E se Eu Te Deixar Ir? escrita por Anita


Capítulo 6
Capítulo 4- Um Refúgio para o Amor (parte 1 de 2)


Notas iniciais do capítulo

dividido em duas partes para atender aos limites do site



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E Se Eu Te Deixar Ir? § Um Refúgio para o Amor

Notas Iniciais:

Estou negociando a compra de Rayearth, mas como ainda não aceitaram meu um centavo de Argentino, bem, eu continuo não tendo direito algum com este anime, manga ou coisa assim. Porém eu mando nesta história, na Liana, no Zubo(Vai lá cozinhar algo, seu desgraçado!!!) no Kei, na Mistai e no Zenks(olá querido, este anel de brilhantes verdadeiros é para mim!? Obrigada!!!) E devo advertir para um pequeníssimo conteúdo adulto inevitável, mesmo depois de muita censura ele continuou... Será que é um Lime, continua uma fic normal... Mas de Lime sei que não passa. Não se preocupe... Não é nada... Bem é isso, agora vamos para a fanfic!!!

A Olho Azul Production:

E Se Eu te Deixar Ir?

Capítulo 4- Um Refúgio para o Amor

-Sua mãe... Incrível!-falou Lucy, não pela primeira vez, mas nem pela última.

-Isto está ficando repetitivo...

-Mas por que nunca me disse? Isto é tão... Incrível... Clef se apaixonou pela mãe de seu aluno.

-Eu ainda não era nascido, Lucy.

-Ah. E Zagar?

-Também não.

-Escuta, vocês não são filhos do Clef não, né?

-Não creio, não sei muito de meu pai, mas temos, eu e Zagar, muito em comum com ele.

-Qual era o nome dele?

-Zubo...

-Os nomes daqui são tão diferentes... Mas para onde estamos indo, afinal?

-Para a estação.

-Estação? Do quê?

-De aeronaves.

-Como!? Para onde estamos indo?

-Pesquisar sobre os rebeldes. Só assim limparemos o nome de minha mãe... Não podemos defender uma causa que nem sabemos qual é, Lucy.

-Você realmente não sabe porque o nome de sua mãe foi sujo...

-Nunca quis saber. Sempre achei uma irresponsabilidade enorme da parte dos dois. Nunca cresceram!-Lantis falou esta frase e só então notou Clef na sua frente. Estava muito distraído ultimamente, com Lucy.

-De quem estão falando?-perguntou Clef e logo chegou Marine, falando algo sobre voltar pra cama e descansar.

-Desde quando ouviu!?-Lantis pretendia fazer surpresa, então teria que tomar cuidado com explicações precipitadas.

-Ouvi a voz de Lucy, mas só entendi tua resposta, Lantis. Por que está tão assustado?-Clef perguntou, ignorando os olhares raivosos de Marine.

-Você me assustou!-falou o garoto, num tom acusativo, mas brincalhão, fazia algum tempo que Clef não o ouvia falar assim.-Falava de meus pais, de mais quem?

Marine:-Seus pais? Por que pensa isso?

Lantis:- Não os conheci, mas sei que eram assim, prova disto é não mais estarem aqui.

Marine:- Tenho que certeza de que o amaram muito, Lantis.

Lantis:- Pois eu não, porém isto não problema de ninguém senão eu. Agora eu e Lucy temos que ir. Mestre, o senhor devia estar descansando, direto pra cama!

  O tom de Lantis não deixou espaço para argumentos, Clef baixou a cabeça e partiu, imaginando se Lucy já sabia de Liana. Talvez por isso se falassem, mas se o fosse, por que ele tinha este pressentimento?

-Marine, o que foi?-perguntou Lucy, notando que a amiga não seguiu Clef.

-Bem, é que parece que vocês estavam para fazer algo importante, queria saber se tem a ver com sua mãe, Lantis.- ela estava bastante séria e Lantis notou que mesmo assim ela ainda ficava bonita, mas é claro que ele não deixou escapar o brilho no olhar, talvez aquela obstinação trouxesse sua beleza. O rapaz olhou Lucy e concluiu que Clef devia ter contado sobre Liana para Marine. Ele próprio o faria se tivesse algum amor antes de Lucy. Seu mestre estava pedindo ajuda, mas não para ele...

-Lantis...-ele agora notou que esperavam ele responder. A voz de Lucy era calma, mas tinha uma certa preocupação. Ela o conhecia, esta era a verdade.

-Para quê quer saber, Guerreira Mágica?

-Quero ajudar... Quero que Clef fique bem, mas não sei como...

Lucy:- E por que acha que nós temos algo a ver?

Marine:- Lucy... É minha amiga, sei quando está tensa.

Lucy:-Não sei se eu poderei ajudar, Marine. Imagine você!

Lantis:- Pode sim... Fique aqui com ele.

Marine:-Assim eu não aceito, Lantis. Quero ajudar, ma não desta forma, isso não é pra mim.

Lucy:- Conte, Lantis, ela pode nos ajudar mesmo...

Lantis:- Certo... Vamos limpar o nome de minha mãe, mas é algo difícil e que precisamos muito de pesquisar.

Marine;- E como o faremos?

Lantis:- Lucy e eu estávamos a caminho do Conselho Intergaláctico. Lá poderemos ver o que fazer.

Marine:- Posso ir?

Lantis:- E eu tenho opção?

  Lantis de fato não estava muito de acordo com a ida de Marine, ele sabia muito bem que quanto menos gente soubesse do passado de Zefir, melhor seria. Principalmente uma pessoa chamada Marine. Clef estava envolvido naquele escândalo e ela poderia não entender... Nem ele próprio entendia, era algo que sentia obrigado a admitir. Mas como ele disse, não tinha opção, não tinha como negar algo a Lucy e ele sabia que ela o pediria.

  Lantis não odiava aos pais, mas sentia algo contra eles, por tudo que ouvira, por tudo o que Zagar parecia sentir, por tudo o que passara. A culpa era daquele casal irresponsável que deu a luz a dois filhos e nunca realmente ligou para eles.

  No fundo, agora dentro da aeronave, ao lado de sua amada, ouvindo Marine falar de seus pais e Lucy comparar com os dela, no fundo mesmo, ele se confessava que queria sabe como era ter pais de verdade. Este sentimento era realmente muito raro.

  Eram vezes que ele sentia que faltava algo dos pais. Clef sempre lhe tinha suprido todas as necessidades, mas Lantis sempre fizera o possível para que o mago não desistisse dele. Era seu medo interior e que Zagar sempre alimentava quando entrava numa briga com o Mestre e dizia em voz alta:

“Você fica falando tão bem do Lantis, Clef, mas lembra que no início o praguejava!?”

  Era uma frase constante e que sempre fazia Clef calar-se. O que certamente não desmentia o irmão. Mas Lantis nunca quis saber o que era que tinha acontecimento desde o seu nascimento com detalhes. Sabia o que Clef lhe contara e que fora obrigado a ouvir em seus intermináveis cursos de história e a rebeldia sempre era uma das matérias.

  Sem notar, ele encostou sua cabeça cansada de pensar na cabeça de Lucy e adormeceu. Tal ato surpreendeu mais a Marine que falava das vezes em que queimou bolos, mas a garoto decidiu ignorar o que seus olhos azuis viam. Sua mente sabia que tinha alguma cumplicidade entre aqueles dois, desde que os viu juntos quando estava nervosa com o desmaio de Clef. E que esta não era resultado de Liana.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Negro, tudo era negro... Nisso uma luz forte cegava seus olhos violeta e ele via ainda menos que na escuridão, pois sua vista queimava.

  Sentia-se sozinho, muito sozinho.

  Não, ele não estava sozinho, ela estava lá! Ela sempre estaria com ele, Lucy sempre estaria em seu coração... Lucy? Quem é Lucy?

“Eu não a conheço... Eu estou sozinho! Vou ser abandonado por todos... Vão me deixar, ela me disse que vão...” -pensava o bebê, mas não tinha capacidade de falar.

-Adeus, filhinho.-Ela tinha falado, e ele a olhou, violeta se encontrava com violeta e ele, tão pequeno, entendia que aquilo era uma despedida, um adeus. E o Adeus costuma ser para sempre.

  Seus olhinhos estavam bem grandes observando o olhar triste bem no fundo daquela coragem fingida. Ela tinha se aproximado de seu ouvido e lhe confidenciou algo importante. Algo que seria só entre eles, um segredo.

-Você também sente? Mas eu volto, filhinho.-e Ela partiu deixando Lantis ali. Ainda tentou seguí-la, mas algo o segurara, o que um bebê que mal andava poderia fazer?

  Um calor dentro de si foi aumentando, e cada vez mais, mais e mais.

-Uééééééééénnnnnnnn!!!-uma explosão de energia saiu junto com as lágrimas.

-Lantis, fique quieto.-e ele ficou, foi só ouvir sua voz, a Dele. Seu pai. Mas Ela veio até o bebê e lhe sussurrou a mesma coisa:

-Você também sente? Mas eu volto, filhinho.-desta vez um sorriso confiante iluminou seu rosto e Ela abraçou aquele corpo frágil, deixando algo com ele.-Isto você vai dar para a garota que mais valorizar.

-Mas isto...-falou Ele, seu pai. Olhando o belo medalhão, ele também se aproximou do bebê e lhe disse:

-Fique com isto, Lantis. Para mostrar que você é um guerreiro.-e lhe pôs uma espécie de tiara, que mal coube em sua cabeça de tão grande, mas que a partir dali seria seu tesouro, junto com o medalhão que Ela lhe dera.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

-Lantis...-acordara sentindo um calor em seus lábios, Lucy devia ter tentando beijá-lo como forma de acordá-la e conseguira.-Chegamos...

-Enfim!-e ele levantou-se do banco, guiando as duas até o planeta onde ficava o Conselho. Era um tanto grande, porém não para um planeta normal. Era um enorme palácio no centro, sede do Conselho, com seus jardins, que eram fachada para as cadeias do sub solo. Ao redor tinha várias casas das famílias das pessoas que trabalhavam no Conselho, mas não quiseram ficar naquele palácio.

  Os três foram acompanhados pelos guardas até os seus quartos dentro do próprio palácio, Lantis era muito querido ali, por isso elas foram consideradas convidadas de honra. O rapaz era Sub Comandante da Primeira Divisão, aquela que supervisionava todas as outras e amicíssimo do Chefe dela. Mas ele preferira ficar no seu quarto oficial que era espaçoso e bem mobiliado.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Clef soube que os três tinham ido fazer uma viagem, mas Lantis tinha tomado providências para que, se possível, o mago nunca descobrisse para onde. Clef estava tranqüilo, confiava em seu discípulo, mas no fundo temia alguma loucura de sua parte. Lantis era muito como a mãe, podia deixar-se levar facilmente pelas emoções, e principalmente pelas emoções de ser desafiado pelas impossibilidades.

-Liana...-Clef murmurou bem baixinho, mas não o suficiente para não ser ouvido por Raffaga que estava entrando ali naquele momento.

-Clef, então este é o problema!

-Rafaga? O que faz aqui?-o mago olhou o espadachim entrar e sentar-se numa cadeira de luz.

-Vim ver se queria que eu fosse buscar Lantis.Acabei ouvindo um nome que há muito tempo não passava pela minha mente. Achei que a tivesse superado.

-Deixe Lantis, por enquanto. Ele está acompanhado, isso já me tranqüiliza e sei que não iria embora assim só você mandando. É teimoso demais.

-Como a mãe e o irmão. Para falar a verdade como você também. Clef, esqueça essa garota, ela morreu e isso é o que deve ser.-Rafaga espantou-se com a expressão de Clef quando ele disse a última frase.-Ela morreu, não é?

-Claro, Rafaga! É que de repente me passou uma coisa pela cabeça... E se Lantis quisesse acabar com tudo o que pode ligar seu nome ao meu?

-Quer dizer o Movimento Rebelde Universal?

-Exato... O MRU foi o motivo dela morrer. Mas ela estava certa e Lantis sabe disso. Talvez ele queira provar o contrário, assim ela morreria de uma vez por todas, não é?

-E ele seria capaz de fazer o que nenhum outro fez?

-A pergunta é se ele seria capaz de fazê-lo por sua mãe.

-Não creio que ele a perdoasse, Clef, durma, pois amanhã voltará a trabalhar.-Rafaga estava saindo pela porta, quando ouviu a voz sonolenta do mago.

-Se souber de algo, me informe.

-Certo.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Passado

-Zagar! Volte aqui!-gritou Liana com um bebê de cabelos pretos que engatinhava no chão.

-Fica calma, Liana.-falou Clef, pegando um Zagar choroso no colo e o colocando no chão, logo peso por grades de energia mágica.

-Nunca vou conseguir controlá-lo, não tenho jeito, Clef. A babá diz que ele é impossível.

-É normal para uma criança de apenas um ano, principalmente quando ela mal conhece os pais.

-Tenho que trabalhar, lindinho, só assim ele pode ter a vida que tem.

-Você gosta mais de trabalhar que dele, Liana.

-Zagar não veio numa boa época. O Conselho anda exigindo muito de nós. Ainda não estou estável por ali.

-Mesmo assim, Zagar só tende a piorar. Ele herdou muito da personalidade do tio.

-Aquele maldito Zenks é um chato até ausente...

-Hahahahaha...

-Oh não! Zagar como passou pelas grades!? Volte aqui!-e Clef voltou a gargalhar ao ver o bebê de cabelos pretos ir engatinhando pelo palácio. Liana o pegou lhe dando um tapa no bumbum e colocou nas grades feitas pelo amigo. Ela não tinha jeito com ele, Zagar sempre a desobedeceria, enquanto vivesse.

  No mesmo momento em que Liana se sentou para voltar a conversar um guarda chegou correndo avisando que o Conselho a chamava num planeta distante de Zefir. Zagar ficaria sem ambos os pais por três semanas.

  O bebê acabou se tornando um moleque levado que babá alguma aturava e Clef evitava vê-lo, um não gostava muito do outro. E sempre que tal encontro acontecia, Zagar dava um jeito de armar alguma e ficar de castigo dentro de um quarto do palácio, só para não ver o mago.

  A construção do palácio se adiantava, mas era muita coisa e Liana e Zubo raramente tinham tempo para ajudar. Ela anda usava os feitiços que aprendera no curso e Clef podia a postar que um dia ela seria uma espadachim mágica.

  Um dia a Princesa, visitando uma região próxima, um lugarejo onde Liana tinha sua casa e Zagar a sua vida, resolveu passar para ver seu futuro palácio, que no final das contas ela quase não usaria.

  Zagar estava no palácio e tinha onze anos nesta época. Usara um feitiço para apodrecer a comida que estava sendo preparada para a chegada da Princesa de Zefir. Como castigo, Zubo o trancou numa dimensão para combater monstros, o feiticeiro mal sabia que esta era a intenção de seu filho. Ele simplesmente adorava brincar com magias que aprendera na escola onde estudava. Uma escola para futuros feiticeiros. O garoto não queria conhecer a tão falada Princesa Esmeralda, devia ser mais uma menina mimada, entre tantas que já havia conhecido como amiga dos pais e do idiota do Feiticeiro Chefe.

-Princesa, que bom revê-la! Estava esplêndida na reunião do Conselho; belo discurso o seu sobre a paz entre planetas vizinhos. É uma pena que os três nunca ouviriam.

-Obrigada, Zubo! Olá, Ia, há quanto tempo!

-Olá, Princesa.

-Mestre! Que bom revê-lo!!!-Clef sentiu-se orgulhoso com a denominação. Via sua aluna sempre que podia, mas ela sempre tinha aquele ar infantil e ingênuo.-Onde está Zagar, Ia?

-Ele não pôde comparecer, Princesa.-falou Liana.

-Sentimos muito.-Complementou Zubo.

-Está tudo bem... Eu queria tanto revê-lo!

-Ele mandou lembranças.-mentiu Clef, por sua amiga, nunca pelo filho.

-Fica para outra vez, Princesa.-falou o Guru, acompanhando Esmeralda até uma mesa coberta por um delicioso banquete, que tinha sido feito às pressas após descobrirem o feitiço de Zagar.

  Um ano havia se passado desde então e Liana estava muito doente. Tinha tirado férias do Conselho e como Comandante não tinha o que fazer. Passava a maior parte do tempo com Clef.

  Zagar continuava um grande problema e a escrivaninha de trabalho estava cheia de cartas da escola sobre ele faltar aula ou pregar alguma peça nos professores, ou responder aos diretores e superiores. Uma frase constante em todas elas, Clef tinha notado, era:

“O aluno Zagar não tem respeito com ninguém.”

  O mago concordava com aquilo e achou que Liana usaria suas férias para impô-lo. Não contava que Zubo não folgasse e muito pelo contrário, embarcasse numa missão que já durava dois meses. Eram dois meses que Liana não via o seu amor. Ao folgar ela decidiu ir para o palácio. Seu filho não passava as noites em casa e sim em reuniões de grupos contra o palácio, contra a magia, contra o trabalho, contra a floresta, contra a cidade, contra as pessoas que não usavam a magia, contra os feiticeiros, contra as pessoas da cidade e muitos outros. Volta e meia os guardas do palácio o levavam preso até Clef, que o dava um castigo de não poder usar a magia por uma semana, duas, um mês, às vezes.

  Liana não se importava com aquilo, ela própria dizia que não conseguia controlá-lo. Sempre que estava ali e os problemas chegavam aos seus ouvidos a tal ponto que ela ia falar com ele, Zagar dava respostas sobre ela não se importar com ele e a espadachim se sentia obrigada a concordar.

  As duas coisas: a ausência de seu amor e o pedido de atenção do filho causou esta doença em Liana. Ninguém sabia a não ser Clef.

  No início ela não dormia e ficava a noite toda gritando o nome de Zubo. Clef um dia ouviu tal grito e foi lá aclamá-la, mas quando ela acordava não se lembrava de nada. Muitas noite as lágrimas rolariam e ela suaria gritando o nome de seu grande amor. Clef decidiu manter este segredo para si se esforçar o máximo possível para que ela se sentisse bem só com a sua presença.

  Ainda a amava demais para vê-la sofrer assim. E o fato dela não se contentar com a sua simples presença, não ajudava. O mago tentou de tudo a seu alcance para curá-la. Mandou a espadachim comer, cuidou que nunca estivesse sozinha e sempre em boa companhia e resolveu apelar para Zagar. Um dia que a escola chamou Liana para comparecer a uma reunião com a direção, ele foi lá em seu lugar.

-Zagar não se comporta e nem respeita... Soldados vivem vindo aqui reclamar de sua participação com grupos os mais variados grupos rebeldes e muitas vezes ele mesmo cria alguns... Senhor Clef, este garoto tem que estar sofrendo muito em sua casa para se rebelar contra coisas até opostas.-falou o diretor e a diretora concordava a cada palavra.

-Eu sei que seus primeiros pensamentos apontam para a educação dos pais, mas não pensem assim. Zubo e Liana fazem o que podem por este menino.

-Senhor Clef, nós sabemos que ambos têm vidas muito atarefadas. Ouvimos constantemente sobre seus feitos, mas nunca respondem a carta alguma que mandamos. Suspeito que nem leiam.-a diretora estava certa. E Clef sabia daquilo.

-Asseguro que sempre lêem, mas este menino é impossível! Respeita muito a seus pais, mas não os obedece.

-Eu entendo... Além do mais, não adianta discutirmos isto desta forma. Sugerimos que tente ralhar com ele. É um ótimo aluno quando se pede para demonstrar um feitiço qualquer, sei poderá ser um ótimo feiticeiro, contanto que adquira a disciplina necessária.-o diretor encaminhou o mago até a salinha anti-magia na qual Zagar estava com a cabeça erguida e seus olhos azuis brilhavam desafiadores. Ódio nasceu quando notou que não era sua mãe ali e sim o idiota do Clef.

-O quê faz aqui?-perguntou ele com raiva, não se levantando da cadeira.

-Vim falar contigo, Zagar.-o barulho da porta fechada pelo diretor anunciou que ambos estavam sozinhos.

-Quero minha mãe ou o meu pai.

-Seu pai está ocupado e sua mãe está descansando.

-Ela nunca quer sabe de mim...-o garoto falou com raiva, mas uma gota de tristeza foi sentida por Clef em seu tom de voz.

-Zagar, sabe que não gosto de você, mas seus pais são meus melhores amigos. Tente melhorar, pela sua mãe, ela está muito doente.-a frase surtiu o efeito querido, Zagar olhou Clef nos olhos e notou que não estava mentindo.

-Por que doente?-preocupação no tom.

-Eu não sei... Mas não conte para ninguém, não queremos dar preocupações a qualquer um.

-Nem meu pai sabe?

-Não, ele não sabe, mas não dê mais uma preocupação a ela, Zagar.

-Isto não te interessa, Clef.-ele tinha dito, mas por algum motivo as cartas diminuíram consideravelmente. Porém Clef estava errado.

  Liana continuava gritando por Zubo em seus sonhos e já fazia um mês. Clef passava noites em claro evitando que “acidentes” acontecessem, eram o seu maior medo. Liana era controlada, mas ele não sabia o que ela faria sem controle como ficava quando o chamava. Agora ela tinha muita febre e perdia peso descontroladamente. De dia não tinha fome e estava ficando extremamente pálida e as olheiras revelavam as noites sem dormir, mas mesmo assim ela não lembrava o que se passava depois antes do Sol nascer, mas agradecia a companhia de Clef durante as longas noites.

  Ela não sabia que por isso sua vida toda mudaria a partir de agora.

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