Mentir assim é uma droga! escrita por Andie Jacksonn


Capítulo 5
He innocently overlooks the truth


Notas iniciais do capítulo

Sorry, pessoas, eu disse que is postar às quartas, mas ontem nem cheguei perto de um computador. Por isso, o um dia de atraso. Espero que gostem do penúltimo capítulo da nossa história.



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He looks around the room
Ele olha por volta da sala

Innocently overlooks the truth
Inocentemente, ignora a verdade...

Eu não conseguia me concentrar tamanha a gritaria nas arquibancadas. Era o último final de semana antes da Páscoa e um magrela do quarto ano da Sonserina havia acabado de pegar o pomo dando vitória à Casa. Parecia que todos os alunos da arquibancada vestiam-se de verde e prata. Eu me senti meio deslocada, afinal os poucos alunos da Grifinória ali estavam torcendo pela Lufa-Lufa do outro lado do campo.

O quê? É claro que eu queria que as cobras ganhassem. Porque agora a final do campeonato esse ano vai ser o clássico Grifinória versus Sonserina. E obviamente eu fui conhecer as jogadas do time, para eles não poderem usá-las contra o time do Jay, ou seja, o meu time. Depois do feriado, esse vai ser o último jogo do ano letivo.

Tá, tudo bem, quem eu estou tentando enganar? Eu olhei, sim, as jogadas do time adversário, mas olhei principalmente para o capitão do time. O Scorpius fica ainda mais lindo com o vento balançando o cabelo dele, aquela pose de campeão, e o sorriso nos lábios, que ele não está conseguindo disfarçar enquanto é ovacionado pelos seus colegas.

— Rose?

Ai. Ai. Ele é tão bonito.

— Terra chamando Rose... Srta. Weasley, gostaria de voltar para esse planeta? – Jay me chamou, sorrindo.

— Desculpa, o que você disse? – perguntei, com um sorriso culpado.

— Eu estava dizendo que é uma pena que eles não tenham perdido – James deu de ombros e continuou: – Não que eu importe muito, nós ainda somos melhores. Sempre seremos, é o destino. O carma. Deus quis assim quando criou o mundo.

Eu sorri.

— Mas onde você estava, exatamente? Pensei que você tinha vindo porque queria analisar as jogadas – meu primo se levantou do banco e começou a descer as escadas da arquibancada.

— Eu me distraí um pouco, porque lembrei que tenho um trabalho de poções para segunda que eu nem comecei a fazer – expliquei com a verdade, enquanto o seguia, apesar do meu trabalho não ter sido o motivo da minha distração.

James se virou para mim e falou:

— Rose, eu não teria me importado de vir sozinho se você tivesse me explicado isso antes.

Eu revirei os olhos.

— Por que você fez isso? – perguntou Jay.

— Fiz o quê? – devolvi inocentemente.

— Por que você revirou os olhos, Rose Weasley? – perguntou novamente, cerrando os olhos para mim.

— Porque o nosso time não ficaria por dentro de nenhuma jogada da Sonserina se você tivesse vindo sozinho. Lembra que até a metade do jogo, você ficou jogando pipoca no sonserino que tinha chamado a Alice para o jogo?

— Foi só umas duas pipoquinhas. 

Eu tive que rir. James esticou o braço para mim e passou por sobre meus ombros, antes de perguntar:

— E você? Não ficou distraída olhando os dotes físicos de alguém durante o jogo?

Eu bufei e disse:

— Não seja ridículo.

Ele ficou calado por um tempo e chegamos ao nível do campo.

— Olha, não tenho nada contra o Malfoy, prima – disse ele, de repente. – Apesar de ele ser um estúpido sonserino, até que é gente boa.

— Não sei do que você está falando, James.

Meu primo me soltou e deu de ombros.

— Eu sei que não quer conversar sobre isso comigo, e tudo bem. Mas não finja que você não sabe sobre o que estou falando, porque eu não sou idiota, Rosinha.

Eu dei um pequeno sorriso. James me deu um beijo na testa e disse, antes de sair de perto de mim com as mãos nos bolsos da frente da calça:

— Só não deixe isso te atrapalhar no quadribol, ok?

Eu revirei os olhos, mas congelei ao ouvir Scorpius falando ao meu lado:

— E aí? O que poderia te atrapalhar no próximo jogo, Rose?

Você. Sem camisa.

Mas ainda bem que eu não disse isso alto.

— A presença daquele deus apanhador do Lukás Krum – falei com um sorriso cheio de segundas intenções.

Scorpius fez cara de nojo, e fingiu que estava vomitando, enquanto eu ria. Depois ele disse:

— Vamos mudar de assunto, credo. Não está na hora de me dar os parabéns? – perguntou ele, abrindo os braços.

Eu o abracei rapidamente e disse:

— Melhor curtir a vitória, porque a final do campeonato só vai dar Grifinória, colega.

Eu achei que o Scorp ia retrucar, fazendo algum tipo de brincadeira, mas ele sorriu, antes de falar:

— Então, você comemora comigo hoje? Já que nós dois ainda estamos ganhando?

— Eu tenho que fazer o trabalho de poções, Scorpius. Desculpa – pedi, por mais que eu fosse adorar passar o resto do dia com ele.

O Malfoy arregalou os dois olhos cinza.

— Trabalho de poções? – perguntou ele, com cuidado.

— Para segunda-feira. 80 centímetros de pergaminho sobre a poção polissuco e a Veritaserum, e como elas foram usadas durante a Segunda Grande Guerra, lembra?

— Porra! Lá se vai a minha comemoração – xingou o loiro e eu quase ri. Ele é fofo até... Parei.

— Você também não fez, não é? – perguntei, mesmo sabendo da resposta.

— Não. Vamos fazer juntos? Nós terminamos mais rápido.

Eu dei de ombros, tentando parecer indiferente. Mas por dentro, eu estava dando pulinhos de animação.

— Poder ser – respondi.

— Você me espera na entrada do castelo, amor da minha vida? – perguntou o Malfoy.

Eu tive que sorrir, que cara mais interesseiro.

— Eu já aceitei fazer o trabalho com você, Scorpius, não precisa ficar falando essas coisas.

— Que coisas? – perguntou ele, indo em direção aos vestiários – Eu só digo a verdade!

Eu balancei a cabeça e me dirigi até o castelo. Encostei ao umbral do portão de entrada e cruzei os braços. Fazer o trabalho com o Scorp foi um surpresa muito boa que não estava nos meus planos.

— E aí, Weasley? – chamou Scorpius, aproximando-se com o cabelo loiro molhado. – Preparada para uma tarde recheada de poções e química?

— Química? – perguntei, enquanto andávamos em direção à biblioteca.

— Não é química que as pessoas geralmente falam? – questionou o Malfoy.

— Não faço a mínima ideia.

— Rose, qual é a matéria que os trouxas estudam que serve como gíria para quando rola um clima entre duas pessoas? O Teddy tinha me falado uma vez. Era física ou química? E tinha outra coisa, era anatomia?

Eu sorri do Scorpius tentando se lembrar. Ele estava certo na primeira tentativa, eu que não percebi que era disso que ele estava falando.

— É química, mesmo – eu falei, enquanto o loiro murmurava: “biologia ou anatomia?”.

— Viu? Eu sabia – respondeu ele.

Eu revirei os olhos e disse:

— Acho melhor nos concentrarmos apenas em poções, Sr. Malfoy.

Os ombros dele caíram, e ele parou de andar para reclamar:

— Você podia ser menos certinha, Weasley. Aposto que a gente ia se divertir.

Eu peguei o Scorpius pelo braço e o puxei em direção às escadas.

— Vamos nos concentrar no trabalho, pode ser? Quanto antes terminarmos, antes vamos comemorar sua vitória – eu disse.

— Vai ser uma festinha particular, só nós dois? – perguntou o loiro, cretino.

Eu passei a mão pelo meu cabelo num gesto de nervosismo e o fuzilei com os olhos. Depois disso, Scorpius ficou calado.

Olha, não vou tentar me explicar para você, porque às vezes nem eu me entendo. Você pode estar pensando que o Malfoy estava flertando comigo, mas por que eu sinto como se nada disso fosse sério?

Eu sei, eu sei. Todos os meninos são retardados aos 17 anos.

Mas para mim, tudo é preto no branco. Quando o Smith queria ficar comigo, ele era bem direto, e nenhum garoto fez esses tipos de brincadeira comigo antes; porque meus primos são super ciumentos e vivem de olho, e eu chamo atenção, porém sou muito durona.

Acho que estou com medo.

Preciso admitir.

Se o Scorpius quiser apenas sair algumas vezes e se divertir, vou me machucar. E se ele quiser algo sério, e não der certo?

Eu vou querer morrer.

É, eu li vários livros de romance, provavelmente igual a você, e eles sempre nos incentivam a arriscar. Mas também nesses livros, as mocinhas sempre se dão maravilhosamente bem com uns caras incríveis que só existem no mundo ficcional.

Então, não serve exatamente como um bom conselho quando o cara pelo qual você está apaixonada é um amigo tão presente e divertido.

Em silêncio, chegamos à biblioteca, e só aí nós dois percebemos que não tínhamos levado material.

— Não estou a fim de ir às masmorras porque é provável que eu não volte – disse Scorpius.

Olhei para ele sem entender.

— É que eu vou acabar caindo em um sofá por lá – explicou ele.

Eu tive que sorrir e depois falei:

— Vamos ver se alguém aqui nos empresta uma pena e pergaminho.

— Fazer o quê, não é, Weasley? Já que você quer estudar – reclamou Malfoy.

Eu balancei a minha cabeça negativamente por causa do drama do garoto e assim que passamos pela bibliotecária e nos dirigimos às mesas onde haviam poucos estudantes, vi o Victor, e sabia que ele ia me ajudar.

Eu me dirigi a ele, que levantou os olhos, sorriu para mim, e perguntou olhando para alguém atrás de mim:

— Está tudo bem com você, Malfoy?

— Claro. Por que não? – respondeu Scorpius, de braços cruzados, se postando ao meu lado. – A Sonserina vai para a final, diferente de vocês, corvinais.

Victor levantou as sobrancelhas, ele não ligava muito para quadribol, era nascido trouxa e preferia futebol.

— Parabéns, sonserino – disse Smith, indiferente. – Rose, querida, do que você precisa?

— Eu sei que você sempre carrega pergaminhos extras, então será que você poderia emprestar para a gente? – pedi na maior cara de pau. – Eu passo na torre da Corvinal para devolver hoje à noite. Ah, vamos precisar de duas penas também.

— Veio preparada para estudar mesmo, hein? Ou será que a intenção de vocês era outra? – perguntou Victor fazendo graça.

— Olha aqui, Smith, se não quiser emprestar é só falar que eu vou até as masmorras providenciar isso – falou Scorpius baixo, mas ríspido.

— Scorp! – chamei a atenção dele, mas foi como se eu nem estivesse ali.

Os dois garotos se encaravam, o sonserino com um olhar fulminante e o Smith com um sorriso de lado, olhando o Malfoy com superioridade.

— Scorpius! – chamei de novo e ele finalmente voltou sua atenção para mim. – Você pode pedir a Srta. Grace para nos dar as indicações de onde ficam os livros com a matéria que a gente precisa? E procura uma mesa vazia, enquanto eu pego os pergaminhos.

O Malfoy respirou fundo, mas fez o que eu pedi.

— O que foi isso? – perguntei a Victor assim que Scorpius não estava mais ao alcance de nossas vistas.

— Parece que você arranjou um namorado muito ciumento, Rose – comentou o meu ex-ficante, eu acho, não sei definir muito bem o que a gente tinha.

— O Malfoy não é meu namorado, e você sabe disso – falei.

— Mas não é por falta de vontade sua, certo? – comentou Victor, com um risinho.

— Cretino.

— Ai, assim você me ofende, Rose – comentou Smith, colocando a mão no peito como se eu realmente o tivesse machucado.

Revirei meus olhos.

— Anda, me passa os pergaminhos e as penas – praticamente mandei.

Victor se levantou e tirou de sua mochila três rolos de pergaminhos, duas penas, um pequeno pote de tinta preta e deixou na mesa. Depois guardou seus livros e o resto de suas coisas.

— Já está saindo? – perguntei.

— É, tenho que encontrar alguém – respondeu ele.

— E eu posso saber quem é? Agora fiquei curiosa. Ai, meu Deus! É a Anellise Brown, da Lufa-Lufa?

Eu tinha ouvido uns boatos que os dois estavam se pegando. E eles pareciam estar num clima bem romântico na festa do Scorpius. Victor não respondeu, o que pra mim foi admitir que eu estou certa.

— Então quer dizer que é sério? – perguntei, sorrindo.

Victor me colocou uma alça da mochila nas costas e me deu um beijo na bochecha, antes de dizer:

— Até parece, minha rosa linda. Eu e a Anellise temos um acordo que beneficia ambas as partes, ou seja, é só diversão mesmo. Não fique com ciúmes, tá?

Balancei a cabeça e o mandei embora:

— Cai fora, antes que eu acabe com você.

Ele piscou para mim e saiu.

Idiota.

Eu peguei o material que o Victor tinha deixado para mim e pra o Scorp e procurei pelo loiro que tinha agido muito estranho com o meu ex-alguma coisa. Será que todos os garotos odeiam uns aos outros quando o assunto é quadribol?

Será que o Scorpius não sabe que o Smith não gosta muito do jogo? A gente sempre discutia futebol e o quadribolzinho que eu amo tanto.

Enfim, fui atrás do Scorp e ele já mexendo em alguns livros para o trabalho, para falar a verdade, ele está passando as páginas dos livros como se algum deles tivesse feito alguma coisa realmente séria contra a família dele.

Tive que sorrir lembrando que Scorpius consegue ignorar o que eu sinto por ele, não porque ele não liga para mim, mas ele faz isso sendo ele mesmo, desligado e fofo.

Sentei à mesa em frente a ele ainda sorrindo.

Quando Scorpius sorriu de volta, um pensamento cruzou minha mente, e foi impossível de ignorar.

Essa não é uma paixão que dura pouco tempo.

Acho que eu o amo.

De verdade.

E eu poderia ficar em divagações como essa durante todo o dia, mas eu tive que voltar para a realidade, que era o meu trabalho de poções, e resolvi me concentrar. Nós ficamos por um pouco mais de duas horas fazendo o trabalho, e conseguimos terminar. Sério, estava morrendo de cansaço depois daquilo, já era sete e meia da noite, e eu não tinha comida nada desde antes do jogo.

— Então, nós não vamos comemorar? – perguntou ele depois que eu disse que ia jantar e cair na minha cama.

— Não sei, Malfoy – respondi.

— Por favor, vai ser divertido. O Meine disse que vai ter o maior festão na nossa sala comunal.

Eu tive que rir. John Meine é um sonserino que adora realizar festas, como o meu primo. Ele e o Al vivem competindo sobre quem faz as melhores festas da escola. Depois de Hogwarts, ou os dois se matam, ou se juntam, e ficam ricos e famosos.

— Ai, Scorp... – falei enquanto ele fazia uma cara de cachorro sem dono, e eu não consigo resistir. – Tudo bem, mas não vou ficar muito tempo, ok?

— Isso nós vamos ver, milady.

Nós descemos as escadas em direção ao Salão Principal, e o Scorpius estava olhando para a minha roupa.

— Como você rasgou essa calça? – perguntou ele.

— Olha, eu já comprei rasgada.

O sangue puro não pareceu entender.

— E porque você compraria algo que vem estragado? A loja nem deveria vender.

Eu ri.

— Isso é estilo, garoto. Pessoas descoladas como eu usam calças rasgadas às vezes.

Scorpius deu de ombros e falou:

— Se você diz... Agora, só uma pergunta: Quem são esses caras velhos na sua camiseta?

— Velhos? – exclamei e depois me rendi: – Tudo bem, eles não novos mesmo. Eles são uma banda trouxa alemã de hard rock que o Hugo gosta. Eu mesma só gosto de algumas músicas.

— E por que você está...

— Usando essa blusa? – terminei por ele, e Scorpius assentiu – É do Hugo, não minha. Eu roubei porque é confortável, e está meio apertada nele também.

— E essa banda tem nome? – questionou o loiro, olhando para os cinco homens fazendo língua e poses rock’n roll.

Eu sorri antes de responder:

— Scorpions.

O loiro parou de andar e virou-se para mim, antes de perguntar:

— Sério?

Eu só balancei a cabeça.

— Ah, já gostei deles – comentou Malfoy. – Esse pessoal da Alemanha tem bom gosto.

Eu ri e Scorpius também.

— Olha, gostei muito mais dessa roupa do que aquele vestido que você usou na minha casa. E que, por acaso, você esqueceu lá – disse ele.

Nossa, pior que era verdade. Naquele dia eu fui embora com a roupa do Scorpius e nem me lembrei do vestido da Nick, ainda bem que ela também se esqueceu desse detalhe.

— Verdade, você podia trazer para mim quando depois do feriado da Páscoa.

Scorpius pareceu pensar no assunto.

— Não sei, talvez o vestido te dê uma desculpa para voltar na minha casa, e eu ia gostar disso.

— Se você não trouxer meu vestido, você nunca mais vai ver sua blusa da Sonserina.

— Ah, tudo bem, sua chata, também não precisa ameaçar a minha blusa favorita. Mas é sério, achei legal esse estilo aí.

— Claro, só por causa da banda – falei.

— Não, Rosely. Eu gostei porque sei que essa é você de verdade.

Scorpius estava olhando dentro dos meus olhos, por isso demorei uns segundos para retrucar, num tom de voz mais baixo porque o loiro estava se aproximando de mim:

— Mas você disse que eu estava parecendo uma boneca naquele dia.

E o Malfoy respondeu:

— Eu não gosto de bonecas, Rosely. Gosto de garotas de verdade.

Eu não soube o que responder a isso.

E para ser sincera não tive que falar nada porque o Al nos cumprimentou ao vir em nossa direção no corredor:

— E aí, sonserino? Rose, minha flor, como você está?

Acho que o meu primo não percebeu o clima... Eu não estou entendendo nada... Quero dizer, ele não ouviu que o Scorpius acabou de falar... Ele falou... O loiro disse...

Ai meu Deus!

— Então a gente janta junto e depois vai para a festa... – falava Albus.

— Não sei se você foi convidado, Potter – comentou Scorpius com um sorriso de lado.

— Ah, pelo amor de Merlin, cara. Você é o capitão do time, e vai me pôr para dentro daquele salão comunal, com certeza. Quero ver se o Meine sabe preparar uma comemoração de verdade.

O Malfoy revirou os olhos e depois disse:

— Só se você conseguir animar a Rose a ir também, Al.

— É claro que ela vai, vai ter comida de graça – comentou meu primo, puxando-me com o loiro em direção ao Salão. – Quero dizer, eu espero, né? Sei lá se esse Meine sabe escolher os petiscos direito.

Eu tentei rir, e me concentrar no meu primo maluco que eu adoro tanto.

Nós jantamos, e depois de me arrumar, fui para a festa com o Albus. Ficou combinado de encontrarmos o Scorpius na entrada para as masmorras. Mas ele não estava lá, e sim o apanhador da Sonserina, que era do quarto ano.

Albus começou a avaliar a festa com aquele olhar “clínico e profissional” dele enquanto eu pegava cerveja amanteigada e salgadinhos, nós vimos o Scorpius e ele estava de costas para nós conversando com o Meine.

Será que ele não percebe? Que não passa pela mente dele que eu estou aqui, esperando que ele me veja?

Eu pensei isso e segundos depois, o Scorpius virou-se para onde eu estava com o Al, e veio em nossa direção.

— Oi, garota – cumprimentou ele, sério, sem sorrisos de lado, sem piscadelas. E tenho certeza de que o loiro se referia à nossa conversa mais cedo e tinha pensado nela assim como eu, talvez.

Eu senti um pouquinho de esperança.

Menininha que joga bem quadribol.

E garota de verdade.

Essas são duas coisas que eu sou.

xxx


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Notas finais do capítulo

Pois é, galerinha! rsrs Aqui encerramos mais uma parte importante de nossa história, e esperamos vocês na reta final dessa fanfic. Aguardem porque o último capítulo traz grandes surpresas. Deixem reviews, ok?



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