Vício Frenético escrita por LeShary


Capítulo 2
Guerra


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é dedicado a Kherryna a única pessoa que mandou um review e também a pessoa que me incentivou a publicar a fic.
Valeu Kherryna!



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Sam e Ellen caminhavam atentos a tudo ao seu redor. Procuravam Jo. Cada minúsculo ruído fazia os dois apontarem as armas para o nada e olharem para os lados, procurando algo ou alguém. Um simples farlhafar de folhas secas era suficiente para isso. Andaram por alguns minutos em silêncio, até que Ellen disse:

- Ali foi o último lugar que vi a Jo. – a mulher mais velha apontou para uma casa branca com dois andares a alguns metros deles.

Ambos caminharam rapidamente em direção a casa, novamente verificando a rua deserta a cada som que ouviam.

Esconderam-se atrás de um muro perto da casa. Podiam ver as janelas da construção do lugar onde estavam. Ellen olhava a casa com toda a sua atenção. Nem se o muro em que estavam se escondendo começasse a desabar, ela tiraria os olhos dali. Queria encontrar sua filha de qualquer jeito. Jo era a única pessoa que Ellen tinha no mundo. De repente, viu um rosto aparecer em uma das janelas. Os cabelos loiros e ondulados caindo sobre os ombros, os olhos escuros. Reconheceria aquelas feições em qualquer lugar e sob qualquer circunstância no mundo. O rosto da sua filha, Joanne.

Sam seguiu o olhar de Ellen e também viu Jo. Podia sentir o alívio dela no ar. Mas também podia sentir a apreensão dela. O medo que ela tinha de que sua filha estivesse possuída. Os dois entraram no quintal da casa, iriam invadir o lugar pela porta de trás. Foram impedidos pela chegada de algumas pessoas, Jo, Rufus e dois homens que os dois não conheciam. Sam viu os olhos negros de todos. Tentou lutar com Rufus, o oponente mais forte. Não conseguiu, pois foi atingido por golpes de um dos homens. Jo lutava com Ellen. Sentia uma dor imensa ao ver os olhos negros da mãe. Mas também sentia uma forte determinação queimando em seu âmago. Iria exorcizar o demônio que havia possuído Ellen de qualquer jeito. Falou algumas palavras para o demônio:

- Você vai se arrepender de ter possuído minha mãe, sua vadia de olho preto.

Ellen não entendia por que a filha havia lhe chamado daquilo. Jo está possuída, o demônio deve ter dito isso, pensava Ellen. Mesmo sabendo que essa era a solução mais plausível, simplesmente não conseguia aceitar ela. Prendeu a filha na parede pelo o pescoço com o antebraço. Via os olhos negros do demônio no lugar dos olhos de Jo, mas, não se permitiu ir além. Não queria machucá-la. Sam estava sendo imobilizado por Rufus e por alguém que ele não sabia quem era. Foi empurrado em direção ao chão. Não tinha mais como escapar. Desejou ter seus antigos poderes de demônio e novamente foi dominado pela sede de sangue, o vício frenético que insistiam em atormentar seus pensamentos. Passou um segundo imerso na sede. Olhou para Ellen e saiu de seus pensamentos, voltara á realidade. Pensou que poderia morrer, mas não deixaria o mesmo acontecer com ela. Disse com dificuldade, devido a pressão que os homens faziam sobre o seu corpo:

- Ellen, fuja!

A mulher fez o que o amigo disse. Deu um último olhar de pena a ele, e correu o máximo que pôde. Sam havia feito um sacrifício por ela. Estava decidida, buscaria a ajuda de Dean para recuperar Sam e Jo.

Dean esperava ansioso que Ellen e Sam voltassem. Seu coração parecia bater mais rápido a cada minuto. Tentou se acalmar, pois achava que nada de ruim poderia acontecer aos dois.

Sam despertou sobressaltado. Havia sido amarrado a uma cadeira de madeira, quase não conseguia se mexer. Sentiu o gosto de sal na boca, misturado com água. Água benta, concluiu ele. Não entendia por que haviam tentado exorcizá-lo. Como poderiam achar que ele estava possuído? Tudo estava muito confuso para o Winchester caçula. Levantou a cabeça. Viu um homem o encarando encostado na porta. Era alto, forte. O homem se aproximou de Sam, sentou-se numa cadeira que havia em frente dele e disse:

- Samuel Winchester. Prazer em conhecê-lo. – ele estendeu a mão como uma saudação e deu um sorriso sarcástico, vendo que Sam não poderia retribuí-la.

Sam não sabia quem era aquele e homem e como ele sabia seu nome. Ele pareceu ler seus pensamentos e disse:

- Eu sou Guerra.

Esse nome não parecia estranho para o Winchester. Lembrou-se que era um nome relacionado ao… “A Guerra chegará em um cavalo vermelho.”, Apocalipse.

A última palavra ecoava repetidamente em seus pensamentos. Sam se perguntou o que a Guerra estaria fazendo naquela cidade. Novamente, o homem leu seus pensamentos. Ele disse:

- Estou aqui para cumprir uma missão. Trazer o Apocalipse para a Terra. Esse é o primeiro passo. A cada momento estamos mais perto da Libertação.

- Libertação? – perguntou Sam

- O dia em que Lúcifer tomar o controle desse planeta.

Sem saber o porquê, Sam sentiu  a presença de Lúcifer. Em seu corpo. Ouviu mais uma vez a voz do Demônio:

“Siga seus instintos, Sam”

Samuel desmaiou. A última coisa que lembrava de ter visto eram os olhos cinzentos da Guerra.


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Notas finais do capítulo

"Mande um review e deixe um autor feliz"