3567: Uma nova era escrita por Just a Player


Capítulo 4
Maytior


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, estou percebendo que não vou conseguir concluir a fic a tempo do desafio do mês, mesmo assim pretendo continuar ela e espero que vocês continuem lendo. Agora boa leitura com a foto do corredor mais famosa dessa minha historia Glass!



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Depois da inacreditável descoberta feita na noite passada sobre as indústrias TAOH eu não consegui passar bem à noite, mesmo com aquela cama mais que macia meu sono foi terrível como se estivesse dormindo no chão de pedra fria. No outro dia tive de acordar cedo para ir com antecedência para o local da corrida afinal eu tinha de verificar se estava tudo certo com a moto por ser o responsável, caso houvesse ocorrido algum acidente no transporte do veiculo cabia a mim consertar ou arrumar o mais rápido possível para que o senhor Glass conseguisse competir na corrida que haveria.

Tomei um café rápido e chamei Tyler que milagrosamente estava em casa, realmente meu irmão tinha se tornado um homem em que podia confiar completamente, mesmo que ele fosse mais tarde era melhor chamar agora do que ele perder a hora. Demorei cerca de trinta minutos de moto ate a cidade abandonada onde ocorreria a corrida, teria chegado antes e só não cheguei por conta do transito que estava intenso mesmo naquele horário da manha, fui direto para a sala de comando quando cheguei, na mesma se encontravam Glass e os outros funcionários tendo também além de mecânicos, paramédicos, bombeiros e os responsáveis pela comunicação com ele.

–Como vai o melhor mecânico de todos? –Glass me cumprimentou com um aperto de mãos seguido de um abraço.

–Vou bem, falta muito para o seu grande momento? –Não via nenhum relógio para saber que horas já eram.

–Faltam menos de vinte minutos, achei ate que não iria chegar a tempo.– Ele riu se dirigindo para porta.

–Mas já? Calma ai, onde você esta indo?

–Isso mesmo, acho que se esqueceu do fuso horário das cidades. Tenho de me apressar, tenho de me trocar e ir pegar a moto na pista. – Ele saiu correndo antes que eu pudesse lhe explicar as mudanças na moto e assim ele se foi.

Eu fiquei na sala sem ter o que fazer, fiquei muito nervoso com aquilo porque nem havia dado tempo de verificar a moto e nem explicar a Glass os mecanismos para que ele conseguisse pilotar bem, eu só podia agora cruzar os dedos e torcer para que tudo saísse como planejado. Tyler chegou lá alguns segundos antes da corrida dar inicio, parecia estar muito cansado como se mal tivesse dormido, parei de pensar nisso e olhei para pista vendo que Glass partiria do quinto lugar, o relógio holográfico começou a contar cinco segundos na frente de cada moto e então quando este tempo se passou todos aceleraram pela pista começando o verdadeiro desafio.

Glass como era de se esperar conseguiu ultrapassar alguns pilotos ficando assim em terceiro lugar, já tinha visto na televisão algumas corridas quem que o mesmo participara e sem duvida nenhuma ele era um excelente corredor compensando o que faltava em velocidade da moto com experiência de corridas, no decorrer da corrida ele tentou ultrapassar o segundo porém o mesmo não queria deixar de forma nenhuma que Glass passasse sabendo que não conseguiria ultrapassa-lo depois.

O primeiro obstáculo apareceu quando a pista passou por dentro de um prédio semidestruído, a pista estava mudando de forma constantemente tendo apenas algo básico a se seguir sendo os blocos quadrados que se moviam por cima um dos outros e por baixo, do lado e girando ate que o senhor Glass chegou perto e esta assumiu a forma que eu considerava mais difícil sendo uma única linha de blocos de cabeça para baixo, lembrei então que não tinha falado que controle era para qual coisa e os homem que estava com o microfone parecia sem saber o que fazer também, assim ele teve de desacelerar deixando que o quarto o ultrapassasse, corri então e peguei o microfone falando:

–Glass acelera mais e sai da pista! –Dei um grito e todos ficaram pasmos.

–Vou confiar em você Holden, não me decepcione. –Assim ele acelerou e continuou assim de forma que logo iria sair da pista caindo do prédio.

Quando fez o que disse ele caiu do prédio caindo em um tubo de esgoto que subia dando em um local a frente sendo quase que um atalho, porém ao cair de volta na pista em terceiro lugar de novo esse tubo quebrou não servindo mais como atalho. Por pouco ele não havia perdido muitas colocações conseguindo voltar para o terceiro lugar, no entanto não podia ficar tranquilo porque o próximo obstáculo estava em frente e tinha de manter aquilo sob controle porque era meu emprego que estava em jogo:

–Glass, vou começar a passar os comandos para você agora, algum problema?

–Creio eu que não, mas tem certeza mesmo? Isso não é função do técnico? –Sua voz mostrava que não estava confiando totalmente em mim.

–Duas coisas, seu técnico é um bundão e não sabia o que fazer, segunda coisa, eu estudei toda essa pista e essa cidade para fazer os equipamentos então conheço ela de cor. –Fiz uma pausa e continuei sabendo que agora ele iria confiar em mim. – Agora atenção, após a próxima curva terá outra parte feita de blocos de construção, pouco antes dos blocos aperte o botão vermelho na lateral do acelerador, e não diminua!

Glass acelerou e fez a curva e há uns cinco metros a sua frente os cubos formaram uma espécie de zigue-zague retangular bem estreito que seria bem difícil de passar normalmente, pouco centímetros antes da mudança da pista ele apertou o botão então acionou o mecanismo de impulsão fazendo a moto dar um salto no ar conseguindo atravessar todo aquele pedaço no ar e quando caiu ele voltou a acelerar tentando chegar perto do próximo corredor para ultrapassa-lo tendo entre ambos uma pequena diferença de espaço o que era muito bom. Voltei minha atenção para pista que já apresentava os sinais do próximo obstáculo que de alguma forma tinha ganhado proporções grandes de mais, sabia que teria o isolamento gravitacional, porém não podia imaginar que seria em uma área tão grande fazendo com que ate blocos ou pequenos apartamentos destruídos flutuassem no ar.

Isso foi para mim algo ótimo, na verdade não para mim e sim para Glass que conseguiria fazer muito bom proveito da pista podendo ultrapassar e chegar em primeiro naquele lugar, observei bem todo o mapa da corrida e o local onde havia o projetor de gravidade zero e anotei tudo o que podia ser útil ate mesmo as bolhas de água flutuantes que pairavam pelo cenário dali, se os pilotos não estivessem de capacete ali seriam um ótimo lugar para beber um pouco de água e descansar, se bem que eles poderiam se afogar então não era de forma alguma uma boa ideia.

–Presta atenção, há cerca de uns duzentos metros começa o campo de gravidade então aperte e segure o botão azul com dois círculos um dentro do outro e só solte quando estiver nessa zona, eu vou falar quando você passar. – Escutei uma respiração dele parecendo que tinha entendido, assim prestei atenção nele em relação à pista e foquei bem já preparando para dizer para o mesmo acionar o mecanismo, faltavam cinco metros, não três, um...- Agora!

No mesmo momento ele largou o botão, ou pelo menos deve ter feito para que o mecanismo fosse acionado naquele exato momento, então ele ativou o que em minha opinião foi o mais difícil de desenvolver a tempo da corrida, pequenas hastes de metal surgiram portando aquelas plataformas transparentes e as colocando em baixo de cada roda estando com alguns centímetros de diferença enquanto o motor da moto começou a brilhar mais intensamente de uma cor azul que não era habitual e por fim ficou visível em volta da moto uma energia azul transparente como uma esfera.

–O que é isso Holden? – Glass pareceu assustado com o que eu tinha feito.

–Gostou? Foi um pouco difícil, na verdade foi muito difícil, mas agora a sua moto tem seu próprio projetor de gravidade que esta ajustada para gravidade normal da terra além de que essas plataformas permitem que você consiga correr ate mesmo fora da pista.

–Como você fez isso? Para ligar um projetor de gravidade é necessária muita energia, desse jeito a bateria da moto vai acabar!

–Calma, não sou burro Glass, coloquei uma fonte de energia suficiente para durar mais que a corrida toda contando que só ative o projetor nas ares de isolamento gravitacional. –Dei uma pausa enquanto via o mesmo saindo da pista e passando na frente do ficando agora em segundo lugar. – Boa! Outra coisa, essas plataformas que permitem você correr fora da pista só funcionam dentro do campo sem gravidade com o projetor ativo.

–No fim estava certo em te contratar. –Ele continuou correndo passando agora pela parte mais cheia de curvas da pista tendo sempre cuidado com os canos e pedaços de rochas flutuantes, quando ele saiu do local com a distorção gravitacional desativou o projetor e voltou a correr estando só há vinte metros do primeiro lugar.

Porém ele não conseguiu ultrapassar o primeiro, na segunda parte da pista com a distorção gravitacional pude perceber o quão diferentes e parecidas eram as maquinas que eu e o mecânico dele tínhamos criados, a dele se consistia em um circulo com cinco aceleradores magnéticos com travas gravitacionais permitindo uma aceleração inacreditável mesmo nas condições ali presentes, o meu projeto não deixava a moto mais rápida, porém com os atalhos que ele conseguia pegar por causa dela a diferença entre os dois carros continuava sempre pequena e isso estava me deixando nervoso de mais ainda mais os próximos obstáculos estando bem a frente e já tendo três quintos da pista percorridos.

Surpreendentemente um trecho da pista a frente foi destruído por um corredor que estava no sexto lugar, pelo que parecia ele tinha atirado aquilo de muito longe e provavelmente errado o alvo acertando assim esse pedaço da pista que tinha criado agora um grande buraco de uns cinquenta metros de comprimento, o pior era que ali não era um pedaço onde a gravidade tinha sido alterada e nem mesmo a impulsão conseguiria alcançar os cinquenta metros de comprimento daquilo. Então tive uma ideia que poderia permitir a ele não só passar pela obstrução como também ficar em primeiro lugar, ativei no mesmo momento a calculadora do meu Hand Pad e quando estava tudo pronto faltavam poucos metros para a grande queda.

–Glass, escute com atenção, você já brincou em uma gangorra?

–Que pergunta absurda é essa?! Estou no meio da corrida com um grande buraco a minha frente. – Sua voz demonstrava irritação e nervosismo.

–Só me responda, não estou fazendo nenhuma brincadeira de mau gosto, afinal se você perde eu também perco lembra?

–Tudo bem, eu já brinquei em uma gangorra.

–Presta atenção, você vai usar a propulsão quando chegar à beirada do buraco e quando estiver o mais alto vai apertar o botão vermelho com uma seta, mas a parte de frente da moto tem de estar inclinada para a beirada de onde a pista continua depois disso você vai fazer uma gangorra e apertar o botão de novo. – Todos na sala estavam rindo de mim, mesmo que não soubessem da maquina porque ririam da desgraça do seu próprio patrão?

–Como assim? –Sua voz mudou para medo e hesitação.

–Só faz o que eu disse, você vai entender na hora. –A beirada da pista se aproximou e ele continuou a acelerar enquanto o que estava em primeiro lugar reduziu a velocidade, pouco antes da queda ele acionou o impulso fazendo com que ele chegasse ate a metade ou um pouco mais do buraco, porém a moto estava com a parte da frente virada para cima e Glass teve de força-la para baixo o que levou alguns segundos no ar e perda de altitude, quando a moto estava voltada para frente ele apertou o botão.

No local onde era para estarem os faróis da moto saíram dois ganchos com cordas de ferro que se prenderam a parte onde a pista continuava, porém Glass continuou a cair sem apertar a atração dos cabos o que me fez perceber que ele estava realmente confiando em mim e provavelmente já tinha entendido o plano. Iria usar a força da queda para fazer com que a moto fizesse um arco caindo mais a frente da pista tomando ainda mais vantagem e depois descartar aqueles dois cabos com os ganchos afinal tinha preparado mais de um não precisando recolhê-los para serem usados futuramente.

–Você é fantástico, o melhor mecânico de todos. Agora vou me concentrar na próxima parte, alguma dica? –Ele pareceu feliz e animado agora mesmo sabendo que ainda tinham mais dois obstáculos pela frente.

–O local onde as estrelas ninjas serão lançadas é um bairro residencial e no caso o local mais baixo da pista e para chegar no mesmo tem uma grande descida, se conseguir acelerar o máximo possível vai ser ótimo porque quanto menor tempo ali melhor. – Fiz uma pausa e olhei a colocação, o cara que antes estava em primeiro foi para oitavo e já tinham quatro corredores atrás de Glass o que significava que já tinham passado pelo buraco. – Quando entrar na área dos ataques acione o botão vermelho com um circulo dentro do outro, e após acionar não encoste de forma alguma em qualquer objeto de metal na pista.

Assim ele acelerou ao máximo descendo aquela incrível pista que estava há cerca de duzentos metros de altura do solo e do bairro das casas, aquilo iria dar um bom aumento na velocidade e confiava que Glass não bateria a moto de forma alguma, quando adentrou uns dez metros dentro do distrito residencial varias estrelas de aço começaram a ser lançadas de um lado para o outro e nenhum atingiu a moto e nem Glass, por sorte eu tinha implantado na moto uma espécie de escudo que primeiro polarizava o metal e depois repelia ele tomando assim uma mudança constante de cargas positivas e negativas.

Antes que pudesse perceber direito havia outro corredor quase ultrapassando ele, o mesmo estava envolto em uma bolha do mesmo material das rodas da moto, parecia mais um hamster dentro de uma bola de plástico na verdade, porém além de defender-se dos ataques ainda conseguia obter grande velocidade com isso o que me deixou com certa inveja por não ter pensado em algo tão genial e brilhante. Os dois estavam disputando lado a lado ate que uma das estrelas ou sei lá o que foi, mas algo acertou uma tubulação arremessando na pista um grande pedaço de cano que fazia com que somente um corredor abaixado em uma moto pequena conseguisse passar por baixo.

Infelizmente Glass não lembrou-se do meu aviso e tentou passar a moto por baixo e quando tentou foi arremessado alguns metros para trás fazendo a moto parar, o campo de polarização e repulsão criado funcionava do maior objeto para o menor, como no caso o cano de ferro era maior que Glass em sua moto ele acabou por ser empurrado, ou mais precisamente dizendo repelido pelo cano fazendo com que não só perdesse a sua posição como fosse ultrapassado por três ficando assim em quarto lugar.

–Que porra Glass! O que eu disse sobre os objetos de metal? –Perdi a paciência e soquei a mesa de comunicação apertando alguns botões que fizeram o canal da televisão que havia na sala mudar. –Passa por cima com a impulsão sem encostar-se ao metal.

Ele nem respondeu apenas me obedeceu, o problema era agora ultrapassar os outros três corredores e retomar o seu primeiro lugar sendo que só havia mais um obstáculo para ser superado na corrida sendo este o surpresa ate o momento, quando ele conseguiu ultrapassar a linha que marcava o fim das estrelas ninjas apareceu no meu Hand Pad a informação do ultimo obstáculo da pista, na verdade o ultimo obstáculo apenas porque ele era a ausência de pista no trecho final faltando poucos minutos para que a pista se transformasse na estrada da cidade destruída.

–Glass escute bem, o ultimo desafio da pista e a ausência dela, vocês vão ter de percorrer pela cidade ate o local marcado no mapa do monitor da sua moto não importando que caminho pegue. –Suspirei um pouco aliviado por ter estudado tanto a ultimo parte da corrida. –Não vamos seguir o caminho normal porque é o que tem menos chances de você chegar em primeiro, siga atentamente o que eu disse...

Ele seguiu com cuidado e minúcia as minhas ordens entrando assim em um tudo quebrado na segunda rua à direita, esse que passava por baixo da cidade e era bem largo permitindo que ele passasse pelo mesmo sem problemas, além disso, a forma como o mesmo seguia podia permitir que Glass voltasse para o primeiro lugar caso fosse realmente habilidoso como eu pensava que era sem duvida alguma. Ele então passou pela primeira conexão do cano com a superfície desembocando em terceiro lugar no topo de um prédio que havia caído e agora era só escombros deitados, a moto subiu no mesmo e tomou velocidade e quando ela saltou dele Glass ativou outras cordas de ferro com ganchos fazendo outra gangorra, porém recolhendo dessa vez os cabos.

Ele estava então saltando de prédio em prédio como se fosse aquele antigo herói dos quadrinhos, não me lembro do seu nome, mas ele fazia justamente aquilo, saltava de prédio em prédio com cordas e assim ia combater o crime, um antigo personagem de ficção que havia sumido com o tempo. Assim Glass conseguiu voltar para primeiro estando de volta à pista principal e faltavam apenas poucos metros para o fim quando a moto de trás ativou armas da moto que atiraram estourando o pneu traseiro da moto de Glass que aos poucos foi perdendo velocidade e flutuação.

–Holden, não posso perde, se eu parar não vou conseguir cruzar a linha. – Ele manobrava a moto tentando desviar dos entulhos da própria pista. – Fale que tem alguma coisa que eu posso fazer para conseguir terminar a corrida sem ser empurra a moto.

–Tem, é perigoso, mas tem sim.

–Não perguntei se era perigoso ou não, fale já o que é!

–Tudo bem, aperte o botão vermelho que esta com uma proteção de plástico com o símbolo de um ponto de exclamação. –Estava sentindo o real medo naquele momento, o que ele estava prestes a fazer era muito perigoso, não só para ele quanto para todos os outros corredores e ate para mim, porque eu fora botar aquele botão?

Assim a moto descartou três pequenos cilindros com líquidos brilhantes coloridos que ao caírem no chão e se quebrarem geraram grandes explosões que se uniram em uma impulsionando assim a moto para frente com toda força e ela acabou cruzando a linha de chegada. Infelizmente Glass acabou em segundo lugar, pelo menos ele tinha sobrevivido a grande explosão que poderia ter matado muita gente. Alguns corredores tiveram ate de desacelerar para não serem pegos pela explosão e assim o placar depois do segundo lugar ficou muito confuso, depois da corrida ele veio ate mim e me perguntou o que eram aquelas coisas que explodiram e eu respondi a verdade, eram uma fonte de energia instável que eu usei para ligar e por em funcionamento o projetor de gravidade que foi usado na corrida.

Como a cidade iria ser destruída ninguém reclamou da destruição causada, essa foi por muito pouco mesmo, pior que ser demitido seria se tivessem me mandado prender por ter criado uma potencial arma de assassinato em um dos jogos mais famosos do mundo que fora transmitido ao vivo por todo mundo. Após a corrida todo foram comemorar, não vi Tyler e nem o senhor Glass o resto do dia e nem me importei com isso, estava com o sentimento de dever cumprido e isso já bastava para mim.

Enquanto eu saia os corredores e as equipes comemoravam com champanhe, todas as equipes ate as que ficaram em ultimo lugar, quase chegando na minha moto eu encontrei com o senhor Berthold indo em direção a festa, ele no entanto parou do lado da minha moto como se quisesse falar comigo, desde a madrugada quando ouvira ele falando aquelas coisas eu estava com o pé atrás em relação a ele, ainda me perguntando o que seria o projeto After Omega.

–O pequeno Comberm faz jus ao nome do pai, não acreditei nas coisas que você projetou e fez com tão pouco tempo, parabéns. –Ele estendeu a mão e eu apertei-a parecendo grato pelo elogio.

–Obrigado, mas nem foi tanto assim. –Realmente não pensava que eu tinha feito grande coisa.

–Faz bastante tempo que peço aos meus inventores um projeto de projetor de gravidade que ocupe menor espaço e eles nunca conseguiram fazer sendo uma equipe dos maiores inventores, você fez isso com três dias ou menos. – Ele caminho ate mais próximo de mim e me entregou um cartão com o logo da empresa dele e um número que deveria ser seu. – Queria que você trabalhasse para mim.

–Não posso abandonar o senhor Glass....

–Calma, não estou pedindo isso. –Ele colocou o seu cartão no bolso da minha calça. – Depois que o grande torneio de maytior acabar você vai estar quase que desempregado por seis meses ate as classificatórias para o próximo torneio, quando isso ocorrer venha trabalhar para mim que você será bem recompensado e bem valorizado.

–Vou pensar nisso. –Fui para minha moto o mais rápido possível.

–Pense bem mesmo, não é qualquer pessoa que recebe uma proposta dessas. –Ele olhou firme para mim e depois prosseguiu caminhando para festa.

Liguei a moto e voltei correndo para o apartamento onde abri algumas caixas da mudança que ainda não havia sido concluída, de dentro das caixas fui retirando as coisas do meu pai e tudo que ele tinha que foi deixado para trás, meu pai não era burro muito menos tolo de trabalhar para alguém como ele, estava certo que meu pai tinha descoberto algo e que ele havia deixado pistas para alguém e eu iria achar essas pistas. Revirei tudo dele, li cada livro e cada anotação que tinha restado ate perceber que alguns livros tinham símbolos estranhos desenhados de cinco em cinco paginas em três livros diferentes, juntei os símbolos de perto e pensei no que poderiam significar.

Por TAOH ser a maior empresa e dona de quase metade do planeta jogar qualquer coisa para pesquisar na rede seria perigoso, se pensassem que eu sei de algo não pensariam duas vezes para acabar comigo e com meu irmão, não, não podia envolver o pobre Tyler nisso tudo, ele nem deveria fazer ideia sobre tudo o que estava acontecendo. Após algumas horas eu consegui achar alguma coisa, os símbolos me lembraram de algo que meu pai falava, na verdade era um jogo que ele brincava às vezes coma gente, um jogo de cartas onde cada número valia há uma letra tendo números que valiam por palavras ou silabas, porém não lembrava de todas só algumas.

Só com algumas letras não dava para decifrar todo o enigma, tinha muitas vogais e poucas consoantes assim ficava difícil saber qual palavra que era já que existiam bilhões de palavras desde que todas as nações se uniram em uma, eu liguei sem demora para Tyler e o mesmo não atendeu, liguei umas cinco vezes sem paciência ate que ele atendeu, com um grande barulho de fundo e uma voz feminina chamando o seu nome, ainda estava na festa pelo que dava para se perceber.

–Alo? Quem esta falando ein? –Tyler nem deve ter olhado o número antes de atender como era de costume.

–Tyler, sou eu, o Holden. –Respirei e logo perguntei. – Você se lembra daquele jogo que o papai jogava com a gente? Das letras e números?

–Lembro, mas porque? –Sua voz pareceu ficar interessada enquanto eu escutava ele pedindo para mulher ficar quieta.

–Você se lembra das letras equivalentes a que números ou as palavras?

–Não estou me lembrando direito, mas acho que o ‘’R’’ era vinte e sete, o ‘’L’’ era quarenta e dois... e lembro que os artigos como a, o, as, os eram dez, vinte, trinta e quarenta respectivamente. Para que você quer saber isso?

–Por nada, pode voltar a se divertir, e lembre de usar proteção se for ficar com alguma mulher. –Nem esperei ele responder, desliguei no momento.

Comecei a montar as frases com as novas informações que eu tinha recebido, porém um símbolo ainda não consegui identificar, ele não representava nenhum número convencional e nem nenhuma número da era antes da união. Era um hexágono com alguns riscos e vários do mesmo menores dentro dele se repetindo quase que infinitamente, mas que merda era aquilo? Vontade de chutar tudo aquilo e esquecer que tinha ouvido aquela conversa na madrugada, então lembrei de outra coisa do meu pai, um antigo catalogo de CDs da era passada.

Corri ate outra caixa quase caindo e rasguei o papelão jogando tudo pro alto ate achar esse catalogo, fui procurando um símbolo igual a aquele e acabei achando, era de uma antiga banda coreana EXO, essas letras eram o que faltavam para completar a frase que pareceu sem sentido nenhum para mim, mas era um aviso do meu pai e tinha de considerar tudo, peguei o papel em que estava escrito e li em voz alta:

‘’Não deixe a TAOH exortar vocês, se afastem daquela empresa maldita meus filhos!’’


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Lembrem de comentar o que acharam, isso é muito importante para mim, também favoritem e acompanhem porque vão estar fazendo uma coisa muito boa. Por favor compartilhem essa historia com outras pessoas que vocês acham que vão gostar, eu agradeceria muito isso. Ate o próximo capitulo!



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