Running With You escrita por SweetMeri


Capítulo 2
Just A Perfect Day


Notas iniciais do capítulo

Oi!!! Boa leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/635754/chapter/2

Abri a porta do quarto, enquanto ouvia os risinhos das criadas e seus comentários sobre Maxon. Aliás, logo que sai, a primeira pessoa que vi no corredor foi ele.
Ele estava sentado no banco com vista para a janela, com aparência cansada, enquanto olhava alguns papéis. O sol iluminava seu rosto, seus cabelos estavam um pouco bagunçados e ele estava completamente jogado.
Me agachei e, com os joelhos e mãos no chão, fui engatinhando até o lado em que sua cabeça estava apoiada. Coloquei as mãos em seus olhos e ri baixinho. Ele nem se assustou:
– Boa tentativa, minha querida.
– Nossa, você é muito desconfiado. - Fingi que estava chateada e apoiei minha cabeça em seu ombro.
– Com você, tenho que ficar preparado para tudo e mais um pouco.
Ele rapidamente percebeu que eu estava no chão e ajeitou-se no acento, para que eu pudesse me sentar também. Ah, esse era o Maxon.
– Espero que tenha me chamado por um bom motivo, caso de vida ou morte.
– Atrapalho algo importante?
– Sim. Meus sonhos.
– Seus sonhos são mais importantes do que eu?! - Ele fingiu decepção.
– Com certeza.
– Para serem tão importantes assim, pelo menos só podiam ser sonhos meus... - Ele sorria de lado, maliciosamente.
– Maxon Schreave não seja convencido, não combina com você.
– Por que seria tão ruim assim ter sonhado comigo?
– E por que seria tão bom assim?
Ele me lançou um olhar desafiador, mas continuou:
– Bom, desculpe-me ter interrompido seu tão-importante-não-sonho-comigo, mas tenho que lhe mostrar uma coisa. - Ele disse, se levantando.
– E o que seria?
– Apenas venha. - Ele me ofereceu o braço. Rolei os olhos, mas aceitei, como de costume.
Estávamos andando tranquilamente, até que ele começou a acelerar os passos. Eu apressei ainda mais um pouco, tentando passar sua frente. Ele voltou a acelerar mais, com seu sorriso desafiador, e eu mais uma vez tentei passá-lo desajeitadamente, com aquele salto. Quando dei por mim, já estávamos correndo como duas crianças na fila do doce, um empurrando o outro. Até que, ofegantes, chegamos, rindo da cara dos guardas, que olhavam com estranheza. Então ele abriu a porta e deixou que eu passasse primeiro, como sempre.
Eu não havia ido muitas vezes áquele lugar, apenas umas 2, e em uma delas eu havia descoberto a morte de meu pai. Um calafrio me percorreu, e acho que ele notou e hesitou se deveria ter me trazido lá ou não, mas firmou ainda mais nossos braços, de modo que me reconfortei.
Adentramos o quarto, em silêncio. O local estava do jeitinho que eu lembrava, as fotos, a mesa, as paredes...tudo.
– Então...o que o príncipe de Illéa, Vossa Majestade, precisa me mostrar?
Ele retirou um pequenino livro, bem velho e amarelado, coberto com cetim vermelho, de uma de suas gavetas, e o entregou a mim.
– Achei lá na biblioteca. É o diário de uma das garotas que participou de uma Seleção do século passado. Pensei em você e achei que gostaria de ler. - Ele respondeu, sorrindo.
Me impressionei. Para falar a verdade, fiquei bastante surpresa com aquele gesto. Eu havia prometido tentar recuperar sua confiança após o "incidente" com os diários de Gregory Illéa, em rede nacional, na noite do ataque rebelde. Parece que ele estava aos poucos voltando a confiar em mim, e aquele era um grande passo.
– Obrigada, Maxon. Sinceramente, por confiar em mim. De novo.
– Para que você recupere minha confiança por completo, você precisa de chances. Quem seria eu se não as desse?
– Obrigada. Mesmo. - Me levantei, pronta para sair e deixá-lo com sua montanha de papéis.
– Bem, não te trouxe aqui só para lhe entregar isso. Fui um pouco mais egoísta. - Ele riu.
– Maxon Schreave sendo egoísta??? O que foi que eu perdi?! - Eu disse, incrédula.
– Eu tenho MUITOS orçamentos para terminar, talvez se não fizer pausas eu consiga terminar no próximo século.
– E me chamou aqui pra ser sua secretária? Ficar arrastando uma calculadora para onde você for? Esquece, a soneca estava melhor.
– Não, não chamei uma secretária, e sim uma caixa ruiva de piadas ambulantes para me fazer companhia.
– Não sei se você merece minha tão sonhada presença.
– Para muitas, isso seria uma honra.
– Eu não sou uma das muitas, eu sou a única e exclusiva exceção.
– Ok, única e exclusiva exceção, você fica?
– Tá. Eu fico. Mas você me deve um favor. E dos grandes! - Eu disse, brincalhona.
– Com certeza. - Ele sentou-se na cadeira da escrivaninha e fez um sinal apontado para o resto do quarto- Sinta-se em casa.
Tentado provocá-lo e irritá-lo, me joguei toda desajeitada em sua cama e até baguncei os cobertores um pouco. Ele me olhou sem nenhum sinal de irritação.
– Tem certeza? Eu fazia coisas bem piores em casa... - Provoquei.
– À vontade... Eu nunca tenho tempo pra dormir mesmo...
– Nossa, você deve ter se divertido tanto quando era criança. Até consigo te imaginar pulando pelas enormes camas e correndo pelo palácio como um louco.
Ele me olhou um pouco irônico.
– Eu nunca tive tempo pra isso.
– O QUE?! Quer dizer você nunca... - Eu apontei para a cama.
– Não. Nunca.
– Você não sabe viver. Não teve infância. Nasceu um príncipe chato. Não sabe se divertir.
Ele olhou um pouco para o teto, pensativo, e então cravou os olhos em mim, com aquele olhar malicioso. Então começou a tirar o terno e os sapatos.
– Vamos ver quem é chato e não sabe se divertir, minha querida.
Gelei mais que um iceberg.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

ATÉ O PRÓXIMO rsrsrsrs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Running With You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.