o rosto para o outro lado do galpão. — Garoto Smith! Deixo isso com você! Nem pense em vadiar e fique de olho nesses estrangeiros, sabe que não confio em nenhum!

Um rapaz ao longe levantou a mão em sinal de ok.

— Tudo bem então, vamos ao que você precisa.

Se encaminharam para dentro novamente, desta vez por outra porta.

...

— Então, ainda é a máquina maluca de café? — Gregory perguntou.

Oliver se sentou em uma cadeira de madeira em frente à uma mesa, enquanto o velho Gregory procurava caixas em seu depósito gigantesco de tralha. Jeremy escolheu se manter em pé, em silêncio do mesmo modo de como chegara ali.

— Não, não, essa ideia ainda está no papel, mas estou otimista. — disse alegremente — Os que preciso são para uma encomenda.

A luz brilhou contra os óculos do velho quando ele virou a cabeça em direção à Jeremy.

— Ah, então é seu cliente. — analisou-o melhor, como que o notando pela primeira vez ali. — Serviu onde, amigo?

— Força Aérea Real, senhor.

— Ah, sim. Servi à Marinha por vinte anos, mas isso é passado — revirou uma caixa, e então olhou para o aviador de novo — A encomenda é um braço, presumo. Precisa de quê? Ligas de aço? Ferro? Ah, chegou da Noruega há três dias um excelente metal para modelagem.

Oliver brincou com os dedos.

— Na verdade, preciso de conselhos também. — uma pausa, o mecânico levantou os olhos, cansado — Tenho que construir um braço forte e resistente, mas muito sensível. O mais próximo possível da sensibilidade humana, mas não sei bem o que fazer de diferente.

Sr. Gregory parou o que mexia e encarou o mais jovem, antes de olhar para o braço que fazia falta no corpo do aviador. Tirou os óculos redondos, esfregando os olhos.

— Bem, você sabe que a sensibilidade é algo muito além dos nervos, é óbvio. Ela é ligada ao tato e aos sentidos, algo que não é possível quando se carrega uma carcaça de metal no lugar de uma de carne. Infelizmente acho que não chegamos ao ponto de simular as sensações em aço. — pigarreou — Tente viver em sua época, Oliver.

— Hum. Farei meu melhor. — apoiou o rosto em uma mão, suspirando. Ele parecia desistente aos olhos de Jeremy — Acho que vou querer as ligas de aço e o metal para modelagem. Ah, por acaso ainda tem aqueles designs estranhos? Os que Lawrence trouxe da Espanha.

O velho apontou para trás de si.

— Estão na segunda gaveta, no fundo. Mas bem, você já viu como eles são espalhafatosos, não se empolgue muito.

O loiro continuou em pé ao lado da mesa de forma rígida. Observou Oliver se levantar da cadeira, espreguiçando os braços e soltando um leve bocejo. Pela primeira vez se pegou pensando no quanto a personalidade do outro era agradável, e de como gostaria de passar mais tempo com ele. Talvez o convidasse para um almoço, quem sabe jantar. Seria bom sair daquela oficina e descansar.

Sr. Gregory veio em sua direção carregando duas caixas de madeira até a mesa, as abriu e tirou de dentro muitas peças de ferro. O velho levantou os olhos e olhou para o aviador, estudando-o antes de bufar.

— Sente-se, garoto, não estamos mais no exército.

Jeremy sentou, sem deixar de pensar que em breve gostaria de estar.

...

Não soube dizer bem como o tempo passou tão rápido, mas já havia escurecido e Oliver babava contra a mesa, ressonando com os olhos fechados e tranquilos, as mãos estendidas sobre alguns papéis abertos. Havia um gato desfilando sob a mesa, e ora ou outra Jeremy sentia as garras do animal fincando em suas calças.

— Já está tarde, acho melhor acordá-lo. — sugeriu. Gregory assentiu do outro lado da mesa, o cachimbo entre os lábios e um pigarro entre os dentes.

Ele a tudo observava com cautela, os olhos expressivos por baixo de sobrancelhas grossas e grisalhas transmitindo seriedade.

— Seu braço está em boas mãos, garoto. — disse-lhe — Ollie está realmente dedicado à isso, e uma vez que ele se empenha tanto, aposto um dos meus pulmões que o resultado agradará qualquer um...

Jeremy sorriu.

—... no entanto — um suspiro escapou por entre os lábios do mais velho — ele exagera. Fique de olho nele por mim, essas noites sem dormir não fazem bem a ninguém.

O loiro assentiu, concordando com os fatos: Oliver estava muito cansado. Isso não era bom. Gostava do rapaz o suficiente para não querer que pegasse algum tipo de doença.

— Se depender de mim, ele ficará bem.

Tocou o ombro do mecânico sutilmente, balançando-o.

Os olhos verdes despertaram, sonolentos. Os cabelos da cor de grãos de café bagunçados em todas as direções. Um leve sorriso querendo nascer no canto da boca, escondido por uma sombra de sono e despertando sutis covinhas.

Oliver levantou o rosto, envergonhado.

— Sinto muito, acho que acabei dormindo.

Seu rosto estava corado, e as pequenas sardas alcançaram seus olhos. O coração de Jeremy falhou uma batida.

Por deus, ele era lindo!

...

— Oliver!

A rua estava deserta e fria, o vento noturno gelando os dedos e balançando a manga do casaco onde nenhum braço repousava. O mecânico girou a chave na fechadura e abriu a porta com um leve ranger.

— Sim?

Jeremy olhou para o relógio, notando o quão tarde estava. Coçou o ombro com o casaco pendurado e sorriu.

— Boa noite. — se aproximou com passos lentos — Por favor, durma até não aguentar mais.

Oliver cruzou os braços e se apoiou no batente da porta.

— Bem, talvez eu esteja com um pouco de sono, mas vou sobreviver. Não se preocupe tanto com isso — sua voz soava divertida. — Boa noite, Mr. Benedict.

O aviador divagou por um instante, olhando para o rosto do outro.

— Jeremy. Me chame de Jeremy.

Não havia mais motivos para tanta formalidade.


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Notas finais do capítulo

Então, esse é o último capítulo que tenho escrito. Escrevi pouco? Sim! Vou acabar até dia 31? Provavelmente não porque as aulas voltaram. FLOPEI? SIM! Choremos ;-;
Obrigada a todos que estão acompanhando e principalmente aos que aparecem nos comentários e me dão a maior força!
Até mais!