Tenebris escrita por Maju


Capítulo 2
Capítulo I - Narcisa Malfoy


Notas iniciais do capítulo

Hey, você aí mesmo! Tudo bem? Espero que leia as notas inicias e finais, pois é um jeito de conseguir falar com vocês, além disso... bem, leia as notas finais.
O prólogo e esse capítulo são introdutórios para a história, porém são muito importantes! Boa leitura



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"Dizem que a incapacidade de aceitar a perda é uma forma de insanidade. Deve ser verdade. Mas, às vezes... É a única forma de nos mantermos vivos." - Meredith Grey

Olhava fixa ao objeto sobre sua palma e perguntava-se como algo tão minúsculo detinha tamanho poder. Lembrou-se de ouvir pela primeira vez a história quando jovem numa rodinha de meninas brincando de contar histórias de terror em seu dormitório em Hogwarts, e depois de sussurrá-la, despreocupadamente, para seu filho dormir, não passou disso, uma lenda para criancinhas que podiam se perder em seus sonhos infantis, nunca refletira se era verdadeira ou não, até quando precisou de fato acreditar, até aquele dia.

Narcisa Malfoy fechou os dedos sobre a pedra, uma força parecia não deixá-la fazê-lo. Não teria como prever o que aconteceria depois, não é perigoso mexer com algo que é maior que seu próprio poder? Tornaria tudo pior se não controlasse, já tinha sofrido tanto... mas se não o fizesse seria o menino quem pagaria... o Ministério teria piedade por um filho de comensal?

Pensamentos contraversos enchiam sua cabeça, abriu a mão novamente revelando a Pedra da Ressurreição. Outros matariam para consegui-la e Narcisa tinha achado-a ao acaso, teve sorte por encontrá-la na Floresta Proibida assim que mentira ao Lord das Trevas que Harry Potter estava morto, todos aqueles comensais e o próprio mestre haviam passado pela relíquia sem notá-la e então Narcisa a viu, como um presente. Guardou-a, não sabia se ela funcionava ou não ou se haveria a necessidade de usá-la, porém depois que mentira, corria grande risco, qualquer coisa que tivesse ao seu lado seria válida.

Tinha um dos objetos mais valiosos, mas não a coragem para usá-lo, ela precisava encontrá-la. Escondeu a pedra no bolso do casaco e foi para o único lugar onde encontraria coragem para aquilo. O lado de fora da Mansão Malfoy.

A mão deu um leve vacilo ao tocar a maçaneta, tinha sempre que reunir muita força de vontade para ir aos jardins. Abriu a grande porta escura, o vento frio do começo do outono bateu em seu rosto, os olhos arderam, porém não por causa do tempo.

Os jardins estavam muito diferentes do que um dia foram. A grama crescia já muito alta, as sebes há meses não eram aparadas e seus galhos cresciam retorcidos formando figuras assombrosas. O pior não era jardim que fora tão invejado por outras famílias ricas de puro sangue, agora aterrorizante.

Narcisa se virou para olhar a fachada de sua casa.

Logo depois que Voldemort foi derrotado, a mansão fora atacada enquanto a família fugia. As pichações mágicas eram impossíveis de sair. Insultos, frases escritas pingando ódio e desenhos rabiscados preenchiam as paredes até metade da altura da mansão e por todos os lados.

Tinha a impressão de encontrar mais frases nas poucas vezes que saia, porém era apenas de sua cabeça, ninguém nunca pisou novamente naquela casa, os Malfoy haviam sido esquecidos. Narcisa torceu o nariz para uma frase escrita em letras garrafais perto de uma das janelas.

“As roupas de segunda mão agora pertencem a vocês”

Com certeza quem escrevera foi um dos adoradores dos malditos Weasley. O pior é que a frase estava a pouco de se tornar real, com todos os bens congelados as únicas coisas que restaram foram a mansão e o dinheiro que Lúcio escondeu nela.

Lúcio.

Os dedos de Narcisa apertaram fortemente a pequena pedra em sua mão. Seu marido, pai de seu filho, estava sozinho. Preso em Azkaban.

"Azkaban tem um lugar reservado para cada um de vocês"

A mulher tocou as trepadeiras que cobrem esta sentença, ela se repetia em sua mente todas as vezes que se deitava, estava com ela a cada segundo de seu confinamento. Direcionou seu olhar para os grandes portões, lá estava seu pagamento, ser trancafiada dentro daquele lugar. E o Ministério ainda analisava todas as penalidades, aurores poderiam chegar a qualquer momento e levarem-na para a prisão.

E seu filho... já tão sozinho... Qual seria seu futuro?

Tudo que passava por sua cabeça se embaralhava, se perdia em meio aos pensamentos, as ameaças, o esquecimento, porém ele sempre estava lá. Draco. Ele era o motivo. Ele era o empurrão que Narcisa precisava para usá-la. Girar três vezes e esperar. Seus punhos relaxaram e sua mão se abriu. Lá estava a segunda relíquia, levitando sobre sua palma. Não havia outra opção, apenas com a ajuda dela conseguiria salvar sua família.

Um.

Respirou fundo, isso era necessário.

Dois.

Em sua mente imaginou-a.

Três.
Um vento gélido cortou os jardins. As folhas se soltaram dos ramos secos, estalando, a grama se mexeu e todos os corvos que ali se encontravam voaram para longe. E então tudo parou, uma estranha sensação de estática se formou ao redor. Narcisa olhou para seus pés. Até que escuta um pigarro atrás de si. Lá estava sua irmã.

Bellatrix Lestrange.

A mulher era a mesma, não tinha áurea de tristeza que a jovem do conto infantil, muito pelo contrário, parecia realizada.

— Preciso de você — sussurrou a Malfoy. Ela não demonstrava confiança, era como se não fosse real, parecia apenas uma brincadeira de sua cabeça, uma imagem que logo desapareceria.

— Mas é claro que precisa, não é mesmo? — um sorriso brotou nos lábios de Lestrange — Me leve para dentro — Bellatrix estendeu o braço para a irmã, que hesitante, o pegou.

No primeiro leve roçar de seus dedos nela, Narcisa sentiu algo, era parecido com o que presenciara tantas vezes em sua casa, quando Lord Voldemort assassinara aquela mulher e a vez matou vários de seus comensais. Sentiu a morte. E as duas caminham para dentro da mansão. Ao se acomodarem no salão principal da casa, onde Hermione Granger havia sido torturada, o único som que ocupava o espaço era o tilintar dos pingentes do lustre.

— Lúcio está preso em Azkaban — revela Narcisa — Os outros comensais também, eu estou confinada dentro desta casa e Draco...— sua voz falhou, não parecia que teria forças para continuar — Draco foi obrigado a retornar para Hogwarts... — Antes que pudesse terminar é cortada por uma gargalhada insana, ecoando dentro da casa, era como se a irmã estivesse se deliciando, como se tudo estivesse bem. E quando terminou, seu olhar era cortante.

– Você o traiu – acusou – Disse a ele que Harry Potter estava morto!

– Não! Eu precisa fazer isso, era o meu filho! Era a minha família, eu precisava protegê-los!

— Ciça — Bellatrix encarou a irmã — Eu realmente esperava mais de você — seus olhos se fecham e quando tornaram a se abrir eram completamente negros, balançou uma das mãos, poucos segundos depois os olhos de Narcisa perdem o pouco brilho que lhes restava e um grito de dor cortou a Mansão Malfoy.


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Notas finais do capítulo

Atiçou a curiosidade de vocês? Hehehe
Espero que tenham gostado. E queria agradecer a todos que leram, favoritaram, comentaram. Obrigada mesmo!
Ah, já ia me esquecendo, as notas finais são importantes, pois faremos alguns joguinhos com vocês, uma forma de nos conhecermos melhor! Tenho várias ideias, porém hoje vou fazer algumas perguntas, pois sei que muitos não comentam porque não sabem muito o que falar, topam?
1 - Nome (só o primeiro já está bom)
2 - Se você usa um nome diferente no perfil, por que ele?
3 - Você usa sua foto no perfil ou de um ator/cantor/personagem/desenho, se sim, por que escolheu essa pessoa/ser?
4- Qual sua banda/cantor preferido?
Além disso, sobre vocês começarem as juntarem as peças... Talvez soltemos uma ou outra por aqui! Temos ideias para isso também, um desafio... veremos...
Adiós!