Vício Frenético escrita por LeShary


Capítulo 3
Bifurcação


Notas iniciais do capítulo

Estou simplesmente adorando escrever uma fanfic de drama! Espero que gostem...
Obrigada novamente a Kherryna !



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Dean viu espantado enquanto Ellen entrava no pequeno refúgio. Sozinha. Perguntou a ela onde estava seu irmão, se ele tinha sobrevivido. A mulher disse que Sam havia sido capturado pelos demônios, mas que acreditava que ele ainda estava vivo. No mesmo instante, já estava atravessando a porta, munido com a faca da Ruby, água benta e sal. Ellen o seguia de perto. Não queria se arriscar a perder Dean também. Mesmo sabendo que ele é um ótimo caçador, tudo podia acontecer. Rapidamente chegaram a casa. Uma luta foi travada entre Jo e Ellen, Dean e Rufus. O caçador mais jovem tentava convencer Rufus:

- Pense Rufus! Todos esses presságios. A estrela cadente, a água poluída! É Guerra. – O homem mais velho não acreditou, apenas deu um chute na parte íntima de Dean e disse como um rosnado:

- Você vai para o Inferno! – então Rufus se jogou em cima do outro caçado e tentou o derrubar no chão. Com muito esforço, Dean não caiu e ainda conseguiu prensar o outro contra a parede. Novamente, tentou convencer o outro de que não estava possuído. Após mais algumas palavras, Rufus finalmente viu que Dean falava a verdade. Lentamente os olhos negros de um demônio foram se transformando no bom e velho verde dos olhos de Dean. Agora tinha ainda mais certeza de que ele estava certo. Foram para sala, onde Jo e Ellen já haviam parado de lutar. Dean saudou Jo, que apenas respondeu com um aceno de cabeça.

Após perguntar onde estava o irmão, Dean finalmente conseguiu subir as escadas. Invadiu cada quarto que havia encontrado. No último, achou Sam.  

Sam sentiu uma onda de alívio quando foi achado por Dean. Estava salvo agora.Ele disse rapidamente para avisar a Dean:

- Não são demônios. É-

- Guerra. – completou o irmão

-Só não consigo descobrir como ele está fazendo isso.

- O anel! – falaram os dois ao mesmo tempo

 O irmão o ajudou a se levantar da cadeira. Estava com as articulações um pouco rígidas após passar um bom tempo sentado sem poder se mexer. Os irmãos desceram a escada rapidamente. Ouviram tiros vindos do lado de fora. Dean falou para Rufus:

- Temos que achar o Guerra antes que ele faça todos dessa cidade se matarem.

Sam se lembrava do que tinha acontecido antes de desmaiar. Dessa vez com um esforço sobre-humano conseguiu impedir que o desejo sanguinário tomasse conta dele. Concentrou-se em acabar com o Guerra. Foco, pensou Sam.

Conseguiram sair da casa sem levar nenhum tiro. Acharam o “cavalo vermelho”. Um Mustang estava estacionado logo na entrada da cidade. Esconderam-se perto do carro, em um lugar que podiam ver sem ser vistos. Em poucos  segundos o homem de olhos cinzentos que trazia o Apocalipse a cidade apareceu. Estava prestes a abrir o carro com as chaves quando foi imobilizado por Dean. Sam retirou a faca do bolso e olhou ameacadoramente para Guerra. O homem disse sarcástico:

-Bela faca, mas não se pode matar Guerra, rapazes.

Sam fingiu não escutar o que ele disse. Com um movimento rápido e preciso, agarrou o braço do homem, prendeu-o ao carro e decepou o dedo em que o anel estava. Quando se virou para falar com Dean, o carro e o homem haviam desaparecido. Na casa, o homem que estava quase matando Ellen, afastou lentamente a longa e afiada faca da garganta da mulher e se afastou dela.  Algumas horas depois, Sam e Dean conversavam sentados em uma mesa de madeira perto da estrada. Os dois haviam acabado de ter a primeira refeição do dia. O sol já estava se pondo.

Sam olhou para Dean de um jeito pensativo e preocupado. Pensou um se teria algum jeito de falar pra Dean que não magoasse nenhum dos dois. Mas não havia. No fim, tomou coragem e disse:

- Dean, sei que não confia em mim, mas eu queria te explicar uma coisa. Naquela loja que você me encontrou depois que de eu ter esfaqueado os adolescentes, você pensou que eu tinha bebido sangue de demônio, não é? Por favor, não minta pra mim.

- Sam, não vamos começar com essa história de novo. Eu esqueci o que achei naquela hora. Agora desencana, tá?

- Dean, eu quero te dizer outra coisa também. Eu sinto algo faltando em mim. Talvez seja a Ruby ou o sangue de demônio, não sei ao certo o que é. Devido a essas circunstâncias, eu acho melhor nós seguirmos dois caminhos diferentes, nos separarmos. O problema sou eu. Preciso saber até onde estou disposto a ir para poder lidar com isso. Tentar achar o lugar ao qual pertenço. Tem algo em mim que me assusta imensamente, Dean. Algo monstruoso, demoníaco. Nos últimos dias eu percebi uma coisa, Dean.

O mais novo ficou alguns segundos em silêncio. Dean perguntou:

- O que você percebeu, Sam?

- Que eu simplesmente não estou em forma pra caçar, Dean. Não com isso dentro de mim. Preciso recuar porque sou perigoso.

- Talvez seja mesmo melhor nós seguirmos caminhos separados então, Sammy. Não quero que você se sinta desconfortável. Volte quando achar que está pronto.

O mais novo assentiu. Levantou-se da mesa e foi em direção onde a caminhonete de Rufus o aguardava.  Dean olhou o irmão ir embora. Lembrou-se do tempo no qual o pai fazia isso. Agora era Sammy que o deixava. Será que eu sou tão difícil assim de se conviver? Pensou Dean.

Novamente, Lúcifer via o que acontecera com os irmãos Winchester. Sua previsão estava certa. Agora que Sam não tinha mais ninguém para refreá-lo em seus desejos demoníacos, era a hora do segundo passo em relação a ele e ao Apocalipse. Era a hora da Perdição.


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Notas finais do capítulo

Beijos