Amandil - Sombras da Guerra escrita por Elvish Song


Capítulo 5
Fuga de Rivendell


Notas iniciais do capítulo

Com atraso devido à faculdade (eita, horário apertado!), chego a vocês com um novo capítulo! Para quem queria ver Legolas, aqui ele está! Espero que gostem!



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Legolas venceu a distância que os separava com três passos largos, e envolveu sua amada nos braços, beijando-lhe os lábios com paixão. O choque em revê-lo de modo tão inesperado a manteve inerte por um segundo, mas então as saudades a venceram, fazendo com que retribuísse calorosamente à carícia cheia de amor. Mas seu coração ainda se agitava em apreensão e susto: aquele, afinal, era Legolas! Ele certamente saberia, apenas em olhar para ela, quais eram suas intenções...
– Não parece feliz em me ver, meleth nín (meu amor) – disse o príncipe, afastando-se levemente da jovem, que lhe sorriu:
– Estou apenas surpresa, Las. Não imaginei que fosse deixar a floresta ainda nesta década!
– E não ia... – disse o moço, tomando a mão de sua noiva e levando-a consigo para o caramanchão, onde a fez sentar no banco de pedra finamente entalhado. Havia preocupação no semblante do elfo – Mas vim ver o jovem Estel; seu treinamento deve continuar, e Lorde Elrond achou por bem que eu conhecesse o garoto, para guia-lo quando partir para o Norte, em alguns anos. Ele deve continuar a aprender o que puder com nosso povo, mesmo quando se juntar aos Dúnedain. E quando estou aqui, tenho a surpresa de ouvir... Coisas inusitadas.
– Coisas? – perguntou Amandil, com a mais inocente das expressões – sobre o que?
– Sobre você. Boatos sobre uma jovem elfa de cabelos castanhos viajando com uma companhia de anões; soube que era você, e precisava encontra-la. – ele lhe segurou delicadamente o rosto – o que está tramando agora, Amandil? Não sabe que a Sombra está se agitando outra vez? Não percebe que está se colocando em risco e, com isso, arriscando a sucessão de nossos reinos?
Ela deu de ombros, rindo-se ante a preocupação de seu noivo; às vezes, ele chegava a ser mais protetor do que Lorde Celebörn, seu pai adotivo! Contudo, mentir para ele, ou esconder algo, não levaria a nada; Legolas era a pessoa que, depois de Lady Galadriel, melhor a conhecia. Melhor seria contar o que podia da verdade, e lidar com o moço como fosse possível. Ele era bem razoável, e um adepto inveterado de aventuras... Certamente compreenderia. Levantando-se e indo cheirar um botão de rosa, a princesa respondeu:
– Eu sei do perigo que ronda, Las. Nós dois sabemos: não vimos juntos a escuridão que cercava o sul, em Dol Guldur? Por isso mesmo juntei-me à companhia de anões.
– Com que finalidade, meu amor? Por que realizar uma viagem tão arriscada, com pessoas que a matariam, se tivessem chance?
– Eles não são tão maus, depois que você os conhece – brincou a moça, mas então seu semblante se tornou sério – prometi não revelar o que faremos, mas posso dizer que nossa missão tem a ver com estas trevas que se avizinham... O que vamos fazer é garantir que esse mal não disponha de uma arma terrível demais para se imaginar.
Legolas foi para junto de sua amada, abraçando-a pela cintura e sentindo-lhe o perfume dos cabelos; haviam sido prometidos um ao outro ainda crianças, mais de mil e duzentos anos atrás, e cresceram juntos sob o mesmo teto, ora em Greenwood, ora em Lothlorien, ora e Rivendell, tendo os mesmos professores e vivendo aventuras lado-a-lado... A adolescência trouxera a paixão um pelo outro, e a maturidade, o amor. Um amor grande demais para pôr em palavras, mas que permitia a ele ler a alma de sua amada assim como ela lia a sua. O que ela não dizia lhe falava muito mais do que as frases esquivas da mulher, e foi assim que o jovem perguntou:
– Thorin quer retomar Erebor, não é? Está com ele nisso, para matar o dragão.
Fechando os olhos, a princesa suspirou: Legolas era inteligente, e a conhecia muito bem... Fora fácil, para ele, ligar os pontos, assim como seu pai estaria fazendo agora. Que os Valar a livrassem de sua mãe também haver feito tal dedução, ou estaria perdida! O silêncio dela foi toda a resposta de que o elfo precisava:
– Amandil! Isso é loucura! – as mãos fortes a seguraram pelos pulsos, como se com aquele gesto pudesse impedi-la de partir - Você não tem condições de matar um dragão! Não existe arma que perfure seu couro, nem...
– Smaug tem uma escama faltante no lado esquerdo do peito... Minha espada é forte o bastante para penetrar a pele, neste ponto. Não porto, afinal, uma lâmina de Gondolin?
– Não pode expor-se a tal perigo! – insistiu o moço – o caminho é perigoso: vão encontrar orcs e coisas piores, e como vai chegar perto o bastante do dragão para cravar sua espada no peito dele?! – ele a tomou nos braços de modo desesperado – Não posso permitir que faça isso, meu amor! Não vou perder você!
Ela se regozijou com aquele abraço apertado; nunca deixava que vissem sua fraqueza, mas a verdade é que estava com medo. Com tanto medo... A dúvida a assaltava com frequência, e o abraço de Legolas, mesmo que fosse na intenção de impedi-la, passava-lhe forças. Naqueles braços sentia-se segura, forte e protegida, capaz de qualquer coisa! E foi com essa sensação de vigor que ela se afastou e, com rosto sério e voz gentil, respondeu:
– Eu tenho de fazer isso, Legolas. Todos sabem dos rumores ouvidos sobre rugidos e tremores nas montanhas... Se o dragão despertar, e se aliar a seres mais malignos do que ele... Temo por nosso mundo.
– seres mais malignos? As crias de Ungoliant não são uma ameaça verdadeira, e nem um necromante perdido nos confins de Dol Guldur. Não teriam forças para se aliar a algo tão poderoso quanto Smaug.
– E se essa sombra for mais escura do que pensamos? E se o Inimigo...
– Nem pense em algo assim, meu amor! – pediu o príncipe – se isso acontecesse...
– Seria o fim do mundo como o conhecemos – concluiu ela. Bem, não estava falando sobre os objetivos dos anões (recuperar a pedra Arken), mas dos seus próprios, então não estava quebrando sua palavra – exatamente. É isso o que quero impedir. Alguém tem que matar aquele dragão, e não será nenhum dos anões... Nem mesmo o arqueiro conseguiria... Exige um arco possante, e flechas negras, ou algo tão duro quanto. Quem mais, senão eu, poderia matar aquela besta ainda em seu covil, antes que causasse morte e destruição? Não se esqueça, Las, de que possuo mais do que armas: tenho minha magia, e esta é uma arma que Smaug não espera enfrentar.
Legolas viu-se calado não apenas pelas palavras da jovem, mas principalmente por seu olhar determinado, e a paixão na voz que não demonstrava dúvida ou temor, e foi convencido. Compreendeu que ela tinha razão, e que aquilo devia ser feito. Ainda assim, temia pela sorte de sua noiva e amada.
– Eu vou com você. – disse o elfo, enfim.
– Não!
– Se você pode se arriscar, então vamos enfrentar o perigo juntos!
– Thorin Escudo-de-Carvalho já me quer expulsa do grupo, por eu ser uma elfa... Se ele descobrir a seu respeito, o filho do elfo a quem ele mais odeia na vida... Que Erú nos livre! Tudo iria por água abaixo! – ela acariciou os braços de seu amado, cujas mãos ainda a envolviam pela cintura – Não. Preciso que volte para casa, na Floresta Verde, e providencie para que tenhamos passagem segura pela Trilha dos Elfos.
– Amandil...
– Se me quer em segurança, precisa fazer isso. – os olhos da jovem estavam cheios de súplica, fazendo doer o coração do guerreiro - por mim, meu amor. – ela beijou o rapaz, segurando-lhe o rosto entre as mãos com delicadeza – Faça com que eu e meu grupo possamos passar em segurança, sem cair nas mãos dos soldados de seu pai, e estará me socorrendo de modo inigualável. – beijou-o novamente – por mim, meleth nín. Faça-o por mim!
Legolas a abraçou novamente e trouxe-lhe a cabeça contra o peito, beijando a fronte da jovem... Como todos os planos de Amandil, aquele seria era extremamente arriscado e perigoso, mas devia ser feito. E nenhum outro elfo teria a habilidade dela em se fazer aceitar por Thorin Escudo-de-Carvalho e seus companheiros; havia na mulher uma magia diferente de tudo o que conhecera, uma força e vontade inexplicáveis, que faziam com que os caminhos se abrissem para ela, e a sorte sorrisse sempre para quem a rodeava... Pela vontade de Amandil, até uma montanha se moveria de suas bases. Sempre fora assim, desde que ela – ainda uma criança pequena – conseguia dobrar o próprio Thranduil à sua vontade. Manipuladora, arguta, inteligente, mas... Boa e gentil como poucos naquele mundo. Não sabia que poderia morrer em tal empreitada? Provavelmente sabia, mas não se importava... Não se fosse o preço para cumprir seu objetivo.
– Eu farei o que me pede, minha querida. Por você. E depois que tiverem atravessado a cidade, então me juntarei a você.
– Leg...
– Não deixarei que Thorin me veja, se essa é sua preocupação... Mas estarei lá quando enfrentar o dragão. Não vou deixa-la sozinha. – e antes que ela tentasse dizer algo mais – por mim, meleth nín. Por mim, aceite. Não aceitarei um não como resposta; juntar-me-ei a você depois de Greenwood. Enfrentaremos juntos aquela besta.
O rosto da guerreira se abriu num sorriso luminoso, e ela passou os braços pelo pescoço de seu amado, cobrindo-lhe o rosto de beijos.
– Eu te amo, Legolas! – e fitou aqueles olhos que brilhavam como um céu azul – Ah, só as estrelas sabem o quanto eu te amo, meu príncipe da floresta!
– só o amor que tenho por você poderia me colocar em suas loucas aventuras, minha querida. Só por amor eu me atrevo a confiar em tão insensato plano, e crer que funcionará. Mas vou com você até o fim do mundo, pois se morrermos, o faremos juntos. A vida não tem sentido algum, se não for ao seu lado.
A dama sorriu e enlaçou o moço nos braços, beijando-o apaixonadamente; ah, passara-se pouco tempo desde que se haviam visto pela última vez – menos de dois anos – mas as saudades haviam sido quase insuportáveis. Ela amava o rapaz com uma intensidade impossível de descrever e – embora jamais fosse admitir isso – saber que ele a seguiria, que estaria consigo quando enfrentasse o dragão, redobrava suas forças e aumentava sua coragem. Com ele, e por ele, seria capaz de fazer qualquer coisa.
*
– O que foi, meleth nín? – perguntou Legolas, quando Amandil se ergueu de um salto do banco onde estavam sentados há horas; a elfa estava apreensiva e assustada, seu rosto muito tenso sob a luz dos primeiros raios de sol.
– Minha mãe... Lady Galadriel... E o mago Branco – respondeu a jovem – eles estão aqui! Ah, não! – esquivando-se às mãos do príncipe, ela explicou – Legolas, Nana não pode saber que eu estou aqui! Ela não pode me ver! Se você já descobriu o que eu pretendia, imagine o que ela não conseguirá saber, com sua habilidade em ler mentes?!
Legolas compreendeu o desespero de sua amada: se a Rainha de Lothlorien tomasse conhecimento do que Amandil fazia, trataria de impedir a filha pelos meios que fossem possíveis. Assim como, se pudesse, não permitiria aos anões chegar a seu destino. Não que ele discordasse de tal atitude, mas já dera sua palavra à princesa...
– Precisa tirar os anões daqui – disse o jovem – vou distrair Lindir, para que você possa conduzir a Companhia de Thorin para fora do Vale, mas precisa ser rápida. – ele a beijou brevemente – corra, meu amor. Nós nos encontraremos, em breve.
– Obrigada. – ela ia correndo quando se lembrou de algo – diga a Mithrandir, quando o encontrar, que espero por ele nas Montanhas. – o elfo apenas anuiu, tomando ele próprio seu caminho.
Com um sorriso agradecido, a guerreira correu para seus aposentos; mais depressa do que jamais o fizera, arrancou as vestes de princesa e envergou os trajes masculinos de caça. Atou as armas ao corpo e pegou sua mochila de viagem, correndo então para a ala onde Bilbo e os anões estavam alojados, ocultando-se nas sombras do amanhecer para que ninguém a visse em seu caminho.
Como um furacão ela entrou na antessala onde Bofur e Bombur roncavam sonoramente, esparramados sobre uma espreguiçadeira, enquanto Thorin simplesmente olhava através da janela, seu semblante sério e preocupado como sempre. Ao ver a jovem, ele franziu o cenho, mas a resposta à sua pergunta veio antes que a formulasse:
– Acorde todos. Temos de sair agora de Rivendell, ou tentarão impedir-nos a passagem.
Verdadeiro caos se instalou na câmara e nos quartos a ela adjacentes enquanto todos eram acordados; resmungos e protestos davam lugar a um rápido despertar quando tomavam conhecimento do que se passava, de modo que menos de meia hora se transcorreu até que todos estivessem prontos para viajar.
– Em silêncio – instruiu a mulher, guiando os companheiros através de slas que sabia estarem vazias, àquela hora, e saindo então para as passarelas que passavam por sob a cachoeira. Foi uma travessia tensa, todos olhando para trás e à frente a todo segundo, certos de que logo algum sentinela apareceria para impedi-los, mas a princesa de Lothlorien parecia saber muito bem o que fazia, pois não encontraram vivalma no percurso. Foi só depois de cruzarem o rio, já a caminho de deixar o vale, que Bilbo se manifestou:
– E Gandalf?
– Mithrandir terá de nos encontrar nas montanhas. Deixei-lhe uma mensagem para que o fizesse. Ele saberá nos achar, Bilbo, fique tranquilo.
Seguiram através de pontes e trilhas pela mata, e se algum elfo os viu, não fez qualquer movimento para cortar-lhes o caminho; desconfiado, Thorin percebeu que sua guia ia murmurando palavras incompreensíveis por todo o caminho.
– O que está fazendo? – Foi Balin o curioso que se manifestou.
– Um encantamento de ocultação, mestre Balin. – respondeu ela, após longo tempo, apenas quando já haviam deixado o bosque para trás. Um paredão de pedras se elevava à sua frente, ladeado por uma trilha; em vez de seguir por esta, contudo, Amandil deixou-se escorregar pela beira íngreme do caminho, no que foi imitada pelos demais. Sua descida difícil se interrompeu numa abertura no chão, pouco maior que um anão, pela qual ela se enfiou – por aqui! Vamos sair nas planícies, e de lá, chegamos às montanhas.
Os anões e o halfling trataram de fazer como a moça dizia, mas Thorin sentia-se muito perturbado: a jovem acabava de salvar a missão, conduzindo-os para fora das terras de seu povo por um caminho seguro – correndo mesmo o risco de tal ato ser tomado como traição - quando bastar-lhe-ia fechar os olhos e deixar que os filhos de Dúrin fossem capturados. Então não se tratava de mentira? A elfa realmente pretendia ajuda-los, seguir com eles até Erebor, e enfrentar o dragão? Esta idéia confundia a mente do guerreiro, que não conseguia compreender o que motivava a garota. Como? Por que? Simplesmente não fazia sentido... Ele não podia crer que algum elfo fosse altruísta a ponto de arriscar a própria vida daquele modo, pelas razões que Amandil apresentara. Mas como duvidar, quando acabara de receber tamanha prova? Como não crer naquela mulher igualmente linda e irritante, que acabara de fazê-lo provar o amargo gosto de estar completamente enganado acerca de algo?
Qualquer dúvida que pudesse persistir acerca das intenções da dama se desfizeram quando, enfim, o céu apareceu sobre suas cabeças, e estavam de volta à planície. Não tardou para deixarem as terras de Rivendell, e quando a noite caía, já não se encontravam em território élfico. A mulher seguia calada e preocupada, sem seu costumeiro sorriso e modos gentis. Apenas guiava o grupo pelos caminhos que tão bem conhecia, até encontrar um local protegido, já perto das montanhas, onde poderiam repousar. A noite ia alta, e estavam todos cansados pela marcha forçada que ela impusera; sem dizer o que fosse – parecia que o encanto de ocultação que ela dissera ter usado drenara muito das forças da elfa – ela se empoleirou numa rocha alta, o arco nas mãos, pronta para a vigília. Foi Nori quem se aproximou para lhe falar:
– Amandil... Você nos tirou das terras de seu povo, usou um encantamento por um longo tempo, caminhou conosco em ritmo acelerado... Imagino que sua mente deva estar perturbada, por ter ido contra todas as regras de sua gente, e que seu coração esteja dividido...
– Não há qualquer confusão em minha mente, ou em meu coração, Nori. – a voz dela soou seca como nunca antes – Dei minha palavra, e vou cumpri-la. Isso encerra qualquer dúvida.
– Qualquer dúvida, mas não qualquer culpa. – respondeu o anão, sem se deixar intimidar, sabendo que a jovem pensava na família, e em como o que fazia desafiava toda e qualquer ordem de sua rainha – Está sofrendo, e podemos ver em seu rosto...
As feições da moça se abrandaram, e ela apenas suspirou:
– Imagine o que sentiria se fazer o certo significasse ir contra as ordens de Thorin. – os olhos dela baixaram, pesarosos – Imagine isso, e saberá o que sinto.
– Eu já imagino. – devolveu o anão. – E sou-lhe eternamente grato pela lealdade que demonstrou à promessa feita. Mas agora, creio que deveria descansar. Está abatida, e dentre todos aqui, é a que leva o fardo mais pesado. Repouse, esta noite.
A jovem nada disse; seus lábios se curvaram num sorriso delicado e cansado, mas ela permaneceu em seu posto; de repente, contudo, soou a voz de Thorin, grave e séria:
– Amandil, desça daí. A vigília é nossa, esta noite. Já fez o bastante por todos nós.
A princesa ia se voltar para Escudo-de-Carvalho e perguntar-lhe como ele esperava ser obedecido por ela, que não se curvava nem às ordens da própria mãe e rainha, mas impediu-se de falar; não podia deixar que suas emoções a fizessem ser rude com os demais, especialmente quando estes tentavam ser-lhe agradáveis. Dando de ombros, escorregou para o chão e fitou o anão.
– Pensei que não se responsabilizasse por mim, Thorin.
O anão meneou a cabeça e, num esboço de sorriso, apertou os dedos da elfa em sua mão:
– eu estava errado sobre você. Perdoe-me por julgá-la mal.
Estupefata, mal crendo nos próprios ouvidos, incerta quanto a se realmente escutara aquelas palavras, ou se elas eram fruto de sua mente cansada, a guerreira apenas sorriu de volta e guardou o arco. Agora, longe de Rivendell, podia enfim desfazer o feitiço que impedia não apenas a Galadriel, mas a qualquer pessoa, ver e ouvir a Companhia. Com esse último esforço, exausta, enrolou-se na própria capa e enroscou-se aos pés de uma pedra para dormir, nem mesmo percebendo quando Bilbo pôs uma mochila sob seu rosto para lhe servir de travesseiro, ou quando Fili, com um sorriso terno, cobriu-a com uma manta de lã. Surpreendentemente, o silêncio que se fez naquela noite não foi em função de apreensão, medo ou desagrado, mas apenas para não acordar a moça que, com seu gesto, acabara de ganhar a confiança e o afeto de todos.


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Notas finais do capítulo

E então, meninas? Gostaram? Odiaram? Deixem suas reviews, ok?
beijos enormes, e vou tentar postar logo, mas isso depende de quanto trabalho os professores vão passar!
kisses, flores!



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