Telephone escrita por Deh


Capítulo 5
Hotchner, Jareau, Reid, Prentiss: Cicatrizes


Notas iniciais do capítulo

Acredito que essa seja uma ligação interessante, pois será em anonimato. Espero que gostem.



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“Nossas cicatrizes servem pra nos lembra que o passado foi real.” Hannibal Lecter

Ele acordou assustado, ele sentia como se Foyet estivesse o esfaqueando novamente, mas dessa vez era inúmeras vezes, era constante e dolorido. Ele acordou e não conseguiu dormir, ele pensava porque aquele maldito pesadelo estava reaparecendo ultimamente, talvez o fato de estar quase na data do seu sexto aniversário. Ele vai para a cozinha e decide fazer um café, ele sabe que suas cicatrizes não o deixaram dormir.

Ela acordou com os pulsos ardendo, ela olhou para o lado e viu o lado de Will ainda vazio, aparentemente ele ainda não tinha chegado, provavelmente ela não o veria essa madrugada. Ela olhou novamente os pulsos, ela viu aquela marca, era bem pequena, mas ainda era visível. Sendo assim ela foi para a cozinha tomar uma água.

Ele não tinha dormido, ele temia que tivesse tendo algum ataque psicológico, ele estava sentindo como se mil agulhas picassem seu corpo, seria sua consciência lembrando a ele que aquela noite sombria no cemitério ao lado de Tobias não era apenas um sonho?

Malditas cicatrizes ela pensava enquanto olhava no espelho. Se já não bastasse a cicatriz dos pontos da onde os médicos tiraram o pé da mesa, ainda tinha aquela que ele fez. A maldita tatuagem estilo coreano. As vezes ela acordava a noite com a impressão dele estar lá, retocando sua obra prima. E Deus sabe o quanto ela odiava isso.

Ele queria conversar com alguém, mas simplesmente não poderia. Era algo que ele tinha que sofrer sozinho.

Ela se sentou enquanto analisava seus pulsos, seria apenas coisa da sua imaginação?

Ele encarou um cartão que tinha em mãos, seria essa uma boa decisão?

Ela fitou o telefone, talvez ela poderia conversar com alguém.

Se você acredita em destino, coincidência ou seja lá como você chama, de fato foi o que aconteceu. Os quatro pegaram um cartão que tinham que tinham ganhando há alguns anos atrás. Era de uma espécie de grupo anônimo, quando você liga é direcionado a salas de bate papo, são usados por sobreviventes de crimes, na época eles pegaram por educação, guardaram não se sabe bem o porquê, mas tiraram do esconderijo na esperança de se libertar.

As regras eram simples, você não diz seu nome, inventa um apelido qualquer. Assim você mantem o anonimato.

“Agente” um homem falou, “loira” uma mulher falou, “doutor” outra voz masculina e agora era a vez dela “Branca de Neve” Que diabos era esse apelido? Ela mesmo pensou. “Então como isso funciona?” O homem que se identificou como agente perguntou “Eu não sei” a loira respondeu “É minha primeira vez” ela respondeu “Você fala o que está sentido, se quer se suicidar, seus problemas, enfim as coisas que te incomodam” esse era o doutor “Você já fez isso antes?” Emily perguntou curiosa, recebendo um sim como resposta.

“É mais ou menos assim: Há uns anos um eu fui drogado, então me tornei viciado. Meus amigos tentaram me ajudar, foi difícil, mas eu consegui” eles ficaram interessados na história, “Você quer se drogar de novo?” o outro homem perguntou “Não! Mas as vezes eu tenho medo de fazer isso” o doutor por assim dizer, confessou “Eu fui sequestrada” a mulher que se identificou como loira disse “Sinto muito” os homens falaram “Eu também fui” a outra mulher confessou “Ex namorado?” o homem que identificou como agente perguntou, a loira disse que não e a outra disse que era complicado. “Eu fui esfaqueado” o agente confessou por fim, “Você é um viciado?” a loira perguntou, “Você é bêbado?” o doutor perguntou “Você é um idiota?” a branca de neve estava se distraindo com aquilo. “Com certeza nenhuma das duas primeiras opções, enquanto a última eu não sei” ele disse“Desculpe” ela disse “Tudo bem, é bom ver que alguém tem bom humor” os dois sorriram.

Eles conversaram por mais um tempo, partilharam conselhos, pesadelos e medos, mas nunca revelando suas identidades. No final o sono foi vencendo eles e eles se despediram, talvez agora eles pudessem voltar a dormir. No dia seguinte, eles acordaram e não sentiram nada, apenas se lembravam vagamente de conversar com pessoas legais ao telefone, eles tinham a impressão de conhecerem aquelas vozes, mas eles deixaram isso de lado, era apenas a mente deles manipulando para faze-los se sentirem confortáveis, ao menos era o que pensavam

Todos carregamos cicatrizes, sejam elas evidentes ou não, todos lutamos, todos sofremos, mas acima de tudo todos sobrevivemos. A vida não é um conto de fadas, a vida não é justa, mas somos capazes de nos tornamos autores de nossa própria história, somos capazes de mostrar não apenas a vida, como ao mundo que somos fortes por estarmos lutando todos os dias. Sim, eles são lutadores, assim como todos aqueles que convivem com seus temores diariamente, não existe herói sem vilão.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam??? Esperando ansiosamente os comentários.



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