Doce Atração escrita por Arthur Araujo


Capítulo 5
Capitulo Quatro




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Julie

A luz do quarto está baixa, não consigo ver direito, o som da música penetra meus ouvidos, e meu coração palpita.

Cada segundo que passa fica mais claro, quando eu posso ver perfeitamente, não consigo segurar o Riso.

⁃ Entre e lhe darei seu jantar.

Envolvo seu pescoço com meus braços e beijo-o.

⁃ Depois vamos para um bordel? - Pergunto

⁃ Clube de Sexo seria o termo mais apropriado.

⁃ Não me importo de ver pessoas assustadoras surtar. - Digo

⁃ Tá, Julie, pode parar de conversar falando a letra da música, não quero odiar Habits por sua causa.

Coro me. Peter sorri e me encanto.

⁃ Você não vai entrar?

Não entendo nos primeiros segundos, e depois responde que alguém terá que serve e se ele tiver dentro da banheira os pratos não virão até nos.

Concordo, tiro a roupa e entro.

Água quente vai se tornando mais agradável a mediada que eu me ajeito na hidromassagem. Sento-me, o local é confortável.

Peter abre o armário e pega lá de dentro uma tábua, não imagino qual será a utilidade daquilo, até que ele caminha até mim.

Ele puxa uma parte da madeira para as laterais, e pressiona até uma espécie de “pé” sair por baixo. ele Poe sobre a água e ela flutua.

– Madeiras não flutuam naturalmente? – Pergunto.

Peter pensa um pouco e dá de ombros.

– Eu não faço idéia porque comprei essa coisa. – Peter se vira e vai até a geladeira. – No tempo que você passou apagada me veio a brilhante idéia.

Ele pega uma vasilha fina da tampa azul e por sobre a bancada. Pega uma frigideira no armário, e uma panela funda também e põe sobre a pia. Pega óleo, e uma caixinha, não consigo ver o rotulo.

Peter pega um garfo, e põe próximo a ele, liga o fogo elétrico, e Poe a frigideira pra esquentar, vai ate o armário e pega dois pratos, papel toalha, e uma tigela.

Volta derrama alguns fios e óleo e vai até a geladeira pegar um potinho com algo cremoso e marrom dentro, minha barriga embrulha. Ele tambem pega uvas passas.

Quem em sã consciência gosta disso na comida?

Agora enquanto falamos sobre corpos, e eu olho para o perfeito do Peter, ele abre a tigela da tambem azul marinho, e com o garfo tira dois bifes de franco e põe pra fritar.

– Amor, tira a camisa.

– Cê é louca? – Ele grita – Quer que eu me queime todo com o olho?

– Não precisa ficar sem avental!

Erros de comunicação, pior desculpa pra demonstrar que você está irritado com alguém.

– Tudo bem.

Peter pega o pote com a coisa marrom que não é fezes e leva ao microondas. De frente para mim ele tira os sapatos, e desafivela o cinto.

Ele pega um pedaço de papel toalha e Poe sobre o prato, e sobre ele deposita o bife recém fritado para escorrer o óleo e põe mais pra fritar também.

O microonda apita e ele tira o pote. Ele xinga algumas vezes imagino que esta quente, e com uma colher tira o excremento e deposita num saquinho de confeito que pegou no fundo de uma gaveta. Peter tira o ultimo bife e coloca pra descansar. Ele desliga a boca do fogão.

Pega a tigela, e o saco de confeito e desenha na base. Depois pega a caixinha e derrama no escorredor de macarrão, é um creme branco amarelado. Engulo em cedo. Ele derrama as passas também e mistura com o garfo.

Peter termina de arruma e trás as coisas para mim.

– Antes de comer. – Ele diz, desamarrando o avental. – Quero que veja isso.

Ele tira a camisa leio com cuidado a frase que esta escrita no seu abdômen.

VÃO PUBLICAR

SEU

LIVRO

– SERIO? – Grito.

– Sim, come que eu tenho mais novidades.

Pego o garfo e a faca, corto um pedaço do fraco e eu ainda ludibriada, permaneço encarando o Peter.

Um gosto doce e fino corta minha boca, sinto ânsia para vomitar, mastigo tentando reconhecer como isso veio parar dentro do frango.

– Bife de frango recheado com goiabada.

É estranho, e interessante, não gostei muito, mas corto mais um pedaço, e vejo a goiabada escorrer sobre o garfo, isso me lembra que a quase um mês atrás eu estava comendo macarrão instantâneo com manga.

Pensando nisso, decido provar o macarrão. Tiro um pouco do prato com o garfo e algumas uvas passas vem junto, lembro-me de respirar fundo e mastigo.

Um profundo gosto de leite condensado supera todo leve sal na massa, as uvas deixam até um clima legal, penso em provar os dois juntos. É bom, talvez muito doce mais bom.

– Tem algum nome pra isso? – Eu pergunto apontando para o macarrão.

– Ainda não inventei. – Peter está sentado num dos bancos no balcão, acho que foi aquele que eu sentei quando experimentei a sopa mexicana pela primeira vez. Fico feliz em conseguir me lembrar dessas coisas assim. Talvez minha memória falhasse em longo prazo.

– Você tem algum suco ai? – Minha garganta esta agoniada. Peter vai até geladeira e enche um copo com suco vermelho. Em seguida ele trás pra mim.

– É de morango. Pode beber. – Ele volta a se sentar e eu bebo o suco, não quero mas comer, porem a idéia de desperdício me incomoda, então termino, e o Peter tira o prato.

Ele é tão lindo, sua barba quase nula, seus olhos, seu cabelo, sua boca, sinto falta dela, quero conversar com ele, tentar sem engraçada, falar algo bobo e ele rir, sinto falta de antes, mas parece impossível volta agora.

⁃ Porque está sendo tão legal comigo? - Pergunto. Peter engole em seco. Suas mãos param de esfregar os pratos com a puxa ensaboada, parece cauteloso. Ele enxágua e guarda no escorredor. Peter está secando as mãos num pano quando sorri e me responde:

⁃ Era só pra avisar que eu consegui uma entrevista com a Isabela amanhã. Pode dizer por seu amiguinho que agora vamos saber tudo sobre ele.

Peter sai andando, tira o avental e observo as covinhas em suas costas ficarem cada vez mais longe.

***

⁃ Você estragou tudo. - Diz o Gustin, sentado sobre o balcão. Levante-me, me seguei e vim lavar o resto dos talheres. Motivo: Eu precisava pensar. O Peter tem andado estranho comigo. O jeito que ele olha pra mim, é como se eu fosse... Estivesse... Louca.

Gustin ri, e desde, ele ainda está com o braço apoiado na banca.

⁃ Percebeu que os últimos dias estão borrados, como se fosse apenas histórias contadas, e não vividas de verdade? Você lembra que eu estou Morto, Julie? Você lembra que você me matou? Eu morri depois de ajudar você. Eu te salvei Julie.

⁃ PARA! Você não está morto, você está aqui! - grito.

⁃ Como você é tonta, garota. Eu não sou real, estou apenas porque você precisa de mim.

⁃ Sim, Gustin, eu ainda te amo, e acho que não vou conseguir amar o Peter de verdade enquanto você e seus mistérios não tiveres resolvidos porque estou cansada de fios soltos.

Gustin bate palmas.

⁃ Genial. Talvez deva se preparar para amanhã.

Pego a roupa do chão, e deixo as coisas bem arrumadas, saio e apago a luz.

Peter

Arrependo-me de ter voltado para falar com a Julie. Ela está louca. Isso é tão... Inacreditável. Não consegui olhá-la por muito tempo gritando sozinha, coisas que conseguiram ferir até a mim.

Não consigo trabalhar, receio estar doente, tenho medo da Julie esquecer de mim, daqueles que a amam. Sinto-o raiva do Gustin por tê-la deixado desse jeito.


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