Bruno P.O.V

- AH, MAS QUE PORRA É ESSA WALFER? SEU FILHO DA PUTA, EU PODERIA TER ME AFOGADO! – Disse Melissa, batendo a mão na água, com a maquiagem meio borrada, cabelo todo molhado e a franja no olho.

A piscina do Taylor é realmente muito grande. Todos estavam distanciados, mas ainda sim aquele loiro do lado da Melissa.

- Seu desgraçado! Agora meu cabelo está horrível e minha roupa toda molhada! – Disse Camilly, e depois tirou o tênis e a meia, e colocou na beira da piscina.

- Essa era a intenção. – Eu disse tirando o cabelo do olho.

- Sacanagem pô. Mas a pegadinha foi boa. – Disse o emo loiro que eu não sei o nome.

Melissa olhou feio pra ele e saiu da piscina, com a blusa toda encharcada, e ela tremendo de raiva.

- Agora que já estamos aqui, vamos ficar. – Disse o metaleiro super bizarro.

Melissa se virou já super estressada e vermelha:

- Não! Eu não vou ficar aqui! – Disse ela fazendo birra e batendo o pé.

O emo loiro saiu da piscina, pegou ela no colo e ela começou a gritar.

- Vai sim! – E pulou na piscina com ela.

- Ah, qual é, Mely! Vamos ficar. – Disse Camilly que estava do lado da amiga.

- Não! Até você Camy? Traíra. – Melissa disse jogando um pouco de água no rosto da amiga maluca.

Tirei minha camisa e meu tênis com a minha meia. Taylor, metaleiro bizarro e emo loiro fizeram o mesmo. Colocamos tudo em um cantinho, já estava molhado mesmo.

- Hm, agora eu fico. – Disse Melissa se aproximando do emo loiro.

- Vamos parar de putaria aqui! – Disse o metaleiro.

- Verdade metaleiro. – Disse Taylor. – Se vão ficar aqui pra se comer vão pra suas casas.

Melissa e Camilly se olharam e começaram a rir.

- O nome dele é Luck tá bom Taylor. – Disse Melissa. – E eu não estou aqui pra comer o Guilherme. – Ela ria mais ainda.

- Ah então ele chama Guilherme. – Eu disse. – Aí, meu nome é Bruno.

- Beleza então, todos estão apresentados. – Disse Taylor, e riu.

-Por que vocês não tiram a roupa? Tá calor... – Eu disse rindo.

- Eu? Nem a paulada! Ficar só de roupas intimas na piscina desse tarado aí? Nem pensar. – Melissa disse apontando para Taylor. – E a blusa da escola já ta mostrando meu sutiã mesmo. – Fez uma careta não tão agradável.

- Por mim tudo bem. – Disse Camilly.

- O QUE? – Dizia Melissa indignada.

- Caiu nessa! – Ria Camilly.

E ficamos lá, jogando água uns nos outros, e às vezes até por machucar mesmo.

Melissa e Guilherme tentavam ter um pouco de paz, mas a gente sempre ia perturbar os tais, arrancando a calça do cara e tentando tirar saia da garota.

Sem mencionar todas as vezes que Melissa tentava estrangular Taylor, todas as vezes que Camilly tentava me socar, e todas as vezes que Luck olhava feio pro Guilherme, foi muito legal.

Passou-se meia hora. Melissa saiu da piscina.

- Aonde você vai Mely? – Pediu Guilherme que ainda estava na piscina.

- Embora. – Ela disse torcendo os cabelos.

- Vamos todo mundo pra lá então! – Disse Taylor subindo a escada da piscina. – Podemos?

- Tá educado hoje em Walfer. O calor melhorou seu cérebro? – Melissa disse torcendo a blusa.

- Palhaça. Podemos ou não?

- Podem né, fazer o que? Vamos gente, todo mundo saindo da piscina. – Disse ela pegando os sapatos.

Todos saíram da piscina, pegaram suas coisas, e molhamos toda a casa do Taylor indo para a saída.

Da casa de Taylor até a casa da Melissa, tinha um longo caminho até. E imagina só, seis adolescentes molhados andando pelas ruas. Todo mundo olhando pra gente.

Enfim chegamos à casa da capetinha em forma de gente.

- Ninguém entra na minha casa ainda. Eu e a Camy vamos subir para pegar toalhas e vocês ficam aí. Se vocês ousarem entrar, estão fritos. – Falou fria e nos fuzilou com o olhar.

Elas subiram as escadas de madeira, uma tentando derrubar a outra. Até que Camilly quase escorregou e eu ri.

Ficamos conversando, esperando as duas chegarem:

- Então... Você e a Melissa estão ficando? – Eu perguntei para Guilherme.

- Sim, por quê? – Pediu.

- É que só depois que você tirou a camisa ela quis ficar lá na piscina. – Eu respondi.

- Ah tá. Normal... Meninas. – Ele disse.

- Taradas! – Eu disse, e rimos.

Elas desceram as escadas com mais cuidado, para não escorregarem igual a tonta da Camilly, e jogaram as toalhas na nossa cabeça.

- Se enxuguem. – Melissa disse e foi pra cozinha, enquanto Camilly ficou vendo se a gente não ia fazer bagunça.

- Insensível. – Disse Taylor.

- “Insensível” – Disse Melissa olhando para trás, imitando Taylor e mostrando a língua.

Secamos-nos.

- Agora a gente pode entrar né? - Pediu Luck.

- Podem. – Camily.

Entramos na casa e fomos direto para a cozinha. Taylor, o atrevido, já foi abrindo a geladeira da casa da garota.

- Hey, hey! O que você está fazendo? Já é um milagre você estar aqui, e agora quer dar uma de atrevido? Não, não, sai daí. – Disse Melissa tirando Taylor de perto da geladeira e a fechando.

- Mas eu estou com fome... – Disse Taylor com cara de bobo.

- Você tem chapinha Melissa? – Pedi, brincando e rindo.

- Vocês estão abusando de mais em! – Ela exclamou e subiu as escadas.

- Aonde você vai demonio? – Perguntou Taylor.

- Pegar a porra da chapinha pro seu amigo gay e aleijado aí! - Disse ela e foi pro quarto.

- Vocês estão abusando dela já em. Chapinha? Tsc tsc. – Disse Camilly.

- Para de ser idiota garota, a gente faz o que a gente quiser! – Eu disse.

- Idiota é você, seu sem noção! – Disse ela se levantando da cadeira onde estava sentada.

- Ow, parem de brigar! Toma a chapinha, infeliz. – Disse Melissa me entregando o aparelho.

- Nem precisa mais. – Eu disse a irritando.

- IDIOTA! – Ela gritou pegando o secador da minha mão e subindo as escadas correndo.

- Melhor eu ir lá com ela. – Disse Guilherme, e subiu as escadas.

Guilherme P.O.V

Entrei no quarto e encontrei Melissa deitada na cama bufando e olhando pro teto.

- O que aconteceu? – Pedi.

- Nada. – Disse ela se sentando na cama. – Senta aí.

Sentei-me ao lado dela e ela apoiou a cabeça em meu ombro.

- Não estou me sentindo muito bem.

- Dor?

- Sim, estou com um pouco de dor de cabeça.

- Então deita aí que eu vou cuidar de você.

Ela se deitou na cama de casal e eu continuei sentado.

- To com sono.

- É a dor de cabeça, amor. Dorme que a dor passa.

- Minha mãe sempre me fala isso. – Sorriu.

- Dorme aí então que eu cuido dos capetinhas lá em baixo.

- Ah... Mas eu não quero dormir!

- Quer sim. Dorme ai Mely, eu prometo que não deixo eles explodirem sua casa.

- Tá bom. – Ela fechou os olhos.

Eu dei um selinho nela e desci as escadas e vi todos em silencio na cozinha, sentados em volta da mesa.

- O que aconteceu? – Perguntou Camy.

- Ela só tá com dor de cabeça gente. Agora ela vai dormir, e se vocês fizerem barulho ela vai ficar mais irritada do que já estava. – Eu disse fuzilando Taylor.

- Porque olhou pra mim? Eu sou um santo. – Disse ele se levantando e indo para sala.

E então fomos para sala assistir TV e deixar minha Mely dormir em paz pelo menos meia hora. A preguiça era tanta que o sono bateu.

Havia dois sofás, em um Camy estava deitada, e no outro Taylor Bruno e Luck estavam dormindo sentados. Camy miguélona!

- Camy, cuida dos três encapetados aí, que eu vou ir dormir com a Mely. – Eu disse no ouvido dela.

- Hã? Tá bom... Vai lá então... - Disse Camilly sonolenta. Virou-se e dormiu.

Então subi tranquilamente às escadas e entrei no quarto da Mely.

Deitei-me ao lado dela.

- Eu sabia que você viria. – Disse ela, se virou e me deu um selinho.

- A dor passou? – Pedi.

- Passou, mas o sono não.

- Então vira aí pra gente dormir de conchinha.

Ela se virou, eu a abracei e dormimos.