Imagine escrita por lizziewho


Capítulo 3
Imagine... Magia


Notas iniciais do capítulo

Essa imagine foi pedida pela minha maravilhosa Luana Nakasakie e espero que vocês se divirtam tanto quanto eu me diverti escrevendo. Vejo vcs lá em baixo xoxo



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O Expresso Hogwarts, número 5972, saiu da Plataforma 9 ¾ na Estação King Cross, pontualmente às onze horas da manhã no primeiro dia de setembro. Salvo algumas exceções, essa rotina sempre fora assim e muitos, se não todos, duvidavam que isso iria mudar algum dia.

O trem era quase uma exclusividade para alunos, uma vez ou outro um professor inexperiente se aventurava por aquelas bandas, sem saber ao certo o que fazer. E bem, este era mais um ano de professores inexperientes. Dois. Irmãos. Americanos.

Mesmo que o clima fresco do outono inglês propiciasse interações humanas, os dois irmãos permaneceram trancafiados em sua cabine durante toda a viagem. O mais alto deles não concordava com tal situação:

– Dean! Pelas barbas de Merlin, pare de comer e vamos dar uma esticada pelo trem!

O irmão mais baixo encontrava-se sentado próximo a janela, com toneladas de guloseimas a sua volta, compradas no carrinho de doces. Respondeu o outro com murmúrios, já que estava ocupado demais lotando a própria boca com varinhas de alcaçuz.

– ‘al é ‘ammy! ‘laxa, ‘ome ‘m ‘oco!

Respirando fundo, Sam sentou de frente para o irmão e tentou descobrir como alguém poderia comer tanto e não ir diretamente para o Hospital St. Mungus.

– Eu sei o que é isso! Você o está evitando! Sabe que não vai funcionar, certo? Uma hora ou outra, vocês terão que se encontrar novamente.

– Não faço a mínima ideia do que você está falando – Dean limpou o açúcar espalhado por seu rosto e tronco, e encarou o irmão de volta – Eu só quero ficar longe desses pestinhas o máximo que puder.

– Nesse caso, então por que não fizemos igual aos outros professores e fomos pela rede de flu?

– Porque não tem essas delícias em rede de flu, tem maninho?

Dean abriu um largo sorriso e voltou suas atenções aos sapos de chocolate, ao passo que o irmão preferiu deitar no banco estofado e ler um livro. Seria uma longa viagem

Os alunos do primeiro ano esperavam ansiosos no lado de fora do Grande Salão enquanto os veteranos arrastavam-se preguiçosamente para seus habituais lugares. Os professores por sua vez, já se encontravam em seus acentos na gigantesca mesa horizontal no fundo do Salão.

Charlie mal dirigia seu olhar para aquela mesa, não queria adiantar a chatice de ver todos aqueles velhos rostos, quando o menino sentado ao seu lado a cutucou:

– Hey, olha lá! Acho que temos novidades para esse ano!

A menina focou os olhos verdes na direção que o garoto apontava e reparou nas duas novas figuras sentadas no canto direito, ao lado do professor Longbottom. Um tinha os cabelos castanhos quase na altura do ombro, era o mais alto da fileira de professores e observava encantado cada detalhe do ambiente; o outro, o segundo mais alto, tinha o corte do cabelo loiro ao melhor estilo David Beckham e fitava as próprias mãos.

Logo começou a cerimônia de Seleção das Casas, mas como este já era o quinto ano de Charlie, ela decidiu por não prestar atenção no Chapéu Seletor. Ao invés disso, conversou com seu amigo sobre as misteriosas figuras.

– Kevin, quem você acha que são os novos professores? Será que eles vão substituir o Each-Uisge?

–Se dúvida alguma, depois que o Sr. Uisge teve aquele incidente com a Quimera, aposto que ele nunca mais voltará a dar aulas. – Kevin sentia como se estivesse falando com as paredes, a amiga não tirava os olhos dos forasteiros – Mas por que tanto interesse? Por acaso tá afim de algum deles?

– Qual é! – Uma sonora risada tomou conta da menina - Você sabe que eles não fazem meu tipo – deu uma piscadela e encerrou o assunto; a cerimonia finalmente havia acabado.

Todos parabenizaram os novos alunos; na mesa da Corvinal, onde Charlie e Kevin se encontravam, colares azuis em formato de águia foram distribuídos entre todos.

As salvas de palmas e conversas foram imediatamente interrompidas quando um gato cinzento malhado com marcas de óculos em torno dos olhos posicionou-se à frente da mesa dos professores. O felino se transformou na diretora Madame Minerva McGonagall; uma mulher alta, de cabelos grisalhos presos num coque apertado e cobertos por um chapéu pontiagudo marrom.

Apesar de seus mais de oitenta anos, a mulher nunca passara a ideia de fragilidade e sua postura severa e calma garantia o mais perfeito funcionamento da escola.

– Bem-vindos a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts! Antes de iniciar o banquete, quero apresentar dois novos membros do nosso corpo docente – virou-se para os irmãos – Esses são Sam e Dean Winchester, seus novos professores de Defesa Contra as Artes das Trevas.

“Como todos sabem, o estimado Professor Proditor Each-Uisge foi atacado por uma Quimera durante as férias na Ásia e, infelizmente, não vai poder mais lecionar – um pequeno “viva” foi escutado na mesa da Sonserina - Contudo, ele nos indicou sabiamente estes dois espetaculares irmãos cujo talento pude conferir pessoalmente na época em que estudaram nesta escola! ”

O moreno confirmou com um sorriso enquanto o loiro deu um tímido aceno.

“Diferente dos outros professores, os Winchester irão focar nos estudos de monstros, espíritos e demônios, posso garantir-lhes que será algo muito útil e produtivo. Mas chega de enrolação! Vamos ao banquete! ”

As mesas encheram-se das mais deliciosas comidas e bebidas: coxinhas de frango, sucos de abóbora, tortas de diversos sabores e muito mais. E mesmo assim, Charlie ainda não parava de fitar os novos professores; Kevin de um beliscão delicado nas bochechas sardentas da menina, tentando chamar sua atenção.

– Se você olhar tanto pra eles como está fazendo, vai acabar com os olhos puxados iguais aos meus – esticou o canto das pálpebras para deixa-las ainda mais finas, fazendo a amiga rir.

– Por que o loiro ... Dean, não é mesmo? Prece tão desconfortável?

– Talvez porque tenha uma estudante de quinze anos, ruiva e magrela flertando com ele – a garota de um soco no ombro do amigo.

– Eu achei que poderia ser algo do tipo “sou um professor novo no meio de um bando de adolescentes”, mas não! Se você reparar bem, ele só está evitando o professor Castiel. Por que alguém faria isso? Ele é praticamente um anjo! Anota o que estou falando Profeta, tem alguma coisa estranha ai!

– Pega essa coxinha e pare com essas teorias da conspiração. Você vai ter o ano inteiro pra descobrir... sei lá o que você quer descobrir.

A ruiva concordou distraidamente, ela realmente iria tentar descobrir o que estava acontecendo ali.

Dean já começava a se arrepender de ter aceito o emprego. Mesmo acostumado com o frio das noites mal dormidas no Impala, o clima da Inglaterra era algo insuportável.

– Não me lembro como sobrevivi da última vez - disse o loiro para o irmão – sério Sammy! Já me desacostumei com esse gelo dos Infernos! E nunca achei que as roupas dos professores seriam tão ridículas.

– Isso porque ainda estamos em setembro ... Mas eu gostei da roupa – Sam passou os dedos na veste preta e azul – apesar de eu preferir minhas camisetas xadrez...

Os Winchesters andavam lado a lado pelo pátio em direção à escadaria, cada quadro, cada estátua, cada canto de parede remetia a uma memória diferente dos seus tempos de estudantes. O moreno sorriu triste ao ver o banco que pediu a mão de sua primeira namorada, Jessi; o loiro se divertia ao lembrar de quando entrou em uma armadura para assustar os novatos.

– Bom ... é aqui que nos separamos ... Nos vemos amanhã para o café no Grande Salão e depois direto para a aula? – Sam colocou as mãos dentro dos bolsos e encarou o mais baixo.

– Maravilha...

Dean observou seu irmão caçula dirigir-se para o dormitório da Corvinal. Mesmo ele sendo o mais novo, era dez centímetros maior que o loiro; mas nem sempre fora assim, na antiga época de Hogwarts, Dean era o mais alto sempre. Uma saudade dos velhos tempos tomou conta do professor.

Apesar de cansado pela viagem e por tanto comer, o primogênito preferiu continuar sua caminhada pelo castelo antes de ir para o dormitório da Grifinória. Os alunos cochichavam ao passar por ele, as alunas soltavam risinhos e escondiam o rosto.

Pela janela, avistou a cabana do Hagrid e a Floresta Negra.

– Agora que sou professor, tenho plenos direitos de ir na Floresta sem ser expulso.

Não tinha medo de nenhuma criatura que pudesse entrar entre aquelas árvores, já havia caçado e matado muitas outras piores. A partir do seu quarto ano, a Floresta tornara-se o local onde Dean podia fugir de seus problemas e ficar tranquilo entre os galhos e teias de aranhas.

Fechou os olhos e permitiu a energia do lugar preencher seu corpo, porém um barulho de folhas secas sendo amassadas o fez sacar a varinha.

Uma figura humana aproximava-se do caçador e este, ao reconhece-la, guardou a varinha em suas vestes novamente. A luz do luar deixava a pele do outro homem ainda mais pálida e seus olhos ainda mais azuis e, antes que o caçador pudesse exibir alguma reação, uma voz forte e grossa lhe disse:

– Olá Dean.

Continua.


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Notas finais do capítulo

Não consegui resistir, vai ter continuação sim, mas nada muito longo, apenas o suficiente para colocar "todos os pingos nos 'is'" Espero mesmo que tenham gostado. xoxo



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