Running With You escrita por SweetMeri


Capítulo 23
Can you leave my mind and my bathroom?


Notas iniciais do capítulo

Gente, me perdoem pelo atraso, mas nesse dia 28, descobri que talvez não possa mais dançar, uma paixão minha desde os 6 anos de idade...além disso, lembram dos problemas familiares que me fizeram atrasar alguns cap? Então, se resolveram da pior maneira possível. Uma das minhas melhores amigas e tia faleceu. Mas, enfim...VAMOS AS TRETAS?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/635754/chapter/23

Tudo bem, tudo bem. Eu sei que foi só uma brincadeira, mas talvez eu tivesse exagerado um pouco. Aquilo estava fora dos limites...como saber se passou dos limites? Quando você vê alguém jogado no chão por sua culpa.
Não havia dado tempo de segurá-la por causa da imensa distância, mas corri o mais rápido que pude até ela, que estava atônita, com os grandes olhos azuis arregalados. É, pois é. Acho que passei dos limites.
– America! Você está bem??! Se machucou???
Nem deu tempo de levantá-la, porque ela já estava de pé, levantando-se rapidamente. Olhei para o seu corpo, e percebi que não estava machucada. Isso não mudava o fato de que eu tinha passado dos limites.
– Como é que é??! - Ela olhou para a caixa jogada no chão atrás de mim, onde havia o vestido.
– Ah, eu...estava brincando. Achei isso no guarda-roupas...- ela me olhava incrédula- eu sei, eu sei...passei dos limites...- Eu disse.
– Você só pode ser doente! Oferece viagens e casamentos do nada para as pessoas e espera que elas sorriem e aceitem?! - peraí, ela estava...brava?
– Você está zangada?
– Parece que sim!
– Por que?- Me atrevi a perguntar.
– Como assim "por que"? Não é óbvio?!
– Na verdade...não, por isso estou perguntando...por que?
– Por que...é que...você é abusado!
Entendi o motivo de sua raiva. Não pude evitar de rir com o que pensei.
– America...você está nervosa por que queria que fosse...verdade? Queria mesmo...casar?
Ela me olhou de um jeito...de um jeito America de olhar.
– Não...!
– Peraí, está sim...
– Mas...
– America Singer quer casar comigo? - Eu ria.
– Não agora! - Ela disse, brava.
– Então significa que no futuro você vai querer?
Ela se zangou de vez. Me empurrou para fora do quarto, com fúria.
– Chega! Some daqui.
Ela bateu a porta enquanto eu ria como um otário. Ok, por que eu estava rindo???
Sentei no sofá, liguei a TV e comecei a assistir um filme no qual dois jovens dançavam e se beijavam na chuva, lembrando do nosso momento no palácio. O que acabou de acontecer???

AMERICA POV

NÃO, NÃO, NÃO, NÃO! Eu definitivamente NÃO quero casar agora. Quer dizer, há poucas horas eu estava pensando em Aspen...era com ele que eu me imaginara casando antes da Seleção.
Maxon estava brincando, eu sei, mas...algo naquela brincadeira me incomodou. "Toda a brincadeira tem um fundo de verdade." Naquele momento eu não sabia se aquele ditado popular me ajudava ou atrapalhava. Acho que ele me amedrontava, apavorava.
Perdida em pensamentos, meu olhar parou na grande caixa decorada, caída no chão, perto da porta. Com receio, me aproximei e peguei o vestido rendado que se encontrava dentro dela, apenas por curiosidade. O desdobrei: ele era BEM rendado, o que o tornava meio...transparente, escandaloso e...sensual? Mais ou menos isso... Com mais receio ainda, resolvi experimentar, só pra ver como fica...
Ao terminar de colocar o véu, me encaminhei até o espelho. NOSSA! Aquilo era diferente de qualquer vestido da Seleção. O fato de ser usado em casamentos...o tornava diferente dos outros. Mas era realmente lindo, e ficava bem em mim. Cada detalhe, cada pérola e brilhante dava um toque especial. Aquele decote...era meio...decotado demais, mas o resto era perfeito. Simples, elegante, e diferente ao mesmo tempo. Acho que...quero casar assim, com algo simples como aquilo.
Enquanto apreciava minha imagem no espelho, ouvi passos rápidos e barulhentos na escada. Meu coração acelerou um pouco, algo estava estranho. Corri até a porta e a abri, olhando em direção à escada.
Maxon acabara de subir com pressa, ofegante e tenso, mas nem deu tempo de vê-lo direito ou perguntar por que ele estava correndo, pois ele apenas me agarrou e colocou por cima dos ombros desajeitadamente, mas firme. Rapidamente e sem pestanejar, ele apagou a luz do quarto e correu comigo para o seu cômodo, e já foi entrando no banheiro da suíte. Lá dentro, com uma arquitetura antiga, havia um biombo(uma espécie de "parede", divisória antiga, para trocar as roupas. Havia um desses no palácio também) que ficava bem na frente do chuveiro e ao lado da banheira.
Maxon me empurrou para lá e me prensou contra a parede, fazendo com que nós dois ficássemos encolhidos no cantinho do biombo, escondidos de algo que eu não faço ideia do que seja.
Nossos corpos estavam muito colados, enquanto a respiração estava mil vezes mais ofegante, o coração quase saltando do peito. Maxon estava desesperado, até mais do que eu. Para onde foi sua calma? Dava para ver que ele tentava se controlar.
Podíamos ouvir os trovões e relâmpagos a explodirem lá fora, como se fosse uma guerra de ruídos.
– Maxon.......... - Fui interrompida por seus dedos na minha boca.
– Eles chegaram- Ele sussurrou- mas não vão te levar...não vão te fazer nenhum mal, eu não vou deixar...
Eu estava MUITO confusa e assustada. Quem chegou???
Ouvimos passos próximos. Maxon se desesperou e me apertou ainda mais, como se eu fosse me fundir à parede. Ele fechou os olhos com força, como se quisesse sumir.
Mordi meus lábios, morrendo de medo mas ao mesmo tempo curiosa. Alguém chegou.
Abriram a porta do banheiro, começaram a vasculhar, abrindo e fechando armários, mas eu não podia ver nada atrás daquele biombo, minha única proteção. Em pensar que há meia hora atrás estávamos brigando por causa de um vestido...
Ouvimos mais passos ainda. Deviam haver umas 3 pessoas naquele cômodo. O que que é?! Virou festa no banheiro?!
Pelos barulhos metálicos, deviam carregar uma espécie de chave... Por o biombo ser branco, pude ver pequenas manchas vermelhas do outro lado... ERAM SOLDADOS!!! Aquilo era um alívio...né?
Ok, ok. Soldados eram sinônimos de Clarkson. Aquilo não era um alívio. Droga.
Um deles foi chegando perto, perto e mais perto. AI MEU DEUS ME TIRA DAQUI. Maxon só me apertava ainda mais, me abraçando. Até que alguém abriu a pequena porta do biombo e nos olhou, surpreso.
Eu queria, queria MUITO que fosse um guardinha rude qualquer, que nos dedurasse para os colegas e nos levassem presos de volta para o palácio ou nos ameassassem com o revólver, ou até mesmo nos jogassem na lama e gritassem. Só que foi BEM PIOR. Não foi uma tortura física. Foi piscicológica. Não foi um guardinha rude qualquer que nos traria problema. Foi o MEU guardinha, que nos traria a salvação e a dúvida ao mesmo tempo. Foi...Aspen.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Que toda a minha tristeza e amargura se transforme em palavras felizes e doces para que eu escreva essa e muitas outras histórias. Que o ser mais lindo da terra, vire a estrela mais linda do céu.

E então... Acho q tretas e mais tretas virão...