Uncursed escrita por Kikonsam


Capítulo 19
Vingança cumprida.


Notas iniciais do capítulo

Oie, como prometido, aqui está! Espero que gostem...



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Pocahontas, Alice, Emma, Aladdin, Jasmine, Mogli, Branca de Neve, David, Mulan, Aurora, Philip, Fada Azul e Gênio estavam em seu caminho até o Reino Central, onde Rumplestiltskin e Lily, neste momento, estavam dominando tudo. Reinos inteiros estavam sendo tomados pela dupla, que com todo prazer prendia a todos. O portal no Reino Anti-Central foi fácil de ser quebrado. A Fada Azul conseguiu abri-lo e fez com que todos entrassem diretamente nas masmorras subterrâneas do castelo do Reino Central.

– Ótimo, e agora? – pergunta Emma, sem saber o que fazer de agora em diante.

– Precisamos nos separar. – fala Mulan. – Rumplestiltskin nos achará alvos muito fáceis de sermos derrotados se ficarmos todos juntos.

– Acho que se unirmos nossas forças ficaremos mais fortes, não? – pergunta Aurora.

– Não. – fala Pocahontas, quebrando o silêncio. – Eu posso garantir isso. Eu sozinha pude interceptar Shere Khan enquanto minha aldeia inteira simplesmente foi devorada pelo tigre.

– Eu lamento. – fala Mogli. – Entendo o que passa. Nossa família foi morta da pior forma possível também.

– Sua família somos nós, Hamed. – fala Jasmine, olhando para Mogli. – Aquele monstro que você chama de irmã não é sua família.

– Ela é minha família assim como todos vocês. – fala Mogli, olhando para Jasmine com indignação. – Ela só está confusa. Precisamos abrir seus olhos. No momento em que ela souber isso, poderá voltar a ser como antes.

– Boa sorte em arranjar uma maneira. – fala Aladdin. – A meu ver ela continuará sendo uma vilã igual a todas as outras, igual á Malévola.

– Na verdade, existe uma maneira. – fala a Fada Azul, pensativa. – Se a fizermos ver tudo que os heróis passam injustamente por conta dos vilões, podemos fazê-la enxergar que todos são injustiçados.

– E como vamos fazer isso, Azul? – pergunta David.

– Iremos extrair suas memórias. – fala Azul. – Gênio, precisarei de sua ajuda.

– Tudo que for possível para me redimir com meus grandes amigos. – fala o Gênio, fazendo uma pequena reverência.

– Nos dê uma pedra. – fala a Fada Azul. – Uma pedra com a capacidade de reter memórias.

– Uma pedra saindo. – fala o Gênio, mexendo com suas mãos e fazendo aparecer uma pedra com uma coloração roxa.

A Fada Azul vai até suas mãos e, pequena como a pedra, se aloja do lado dela.

– Iremos fazer cópias das memórias de vocês aqui nesta pedra. – fala a Fada Azul. – Iremos mostrar á Lily.

– Ótima ideia, Azul! – fala Alice, sorrindo.

A Fada Azul sorri, e com sua varinha, dá um toque na pedra, fazendo com que uma fumaça roxa saia dela e vá em direção ás cabeças de todos ali presentes. Eles sentem suas memórias mais antigas voltarem á tona, lembrando-se delas, e de repente essas memórias são copiadas, e levadas em direção á pedra, que retém todas elas.

– Ótimo. - fala a Fada. – Agora vamos atrás de Rumplestiltskin.

– Eu vou com Jasmine e Aladdin. – fala Mogli, abraçando-se nos pais, quem ele ainda não consegue chamar de “pai” e “mãe”.

– Eu vou com meus pais. – fala Emma, chegando perto dos dois.

– Vamos juntos. – fala Aurora, agarrando o braço de Phillip.

– Vou com Pocahontas e Mulan. – fala Alice, chegando perto das duas guerreiras.

– Ótimo. – fala a Fada. – Eu levarei a pedra, e qualquer coisa, é só gritarem que de qualquer canto do castelo se consegue ouvir, daí o Gênio transporta a pedra das memórias para quem quer que tenha gritado.

– Certo. – fala Emma, que de repente lembra-se de um detalhe, trazendo á tona: - Gênio, por que você não mata o Rumplestiltskin e faz a Lily ficar boa? Acabaria com nossos problemas?

– Não posso matar ninguém. – fala o Gênio. – É uma das limitações. E não posso tirar a impureza dos corações de alguém, isso é magia negra. Minha magia é de luz.

– Que bom seria se não houvessem limitações. – fala Alice.

– As limitações distinguem o bem do mal. – fala a Fada Azul. – Mas não temos tempo para esse pequeno papo. Vamos.

Todos vão para lados diferentes das masmorras do castelo, e cada lado dá para uma escada que dá para um canto diferente do imenso castelo do Reino Central. Todos conseguiram interceptar os guardas. Parecia que eles não haviam sido muito bem treinados, bastou alguns golpes para derrubá-los. Procuraram em toda a parte, subindo escadas e entrando em quartos. Não se achava nenhum rasto de Lily ou de Rumplestiltskin. Meia hora se passou de todos os grupos vasculhando o castelo, até que Pocahontas, Mulan e Alice chegassem á torre mais alta do castelo, onde contém uma enorme varanda capaz de abrigar mais de dez quartos.

– Esta é a nossa última esperança. – fala Mulan, antes de abrir a porta da varanda. – Se isso não der certo, voltaremos para buscar os outros.

Alice e Pocahontas assentem, e Mulan rapidamente abre o grande portão, assustando-se com o que vê.

. . .

Neste meio tempo, Fada Azul e Gênio acharam passagem para o calabouço do castelo, onde acharam algo no qual acharam perturbador.

Várias celas com muitas pessoas presas, parecia que toda a Floresta Encantada estava presa por ali. Mulheres, homens, anões, parecia até que membros da realeza estavam por lá.

– Por favor. – fala Chapeuzinho Vermelho, que se anima ao ver os dois do lado de fora das celas. – Fada Azul. Tire-nos daqui.

– Essas celas foram seladas contra meu tipo de magia. – fala a Fada Azul.

– Mas não contra o meu tipo de magia. – fala o Gênio, sorrindo, e depois estala os dedos, fazendo com que todas as celas se abram naquele imenso corredor de celas.

Todos pareceram muito felizes em sair, e finalmente famílias se reencontraram, pessoas sorrindo e crianças brincando com seus amigos.

– Muito obrigada! – fala uma mulher morena e bonita, com roupas pobres.

– Não há de quê. – fala o Gênio, sorrindo.

– É, eu sei. – fala Chapeuzinho, chegando ao meio dos três. – Mas chega de comemoração. Temos que deter Rumplestiltskin. Temos que mata-lo de uma vez por todas.

– Não, por favor! – fala a mulher, suplicando para que não matem Rumplestiltskin. – Ele pode ter o coração preenchido com trevas, mas existe algo bom ali em algum lugar.

– Como você pode dizer isso? – pergunta Chapeuzinho, confrontando-a.

– Por que eu já vi seu outro lado. – fala a mulher. – Eu sei que ele pode ser bom. Por favor, apenas o contenham. Não o matem.

– Fico feliz em ver um coração tão puro como o seu. –fala a Fada Azul, sorrindo para a moça. – Minha jovem, qual seu nome?

– Bela. – fala a mulher, sorrindo para a fada. – E eu agradeço à senhora.

Neste momento, se ouve um grito. Um grito com a voz de Mulan. Esse grito ecoa pelo calabouço, e faz com que todos se calem:

– Gênio! – diz o grito.

– É a Mulan. – fala a Fada Azul. – Elas acharam Rumplestiltskin e Lily.

– Então vamos transportar todos para lá. – fala o Gênio. – Vamos lutar.

– Me levem junto, - fala Chapeuzinho. – Eu posso ser de grande ajuda.

– E a mim, por favor. – implora Bela. – Eu posso fazê-lo mudar. Só me deixem ajudar.

– Não sei, não... – fala o Gênio, pensativo.

– Pare de pensar! Vamos todos e ponto! – exige a Fada Azul. – Vamos!

Neste momento, o Gênio faz uma cara de desaprovação para a fada e transporta todos, junto com as pedras, para o local de onde Mulan gritou.

Emma, Branca de Neve, Encantado, Chapeuzinho, Bela, Fada Azul, Aladdin, Jasmine, Mogli, Aurora e Philip foram transportados pelo Gênio até a fonte dos gritos de Mulan. E ali estavam todos, em uma grande varanda no topo do castelo juntamente com Lily e Rumplestiltskin enquanto os dois estavam preparando certa poção em um caldeirão no centro dessa varanda.

– O que é isso? – pergunta Lily, saindo na defensiva, mas o braço de Rumplestiltskin impede que a menina ande mais um pouco.

– Paciência, querida. – fala Rumplestiltskin, olhando para Lily e sorrindo com seus dentes podres. – Paciência é tudo o que um Senhor das Trevas precisa para ser o melhor de todos.

– Vejo que arranjou um aprendiz, não é, Rumple? – pergunta Branca de Neve, sarcástica.

– Exatamente, querida. – fala Rumplestiltskin, que ainda não notou a presença de Bela, que está escondida atrás de todos. – Quando um Senhor das Trevas se vai, outro tem que tomar seu lugar. Ou outra.

– É o que veremos. – fala a Fada Azul, que bate na pedra das memórias na mão do Gênio e faz com que a fumaça roxa se espalhe pela varanda, indo toda para a cabeça de Lily.

Neste momento Lily vê tudo. Cada detalhe da vida de cada um. Presos, amordaçados, forçados á trabalhar. Ameaçados, jogados fora por vilões que simplesmente não conseguiram olhar em cada um dos heróis algo bom para ser aproveitado. Vilões que deixaram sua sede de vingança ultrapassar tudo, e foram atrás do que quiseram sem pensar em nada que os heróis passaram. Heróis incompreendidos. Tudo isso Lily vê, e faz com que ela volte a si e veja tudo ao seu redor com outros olhos. Rumplestiltskin apenas olha a todos com um sorriso.

– Seu traidor! – fala Lily, partindo para cima de Rumplestiltskin, que a informa antes:

– Sem agressão, querida. Acho que você sabe muito bem do que sou capaz.

Lily apenas para, olha para ele, e sai em direção aos heróis, juntando-se a eles com seu vestido negro com penas digno de uma verdadeira rainha malvada. Ela abraça Emma, falando ao pé de seu ouvido, enquanto chora:

– Me desculpe.

– Não foi sua culpa. – consola Emma.

– Oh, estou tão emocionado. – fala Rumplestiltskin, com seu sorriso podre no rosto.

– Você! – fala Pocahontas, agora finalmente tomando coragem para falar depois de tudo. – Seu traidor!

– Ah, olá, Pocahontas. – fala Rumplestiltskin. – Quanto tempo, não?

– Eu juro que o mato! – grita Pocahontas, partindo para cima dele porém sendo impedida por David.

– Não vale a pena. Você só perde com isso. – fala David, se pondo á frente dela.

– Não tenho culpa se Shere Khan achou a carne de sua tribo apetitosa. – fala Rumplestiltskin. – É o que eu digo, querida. Toda magia, vem com seu preço.

– E eu o paguei! – grita Pocahontas. – Eu lhe dei um pedaço de minha família para você fazer aquela tintura capaz de atravessar barreiras mágicas em troca de proteção á minha aldeia e passar a eternidade com meu amor.

– E eu o fiz. – fala Rumplestiltskin. – Queridinha, eu a fiz imortal pelo fato de você pedir uma eternidade com seu amor. E a eternidade terá, mas infelizmente um tigre foi mas rápido.

– Ora, seu filho da...

– Olha a língua. – fala Rumplestiltskin, interrompendo Pocahontas com seu sorriso podre no rosto.

– Ela não é a única com dívidas com o Senhor das Trevas. – fala Mogli, se pondo á frente de todos e preocupando Jasmine e Aladdin.

– Ah, o moleque árabe. – fala Rumplestiltskin, com seu sorriso no rosto. – Vou explicar o que lhes aconteceu, realeza de Agrabah e plebe de Agrabah. – diz ele, olhando para o Gênio, que faz um rosto furioso. – Muitos Senhores das Trevas atrás, um deles achou a fonte de magia mais forte de todas em Agrabah, com a adorável realeza com um pequeno menino chamado Hamed. Ele foi até lá e prendeu a realeza em uma lâmpada, levando o Gênio com uma força das trevas maior do que tudo que vocês já viram. Sério, ele é minha inspiração. Daí o moleque não era útil, então para não deixa-lo com sede de vingança quando se tornasse adulto, o Senhor das Trevas simplesmente deu-lhe uma poção que o fizesse voltar a ser bebê e pará-lo no tempo até que algum ser o encontrasse, seja no outro dia ou séculos depois. Eu sei, ele era um pouco bonzinho esse Senhor das Trevas, esse é um pequeno defeito. Só que o bebê ficou em uma região muito remota da floresta do Reino Anti-Central, fazendo com que ele demorasse séculos até que fosse encontrado por lobos. E dez anos depois, aqui está o Hamed, ou devo chama-lo de Mogli? E aqui estamos nós!

Rumplestiltskin sorriu com seus dentes podres, passando o olho por todos os heróis, que estavam assustados com tudo o que ele estava falando. E viu, saindo de trás de Aladdin e Jasmine, uma figura feminina conhecida. Cabelos marrons e rosto perfeito como seu nome.

– Bela. – fala Rumplestiltskin. – O que você faz aqui?

– Estou ajudando-os. – fala Bela, chegando mais perto dele. –Você não precisa ir para esse lado, Rumple.

– Acontece que eu já estou, e você não pode impedir. – fala Rumplestiltskin, com um rosto sério e preocupado.

– Não, você não está. – fala Bela. – E você mostrou esse lado para mim. Podemos acabar com isso juntos, Rumple. Vamos, por favor, eu sei que aí dentro existe algo bom em você.

Rumplestiltskin para e pensa em todos os momentos que teve com Bela enquanto ela era sua “escrava”, em como tudo em que ele acreditava de repente pareceu não valer nada quando ele descobriu o amor. Bela aproxima-se mais dele, ficando eles com os rostos a poucos centímetros um do outro.

– Eu sei que você pode amar. Por favor. – fala Bela.

– Você não vai me atingir com essas palavras. – fala Rumplestiltskin, gaguejando.

– Eu já atingi. – fala Bela.

As trevas no coração de Rumplestiltskin pareceram amolecer, parecem estar rendidas diante da imagem de Bela. Mas aí algo acontece. Rumplestiltskin sente algo o apunhalar pelas costas, e ele cospe sangue. Bela fica atorndoada, assim como todos presenciando a cena. Rumplestiltskin se ajoelha e cai no chão, mostrando a pessoa que o apunhalou com a adaga do Senhor das Trevas na mão, e sua roupa tribal toda manchada de sangue. Pocahontas olhava para o corpo de Rumplestiltskin enquanto segurava aquela adaga suja de sangue. Olha para Bela e todos que presenciam com horror o que ela fez. Ela apenas abre a boca e diz:

– Vingança cumprida.

Rapidamente, o nome de Rumplestiltskin encrustado some da adaga suja de sangue, formando um novo nome:

Pocahontas.


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Notas finais do capítulo

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