3567: Uma nova era escrita por Just a Player


Capítulo 3
O Inicio do mistério


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora para postar, o dia dos pais foi muito corrido para mim e não consegui terminar de escrever esse capitulo a tempo. Porém espero que valha a espera o terceiro capitulo, para quem estava esperando a aparição deste, aqui esta o presidente da TAOH.



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O senhor Glass tinha me deixado a sós com meus pensamentos em minha nova oficina que era gigantesca e cheia de peças raras e caras além de ter um aparato inacreditável de tão bom, porém mesmo com tudo aquilo a minha maior ferramenta sempre estivera em minha posse desde a minha infância, teria de usar a minha criatividade e o meu cérebro para criar formas de uma moto superar os desafios da pista do próximo Maytior, tinha as informações básicas da pista e percebi que aquilo não era uma brincadeira de criança não.

A pista cercava uma antiga cidade que seria demolida após a corrida, no caso grandes prédios desabando com canos enferrujados e outras coisas estariam por entre toda a pista, talvez um esgoto ou corrente de água também pudesse cair em cima da pista o que poderia ser um problema. Além do local ainda tinha as informações de três dos quatro obstáculos da pista, um era sempre omitido para surpreender o piloto e o mecânico, o primeiro obstáculo eram peças de construção, no caso um pedaço da pista sempre estava se alterando de forma podendo aparecer buracos ou a própria pista virar de cabeça para baixo, subir, descer ou virar um único fio o que complicava em muito a minha vida.

O segundo obstáculo eram pequenos trechos com isolamento gravitacional, isso significava que neles a gravidade era zero e a moto precisaria substituir seus pneus de repulsão para um pneu de atração se fixando no solo enquanto corria, um dos problema disso era que se a atração fosse muito forte a velocidade da moto era comprometida e se fosse muito fraca ela não conseguiria se grudar a pista, pelo menos desse eu já tinha uma ideia de como lidar e já me adiantava algumas horas de pensamento. O terceiro e o ultimo que saberia era algo bem perigoso na verdade e não era uma dificuldade técnica para mim e sim para o senhor Glass que poderia morrer se não fosse habilidoso, bem, a terceira era um percurso com atiradores de estrelas de aço bem cortante em extrema velocidade, um acerto daquilo e era bem provável que a pessoa nunca mais iria participar de um jogo de Maytior.

Peguei um catalogo de peças próximos e vi o que poderia me ajudar, na verdade eram muitos catálogos com peças únicas e bem caras que eu nunca iria encontrar se continuasse na minha pequena casa com a minha pequena oficina. Demorei quase uma hora olhando todos eles e pedi as peças que precisava sendo cinco de cada para garantir caso uma quebrasse ou qualquer outra coisa acontecesse porque demoraria tempo ate que outra peça fosse encomendada e chegasse, ate que as que eu havia pedido chegassem eu desmontei parte da moto retirando os seus pneus de vidro e os colocando em uma bancada, também retirei algumas peças que não seriam necessárias e assim comecei a fazer o que fui contratado para fazer, consertar e construir era comigo mesmo e tinha não só orgulho como prazer em fazer isso.

Primeiro comecei a desmontar parte da moto porque iria alterar bastante coisas dentro dela incrementando novas peças que iriam auxiliar ao corredor a cumprir a prova, além de remover parte também tirei os dois pneus e levei eles para uma maquina a qual localizava e reparava rachaduras além de cobrir a mesma com uma película de resistência, passei o pneu umas vinte vezes na maquina ate que conseguisse uma grande película daquela retirando ela do pneu e a colocando para esfriar no congelador que lá havia. Fiz ao todo dez películas daquela com área da superfície do papel e com dois centímetros de espessura, iria utilizar aquilo para fazer outra parte da moto e nãos os pneus, porém ainda não tinha testado se daria certo por isso precisava delas extras.

Enquanto retirava o motor da moto escutei a porta do elevador se abrir e percebi por um olhar rápido que era Tyler e que o mesmo trazia com sigo uma bandeja com uma xícara de café além de alguns pães, na verdade estava com fome e o cheiro da comida denunciou o que era não precisando me fazer olhar muito. Tyler colocou a comida em um balcão e ficou me olhando tirar o motor, ele diferente de mim, nunca gostou de mecânica e nem nada do gênero, talvez pela morte do nosso pai que trabalhava com isso ele tenha criado certo distanciamento e mágoa dessa areia, mesmo nenhum de nós dois admitindo sentíamos falta dos nossos pais além de sofrermos muito em silencio pela partida precoce deles.

–O senhor Glass passou lá em casa depois de te deixar aqui, ele falou que exigia a nossa presença na festa que haverá na noite antes da corrida, além disso, ele me deu esse cartão para vir aqui quando precisasse. – Tyler olhava para mim enquanto levava o motor da moto para uma mesinha móvel que estava pouco atrás de mim.

–Não posso ir, tenho de terminar essa moto e estou temendo que os três dias não sejam o bastante. – Comecei a ver como o motor funcionava e com cuidado fui desmontando ele porque se desse algo errado seria a minha demissão e o velório do senhor Glass que iriam ocorrer.

–Acho que o cara e vidente porque ele me falou que você diria isso, ele mandou lembrar que era uma cláusula do contrato e ele necessitava de você lá para fazer publicidade sua e a dele. – Ty pegou um pedaço de pão e começou a comer enquanto via eu mexendo no motor.

–É mesmo, cláusula maldita! – Disse batendo na mesa e fazendo o motor tremer. – Tudo bem, se não tenho escolha só posso te pedir uma coisa maninho, você pode ir ate a rua e comprar uma roupa melhor para nos dois irmos a essa festa?

–Estava esperando você falar isso Den. – Ele esfregou uma mão na outra e se aproximou esperando que eu lhe entregasse o dinheiro.

–Amanha deve chegar aqui no apartamento nosso o meu salário inicial com as despesas do prédio já descontadas, por favor pegue só o necessário para as roupas e deixe o resto lá. –Olhei para ele e o seu sorriso ficou serio. – E nada de gastar com moças, comprando outras coisas e essas rinhas ilegais que você se metia.

Ele sai bravo, porém sabia que ele não iria me desobedecer. De volta ao meu trabalho eu acrescentei algumas peças no motor e tirei o núcleo do mesmo com muito cuidado porque aquele núcleo de energia era bem poderoso e se não fizesse o que queria direito seria adeus eu! Primeiro centrifuguei ele e depois com uma seringa tinha a parte superficial do núcleo e guardei em um cofre blindado com resfriador para que não ocorresse o temível cabum, repeti esse procedimento com os seis núcleos da moto colocando os materiais instáveis no cofre. Com o material que eu queria formei uma coisa única que nem mesmo um grande pensador pensaria em fazer porque era tão louca a ideia que ninguém em sã consciência a faria.

Já era mais de cinco horas quando uma parte das encomendar chegaram, mesmo sendo só a menor parte o que tinha ali já permitia que eu continuasse o próximo equipamento da moto e isso me animou bastante. Fios de aço comprimidos cabendo mais de um quilometro em um pequena latinha do tamanho de um ovo, aquilo era algo que eu esperava que outros mecânicos fariam nas motos adversárias, porém era o mais simples e pratico a se fazer com tanto pouco tempo para trabalhar, quando a noite caiu o primeiro equipamento estava pronto e eu já não me aguentava de cansaço, não de esforço físico porque já estava acostumado a carregar peças pesada, mas sim o mental de tanto pensar em maneiras de resolver os problemas enfrentados na corrida.

Desci para casa e tomei um relaxante banho, comi alguma coisa na cozinha e fui dormir direto para que acordasse cedo para prosseguir com o meu trabalho. Quando acordei Tyler já tinha arrumado a sua cama, provavelmente já tinha pegado o dinheiro e ido torrar o que conseguia com as roupas mais caras eu encontrasse, eu peguei o que ele deixou e guardei em um lugar seguro. Apenas uma pequena quantia tinha sido retirada do envelope o que significava que meu irmão tinha cumprido com a sua palavra, comi uma fruta e tomei um copo de leite e subi para a minha oficina onde iria continuar o meu árduo trabalho de mecânico.

Quando abri a porta achei muitas caixas no local com as peças que eu tinha pedido, desembrulhei tudo e coloquei cada coisa em seu lugar o que levou cerca de uma hora e meia, em seguida fui ver se o que tinha feito no dia anterior ainda estava bom, primeiro o já equipado depois as grandes películas e por fim o material perigoso extraído do motor, estando tudo certo me concentrei no que devia fazer agora que era preparar a forma dele passar no próximo obstáculo.
Tirei os três modelos de roda que tinha pedido e com uma lamina de fogo desmontei elas e remontei colocando o melhor de cada em uma só, obviamente tive certos cuidados e não pude colocar tudo de melhor de uma na outra. Coloquei então os pneus naquela maquina que consertava as rodas e elas saíram de lá como novas só que melhoradas bastante, coloquei elas na moto e tratei de dar atenção para o motor que era a parte principal da moto. Com os materiais que tinha pedido consegui fazer um motor próprio e personalizado dando certo upgrade nele o que deixaria a moto não só mais rápida como conseguiria fazer com que ele ultrapassasse com facilidade os outros caras na hora das curvas.

Peguei um projetor de gravidade que eu utilizaria para estabilizar a moto, tinha de ajustar a válvula com muito cuidado para não acontecer o que já havia mencionado, não queria fazer o senhor Glass perder e nem quase morrer, se isso ocorresse seria o fim do meu emprego novo. Tyler então entrou no local sem trazer em suas mãos nada dessa vez, ele estava com as mesmas roupas do dia anterior e com os cabelos bagunçados como se tivesse acabado de acordar, será que meu irmão não tinha dormido em casa e eu nem tinha reparado por causa do cansaço?

Estranhamente ele chegou e ficou em pé me olhando, já ate imaginava o eu ele queria na verdade, deveria estar com fome querendo que eu fizesse a comida e por isso veio me perturbar ali, ou era isso ou ele precisava de dinheiro para consertar uma burrada que ele tinha feito na noite anterior, esperava que fosse a primeira opção porque preferia preparar comida a ter de arrumar a burrada de Ty mais uma vez.

–Mano, vai fazer um almoço para mim, fazendo favor. - Graças a deus era comida.

–Esta bem. – Desci e fiz uma omelete com bolinho de arroz, uma comida simples e gostosa.

Após comer eu subi e passei o resto do dia lá mexendo ainda na moto e utilizando as novas peças, um trabalho cansativo sem sombra de duvida, porém com todos aqueles aparelhos modernos e de ultima geração pude trabalhar sem problemas com tudo ali presente ate inventando algumas coisas que sempre quis fazer, mas nunca havia conseguido devido as condições precárias da minha antiga oficina. A empresa TAOH era uma ótima patrocinadora das corridas de Maytior, oferecendo aqueles equipamentos de ponta super modernos com as mais novas descobertas sobre o mundo tecnológico, sempre havia gostado da empresa desde quando visitava o meu pai trabalhando em sua sede, só fiquei meio ressentido quando eles tiveram de levar todo o trabalho do meu pai para longe de mim, porém eu entendia agora que o desenvolvimento de novos equipamentos era algo serio e que eles estavam certos de fazerem o que fizeram.

O segundo dia também passou correndo como se fosse apenas uma única hora, quando o relógio marcou dez horas eu parei meu serviço e fui me arrumar para dormir afinal eu precisava das minhas oito horas de sono para conseguir trabalhar direito, não queria ser despedido e nem acusado de assassinato por algo que deu errado na moto do senhor Glass, no entanto confiava bem nas minhas habilidades e sabia que não permitiria que nenhum deslize ocorresse e que nada saísse errado daquela oficina! Meu sono foi completamente vazio, oito horas de puro breu como se só estivesse de olhos fechados esperando o tempo passar, além disso o sono que costumava parecer ter um tempo bem menor do que era na realidade ficou mais comprido para mim, senti em vários momentos que já haviam se passado mais de oito horas e que meu despertador tinha quebrado, só não conseguia abrir os olhos mesmo querendo, talvez isso que significasse a verdadeira exaustão física.

No ultimo dia de serviço fui surpreendido com Tyler me esperando na cozinha, estranhei porque era eu que geralmente acordava ele, o mais chocante para mim não foi ele estar acordado e sim o horário que ele havia acordado, só era cinco para sete e ele estava lá tentando preparar o café. Outro susto, Ty nunca havia tentado preparar o próprio café antes e agora estava e sem problema algum! Será que haviam substituído meu irmão por um autômato que fazia o meu café?!

–Já acordou o irmão trabalhador? –Tyler se virou, ele estava igual sempre aparentando ser a mesma pessoa de sempre.

–Acordei....Você esta fazendo crepes? – Senti um cheiro e logo identifiquei o que era.

–Inacreditável? –Antes que eu pudesse responder ele riu. –Tudo bem, não sou de fazer essas coisas, mas como hoje é um dia muito especial eu decidi te fazer esse agrado.

–É meu aniversario? –Pelo que me lembrava não era dia vinte e oito de fevereiro ainda, faltava pouco menos de um ano para essa data ainda.

–Não Dem, hoje é o dia da festa aonde o Glass vai te apresentar na mídia e você vai se tornar famoso! –Ele percebeu um cheiro estranho e se voltou para os aparelhos tirando tudo de cada um e servindo em dois pratos.

–Nossa, isso é mais importante que o meu aniversario? –Fiz uma cara de triste bem fingida, depois que vi o prato com as comidas não me contive e abracei Tyler. – Nunca pensei que diria isso para você, ainda mais tão cedo esse ano, mas estou orgulhoso de você.

–Se eu soubesse que fazer um café da manha te orgulharia tanto eu já teria feito outros. – Ele riu e fomos para mesa comer.

–Na verdade. –Comi o primeiro pedaço do crepe. – Isso esta muito bom cara!

–Acho que não se lembra, mas enquanto você ficava com o nosso pai na oficina eu que ajudava a mãe na cozinha. – Ele riu e voltou a comer.

–Voltando ao assunto, estou orgulhoso pelas ações que tem tomado ultimamente.

–Não sei do que esta falando, mas agradeço. –Ele já tinha limpado o prato com poucos minutos, eu também não demorei a fazer o mesmo. – Antes de subir para seu trabalho, vai no meu quarto e prove a roupa que comprei para você ir na festa, se não servir ainda deve para trocar por um tamanho maior ou menor.

Deixei os pratos na lavadora e fui ate o quarto do meu maninho onde provei o terno que ele comprou, odiei cada segundo que passei dentro daquela roupa, mesmo ela tendo ficado do tamanho certo e boa em mim eu simplesmente não conseguia gostar desse tipo de vestimenta e achava que não fazia diferença porque nunca iria usar aquilo a não ser se chegasse a me casar um dia. Depois de cinco minutos com aquilo, cinco infernais minutos, eu tirei e coloquei a minha roupa normal e fui trabalhar. Eu então fiz o milagre dos mecânicos, havia conseguido às cinco horas da tarde ajustar tudo da moto concluindo o meu serviço, coloquei a moto no hangar onde um avião a pegaria mais tarde e a levaria para a pista onde ficaria lacrada ate o inicio da corrida.

Desci e tomei o meu esplendoroso banho, coloquei a roupa maldita e esperei que meu irmão fizesse o mesmo, não sei porque, mas Ty demorou quase uma hora no banheiro se arrumando para festa, só esperava que ele não me envergonhasse naquele lugar cheio de pessoas boa pinta. As nove então descemos e achamos um carro com motorista nos esperando para levar-nos ate o local da festa sendo esse a grande cobertura do prédio mais alto da cidade que era também o prédio mais alto de todos, o lugar era conhecido como: ‘’O Sétimo Céu’’ por ficar em uma altura maior do que a da maior montanha do planeta.

Na chegada encontramos com o senhor Glasse sua assistente, entramos juntos enquanto ele conversava comigo me ensinando como agir em frente aquelas pessoas, nada que eu já não imaginasse, respeito e educação acima de tudo respeitando todas as regras de etiqueta básica para não passar vergonha. A festa então chegou a nós, devia ter ali cerca de duzentas pessoas bem vestidas andando pelo salão fechado com teto de vidro transparente.

–Glass Kiutt, como vai uma das promessas para esse Maytior? – Um homem não velho de aproximadamente uns quarenta e cinco anos se aproximou, ele tinha cabelos de cor castanhos claro que estavam ligados a uma barba que se unia a seu bigode.

–Eu vou ótimo, como vai o homem mais rico e mais poderoso do planeta?-Ele estendeu a mão e eles se cumprimentaram, após ele olhou fixamente com seus olhos azuis para mim e sem reação fiz a mesma coisa.–Ande logo Holden, cumprimente o senhor Berthold Erwin o dono do maior patrocinador dos jogos.

–Muito prazer em conhecê-lo senhor Berthold, sou muito fã dos trabalhos realizados na sua empresa TAOH. –Estendi a mão e só então percebi que havia esquecido de me apresentar. – Onde estava com as maneiras, sou Holden Combern.

–Combern, filho de Hiuk Combern? – Seu cenho franziu e ele apertou a minha mão com certo ressentimento.

–Isso mesmo, estranho você lembrar-se do meu pai com tantos funcionários na sua empresa. –Ele soltou a sua mão da minha e colocou ambas nos bolsos da frente da calça.

–Seu pai foi de grande importância para nossa empresa, pena ter acontecido aquele fatídico incidente.

–Lamento muito por aquilo, porém o passado já passou, eu gosto de viver o presente. –Sorri e sai andando para lá, o homem começou a me passar uma sensação estranha de medo e perigo.

Ty já tinha ido para outros cantos aproveitar a festa, devia estar bebendo ou dando em cima de alguma Top, não esperava menos dele e sabia que pelo menos assim seria muito difícil ele fazer algo prejudicial para a minha imagem ou a do senhor Glass que era o mais importante disso tudo. Fui ate uma mesa e peguei da mesma um pequeno aperitivo que ao provar descobri ser feito de uma leve massa com um recheio de frango com um queijo extremamente cremoso, enquanto comia minha visão enegreceu quando duas mãos foram colocadas na frente dos meus olhos por alguém atrás de mim, mãos macias e suáveis com um doce cheiro de baunilha.

–Advinha quem é. – A voz parecia familiar, mesmo assim não me recordava de nomes e nem fisionomias. – Não vai nem tentar seu sem graça? Tudo bem.

–Você! – Quando as mãos foram retiradas e me virei consegui ver a dona da voz, era a mesma garota que havia me salvado no hospital durante o dia da minha grande decisão. –De toda forma não iria conseguir falar quem era, se esqueceu de que me beijou e nem disse seu nome? Por enquanto só te chamo em meus pensamentos de ruivinha Top.

–Eu já sei seu nome Holden. –Fiquei surpreso porque não tinha revelado meu nome para ela. – Assim como mais de metade do mundo já sabe, afinal você saiu em uma porrada de sites, ate no noticiário mundial.

–Nem me fale nisso, nunca pensei e nem quis que isso acontecesse. –Sorri meio sem jeito para ela, aquele beijo ainda estava me incomodando um pouco. –Se sabe meu nome acho que tenho o direito de conhecer o seu.

–Justo, me chamo Ashilá Lanzoth, e como já disse sou filha do dono daquele hospital. – Depois das apresentações ficamos o restante da festa conversando e percebi que mesmo sendo uma Top ele era bem legal e divertida, não só uma garotinha mimada como eu pensava.

Conversamos a festa toda ate que fossem três horas da manha, já havíamos jantado e bebido muito durante todo esse tempo, Tyler já tinha arranjado uma garota a qual ele não desgrudava, pareciam mais que estava fingindo ou mesmo gostasse dela só pela aparência, no fim das contas eles estavam ficando em um canto aparte do grande salão, tomei então uma decisão de confiança baseado nas ultimas ações dele, permitiria que o mesmo ficasse na festa ate a hora que ele quisesse, tinha de começar a tratar ele como o adulto que era e assim o faria. Despedi-me da bela garota ruiva de olhos azuis com um beijo simples e singelo que me fez querer ficar mais com ela, porém tinha de acordar cedo para corrida, ate mesmo Glass já tinha saído da festa e ido dormir, como mecânico tinha de estar lá antes dele e para tal estava meio atrasado se eu fosse dormir as minhas oito horas de sono.

Despedi-me depois das demais pessoas que foram me cumprimentando, haviam muitas pessoas ali mesmo com horário que era, passei em uma mesa e comi alguma coisinha e me dirigi para saída. Quando saí e já estava na recepção do hall de entrada eu escutei uma conversa vinda de uma sala que tinha sua entrada por uma porta vermelha no hall, só prestei atenção na conversa porque um homem havia gritado um xingamento alto, tentando ser discreto eu aproximei da porta e me escorei na parede ao lado dela enquanto fingia mexer no meu Hand Pad.

–Como assim aquela carga maldita não chegou! Porra, sem ela não vamos conseguir fazer o planejado, isso é tudo culpa sua seu jumento! Acho que ninguém seria tão burro como você para perder uma carga de 1000000m³, estou com vontade de arrancar o seu pau e enfiar na sua goela seu merda!

–Desculpa senhor, mas a carga nem era tão cara e importante assim, era só ferro.

–Não era só ferro seu imbecil! O ferro envolvia o que eu realmente queria! Algo tão raro e precioso que fazem mais de cinquenta anos que não se tem noticia. –Ouvi um barulho como se ele tivesse socando algo.

–Cinquenta anos, isso é muito tempo senhor, deve valer muito dinheiro isso.

–Vale mesmo, mas não é pelo dinheiro que eu quero isso, esse material era o que faltava para completar o projeto After Ômega, ou como chamo o projeto AO, um dos motivos da empresa se chamar TAOH. Mas porque estou contando isso para você? Sai logo daqui e trate de achar a carga!!!

Ouvi o barulho de uma cadeira se movendo e então percebi que se levantavam, sem demora entrei na primeira porta que vi e fiquei lá por alguns minutos ate perceber que era o banheiro masculino, assim aproveitei que estava lá e o utilizei, quando acabei e sai para o Hall encontrei o senhor Berthold conversando com um homem musculoso e parrudo parecendo um segurança, eu andei ate ele e decidi cumprimenta-lo antes de ir, depois de ter ouvido aquela conversa dos dois estranhos estava preocupado e pensando em contar para ele que alguém estava armando algo com a empresa dele.

–Boa noite senhor Berthold, acho que já vou indo. – Abraçamo-nos e depois apertamos as mãos, ele olhou profundamente em meus olhos de forma que eu me assustei com aquilo, qual seria o interesse dele em mim?

–Bem, boa noite Holden, espero que tenha um bom dia amanha. –Uma luz ascendeu em minha mente e percebi algo, a voz do homem que brigava atrás da porta era do dono da TAOH, Berthold Erwin!!!


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?



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